O Flamengo chega ao último compromisso da temporada 2025 com um dado que traduz, na prática, parte do trabalho diário realizado fora das quatro linhas: nenhum atleta do elenco profissional está afastado ou sem condição de jogo por lesão. É desta maneira que o Rubro-Negro se apresenta para enfrentar o PSG, nesta quarta-feira (17), em Doha.

Esse resultado está longe de ser fruto do acaso. Ele é consequência de um trabalho multidisciplinar, contínuo e altamente integrado, conduzido pelo Departamento Médico, Fisioterapia, Fisiologia, Preparação Física, Nutrição e Comissão Técnica, além do engajamento ativo dos atletas e do comando do técnico Filipe Luís. O foco permanente em gestão física, prevenção de lesões e saúde do elenco, em uma temporada marcada por elevada exigência competitiva e calendário intenso, contribuiu para sustentar o desempenho esportivo e a regularidade da equipe.

Ao longo da temporada, o Flamengo manteve um índice médio de disponibilidade física superior a 87%, considerando exclusivamente a condição clínica e funcional dos atletas. O dado reflete o percentual de jogadores aptos (sem lesão) a serem relacionados, desconsiderando ausências por suspensão, convocação, controle de carga ou opção técnica. Esses valores são considerados ideais na literatura e na prática do alto rendimento, segundo estudo epidemiológico conduzido pela UEFA com mais de 100 clubes.

Mais do que um número, esse índice reforça a eficiência de um modelo de trabalho baseado em planejamento, monitoramento contínuo, uso de dados, individualização de cargas e decisões compartilhadas entre as áreas. Esse cuidado se reflete também na utilização do elenco. Em 2025, grande parte do elenco superou suas marcas de minutos em campo em relação à temporada anterior.

“Outro pilar fundamental foi a gestão prudente das lesões, conduzida com responsabilidade, baseada em evidência científica e sem sensacionalismo. A identificação precoce, o respeito aos tempos biológicos de recuperação e a tomada de decisão criteriosa evitaram agravamentos, recidivas e afastamentos prolongados. Essa abordagem não apenas protegeu o atleta no curto prazo, como também impactou positivamente a evolução da temporada, promovendo maior continuidade, estabilidade de desempenho e melhor resposta física ao longo do ano”, explicou Fernando Sassaki, chefe do Departamento Médico do Flamengo.

“É importante observar esses números também pelo lado da performance. Além de estarem disponíveis, os atletas tiveram um alto nível de desempenho neste ano. Isso passa pela liderança do Filipe Luís, que cobra bastante de toda a equipe de trabalho, mas também delega responsabilidades e confia nos profissionais envolvidos. Sem falar no comprometimento dos jogadores, que entendem o processo e compram a ideia. O desafio agora é olhar para 2026, sabendo que temos potencial de melhora e buscando evoluir ainda mais em relação a 2025”, comentou Diogo Linhares, preparador físico da equipe.

Em 2026, com o aprendizado e as experiências de 2025, o Flamengo seguirá investindo em ciência, processos, integração e gestão responsável das lesões, entendendo que saúde do atleta e rendimento esportivo caminham lado a lado. Chegar ao último jogo da temporada com o elenco íntegro é um reflexo direto dessa filosofia de trabalho.