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Saiba como uma Embaixada da Nação trouxe Nixon ao Flamengo

Presidente da Fla Juazeiro conseguiu espaço para atacante treinar na categoria de base do Rubro-Negro

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Em maio de 2009 chegava ao Flamengo um jovem garoto vindo da Bahia, da cidade de Juazeiro. Aos 17 anos, o atacante Nixon desembarcava no Rio de Janeiro para tentar a sorte em um teste no Mais Querido. Hoje, cinco anos depois, o baiano vem recebendo mais chances no elenco do Flamengo.

Filho de jogador de futebol, o atacante desde cedo mostrou sua vontade em seguir os passos do pai. Nixon já se destacava em breve passagem pelo Porto, de Caruaru, mas sua vida mudou quando o jogador rubro-negro voltou a sua cidade natal e conheceu presidente da embaixada do Flamengo Fla Juazeiro. Luiz Hélio já havia escutado falar do garoto, até então conhecido como Danzinho, e precisou apenas de uma 'pelada' para perceber seu potencial. A partir daquele momento, o presidente da embaixada entrou em contato com algumas pessoas no clube e conseguiu um espaço para que Nixon treinasse por 15 dias com o time da base.

Dois dias antes do período experimental do atacante começar, Flamengo e Botafogo se enfrentariam, no Maracanã, para decidir o título carioca de 2009. Para que o jovem atleta sentisse um pouco da vibração da torcida, Luiz Hélio, que o acompanhou até o Rio de Janeiro, entrou em contato com amigos que comprariam um par de ingressos para a final. As entradas acabaram nunca chegando às mãos dos dois, que assistiram ao jogo em um bar próximo ao local em que estavam hospedados.

Apesar de não ter conseguido entra no Maracanã com torcedor naquele momento, Nixon teve sua chance no Mais Querido e hoje pode entrar no estádio como jogador do Flamengo. Passados os dias de experiência, o atacante assinou contrato com o Rubro-Negro onde permanece desde então. "Quando eu era mais novo, me imaginava jogando em uma equipe grande, mas não imginava ser no Flamengo. Lembro que quando o Luiz (Hélio) me falou que eu viria para o clube, fiquei todo feliz. Lembro o dia exato em que entrei aqui pela primeira vez, no dia 5 de maio. Neste jogo que não conseguimos entrar, na final entre Flamengo e Botafogo, pensei 'Posso nao ter entrado hoje, mas um dia eu ainda vou jogar lá dentro'. Coincidentemente, meu primeiro jogo e também quando marquei meu primeiro gol nos profissionais foi justo contra o Botafogo, em 2012", disse Nixon.

Luiz Hélio lembra com muito carinho da história do jogador, que começou no interior da Bahia. "A chegada de Nixon ao clube foi a primeira parceria bem sucedida entre Flamengo e Embaixadas no que diz respeito à indicação de jovens atletas com potencial. Hoje há esse canal e todos os embaixadores podem fazer indicaçõe. Sabemos que nem sempre apenas a técnica é suficiente para que um jovem jogador tenha sucesso e prossiga a carreira profissionalmente. Claro que me sinto orgulhoso de ver uma de minhas missões junto ao clube, que tanto amo, estar dando resultado. Hoje o atacante é orgulho não só da Fla Juazeiro e de nossa cidade (que tem supremacia rubro-negra), mas de todas as demais embaixadas. Todos vibram e se sentem alegres com o sucesso de Nixon. Cada gol dele é como se fosse marcado por nós também", contou o presidente da Fla Juazeiro, Luiz Hélio.

Nixon afirma compartilhar do sentimento do embaixador rubro-negro e conta que ainda se encontra com seus amigos da Bahia. "Toda vez que eu faço gol, meu pai me fala que liga para eles e alguns choram, outros não conseguem nem falar. Tenho um carinho enorme por eles, até por terem sido os responsaveis pelo meu teste no Flamengo. É muito gratificante para todos nós. Sempre que visito minha cidade nas férias, visito a sede da Embaixada, por vezes almoçamos juntos. A sensação é mesmo essa de cada gol ser marcado por todos nós", finalizou.

Luiz Hélio e dezenas de embaixadores de todo o Brasil estarão na sede da Gávea neste sábado (15.11), para a festa de confraternização que já virou uma tradição no clube, o Encontro das Embaixadas Rubro-Negras, que chega à quinta edição.