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Nascidos em 28 de outubro

Conheça a história de dois torcedores que vieram ao mundo no 'Dia do Flamenguista'

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Eles são rubro-negros até na carteira de identidade. Camila Pinheiro Batista, 21 anos, estudante de Porto Velho (RO), e Roberto Fernandes da Silva, 41 anos, contador em Curitiba (PR), nasceram no dia 28 de outubro, dia de São Judas Tadeu, Padroeiro do Flamengo, "dia do Torcedor Flamenguista", de acordo com lei sancionada em 2007 pela Prefeitura d oRio.

Conheça um pouco mais desses rubro-negros a partir de relatos enviados especialmente para o Site oficial do Flamengo:

Camila Pinheiro Batista, 21 anos,Estudante, Porto Velho (RO) - O dia amanheceu completamente Rubro-Negro para mim. O dia 28 de outubro não é só um dia dedicado aos torcedores do time que amo, mas também o dia do meu aniversário, o que o torna ainda mais especial. É um dia marcado por expectativas e um sentimento de amor e glória, já que tenho a honra de pertencer a maior e mais bonita nação futebolística do mundo! Ser FLAMENGUISTA me traz uma alegria e um orgulho muito grande. E que venha mais um título nacional, para que o clube e esta NAÇÃO maravilhosa sejam mais engrandecidos do já são! FLAMENGO até morrer!

Roberto Fernandes da Silva, 41 anos, Curitiba (PR) - "Nasci em 28/10/1968. Sou Flamengo desde o ano de 1980, quando tínhamos aquele timaço. Nessa época, com nove anos,  eu morava em um orfanato na cidade vizinha de São José dos Pinhais (sou órfão de pai e mãe). Como na época os jogos mais televisionados eram dos times do Rio, e no orfanato as duas maiores torcidas eram Flamengo e Vasco, acabei optando pelo Mengão.

Mal sabia na época que o dia 28/10 era dia de São Judas Tadeu e que esse Santo era o padroeiro do Flamengo. No orfanato era legal a rivalidade entre as duas torcidas. Vale ressaltar que a rivalidade era muito sadia. Em um dia das crianças, um casal, ao saber do meu aniversário próximo, perguntou o que eu gostaria de ganhar de presente.

Não titubeei: pedi a camisa 10 do Zico. Mas imaginava que era só uma pergunta a toa, pois os grupos iam e vinham e nós ficávamos lá. Para minha surpresa, no dia do meu aniversário, o casal chegou e mandaram me chamar. Ao vê-los, fiquei muito feliz: na ingenuidade de criança de orfanato imaginava que ganharia alguns doces... passei o dia com eles e, no final da tarde, a grande surpresa: ganhei a camisa 10 rubro-negra... foi o melhor presente que ganhei em nove anos de orfanato.  Desfilava com orgulho, pois era uma camisa oficial e ninguém mais tinha. As outras eram todas falsas. Era o máximo: domingão era fatal - a camisa no corpo e nos jogos do Mengão então, era sagrado... o Manto Sagrado.

O tempo passou, saí do orfanato com 18 anos, mas a paixão só aumentou.

Hoje, estou completando 41 anos e tenho um filhinho com  7 anos. Para que time ele torce? FLAMENGO. Ele fala com a boca cheia e assiste comigo aos jogos. Minha esposa não gosta de futebol, mas por causa de nós, ela se diz Flamenguista.

Tive a oportunidade de ir ao Rio de Janeiro uma única vez, mas o Flamengo jogava fora.Acompanho a FlaParaná [Embaixada oficial do Flamengo] e ainda irei realizar o sonho de assistir a um jogo do Mengão no Maracanã. Tenho certeza que esse é o maior sonho dos Flamenguistas que não moram no Rio. Assistir pela televisão é emocionante, mas o prazer de estar no meio da torcida deve ser demais. Se aqui em Curitiba, quando o Mengão vem jogar, já vamos a loucura, imagine no Maracanã?

Aqui em Curitiba temos uma Paróquia (sou católico) que é devotada a São Judas Tadeu, onde tem uma missa às 15h. Irei lá com o Manto Sagrado participar da missa. Meus pedido de presente? Mengão ganhar do Barueri e, na combinação dos resultados de hoje e de amanhã, assumirmos a liderança e pontearmos a tabela até o último jogo com o Grêmio e sermos hexa... é pedir demais? Não, para nós, flamenguistas com muito orgulho e com muito amor... vamos torcer".