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Daiane dos Santos participa de intercâmbio com o Flamengo

Ginasta visita sede do clube e conversa com ginastas do Mais Querido

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Na manhã desta sexta-feira (22.05) a ex-ginasta Daiane dos Santos visitou a sede social do Flamengo, na Gávea, para um intercâmbio com os pequenos alunos da Escola de Esportes Sempre Flamengo. No encontro, a primeira ginasta brasileira a conquistar um ouro no Campeonato Mundial e integrante da Seleção em três Olimpíadas (Atenas, Pequim e Londres), conversou com as crianças, orientou movimentos, tirou fotos e distribuiu autógrafos. Ao final das aulas, Daiane falou sobre a experiência no Flamengo e fez um panorama sobre a ginástica no Brasil. Confira as declarações da ginasta:
 
O intercâmbio com a Escola de Esportes Sempre Flamengo
Eu acho esse incentivo fundamental para a iniciação da prática esportiva. Esse contato com os ídolos do esporte é muito importante para que as crianças queiram evoluir, fazer melhor, cada vez mais. O Flamengo faz esse trabalho há muito tempo. Manter essa tradição é fundamental para a manutenção do esporte e desenvolvimento de um cidadão. As crianças começam de uma forma bem lúdica a desenvolverem psicomotricidade, coordenação motora. Isso é pro resto da vida. Para se tornarem adultos melhores, que sabem correr, que tem qualidade de vida. Nas aulas, a gente associa os movimentos aos bichos, como um alongamento de bater pernas como uma borboleta, por exemplo. Isso soa como brincadeira, mas é sério. A criança consegue visualizar melhor o que tem que fazer e acaba, brincando, evoluindo no esporte.
 
A Ginástica hoje no Brasil 
Eu acho que o Brasil deveria ser mais padronizado em relação aos treinos da ginástica, profissionalmente falando. Os atletas chegam à Seleção e por vezes seus rendimentos caem muito porque eles começam a fazer séries e exercícios que nunca viram antes. Se tivesse uma maior comunicação entre os clubes e a Confederação, acredito que esse obstáculo pudesse ser eliminado.

De uma forma geral, eu vejo a ginástica e o esporte como um todo, atualmente no Brasil, muito mais profissional e evoluído. Nós temos maior incentivo fiscal, o que possibilitou a criação de centros de treinamento super desenvolvidos. Eu confesso que fico com uma inveja boa dos atletas atuais por poderem treinar no novo CT da ginástica. A infraestrutura é incrível e o apoio além dos treinos é fundamental: fisiologista, nutricionista, fisioterapeuta, psicólogos. Isso é fundamental e ajuda muito no desenvolvimento dos atletas.
 
Olimpíadas no Rio 
Existem dois sentimentos pra mim quando falamos de Olimpíadas no Rio. O primeiro é a vontade de estar competindo em casa. De poder voltar um pouco no tempo e ainda estar na ativa. Nós tivemos uma pequena prévia do que serão os jogos quando recebemos o Pan aqui no Rio. Competir com a família e os amigos na torcida é incrível. É uma sensação muito boa.
O outro sentimento é o de estar ali como torcedora, orgulhosa por nosso país estar sendo representado com grandes atletas, de poder comentar a atuação deles, de ver o brasileiro recebendo da melhor forma um evento como esse. Esse outro lado também é muito gratificante e emocionante.
 
Futuro
Eu quero continuar a incentivar pessoas a praticarem esporte. Eu quero dar sequência nos meus projetos pessoais de Centros de Treinamento de ginástica para pessoas que não tem condições financeiras de pagar por isso. É uma pegada bem social mesmo, de inclusão. Já temos um concretizado e mais outro em andamento. A ideia é expandir.