Acostumado à pressão, Zico quer ser avaliado como dirigente
Galinho acredita que história como ídolo não será modificada e relembra época de torcedor
Por Da equipe do site oficial do Flamengo - em
A expectativa é muito grande em torno do trabalho de Zico à frente do futebol rubro-negro. Nesta terça-feira (01.06), o eterno camisa 10 da Gávea foi apresentado como novo diretor executivo e demonstrou ciência de que será muito cobrado no cargo. Acostumado à pressão e experiente em gestão de clubes, Zico se diz pronto para ouvir críticas, elogios e pede que a torcida avalie seu trabalho como dirigente, deixando seu passado como jogador de lado.
Tendo o trabalho que fez no Kashima como exemplo, Zico acredita que pode ajudar o Flamengo e pede a colaboração de todos para que o projeto dê certo.
"O ídolo fica para trás. Passou. Agora vamos trabalhar. O que foi feito não se apaga, está na história do clube, mas como dirigente começo do zero. E quero ser avaliado como dirigente. Tenho uma passagem bonita pelo Japão, no Kashima, e fico muito orgulhoso em ver que o clube hoje é a grande referência do futebol japonês. A única coisa que quero das pessoas é que acreditem e pensem sempre no que será montado, porque é para o melhor do Flamengo. Se merecer críticas, devo ser criticado como dirigente. Se fizer besteira, tem mais é que criticar mesmo. Se eu não estivesse preparado para isso, não sentaria aqui. Estou de peito aberto, encarando de frente as críticas e elogios", afirmou.
Feliz em estar de volta ao local onde se consagrou dentro do campo, o Galinho relembrou com emoção dos tempos em que ainda era mais um torcedor fanático no meio da Nação.
"Chegar onde cheguei, sendo jovem, saindo do subúrbio e sendo torcedor fanático do Flamengo não foi fácil. Eu tive a oportunidade de estar perto dos meus ídolos e é esse lado do Zico que está presente aqui. Volto lá, quando eu tinha 14 anos, cheio de sonhos e aspirações. Depende de você somente. Jogar é sempre mais fácil. Chegar a um cargo como esse onde as preocupações são outras, não há como comparar. O importante é arregaçar as mangas e começar o trabalho", explicou o eterno camisa 10 da Gávea, sabedor de que a pressão será imensa.
"Quem está no futebol, sabe que depende de resultados. É normal a cobrança. E as correntes políticas sempre irão existir. Mas todas querem o bem do Flamengo. Isso é normal e quem estiver no cargo tem que ser forte para responder às cobranças. Se as coisas são muito fáceis, você se acomoda. Me acostumei à pressão durante toda a minha vida e todos nós torcemos para que todo mundo dê sua contribuição para o clube. Estou aqui graças à confiança que tenho na Patrícia, mas se ela achar, profissionalmente, que as coisas não estiverem acontecendo, tem todo o direito de fazer suas mudanças. Não vou ficar chateado. Quero ver o Flamengo ganhando, estando ou não aqui. E nada vai mudar esse meu pensamento", encerrou.
Confira outros assuntos abordados pelo Galinho na coletiva.
Inter de Milão como exemplo - A Inter de Milão, contra o Barcelona, sabia das dificuldades, mas o treinador determinou a forma de jogar e todos acreditaram no que ele falou. Conseguiram a classificação e isso foi um grande exemplo de entrega, que depois rendeu título. Isso é uma grande receita para o Flamengo. O cara quando entra em campo, como diz o Junior, tem que ter a segunda pele. Ela as vezes supera situações adversas e tomara que consigamos, cada vez mais, implantar isso no trabalho.
Direitos e deveres - Todo jogador tem direitos e deveres. É preciso ler o que está escrito no contrato. Tanto na parte do clube como do atleta e ambas as partes têm que cumprir isso. É simples. O atleta tem que saber que tem o dever de trabalhar como está determinado, mas também a manutenção da imagem do clube.
Forma de trabalhar - Quando o jogador está de frente com alguém que passou e foi vencedor, vai pensar duas vezes antes de fazer uma colocação. Mas não quero que ninguém me olhe como o que fui no passado e, sim, como um dirigente que está ali para ajudá-lo naquele momento. Pode conversar comigo olho no olho. A minha forma de trabalhar é sempre voltada para o lado positivo. Vamos criar um organograma de trabalho, determinar pessoas para cada função e, desde o profissional até o mirim, vamos conversar para fazer uma coisa limpa dentro do clube, que todos saibam o que tem que fazer, qual é a filosofia...
Categorias de base - O Flamengo tem que ter a cada ano um número x de jogadores que podem ser aproveitados no profissional. É importante a formação de jogadores e isso tem que voltar a existir. Base não é para dar título, mas para formar jogadores. Se ganhar, ótimo, mas a filosofia é de formação. Creio que quem vai comandar tem que saber os objetivos deles e vamos colocar isso para todos. Vou escolher a equipe dentro do que já tenho montado, vou apresentar à presidente, às comissões e aos departamentos.
Pagamento - O que eu tinha de receber, recebi como jogador. Questão de opinião. Consegui minha imagem junto ao Flamengo e falei justamente isso. Não quero onerar o clube. Quero ceder minha imagem e trabalhar no clube, ajudando cada vez mais.
Data para assumir - Quinta-feira viajo, tenho um evento e vou para a África do Sul, participar de um congresso na FIFA. Sou um dos laureados entre os 100 atletas da FIFA. Somos três no Brasil apenas e é uma honra muito grande para mim. Devo isso ao Flamengo. Sempre somos convidados e vou para esse congresso. Volto ao Brasil no dia seguinte para começar o trabalho aqui no Flamengo. Nos dias 7, 8, 9 e 10 de julho tenho uma clínica na Disney, em Orlando. Assisto à final da Copa lá e volto. Pretendo ficar no CT, no Recreio, a base será lá.
Perfil das contratações - Depende muito do material humano. O perfil que queremos é um perfil vencedor, de conhecimento do clube e saiba jogar com a torcida que tem. Que sempre esteve ao lado do clube, em todos os momentos. Tem que se saber utilizar isso. Uma das grandes virtudes das equipes campeãs do Flamengo foi justamente saber trazer a torcida para junto do time. O desafio é manter a equipe campeã. O Flamengo é o atual campeão brasileiro e temos que ter equipe em condições de disputar esse título mais uma vez.
Ninho do Urubu - A partir do próximo ano já esperamos ter uma estrutura boa. Queremos ter um local próprio a partir de janeiro do ano que vem.
Tendo o trabalho que fez no Kashima como exemplo, Zico acredita que pode ajudar o Flamengo e pede a colaboração de todos para que o projeto dê certo.
"O ídolo fica para trás. Passou. Agora vamos trabalhar. O que foi feito não se apaga, está na história do clube, mas como dirigente começo do zero. E quero ser avaliado como dirigente. Tenho uma passagem bonita pelo Japão, no Kashima, e fico muito orgulhoso em ver que o clube hoje é a grande referência do futebol japonês. A única coisa que quero das pessoas é que acreditem e pensem sempre no que será montado, porque é para o melhor do Flamengo. Se merecer críticas, devo ser criticado como dirigente. Se fizer besteira, tem mais é que criticar mesmo. Se eu não estivesse preparado para isso, não sentaria aqui. Estou de peito aberto, encarando de frente as críticas e elogios", afirmou.
Feliz em estar de volta ao local onde se consagrou dentro do campo, o Galinho relembrou com emoção dos tempos em que ainda era mais um torcedor fanático no meio da Nação.
"Chegar onde cheguei, sendo jovem, saindo do subúrbio e sendo torcedor fanático do Flamengo não foi fácil. Eu tive a oportunidade de estar perto dos meus ídolos e é esse lado do Zico que está presente aqui. Volto lá, quando eu tinha 14 anos, cheio de sonhos e aspirações. Depende de você somente. Jogar é sempre mais fácil. Chegar a um cargo como esse onde as preocupações são outras, não há como comparar. O importante é arregaçar as mangas e começar o trabalho", explicou o eterno camisa 10 da Gávea, sabedor de que a pressão será imensa.
"Quem está no futebol, sabe que depende de resultados. É normal a cobrança. E as correntes políticas sempre irão existir. Mas todas querem o bem do Flamengo. Isso é normal e quem estiver no cargo tem que ser forte para responder às cobranças. Se as coisas são muito fáceis, você se acomoda. Me acostumei à pressão durante toda a minha vida e todos nós torcemos para que todo mundo dê sua contribuição para o clube. Estou aqui graças à confiança que tenho na Patrícia, mas se ela achar, profissionalmente, que as coisas não estiverem acontecendo, tem todo o direito de fazer suas mudanças. Não vou ficar chateado. Quero ver o Flamengo ganhando, estando ou não aqui. E nada vai mudar esse meu pensamento", encerrou.
Confira outros assuntos abordados pelo Galinho na coletiva.
Inter de Milão como exemplo - A Inter de Milão, contra o Barcelona, sabia das dificuldades, mas o treinador determinou a forma de jogar e todos acreditaram no que ele falou. Conseguiram a classificação e isso foi um grande exemplo de entrega, que depois rendeu título. Isso é uma grande receita para o Flamengo. O cara quando entra em campo, como diz o Junior, tem que ter a segunda pele. Ela as vezes supera situações adversas e tomara que consigamos, cada vez mais, implantar isso no trabalho.
Direitos e deveres - Todo jogador tem direitos e deveres. É preciso ler o que está escrito no contrato. Tanto na parte do clube como do atleta e ambas as partes têm que cumprir isso. É simples. O atleta tem que saber que tem o dever de trabalhar como está determinado, mas também a manutenção da imagem do clube.
Forma de trabalhar - Quando o jogador está de frente com alguém que passou e foi vencedor, vai pensar duas vezes antes de fazer uma colocação. Mas não quero que ninguém me olhe como o que fui no passado e, sim, como um dirigente que está ali para ajudá-lo naquele momento. Pode conversar comigo olho no olho. A minha forma de trabalhar é sempre voltada para o lado positivo. Vamos criar um organograma de trabalho, determinar pessoas para cada função e, desde o profissional até o mirim, vamos conversar para fazer uma coisa limpa dentro do clube, que todos saibam o que tem que fazer, qual é a filosofia...
Categorias de base - O Flamengo tem que ter a cada ano um número x de jogadores que podem ser aproveitados no profissional. É importante a formação de jogadores e isso tem que voltar a existir. Base não é para dar título, mas para formar jogadores. Se ganhar, ótimo, mas a filosofia é de formação. Creio que quem vai comandar tem que saber os objetivos deles e vamos colocar isso para todos. Vou escolher a equipe dentro do que já tenho montado, vou apresentar à presidente, às comissões e aos departamentos.
Pagamento - O que eu tinha de receber, recebi como jogador. Questão de opinião. Consegui minha imagem junto ao Flamengo e falei justamente isso. Não quero onerar o clube. Quero ceder minha imagem e trabalhar no clube, ajudando cada vez mais.
Data para assumir - Quinta-feira viajo, tenho um evento e vou para a África do Sul, participar de um congresso na FIFA. Sou um dos laureados entre os 100 atletas da FIFA. Somos três no Brasil apenas e é uma honra muito grande para mim. Devo isso ao Flamengo. Sempre somos convidados e vou para esse congresso. Volto ao Brasil no dia seguinte para começar o trabalho aqui no Flamengo. Nos dias 7, 8, 9 e 10 de julho tenho uma clínica na Disney, em Orlando. Assisto à final da Copa lá e volto. Pretendo ficar no CT, no Recreio, a base será lá.
Perfil das contratações - Depende muito do material humano. O perfil que queremos é um perfil vencedor, de conhecimento do clube e saiba jogar com a torcida que tem. Que sempre esteve ao lado do clube, em todos os momentos. Tem que se saber utilizar isso. Uma das grandes virtudes das equipes campeãs do Flamengo foi justamente saber trazer a torcida para junto do time. O desafio é manter a equipe campeã. O Flamengo é o atual campeão brasileiro e temos que ter equipe em condições de disputar esse título mais uma vez.
Ninho do Urubu - A partir do próximo ano já esperamos ter uma estrutura boa. Queremos ter um local próprio a partir de janeiro do ano que vem.