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Segurança do Flamengo é trabalho para gigantes

Equipe trabalha por 24h para ajudar que o bom clima continue no elenco rubro-negro

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O sonho do torcedor é chegar perto do seu ídolo, poder abraçá-lo, tirar uma foto, ou levar para casa alguma lembrança dos momentos em que esteve tão próximo de um jogador. Porém, para evitar a euforia de alguns rubro-negros, que acabam se empolgando demais quando encontram um atleta, o Flamengo tem uma verdadeira fortaleza, formada por fortes seguranças que em viagens trabalham durante 24h para garantir a privacidade da delegação do Fla.

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Nesta viagem para o Sul do Brasil, onde o Flamengo enfrentou o Internacional no domingo e, depois, seguiu direto para Curitiba, onde, nesta quarta-feira (24.08), vai jogar contra o Atlético-PR, seis seguranças foram selecionados para cuidar dos atletas e ajudar para que o bom clima vivido dentro do elenco não seja prejudicado por nenhuma situação embaraçosa.

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Pinheiro, Montanha, Fábio, Carlão, Gilvan, Silvio e Munir, que viajaram com elenco, deixando suas famílias e amigos no Rio, estão sempre atentos para que os jogadores possam trabalhar e descansar com tranquilidade. O trabalho dos seguranças não se resume apenas no contato com os torcedores, nos embarques e desembarques nos aeroportos, na porta do ônibus, no treino e nos jogos. Enquanto todos estão dormindo, os guarda-costas rubro-negros ficam no corredor dos atletas para que nenhum hóspede espertinho, ou uma fã mais assanhada, tente incomodar os atletas enquanto estão concentrados.

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Quem organiza os gigantes do Flamengo é o chefe de segurança José Pinheiro. Com 30 anos de clube, ele costuma viajar um dia antes do restante da delegação para preparar e cuidar de todo o esquema que envolve a segurança de um time profissional.

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"Temos um bom convívio com os torcedores do Flamengo. Temos também um grupo bem tranquilo. Isso facilita muito o nosso trabalho. É claro que as vezes aparecem alguns torcedores mais eufóricos, que querem agarrar, puxar e até literalmente pular no pescoço dos jogadores. Temos de evitar isso", disse Pinheiro, que acredita que quando a equipe está com um jogador diferenciado no elenco, o trabalho é ainda maior.

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"Com os craques tem sempre muito assedio. Foi assim com o Zico, com o Romário, Adriano e, agora, com o Ronaldinho. Tem sempre alguns exageros que acabam incomodando os atletas. Com o Ronaldinho, é até muito tranquilo de trabalhar, pois ele trata todos muito bem. A torcida, apesar de ficar eufórica, o respeita, pois ele tem paciência para atendê-los", contou.

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Tanto na vitória, como na derrota, o contato com a torcida do Flamengo, famosa pelo seu tamanho, é sempre constante. Quando o time triunfa, os torcedores aparecem ainda mais e querem estar perto dos atletas. E quando tropeça aparece um grupo sempre pronto a ofender.

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"Sempre tem torcedores, sempre tem trabalho. É mais tranquilo conter a euforia da alegria. Quando o time perde, sempre tem um grupo com intenções duvidosas para tentar atrapalhar o clima", encerrou Pinheiro.