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VP Alexandre Póvoa pede valorização dos esportes olímpicos no Brasil

Dirigente da pasta no Flamengo comenta baixo investimento de empresas privadas e arenas subaproveitadas

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Em meio aos eventos-teste para Rio-2016, os cidadãos cariocas já começam a respirar ares olímpicos. Maior clube poliesportivo do Brasil, o Flamengo estará inserido de duas formas nos Jogos, seja com atletas convocados - não só na Seleção Brasileira - ou disponibilizando sua infraestrutura para delegações internacionais.

Desde que a nova gestão assumiu o clube, a luta pelos esportes olímpicos tem sido árdua, mas recompensada. Com o investimento dos comitês olímpicos dos Estados Unidos e da Grã-Bretanha, além de contar com patrocínio e apoio de diversas empresas privadas e do Governo, Estadual e Federal, o Flamengo vem conseguindo manter a autossustentabilidade das modalidades olímpicas no clube, com atletas campeões regionais e nacionais constantemente convocados, como aconteceu recentemente no Pan de Toronto, e renovando suas instalações esportivas.

Já foram reformados os centros de força da sede náutica e da sede da Gávea, feitas melhorias nos ginásios Hélio Maurício (basquete) e Togo Renan Soares (vôlei e futsal), o ginásio Cláudio Coutinho (ginástica) está em processo de finalização e a piscina olímpica prestes a chegar, com obras em andamento. Ainda assim, o apoio aos esportes olímpicos no Brasil como um todo não é como sonha o vice-presidente da pasta no Rubro-Negro, Alexandre Póvoa.

Em entrevista aos canais oficiais do Flamengo, o dirigente reiterou seu desejo de ver os esportes olímpicos mais respeitados e aproveitados no país e comentou a utilização dos equipamentos esportivos construídos para grandes eventos esportivos, como Pan-americanos e Olimpíadas. Confira:

O que precisa mudar
- De toda a verba pública que vai para o esporte, grande parte vai para as confederações e não para os clubes. É como se estivessem alimentando o topo da pirâmide, os atletas de alto rendimento, e esquecessem que um dia estes atletas começaram na base. O percentual de loterias que vai para os clubes e federações deve ser discutido. Inclusive o Flamengo pensa em, no ano dos Jogos, fazer um seminário, como há os de futebol, para os esportes olímpicos, para tudo ser discutido.

Baixo investimento
- Hoje em dia os esportes olímpicos não estão na plataforma de investimentos em marketing das empresas privadas. Isso mostra como o esporte olímpico é pouco valorizado no Brasil. Um atleta brasileiro que conquista uma medalha olímpica é um herói. O nível de apoio é baixíssimo.

Estruturas subaproveitadas
- Vemos em Barcelona, Londres, que a população realmente usa os equipamentos esportivos construídos com dinheiro público. Precisamos copiar esses modelos e tudo que ficar de legado físico, em termos de ginásio, piscina, centro de atletismo, possa ser usado pela população e para incentivar o esporte de base.

Os esportes olímpicos do Flamengo agradecem às empresas que investem nas modalidades e infraestrutura rubro-negras: SKY, Estácio, Peugeot, Furnas, CSN (Companhia Siderúrgica Nacional), Banco Bonsucesso, Lafarge Holcim/Cimento Mauá, EY – via Lei de Incentivo Federal/Ministério do Esporte (IR), Ambev – via Lei Estadual de Incentivo ao Esporte/Secretaria de Estado de Esportes, Lazer e Juventude (ICMS), recursos da Lei Agnelo Piva/Confederação Brasileira de Clubes (CBC), Brasil Brokers – via Lei de Incentivo Federal/Ministério do Esporte (IR), apoio da Confederação Brasileira de Clubes (CBC) proveniente da descentralização de recursos oriundos da Lei Pelé, investimentos da Tim – via Lei Estadual de Incentivo ao Esporte/Secretaria de Estado de Esportes, Lazer e Juventude (ICMS) e MRS Logística – via Lei de Incentivo Federal/Ministério do Esporte (IR).