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Rodolfo Landim afirma que Flamengo está trabalhando da melhor forma pelas famílias das vítimas

Presidente do clube fala aos jornalistas sobre processos envolvendo vítimas da tragédia do Ninho do Urubu

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O presidente do Clube de Regatas do Flamengo, Rodolfo Landim, realizou uma entrevista coletiva na manhã deste domingo onde prestou esclarecimentos sobre a tragédia ocorrida no Centro de Treinamento George Helal, no dia 11 de fevereiro, que vitimou 10 jovens atletas das divisões de base. Ao lado do CEO Reinaldo Belloti e o do vice-presidente geral Rodrigo Dunshee de Abranches, Rodolfo Landim atendeu os jornalistas por mais de uma hora, onde explicou como é feito o processo de indenização das famílias, falou sobre os valores divulgados e mostrou, mais de uma vez, que o clube está trabalhando com toda a dedicação para resolver o caso da melhor forma possível para as famílias. 

"Desde ocorrida a tragédia, a maior em 123 anos, eu cheguei a ter contato com as famílias no primeiro dia e nos dias seguintes. Quando o Reinaldo fez um pronunciamento, eu estava reunido com as famílias. Foi um trabalho cuidadoso e carinhoso, com a participação de psicólogos e médicos e todos os profissionais que tinham relação direta com os familiares. E com enorme respeito e consideração por elas. É uma mensagem que eu passo de uma instituição de 123 anos e vocês podem ter certeza de que o Flamengo está cuidando e muito bem das famílias das vítimas", disse logo no início da coletiva.

A forma como as negociações serão conduzidas também foi abordada na entrevista. Rodolfo Landim explicou que o clube pediu, desde o início, que a Defensoria Pública mediasse o processo para agilizar e chegar a um consenso. 

"Conversamos com a defensoria pública, porque nós entendemos que eles deveriam assistir as famílias exatamente para evitar certas situações que se passaram. Mesmo que não tenhamos chegado a um acordo naquele primeiro momento, afirmo que o Flamengo sempre trabalhou com o interesse de cuidar de cada família. Nunca entendemos em fazer uma indenização para todos, mas entendemos que tem que ter uma conversa com cada família. Cada situação é uma situação distinta".

Sobre uma polêmica que se passou na semana, Rodolfo Landim explicou que o processo ocorre em segredo e que, também por segurança das famílias, não entraria no mérito dos valores negociados. E negou que tenham sido os divulgados, informando que o Flamengo sempre trabalhou com números superiores aos anteriormente aplicados. 

"Existe um aspecto importante. O processo corre em segredo e, independentemente disso, é importante que a gente não ficasse falando em valores, até pelo impacto que isso pode ter na segurança das famílias. São altos valores e pelos lugares onde elas vivem. O que posso dizer é que da forma que foram vazados, a resposta é não. Não são aqueles valores. E não vamos poder nos aprofundar muito. Sobre o Ministério Público, eles precisam se manifestar", disse o presidente, que falou sobre o valor oferecido e como foi proposto.

"O que foi colocado como primeiro ponto foi um piso de discussão. O que entendemos como muito acima de toda e qualquer decisão que já aconteceu. O Flamengo quer equacionar com valores acima. O que não significa que se alguém me pedir 10 vezes, 50 vezes o valor da jurisprudência, temos que aceitar. Estamos oferendo um valor muito maior do que a jurisprudência. Mas não significa que é o valor final".

Sobre as atitudes futuras, Landim disse que a tragédia traz ensinamentos que precisam ser aprendidos para melhorar as condições de todos que trabalham no clube. E que a diretoria já está agindo para mudar tudo que estava sendo realizado de forma errada, para evitar novos casos. 

"Todo acidente como esse traz oportunidades para melhoras. Algumas já foram citadas aqui, em relação às práticas que vinham sendo adotadas, como supervisão dobrada e outras oportunidades que podemos discutir e melhorar. Foi uma fatalidade. Zero de dúvida. Infelizmente aconteceu. E não posso imaginar que havia alguma coisa que o Flamengo pudesse ter feito. Tem várias coisas que poderemos aprender e vamos passar por esse processo. Ele não termina aqui. Continuaremos analisando tudo e as causas".

Assista à coletiva na íntegra