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Conheça a história do novo diretor-executivo do Flamengo

Site Oficial do Flamengo relembra momentos históricos da carreira de Zico, dentro e fora de campo

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É dever cívico de todo rubro-negro conhecer de cor e salteado a trajetória de seu maior ídolo. Mas para aqueles alunos que nunca estudaram a fundo os passos do camisa 10 da Gávea e também para os mais jovens, que não tiveram o prazer de assistir às jogadas geniais de Zico, o site oficial do Flamengo preparou um especial com a carreira do Galinho de Quintino em detalhes. E para os que já sabem muito bem quem foi Arthur Antunes Coimbra, vale a pena relembrar os momentos de glória que ele viveu vestindo o Manto Sagrado.

Nesta terça-feira, Zico, que conquistou, entre outros títulos de torneios amistosos, sete Estaduais, quatro Brasileiros, a Libertadores e o Mundial com o Flamengo, assume um cargo de muita responsabilidade fora de campo. O Galinho será o diretor-executivo de futebol do clube. Mas até chegar a tal posto, ele fez muito pelo Rubro-Negro e também por outras esferas do esporte. Zico fez muito mais do que 509 gols com a camisa do time da Gávea e você pode conferir seus melhores momentos neste especial e também no perfil do Galinho na Flapédia.

O franzino menino de Quintino
Um garoto franzino, morador do bairro de Quintino, zona norte do Rio de Janeiro, chamava atenção não só por estar sempre ao lado de uma bola, como também pela habilidade no controle dela. Atuando no futsal do River Futebol Clube e também no Juventude, time que teve muita influência de sua família, Arthurzico encantou o jornalista Celso Garcia.

Em 1967, ele foi levado para a Gávea e pouca gente poderia imaginar que ali estava se iniciando a história do maior ídolo dos 114 anos do Clube de Regatas do Flamengo. Zico só estreou no time principal em 1971, em uma partida contra o Vasco da Gama, cujo placar terminou 2 a 1 para o time rubro-negro, em que o debutante deu o passe para Fio Maravilha marcar o gol da vitória. Três anos depois, se firmou como titular e não saiu mais, depois de passar por uma intensa preparação física e a um trabalho de fortalecimento muscular, devido ao corpo antes franzino, que lhe rendeu o carinhoso apelido de "Galinho de Quintino".

Ei, ei, ei, o Zico é o nosso rei!
Mas Zico só se tornou o Zico que todos conhecem hoje em 1978. Ao lado de outros craques, como Adílio, Andrade e Júnior, formou o maior time da história do futebol rubro-negro. Com um futebol quase perfeito, Zico conquistou o tricampeonato carioca, o terceiro do clube. Em 1979, o time conquistaria o prestigiado torneio amistoso Ramón de Carranza, com destaque para a vitória por 2 x 1, em que ele marcou um dos gols, sobre o Barcelona de Johan Neeskens, Allan Simonsen, Hans Krankl e Carles Rexach.

Ainda naquele ano, ele também marcou seu 245º gol, em partida contra o Goytacaz, superando Dida como o maior artilheiro da história do Flamengo. E as glórias estavam só começando. Viria ainda o primeiro título brasileiro, em 1980, em uma histórica final contra o Atlético Mineiro, a Libertadores e o Mundial de 1981, o segundo brasileiro, em 1982, o terceiro, em 1983... Mas naquele ano, Zico ergueu a taça consciente de que seria sua até então última partida pelo Flamengo: o Galinho acertou sua ida para a Udinese e deixou a Nação órfã. Só que um bom filho sempre torna à casa...

Após duas temporadas na Itália, Zico voltou no segundo semestre de 1985 ao time do coração, mas uma lesão quase o tirou dos gramados. Após receber entrada dura em jogo contra o Bangu, ficou muito tempo longe dos campos se recuperando de contusão grave no joelho, mas deu a resposta aos que já o consideravam ex-jogador veio em fevereiro de 1986, às vésperas da Copa: contra o rival Fluminense, Zico marcou três gols - um de falta - em vitória flamenguista por 4 x 1. No Flamengo, a recompensa viria com o título estadual naquele ano e, no seguinte, com o tetracampeonato brasileiro, conhecido como Copa União, que seria a última taça levantada pelo Galinho no Flamengo. Sua última partida profissional terminou da melhor forma: em inesquecível goleada de 5 x 0 sobre o Fluminense, em Juiz de Fora, em jogo em que Zico não poupou dribles, lançamentos e um novo inesquecível gol de falta.

Na Seleção – Atuou pela seleção brasileira de futebol  de 1976  à 1986, tendo marcado 66 gols em 89 partidas e perdido uma única partida no tempo normal de jogo, contra a Itália, no estádio do Sarriá, na Copa da Espanha, em 1982. Participou ainda das Copas do Mundo de 1978, e 1986. Sua estréia na seleção ocorreu numa excursão na qual o Brasil enfrentou países sul-americanos. Fez belos gols de falta e assumiu a condição de maior esperança do Brasil após o término da carreira de Pelé. Sua participação na Copa de 1978, contudo, foi curta, tendo sido encerrada logo na primeira fase após sofrer uma grave contusão muscular, contra a Polônia. Infelizmente, em 1986, perdeu um pênalti contra  França no jogo que eliminou o Brasil, e nunca conquistou a Copa do Mundo. Como diz Fernando Calazans, "azar da Copa".

No Japão – Em 1991, retornou ao futebol, para disputar o campeonato japonês. Seu retorno aos gramados, junto com outros jogadores famosos já aposentados ou em vias de se aposentar é hoje apontado como uma das maiores razões da popularização do futebol no Japão. Três anos depois, deixou definitivamente de atuar como jogador. No Japão ele atuou pelo Sumitomo Metals e pelo clube originado deste, o atual Kashima Antlers. O Galinho ganharia também uma bela estátua em sua homenagem. Zico é muito reverenciado no Japão, e outra prova disso, é o apelido carinhoso "God of Soccer" (Deus do Futebol).

CFZ - O CFZ foi fundado no dia 12 de julho de 1996, data em que registrou seu contrato social, como geralmente ocorre com os clubes-empresas. Seu criador foi o ex-jogador Zico. O clube inicialmente chamou-se Rio de Janeiro Futebol Clube e entrou em atividade seis meses depois do primeiro aniversário do Centro de Futebol, no Recreio dos Bandeirantes. O CFZ do Rio deu origem a uma filial sediada na cidade de Brasília: o homônimo CFZ. O clube brasiliense foi fundado no dia 1º de agosto de 1999, em sociedade com a empresa HPMA. Os dois clubes passaram a utilizar os mesmos jogadores e comissão técnica durante algum tempo.

Como Treinador – A partir de Junho de 2002, passou a exercer o cargo de treinador. Começou na seleção do Japou e comandou os nipônicos ao título na Copa da Ásia de 2004 e também na Copa do Mundo de 2006. Depois disso, foi contratado para treinar a equipe turca do Fenerbahçe, onde ganhou em sua primeira temporada o campeonato turco e, na seguinte, levou a equipe às quartas-de-finais da Liga dos Campeões da UEFA de 2007-2008, sendo esta a melhor participação de um clube da Turquia no principal torneio europeu de clubes. Em setembro de 2008, foi contratado para treinar a equipe Bunyodkor, do Uzbequistão. Ficou pouco mais de quatro meses, o suficiente para conquistar a Copa do país. No início de 2009, o futebol asiático foi trocado pelo CSKA Moscou, e em setembro, assinou com o Olympiacos da Grécia.