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Lance Livre: Pedro Nunes

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O quarto entrevistado da série 'Lance Livre' é o jovem Pedro Nunes. Grande promessa do basquete brasileiro, o ala-armador disputou a sua primeira temporada profissional e contou um pouco da tua trajetória ao Site Oficial do Mais Querido.

Primeiro contato com o basquete

"Eu tinha oito anos de idade e jogava futsal na época. Meu irmão Lucas foi diagnosticado com autismo e recebeu uma orientação médica para jogar um esporte coletivo. Como meu pai foi jogador de basquete até os 19 anos, ele optou por jogar. Meus treinos acabavam antes, então meu pai sempre me buscava e logo íamos assistir ele treinando. Eu observava que ele tinha uma certa dificuldade. Um dia faltou alguém e não poderiam completar o time, e eu me ofereci para participar e ajudar meu irmão. Depois disso acabei largando o futsal e me dedicando ao basquete".

O momento em que percebeu que queria ser jogador profissional

"Eu sai de casa muito cedo, aos 13/14 anos de idade para morar na Europa. Foi uma decisão muito difícil para mim e para minha família. A princípio, minha mãe não queria que eu fosse para a Europa, e sim para São Paulo, pois era mais perto e poderíamos nos ver com mais frequência, mas eu achei que era uma oportunidade única e insisti em ir para a Espanha. Antes de aceitar, minha mãe me disse que somente me deixaria ir se eu prometesse me dedicar ao máximo e garantisse a ela que era isso que eu queria para minha vida, pois seria muito difícil para ela e nossa família. Garanti que levaria a sério e me esforçaria durante toda minha carreira. A partir desse dia tive a certeza de que era o que queria para minha vida, e até hoje me esforço e dedico não só por mim, mas também por todo esforço que minha família fez e continua fazendo para que eu possa seguir meu sonho". 

O primeiro jogo como profissional

"Eu tinha 16 anos de idade, jogava na Espanha, e estreei pelo clube do C.B Prat, da LEB Oro (segunda divisão da Liga Espanhola), que era vinculado ao meu antigo clube, o Joventut Badalona. Foi um jogo contra o Barcelona B, representante da equipe catalã na LEB Oro, e me lembro bem de entrar nos últimos quatro minutos e poder anotar dois pontos e pegar dois rebotes. Foi uma sensação única, principalmente por poder sentir essa sensação tão novo. Com certeza vai ser um momento que me lembrarei pro resto da vida".

Jogos marcantes

"Houve um jogo em janeiro de 2015. Joguei a semifinal de um torneio sub-15 contra o Barcelona, e por acaso foi meu primeiro jogo contra eles. Como eu jogava na categoria de cima, e já tinham me visto jogar, eles me marcaram quadra inteira o jogo todo com dobras e ajudas. Até faltarem três minutos do último quarto, eu não havia pontuado. Perdíamos por 7 pontos, e durante esses três minutos fiz os últimos 11 pontos do meu time, e acabamos vencendo por dois pontos de diferença. Foi um jogo que me marcou bastante, pois mesmo tão jovem e em uma situação de dificuldade, minha vontade de vencer superou esse desafio".

Foto: Marcelo Cortes/Flamengo

Chegada ao Flamengo

"Cheguei ao Flamengo em julho de 2019, e como a equipe profissional estava de férias, me juntei ao sub-19 para poder fazer a pré-temporada. Meu primeiro jogo com a camisa do Flamengo foi uma vitória contra o São Cristóvão, pela Liga Super Basketball, e pude ser o cestinha da partida com 22 pontos. Pela equipe adulta, estreei no Campeonato Carioca contra a equipe do Niterói".

O que pode ser determinante para a conquista do bicampeonato da América

"Para mim, o principal fator será os treinamento pós-pandemia. Estamos vivendo um momento muito difícil, onde não podemos treinar em grupo, o que dificulta e atrapalha na nossa preparação. Então, assim que pudermos voltar normalmente as atividades, precisamos focar e nos dedicar ao máximo, principalmente na nossa preparação física, tática e mental, para que possamos chegar preparados para essa final tão importante".

Momento que serve como inspiração para a grande final

"Acho que não tem como esquecer do jogo contra o Instituto. Partida decisiva pela semifinal da Champions League de Basquete, em que buscamos uma virada de 20 pontos em pleno Maracanãzinho. Foi uma sensação única e de muito aprendizado para mim, pude presenciar toda garra do time para poder reverter essa situação tão complicada no campeonato mais importante de toda a América. Com certeza, foi o melhor jogo de basquete que presenciei em toda minha vida".

As equipes de basquete do Clube de Regatas do Flamengo contam com recursos de seus patrocinadores – BRB, TIM, AmBev, Rede D’or, IRB Brasil RE, CSN, Brasil Plural, EY – via Lei de Incentivo Federal/Ministério do Esporte (IR) e Lei de Incentivo Estadual/Secretaria de Estado de Esporte, Lazer e Juventude (Seelje) do Rio de Janeiro, além de apoio do Comitê Brasileiro de Clubes (CBC).