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A doce rotina de um treinador campeão

Andrade segue radiante por fazer história no Flamengo, mas já começa a pensar em 2010

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Fazer parte de uma lista que tem nomes como Paulo Cesar Carpeggiani, Muricy Ramalho e Emerson Leão é motivo de orgulho para Andrade. São poucos que têm o privilégio de terem sido campeões brasileiros como jogadores e treinadores. Por isso, o Tromba não esconde a felicidade com o feito que alcançou no último domingo. Afinal, além disso, ele ainda é o maior vencedor da história do Brasileirão, com seis títulos (cinco em campo e um à beira dele).

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Fazer história não é novidade para Andrade. Mas, mesmo assim, o primeiro técnico negro a levantar o troféu de campeão brasileiro, segue emocionado com a conquista do hexacampeonato. O comandante rubro-negro revela que, nem no melhor de seus sonhos, teria imaginado obter tanto sucesso em tão pouco tempo em sua carreira como treinador.

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"É um privilégio para poucos estar nesta seleta lista de ex-jogadores, que também foram campeões como técnico. Isso é um motivo de orgulho e satisfação para mim. Esse sucesso é algo que jamais sonhei na minha carreira. Sonhava ser treinador, mas não pensava que fosse me sair tão bem tão rápido. Em seis meses de trabalho já ser campeão brasileiro e ser ovacionado pela torcida do Flamengo como fui como jogador... Foi um final de ano de sonho para mim", comemorou o treinador, em entrevista ao SporTv News, na noite desta terça-feira.

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Apesar de ter feito história no Flamengo, o ex-volante não teve muitas oportunidades na Seleção Brasileira. E quem disse que ele liga? O ex-craque acredita que "quem joga pelo Flamengo, não pode ter mágoa de não jogar pela seleção, afinal, o Flamengo, de certa forma, já é uma seleção". Treinador do hexa, Andrade lembra com carinho dos tempos de jogador na Gávea. Na memória do Tromba, em especial, está o ano de 1987.

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"Aquele grupo de 1980 era uma grande família. Temos carinho e respeito por todos, era uma geração vencedora e ainda nos encontramos hoje. Fico feliz em representar essa geração, que conquistou o mundo e mudou a história do Flamengo. Lembro muito de 87, que tinha remanescentes daquele time de 81, como eu, Leandro e Zico, e também gente nova surgindo, como o Leonardo", recordou.
 
Andrade ainda não sabe se fica no Flamengo, mas seu desejo, e a vontade também já manifestada pela presidente eleita do clube, Patrícia Amorim, é de que a resposta seja positiva. Por isso, o treinador já pensa em fazer o Urubu alçar vôos ainda mais altos em 2010.

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"Dei minha resposta dentro de campo, trabalhando, mas não sou uma pessoa que se acomoda. Conquistamos o Brasileiro, ótimo, mas podemos brigar por mais. O próximo passo é o tetra carioca, além da Taça Libertadores, que vem logo em seguida. Já temos que começar a pensar nisso e almejar estas consquistas", finalizou.