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Bandeira de Mello: "Vamos viabilizar reforços um passo por vez"

Presidente reitera que contratações de Guerrero e possíveis reforços para o restante da temporada respeitam política de austeridade

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Na noite desta quarta-feira (10.06), o presidente do Flamengo, Eduardo Bandeira de Mello, foi o convidado do programa 'Boa Noite Fox', do canal Fox Sports. Entrevistado por Benjamin Back, Paulo Vinícius Coelho e Mário Sérgio, o dirigente falou de diversos assuntos, como reforços, administração do clube e consórcio Maracanã.

Confira os principais momentos do bate-papo:

Camisa 10
- Estamos trabalhando para isso, dentro da política de austeridade que vocês acompanham no Flamengo. Temos que viabilizar reforços um passo de cada vez, mas podemos sim sonhar com um camisa 10. A situação do clube ainda está longe de ser confortável. Assumimos em 2013 em uma situação caótica e trabalhando com responsabilidade estamos melhorando. Os anos que estão por vir serão ainda melhores.

Guerrero
- Fizemos a contratação do Guerrero e podemos investir em mais um ou dois jogadores, mas com pés no chão. Quem quer saber de onde vem o dinheiro, pode conferir as contas do Flamengo, que são totalmente transparentes e disponíveis a todos. Inclusive ganhamos por dois anos seguidos prêmio de transparência financeira. A situação está longe do que a torcida do Flamengo merece, mas vamos chegar lá. O grande impacto da vinda do Guerrero será quando ele finalmente vestir o Manto Sagrado. De acordo com o planejado, vamos pagar cada centavo.

Tomada de decisões
- A administração do Flamengo, em todas as áreas de atuação, é totalmente profissional. Temos vice-presidentes extremamente bem sucedidos, mas que funcionam como um conselho de administração, que cobra resultados e nos ajuda a tomar decisões. Não tem razão para não usar tanta gente boa nessa parte estratégica.

Conselho do futebol
- O Wrobel continua fazendo parte do comitê gestor do futebol. Hoje ainda conversei com ele. Continua disposto a nos ajudar, só não ficará totalmente dedicado. Além do conselho que participa das decisões do futebol, como contratações, ele próprio já criou todas as condições para o nosso diretor de futebol, Rodrigo Caetano, cuidar de tudo, e conto com o apoio dele.  O relacionamento entre Wrobel e Caetano sempre foi excelente.

Negociação com Emerson
- O Sheik é uma boa possibilidade, tentamos viabilizar, mas só anunciamos contratações depois de tudo sacramentado, em respeito à torcida, sem notícias falsas.

Briga pela Libertadores
- É claro que trabalhamos para ir à Libertadores. Mas se isso não vier a acontecer, o Flamengo vai sobreviver e trabalhar como nunca para tentar novamente no ano seguinte.

Luxemburgo
- Ninguém no clube tem absolutamente nada contra o Vanderlei, respeitamos muito o trabalho dele. A demissão foi uma decisão consensual do comitê gestor do futebol.

Relação de Cristóvão com Jayme
- O Cristóvão já elogiou o Jayme, disse que recebe muita ajuda dele. Entendemos que ele é importante no cargo que ocupa, conhece as categorias de base e o clube.

Pressão por resultados
- É impressionante o carinho da torcida com a minha pessoa, mas mais ainda como torcedores das camadas mais humildes da população têm a compreensão de que é necessário recuperar a credibilidade do clube, para reconstruir o Flamengo em bases sólidas. É claro que a torcida quer ver resultados em campo. Eu também quero, sou torcedor. O Flamengo vai melhorar e a torcida vai poder comemorar os frutos da política de austeridade.

Estádio do Flamengo
- Existe a possibilidade de construirmos um estádio, avaliamos algumas alternativas, e isso passa inclusive pela revisão dos nossos acertos com o Maracanã. Se as bases nos forem favoráveis, poderíamos ter, paralelo ao Maracanã, um estádio menor na Gávea para jogos de menor apelo. Se não conseguirmos viabilizar o Maracanã, teremos que partir para a construção de um estádio de médio a grande porte. Este estádio para 45, 50 mil pessoas, muito dificilmente poderia ser na Gávea, teríamos que procurar um local. Estamos avaliando as opções possíveis.

Relação com o Maracanã
- Hoje, a equação do nosso acordo com o Maracanã não nos atende bem. Podemos construir uma solução juntos, que agrade a todos e potencialize a exploração econômica do local. É um estádio que está no coração dos cariocas e no meu também, que frequento desde pequeno.

Dívida do clube
- É difícil encontrar o momento em que todo esse endividamento começou. Tenho certeza que a maioria dos presidentes do Flamengo eram pessoas bem intencionadas. Todo presidente tem acertos e erros. Tenho muita esperança e praticamente certeza de que o movimento de austeridade veio pra ficar. Os dirigentes que estão conosco agora na administração são grandes rubro-negros, super bem sucedidos, e que trazem sua história profissional de sucesso para o Flamengo, para tentarmos juntos recuperar o clube. Tenho certeza de que os mais jovens que estão vindo farão ainda melhor. Se interessam na vida do clube, em serem sócios do flamengo, participam. Vamos entrar em um circulo virtuoso.

Cotas de TV
- A distribuição dos recursos das cotas de TV será sempre dividida de acordo com a atratividade do espetáculo.

Campeonato Carioca
- Um estadual nos moldes e na estrutura de poder como foi em 2015 o Flamengo não vai disputar. Nosso rompimento com a FFERJ, mantidas as atuais condições, é irreversível. Estamos conversando sobre soluções, o Fluminense está ao nosso lado. Temos que pensar com o jurídico, envolve muitos interesses.

Samir
- Não há nada de concreto sobre saída do Samir. No momento ele é jogador do Flamengo, mas sempre ouviremos propostas pelos nossos jogadores. Isso não significa que caso ofereçam o valor da multa, ele sairá.