Nova rotina virtual para as categorias de base do futebol feminino rubro-negro
Com suporte da comissão técnica, atletas dos times Sub-16 e Sub-18 realizam treinos em aplicativo de vídeo
Por Rafael Rezende - emAinda sem data para o retorno presencial, as equipes sub-16 e sub-18 do Flamengo têm feito treinamentos virtuais. Com as atletas em casa, a comissão técnica, que é a mesma nas duas categorias, comanda as atividades por vídeo duas vezes por semana, com duração de aproximadamente uma hora.
O treinador Marcos Gaspar explicou como surgiu a iniciativa e deu alguns detalhes. À frente do Mais Querido desde 2019, ele reiterou a importância do trabalho em conjunto.
"A ideia surgiu dentro da comissão, mais especificamente com o André, preparador físico. O departamento de base do Flamengo nos acenou com essa possibilidade enquanto não retornamos presencialmente com intuito de manter o grupo motivado e levantar o astral das meninas. O clube tem dado todo suporte no futebol feminino e o objetivo é fazer da modalidade um exemplo para o Brasil", disse.
Ciente da importância de manter as atletas ativas, Marcos falou que a iniciativa foi uma forma de ajudar também a cuidar da parte mental, maior preocupação de todos que estão no dia a dia. Mais adiante, existe um planejamento alinhado com o clube para aumentar o nível do trabalho em outros aspectos.
"A adesão foi grande. Sentimos da parte delas uma vontade imensa de estar treinando e a resposta tem sido positiva. Neste momento, o resultado físico é mínimo. A partir de agora, nós vamos usar outras ferramentas para passar informações táticas e técnicas, mostrar sistema de jogo e etc. Além disso, contaremos com a ajuda de diversas áreas do Flamengo. Estamos tentando, mesmo com esse problema pandêmico, acrescentar alguma coisa no currículo esportivo das meninas", ponderou.
Responsável pelos treinos, André Cavalcanti corroborou o discurso e reforçou que as jogadoras precisam estar em contato (mesmo que seja virtual). O preparador aproveitou que pretende dar continuidade aos exercícios.
"O importante do retorno online, sem sombra de dúvidas, é mais emocional. A prioridade é trabalhar a mente. Deixar de fazer o que a gente gosta é sempre complicado, então, neste momento, os treinamentos são voltados para o convívio das atletas. Nada vai se comparar ao trabalho feito nas quatro linhas, mas executar essas atividades de forma planejada vai me dar a chance de acelerar um pouco mais e tentar mexer nas valências físicas", encerrou.