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Mais uma vez o cara, Marquinhos sabia que a bola ia cair no final

Camisa 11 ouve gritos de MVP enquanto desequilibra prorrogação para o Flamengo

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As grandes bandas da música costumam deixar seus hits para o final dos shows, a hora que o pessoal mais quer ouvir os sons que tanto gosta. O esporte, em especial o basquete, é diferente. Os astros precisam atuar bem o tempo todo pela vitória. Mas o que acontece quando o principal candidato a MVP da temporada passa três quartos e faz apenas cinco pontos em 28 minutos em quadra? Tem alguma coisa muito errada. Mas quando o jogador é craque, convém esperar. Como uma banda famosa, Marquinhos guardou seus greatest hits para o final.

Na vitória por 97 a 92 sobre o Minas Tênis Clube, nesta quinta-feira, na Arena Carioca 1, Marquinhos passou por uma mudança radical enquanto esteve em quadra e mostrou, mais uma vez, porque vem sendo apontado o principal jogador do NBB 10. Em termos de pontos, no último quarto foram apenas quatro, além de uma assistência e nenhum rebote. Você pode pensar "é isso que chama de 'o melhor dele?'". Mas dois desses quatro pontos foram em cobranças de lance livre a cinco segundos do fim, onde qualquer erro seria fatal. É neste momento que o craque surge e assume a responsabilidade. Depois, com o jogo empatado, aí sim, Marquinhos veio para o bis, ou melhor, a prorrogação, pronto para fazer o seu solo. Em cinco minutos, 12 pontos em 13, 100% nas bolas de três, mais um rebote, uma assistência e saiu de quadra cestinha do jogo com 21: os quatro do último quarto, aqueles cinco minúsculos lá das três primeiras etapas, e os 12 de uma prorrogação histórica. 

Após o jogo, o camisa 11 explicou com a calma de quem afina um instrumento antes de tocar no palco, como foi a jogada que definiu a partida no tempo regulamentar e abriu o caminho para o Flamengo chegar à semifinal do NBB. 

"No último lance, tem que ter muita calma. Eu acreditei que ela cairia. Ali ganhamos moral na prorrogação e fomos valentes para levar a vitória para casa", disse o jogador que, por ironia do esporte, teve outro lance livre logo no começo da prorrogação, mas a bola mudou de ideia e foi para fora da cesta. "No primeiro lance da prorrogação, a bola não caiu por capricho, ela rodou e foi para fora. Acontece. Mas eu mentalmente estava muito preparado para o último quarto e tivemos sorte e habilidade para levar", concluiu o craque. 

O Flamengo ficou 39 minutos e 55 segundo atrás do placar na partida. O Minas controlou o resultado durante todo o jogo. Mas isso nunca foi empecilho para o Orgulho da Nação, que correu atrás e não abriu mão do resultado. A recompensa veio e, com um misto de alívio e orgulho, Marquinhos definiu o que se viu na quadra da Arena Carioca 1.

“Foi um jogo muito doido. Ficamos o jogo inteiro perdendo, mas conseguimos ali no finalzinho dar um sprint, encaixar boas defesas e levamos o jogo para a prorrogação. Isso é Flamengo. Não desistimos em nenhum momento e conseguimos essa vitória para fechar a série”, finalizou o possível MVP da competição.

O Flamengo agora aguarda seu adversário sair da série Mogi x Caxias. Hoje, ela está em 2x0 para a equipe de São Paulo e o terceiro jogo será nesta sexta-feira, às 21h, em Mogi. 

As equipes de basquete do Clube de Regatas do Flamengo contam com recursos de seus patrocinadores – thinkseg, Estácio, AmBev, Rede D’or, IRB Brasil RE, CSN, Brasil Plural, EY – via Lei de Incentivo Federal/Ministério do Esporte (IR) e Lei de Incentivo Estadual/Secretaria de Estado de Esporte, Lazer e Juventude (Seelje) do Rio de Janeiro, além de apoio do Comitê Brasileiro de Clubes (CBC) proveniente da descentralização de recursos oriundos da Lei Pelé. O Projeto Anjo da Guarda Rubro-Negro, de transferência fiscal de pessoa física, beneficia todas as modalidades olímpicas do Mais Querido.