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Vanderlei Luxemburgo: "Torcedor é o centroavante"

Treinador agradece apoio da torcida e vê elenco mais confiante

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Desde que chegou ao Flamengo, o treinador Vanderlei Luxemburgo vem batendo na tecla da importância da união entre torcida e time. No último domingo (27.07), ele provou o que todos sabem: quando a Nação entra em campo, fica difícil vencer o Rubro-Negro. Em um Maracanã com mais de 50 mil pessoas, o Mais Querido venceu o Botafogo por 1 a 0, com gol de Alecsandro.

"Quem está acostumado ao Flamengo sabe que o torcedor não é o 12º jogador. Ele é o centroavante. A participação deles foi fantástica. Não vaiou, apoiou o tempo todo. Se fizer isso sempre, nosso caminho será mais sossegado. A torcida deu uma demonstração de sua força. Foi 70% contra 30% contra o Botafogo. Na situação em que está, a torcida abraçou o time. Teve a ida à Gávea, a convocação. Estamos juntos. Sem eles, fica pior", afirmou Luxa.

Luxemburgo teve uma semana para preparar o time para buscar a vitória no clássico contra o Alvinegro. Mais do que os três pontos, o comandante rubro-negro pediu outra atitude aos jogadores. "O importante não era apenas ganhar o jogo. Queria que o torcedor sentisse orgulho do time. Fiquei satisfeito, mas queria proporcionar ao torcedor uma equipe comprometida com alguma coisa. Vimos um time diferente. Você pode até perder, mas o time mostrou uma situação boa para quem tem objetivos. Juntamos o comprometimento com a vitória. O Flamengo esteve compacto e nunca ficou vulnerável na partida. Só aconteceu quando o Botafogo nos venceu na habilidade. Isso faz parte do futebol", declarou.

Depois de oito meses sem exercer a profissão, Luxemburgo voltou a mostrar a habitual animação na lateral do campo. O treinador encarou a situação com bom humor. "Vamos saborear essa vitória. Depois de tantos anos, quando a gente fica fora sente falta. São muitos anos no futebol. Essa coisa de estar no campo, participar, chutar... Estou todo dolorido", brincou.

E parece que a empolgação do técnico contagiou o elenco. Luxemburgo contou que percebeu nos atletas uma mudança de postura, nos momentos antes do clássico de domingo. "Na concentração já estava diferente. Outro dia, no CT, pegaram os instrumentos e começaram a tocar. Achei os caras mais vivos, mais alegres, na vinda para o estádio. Dá para ver a confiança".