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Papo de Campeão: Jorginho conversa com atletas da categoria sub-17, no Ninho do Urubu

Camisa 21 do time principal conta um pouco da sua vasta trajetória em projeto promovido pela base rubro-negra

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Projeto que tem como objetivo aproximar os atletas profissionais aos da base, o Papo de Campeão cai como uma luva no Flamengo. Graças a qualidade do elenco principal do clube, a categoria sub-17 rubro-negra pôde ouvir e fazer perguntas a Jorginho, simplesmente, campeão da Eurocopa, vestindo a camisa da Itália, e da Champions League e do Mundial de Clubes, pelo Chelsea, todos na temporada 2020/2021.

Apesar de toda a reverência ao camisa 21 do Mengão, as brincadeiras não foram deixadas de lado pela garotada no evento realizado nesta terça-feira, no CT George Helal, no auditório que fica na área das categorias de base. 

"Kanté tem os pés no chão?", perguntou um dos atletas, curioso para saber sobre o francês campeão da Copa do Mundo de 2020, pela seleção da França.

O volante do Mengão achou graça, mas fez questão de rasgar elogios ao seu ex-companheiro de Chelsea, considerado o melhor em campo na decisão da Champions contra o Manchester City, vencida por 1 a 0 pelo time de Londres, no clássico inglês.

"Ele é muito bonzinho, não fala nada. Não abre a boca durante os 90 minutos e é um gigante em campo", contou Jorginho.

Outro, certamente pensando no futuro, quis ouvir do volante como é jogar no estádio mais emblemático do mundo, repleto de rubro-negros.

"O Maraca lotado foi um dos que mais senti em emoção, mesmo tendo jogado em muitos estádios históricos. Foi muito especial. Tentei no Brasil e não deu. Voltar e conseguir é sensacional", disse.

O bate papo de Jorginho teve vários momentos de silêncio, que demonstrava claramente a atenção de todos para ouvir as palavras de quem saiu do Brasil, ainda criança, e realizou praticamente todos os sonhos possíveis do futebol.

"A importância de falar para atletas mais jovens é grande. Só que é mais importante que eles vejam a minha participação. As palavras voam e o exemplo é que fica. É bom que os meninos vejam isso de perto e espero que eles tenham escutado e aprendido. O mínimo que eles levem já é positivo. Espero que levem alguma coisa", disse o volante.

Estar diante de alguém que realizou praticamente tudo o que é possível na sua carreira não acontece sempre. Jorginho demonstrou plena consciência disso e procurou ser o mais claro possível ao comentar as características mais comuns de quem chegou no topo. Muito provavelmente não foram palavras inéditas para os jovens ouvintes, mas que adquirem o peso ao ser ditas pelo terceiro melhor jogador do mundo na temporada de 2020/2021.

"Os maiores eram os mais simples, os que mais tratavam bem as pessoas", garante, acrescentando que é preciso força para superar os obstáculos.

"Fui top 3 do mundo após os meus piores seis meses de uma temporada. É preciso ter resiliência, perseverança, porque as coisas mudam rápido. Houve troca de treinador e tudo deu certo, com os títulos da Champions, da Eurocopa e da Supercopa. É preciso ter equilíbrio. Sempre queira ser o melhor. Eu sempre escutei e absorvi muito e as informações que obtive facilitaram a adaptação no campo, taticamente falando", encerrou.

As palavras de Jorge Luiz Frello Filho, o Jorginho, nascido no dia 20 de dezembro de 1991, servem de exemplo não só para os atletas da categoria sub-17, que chegaram ao mundo em 2008, mas a todos os presentes no auditório. O diretor das categorias de base do Flamengo, Alfredo Almeida, que realiza o Papo Campeão ao lado de Patricia Negreiros, coordenadora do departamento de desenvolvimento humano, fez os devidos agradecimentos, assim como o técnico Daniel Franklin, em nome dele e de sua comissão técnica.