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Técnico e torcedor, Luxa elogia raça da equipe

Treinador exaltou aplicação dos jogadores: "Deixaram todos os rubro-negros, inclusive a mim, felizes com muita garra e determinação"

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Quem esteve no Maracanã na quarta-feira (20.08) viu mais um espetáculo da Nação nas arquibancadas e um show de aplicação do time do Flamengo em campo. Um dos torcedores que saiu feliz do Maior do Mundo com a vitória de virada por 2 a 1 do Mais Querido sobre o Atlético-MG estava em um lugar privilegiado, na lateral do campo: o treinador Vanderlei Luxemburgo. Exaltando a força da Maior Torcida do Mundo e a entrega até o último minuto da equipe do Flamengo, o comandante rubro-negro pregou humildade.

"Quando acabou o jogo, falei como rubro-negro e como técnico. Falei que eles (jogadores) tinham deixado todos os rubro-negros, inclusive a mim, felizes com muita garra e determinação. A torcida entrou em campo e foi fantástica, como conhecemos. Estão entendendo a nossa equipe, que não é tecnicamente como queríamos, mas é aguerrida, determinada e foi o centroavante da equipe com certeza. Os jogadores produziram contra uma equipe muito bem arrumada. Vamos seguir com humildade e dentro das nossas limitações", disse.

Confira os principais trechos da coletiva:

Eduardo da Silva decisivo

É um jogador que está se adaptando ao Brasil. Coloquei de cara contra o Coritiba e sentiu. Quando coloquei com o adversário cansado, a técnica aflora. Preferi guardar e botar depois. Sabia que ia ser um jogo muito intenso, e ele entrou muito bem. É muito técnico, mas falta ritmo. Aqui, a preparação é diferente, o ritmo é diferente, mas ele já está ajudando muito.

Evolução do grupo

Não dá para olhar para cima. Temos que seguir trabalhando com um saco de cimento nas costas. O futebol é dessa forma, do céu ao inferno em 90 minutos. Nossa obrigação agora é ganhar fora de casa. A maior dificuldade do ser humano é ter a humildade de reconhecer o que pode fazer, suas virtudes. Estou sendo transparente, e isso no Brasil é complicado. Temos que reconhecer que somos um time que carrega o saco de cimento, e isso é uma virtude, uma humildade. Essa equipe precisa entender que a grande virtude dela é trabalhar. O torcedor entendeu essa proposta e vai continuar conosco.

Chamado rubro-negro

Sou do futebol e vejo futebol o tempo todo. Observo as equipes todinhas. Não é de agora, é desde os anos de 1990, foi assim quando assumi o Palmeiras. Vi o Flamengo com algumas dificuldades. Como rubro-negro, não venho trabalhar, sou convocado. Disse que vinha por achar que tinha como contribuir. O torcedor entende muito mais o cara que é do Flamengo. Consegui passar para os jogadores a situação verdadeira da equipe. O Flamengo não tem um grande ídolo. Como vamos construir isso? A equipe é o grande ídolo. Sabíamos que se juntássemos, trabalhássemos, e o torcedor percebesse nossa luta, íamos conseguir.