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Bandeira de Mello comenta contratação de Muricy Ramalho

Mandatário, reeleito presidente do Flamengo na última segunda-feira, esteve no programa Seleção SporTV esta tarde

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A agenda de quem é presidente do clube Mais Querido do Mundo é lotada de compromissos e o reeleito Eduardo Bandeira de Mello não teve tempo para descansar depois das eleições, que terminaram já na madrugada desta terça-feira (08.12), na sede da Gávea. O mandatário rubro-negro foi convidado do programa Seleção SporTV, que foi ao ar ao vivo esta tarde, e já falou sobre as tarefas para o próximo triênio no comando do Flamengo.

A contratação do treinador Muricy Ramalho, que será apresentado oficialmente esta noite, foi um dos assuntos abordados pelos jornalistas, assim como o elenco rubro-negro, jogos fora do Rio de Janeiro e Primeira Liga.

Confira os principais trechos da conversa:

Muricy Ramalho

- Tem estilo de trabalho que nos agrada, polivalente. O Muricy reúne várias características interessantes, não se acomoda, mesmo tendo conquistado tudo que já ganhou. Tem curiosidade intelectual, busca se desenvolver, é acessível e entusiasmado com novas tecnologias de trabalho. Dirigir o Flamengo é um privilégio, mas também uma responsabilidade muito grande.

Treinadores no Flamengo
- A pressão exercida sobre o trabalho do treindor por vezes acaba contaminando o elenco. Pretendemos que seja diferente agora. Reconhecemos que a melhor maneira de lidar não é trocar de técnico toda hora. Mas em muitas situações (no último triênio) foi inevitável. Faremos de tudo para que não aconteça com o Muricy, até porque, pela história dele, acreditamos que ele seja menos suscetível ao massacre que, por exemplo, sofreu o Cristóvão Borges. Acredito que todo o nosso entorno - torcida, imprensa - também precisam ter um pouco mais de paciência e entender que o trabalho de longo prazo é que nos leva a uma situação melhor.

Departamento de futebol
- Nunca teve ninguém dando pitaco no departamento de futebol do Flamengo. O que existe no Flamengo, e não só no futebol, mas no clube como um todo, são comites temáticos, de finanças, marketing e comunicação, esportes olímpicos, como acontece em muitas sociedades anônimas. O Rodrigo Caetano (diretor-executivo de futebol do clube) tem autonomia no futebol e avalio seu trabalho como muito bom.

Motivação do Muricy
- Acho que a pessoa mais indicada para falar sobre isso é o próprio Muricy. Mas adiantando, acho que ele comprou a ideia, entendeu que as pessoas que estão gerindo o Flamengo hoje representam uma nova mentalidade. Percebeu tudo que foi feito no clube em termos de recuperação de credibilidade. Acredito que ele sente que lida com pessoas em que pode confiar. Mas o Flamengo é o Flamengo. Eu sou suspeito para falar porque estou encantado com o Flamengo há mais de 60 anos. Agora ele poderá conhecer esse encantamento também.

Elenco rubro-negro
- O Muricy dará o tom da nossa busca por reforços. Nosso elenco não é ruim, se pegarmos no papel e compararmos com os clubes que estão na nossa frente na tabela do Brasileirão. Acho que houve uma instabilidade muito grande do nosso time. Aquelas seis vitórias se sucederam em outra série de derrotas, em jogos que tínhamos tudo para ganhar. Ganhamos jogos difíceis, perdemos jogos teoricamente mais fáceis. Há fatores de pressão, o fator psicológico, nosso CT está longe do que gostaríamos que fosse - o que será sanado em 2016 -, tavez até a época política do clube, com as eleições, possa ter influenciado. Quem é sócio-torcedor investe no futebol rubro-negro e permite ao Flamengo contratar craques como Paolo Guerrero. Clique aqui e faça agora sua adesão ao Programa Nação Rubro-Negra.

Jogos fora do Rio
- Isso é feito com antecedência. Claro que a questão financeira é relevante, mas não vejo nada demais em jogarmos em Brasília, onde jogamos praticamente com o estádio todo torcendo para o Flamengo. Este ano, também, se formos analisar, tivemos pior aproveitamento no Maracanã do que fora dele. O jogo contra o Coritiba perdemos porque tomamos dois gols e não conseguimos reagir. Na Arena das Dunas, também mandamos o jogo fora do Rio de Janeiro e o resultado foi uma das vitórias daquela série de seis consecutivas. Para pagarmos nossa folha de pagamento precisamos de jogos fora. Quando planejamos isso, com antecedência, fazemos uma projeção de quanto ganharíamos no Maracanã ou vendendo a partida para fora. No Brasil todo, 24 das 27 unidades da federação tem maioria de torcedores rubro-negros, que amam o Flamengo tanto quanto eu. Se podemos atender essas pessoas e ainda ter um ganho financeiro, porque não?

Primeira Liga
- Podemos fazer em 2016 em um formato experimental. Já temos cinco datas. Acho que não atrapalha o restante do calendário brasileiro, só valoriza. Para 2017, já podemos fazer alguma coisa mais organizada. Os clubes vão financiar, com direitos de televisão, bilheteria.