Ju Ferreira chega a 100 jogos pelo Flamengo: “Só consigo agradecer por tudo”
Volante alcançou a marca na vitória por 2 a 0 sobre o Vasco com direito a golaço e família presente
Por Rafael Rezende - emSábado. 5 de abril. Dia chuvoso no Rio de Janeiro... Mas com um clássico pela frente, em casa, para as Meninas da Gávea. A partida contra o Vasco pela Copa Rio era mais que especial para uma velha conhecida da Nação Rubro-Negra. O nome dela todo mundo dentro do futebol feminino tem na ponta da língua: Juliana Ferreira.
A vitória por 2 a 0 teve o toque refinado de uma atleta que tem o Flamengo no seu DNA. Autora do golaço que abriu o placar, Ju Ferreira completou 100 jogos com o Manto Sagrado diante da mãe Joana, do tio Roberto Carlos e do primo Lucas. Vale lembrar, claro, que essa é sua segunda passagem pelo clube.


- Olha, quando eu paro e penso, só consigo agradecer por tudo. Ter a minha família me assistindo torna tudo mais fantástico, fiquei bastante emocionada. Fazer meu primeiro gol nesse retorno num clássico, no dia que fiz 100 jogos, me deixa sem saber o que dizer direito. Estou feliz, realizada e muito empolgada para o que vem pela frente. Quando escolhi voltar, tinha certeza de que viveria momentos como este – frisou.
Única campeã brasileira em 2016 no elenco atual, a volante sonha em repetir o feito. Dona de uma mentalidade vencedora, ela entende a necessidade da máxima de deixar tudo em campo pelos objetivos.
- Não tem preço chegar lá no pódio, olhar a caminhada inteira e ver que valeu a pena. Esse título me marcou porque o nosso grupo trabalhava muito, acreditava que era possível, então, tudo ficou melhor. E, além de tudo, ser campeã brasileira pelo Flamengo é surreal. Eu digo isso para as meninas - até porque, eu enxergo muito potencial no plantel. Tenho certeza que, juntas, podemos conquistar grandes coisas, mas vamos precisar pagar o preço – explicou.
Questionada sobre seu gol mais bonito, somando também os da primeira passagem, Ju não hesitou e escolheu o mais recente. Na visão da camisa 28, esse é o pontapé para o recomeço de uma linda história.
- Não tem como ser diferente. Minha mãe estava ali vendo, como não escolher esse? Eu fiquei alguns anos longe de casa, voltei há pouco tempo e quero aproveitar cada segundo de tudo. O gol simboliza o meu retorno. E 100 jogos são 100 jogos. É um privilégio gigante, uma honra mesmo. E eu quero seguir escrevendo novos capítulos aqui – concluiu.

