Normalmente, os grandes artistas deixam seus melhores hits para o final. Ninguém pode prever como será a passagem de Bruno Henrique pelo Flamengo, mas a considerar sua estreia, o cara já chegou jogando um clássico logo de cara. Em 45 minutos, o camisa 27 mudou o jogo contra o Botafogo, infernizou a zaga alvinegra, fez dois gols, virou a partida e garantiu a vitória do Flamengo por 2 a 1 na casa do adversário. Melhor estreia, impossível. 

Foi um duelo de dois tempos distintos. No primeiro, o Botafogo foi mais aguerrido e pressionou o Flamengo. Com um estádio com pouco público e muito calor no Rio, o Rubro-Negro começou melhor e apertou o rival em seu campo. Rodrigo Caio teve boa oportunidade de cabeça logo no início, mas Gatito defendeu bem. Logo em seguida, Vitinho também teve outra chance. O Botafogo se arrumou e equilibrou a partida. Após a parada técnica, eles acharam o gol. Jean chutou fraco, de longe, a bola bateu em João Paulo e enganou Diego Alves. O Flamengo sentiu o golpe e precisou se arrumar, mas quase tomou o segundo, aos 31, em chute de Alex Santana que Diego Alves espalmou. E o primeiro tempo terminou assim. 

Na volta do intervalo, Abel Braga promoveu sua primeira troca no time, colocando o estreante Bruno Henrique no lugar de Vitinho. A mudança surtiu efeito e o jogador passou a ser a principal opção ofensiva do time. Aos 17, Bruno teve a primeira opção dando um carrinho na cara do gol, mas a zaga chegou primeiro e evitou. Porém, um minuto depois, não teve jeito. Na cobrança do escanteio, Everton Ribeiro colocou a bola na cabeça do estreante que mandou longe de Gatito. Jogo empatado. 

Cinco minutos depois, o mesmo jogador teve outra chance, com belo chute da entrada da área, mas a bola passou raspando pela trave. Só dava Flamengo e só dava Bruno Henrique. Aos 25, a bola entrou de novo. E foi ele. Em lance confuso, Bruno Henrique acertou um belo chute no ângulo, sem chance para Gatito, definindo o placar. O Botafogo se lançou ao ataque completamente, mas parou na zaga rubro-negra que garantiu a vitória no clássico e a alegria da Nação.