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Formação, renovação e trabalho duro: um bate-papo com Roberta Perillier, técnica do nado sincronizado

Confira a entrevista exclusiva que a técnica campeã brasileira concedeu para o Site Oficial do Mais Querido

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O trabalho duro que vem sendo feito nas modalidades olímpicas do Flamengo está cada vez mais evidente. São cada vez mais atletas integrando as seleções nacionais de suas modalidades e representando o Rubro-Negro, e o Brasil, ao redor do mundo. No nado sincronizado, por exemplo, o Flamengo teve, apenas este ano, nove atletas convocadas para integrar a seleção da modalidade. Dessas nove rubro-negras, três disputam a categoria adulta, três a juvenil e três a júnior, mostrando o trabalho de excelência que também vem sendo feito nas categorias de base do Mais Querido. Roberta Perilier - que está à frente das equipes do Flamengo de nado sincronizado e levou o Clube da Gávea a vencer mais um Campeonato Brasileiro em 2016 - bateu um papo exclusivo com o Site Oficial do Rubro-Negro e comentou sobre o processo de formação de atletas de ponta, da renovação dos talentos da modalidade e de todo o trabalho duro que vem sendo feito dentro das piscinas da Gávea. Confira:

Temos visto que as meninas do Rubro-Negro estão sendo constantemente convocadas tanto pra seleção adulta quanto nas categorias de base. Como você vê esse processo de renovação no Clube?
Estou muito feliz com o processo de renovação no Flamengo. Foi demorado, mas está começando a surtir efeito. Hoje, finalmente, a nossa 'pirâmide' está começando a ficar mais igual. Antes tínhamos muitas atletas adultas e poucas de juvenil e infantil. Agora conseguimos quase igualar esses números. Ainda tenho mais pessoas no sênior, mas já são dez atletas das outras categorias. Nossa Escola de Esportes já está com um número de infantil bem alto, o que é fundamental para que a gente consiga melhorar a idade do nosso trabalho.

E a formação de novas atletas de ponta?
Nossa meta e nosso foco é preparar as atletas para as seleções brasileiras. Tentamos participar de todas as competições, tanto estaduais quanto nacionais, sempre visando as seletivas no final do ano. Esse ano foi uma bela surpresa, pois conseguimos deixar seis atletas, três no junior e três no juvenil, na Seleção.

O nado sincronizado é uma das modalidades olímpicas que ainda lutam por mais reconhecimento no país. Mesmo sendo destaque, a modalidade rubro-negra também luta por visibilidade?
O nado do Flamengo é uma referência estadual e nacional. Acredito que sejamos o segundo clube no Rio de Janeiro com maior número de atletas. Em termos de campeonatos e qualidade, certamente somos o primeiro. De uma maneira geral, o nado precisa de uma visibilidade maior. Mudanças gerais, como nas regras, poderiam ajudar. A abertura para os homens, que começou em 2015, dá mais espaço para o esporte. É um processo e começamos ele.

E 2017? Algum objetivo específico que a modalidade quer atingir?
A expectativa para 2017 e seguir com o forte trabalho na base e buscar mais títulos para o Mais Querido. Estamos novamente investindo na categoria de base, principalmente a juvenil. Pretendemos subir no pódio e novamente colocar nossas atletas na Seleção Brasileira.

O primeiro desafio da modalidade em 2017 será o Santiago Open, em abril. O Mais Querido irá participar da competição com o dueto infantil, composto por Nicole Shinohara e Giovana Faria, atuais campeãs brasileiras, e Ana Clara Almeida, que disputará o solo, também na categoria infantil.

As equipes de nado sincronizado do Clube de Regatas do Flamengo contam com recursos de seus patrocinadores – AmBev, Rede D’or, IRB Brasil RE, CSN, Brasil Plural, EY – via Lei de Incentivo Federal/Ministério do Esporte (IR), além de apoio do Comitê Brasileiro de Clubes (CBC) proveniente da descentralização de recursos oriundos da Lei Pelé. O Projeto Anjo da Guarda Rubro-Negro, de transferência fiscal de pessoa física, beneficia todas as modalidades olímpicas do Mais Querido.