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Conselho vota pelo futuro dos Esportes Olímpicos

Verba federal de R$ 130 milhões e sobrevivência dos projetos incentivados dependem de adaptação do estatuto à Lei Pelé

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O futuro dos Esportes Olímpicos do Clube de Regatas do Flamengo está em jogo. Na prática, o direito a parte de uma verba federal de R$ 130 milhões e a continuidade dos projetos incentivados. Para isso, o estatuto do clube precisa simplesmente se adaptar à Lei Pelé, adaptação esta que será votada na próxima segunda-feira, pelos membros do Conselho Deliberativo do clube. Em caso de aprovação, os R$ 130 milhões serão destinados aos clubes formadores de atletas olímpicos pelo governo federal. A adaptação é fundamental para a manutenção das modalidades olímpicas no Flamengo. 

O Congresso Nacional aprovou uma lei que destina 0,5% da receita das loterias esportivas para os clubes formadores de atletas olímpicos; o valor de R$ 130 milhões foi liberado pela Casa Civil. Para ter acesso à parte deste valor, o Flamengo precisa cumprir duas premissas: apresentar as certidões negativas de débito, que o Rubro-Negro já possui, e adaptar seu Estatuto à Lei Pelé.

O vice-presidente de Esportes Olímpicos, Alexandre Póvoa, chama a atenção para a grandeza dos atletas olímpicos do clube. "Além das centenas de milhares de cidadãos que já formamos em nossas equipes e escolinhas ao longo dos anos, foram 196 atletas e profissionais flamenguistas, de 15 modalidades diferentes, enviados às 20 edições dos Jogos Olímpicos da era moderna. O nosso Flamengo foi o único clube de futebol que manteve, ao longo das últimas décadas, quase que heroicamente por conta das dificuldades financeiras, o suporte aos esportes olímpicos", lembra.

Fabiana Beltrame, atleta do remo, primeiro esporte do Flamengo, e campeã mundial da modalidade em 2011, falou sobre a importância dos clubes na fomentação do esporte brasileiro. "Os clubes de maneira geral no Brasil são os grandes formadores de atletas, já que não faz parte da cultura do país uma política de captação de atletas nas escolas. A ajuda é muito justa quando vemos que os clubes são essenciais para manter os esportes vivos no Brasil. Como o carro-chefe do Flamengo é o futebol, temos que ir atrás desses incentivos que nos permitem ter nosso próprio dinheiro. Fico muito feliz com a criação dessa nova lei", disse a atleta.

A data-limite para a aprovação da adequação dos estatutos dos clubes é 16 de abril de 2014. A adaptação promoverá ao Flamengo o acesso aos R$ 130 milhões acumulados desde a aprovação da lei e aproximadamente R$ 40 milhões por ano a partir de 2015, fundamentais para a manutenção dos esportes olímpicos do Flamengo, rumo à autossustentabilidade.

Clique aqui e leia a carta do Conselho Diretor do Clube de Regatas do Flamengo aos sócios.