"Que venham 400, 500, 600..."
Próximo de fazer 32 anos, Leo Moura chega aos 300 jogos pelo Flamengo e nem pensa em aposentadoria
Por Da equipe do site oficial do Flamengo - em
Nas palavras de Artur da Távola, uma descrição do que é "ser Flamengo" parece se confundir com as características de um jogador que está próximo de alcançar uma marca histórica no Rubro-Negro: "Ser Flamengo é ter certezas, vontade, garra e disposição. É paixão com alegria, alma com fome de gol e vontade com definição". "Ser Flamengo" é algo que faz parte de Leonardo Moura.
Ele está próximo do 300º jogo pelo Flamengo, mas vestir a camisa vermelha e preta não é nenhuma novidade para o lateral, que no próximo dia 23 de outubro completará 32 anos de idade. Costuma-se dizer que quem um dia experimentou a emoção de ser Flamengo, nunca mais vai viver outra que se equipare. O capitão a sente há cinco anos e sabe bem o que é este sentimento. "É enfrentar trovões ou hinos de amor com o olhar firme da convicção. É crer, é ser, é vibrar. É vencer. É correr para; jamais correr de".
Afinal, o Flamengo "é flor que quebra o muro, mão que faz o trabalho, povo que faz país". País que, segundo Nelson Rodrigues, "se Euclides da Cunha fosse vivo, teria preferido o Flamengo a Canudos para contar a história". E, com certeza, um dos personagens desta obra seria Leo Moura, entrevistado deste bate-papo exclusivo do site oficial do Flamengo na véspera de sua 300ª partida. O camisa 2 falou sobre os cinco anos de clube, as grandes vitórias, as decepções e as expectativas para o futuro.
"Que venha o jogo 400, 500, 600... Quanto der", resumiu.
Confira abaixo os principais trechos da entrevista:
A marca histórica - Representa muita coisa. É um momento especial, que estou vivendo há cinco anos aqui. Minha passagem aqui é marcada por títulos. Cheguei ao Flamengo em 2005 e só naquele ano não ganhei nada. É muito gratificante saber que estou na história do Flamengo e que serei lembrado com carinho pelas conquistas deste grupo. Pretendo ficar aqui até o final da minha carreira e, até lá, espero ganhar mais títulos e escrever ainda mais meu nome nessa história.
Conquista Inesquecível - Já foram várias partidas que ficarão na minha cabeça, mas a principal foi a Copa do Brasil de 2006, porque foi meu primeiro título aqui e isso vai ficar marcado. Que depois destes 300 jogos, eu possa fazer mais ainda.
Céu x Inferno - Flamengo é isso. Não tem meio termo. Ou é céu ou inferno. Mas graças a Deus, dentro desses 300 jogos, fiquei mais no céu. Isso é importante. Mas tudo que aconteceu aqui até hoje serve de lição para o que ainda vem pela frente. Não quero ficar só em 300. Se puder, quero 400, 500, 600...
Decepção - Queria muito ter conquistado a Libertadores em 2010, mas infelizmente não deu. Ainda sonho em chegar à decisão dessa competição e conquistar este título vestindo a camisa do Flamengo.
Aposentadoria – Não estou pensando nisso agora. A família até conversa sobre isso, as filhas as vezes dizem: "Papai, não vai não, fica comigo". E isso mexe. A vida de jogador é complicada, mas vou procurar jogar mais tempo ainda pensando também nelas, no futuro delas. Quero jogar mais uns três ou quatro anos e penso em encerrar a carreira aqui, com certeza.
Momento da Equipe - O grupo vinha fazendo boas partidas, mas infelizmente a gente não vinha vencendo. Ontem eu conversava com os jogadores na concentração, que precisávamos de uma vitória. Graças a Deus, ontem veio esse 2 a 0. Agora é dar continuidade. Temos um jogo contra o Avaí, fora de casa, que é mais uma partida de seis pontos.
Posicionamento - Mesmo não sendo tão acionado ofensivamente, vou sempre brigar defensivamente. Quando ganha, ganha todo mundo. Quando perde, também. Já fiz diversas funções, joguei no meio, avancei ao ataque, joguei mais atrás...
Companheiros - Todos têm um pouco desses 300 jogos também. Foram vários companheiros que passaram por aqui. Futebol é ruim e bom por isso. Você faz muita amizade, carinho, mas depois cada um vai para um canto. Aqui tem alguns remanescentes. O Angelim, o Juan, o Toró, tinha o Bruno... Foram muitos momentos bons e agradeço a todos eles de coração. Isso não alcancei de maneira alguma sozinho. O Fabio Luciano, Renato Augusto, Toró, foram companheiros que sempre me dei mais. Mas claro que todo mundo é importante neste momento.
Liderança no grupo - O que podemos fazer por eles é passar muita tranqüilidade e confiança. Temos que deixá-los à vontade. Eles têm muita qualidade, mas não podem ser cobrados como soluções. Estão aqui para somar e os jogadores mais experientes farão o possível para que eles evoluam cada vez mais. Todos aqui se respeitam muito e até mesmo pela história que jogadores como eu, Juan e o Pet fizemos aqui no clube, sabemos que somos exemplos para esses meninos. E o que podemos fazer é apoiá-los e passarmos um pouco da nossa experiência para eles.
Carinho da Torcida - Procuro retribuir ao carinho não só em campo como também fora, com muita humildade, dando atenção aos fãs, ao pessoal do Twitter... Eu sou esse cara aqui que vocês estão vendo e costumo dizer sempre isso: não sou diferente de ninguém só por ser jogador do Flamengo. Sou uma pessoa comum e fico muito feliz com o reconhecimento dos torcedores. O mínimo que posso fazer é retribuir esse carinho.
Consolidação no Fla - Vale muito. Passei em vários clubes, fiquei pouco tempo, mas sabia que uma hora tinha que parar em algum clube, e graças a Deus, foi no clube de coração. Posso dizer de peito aberto que amo o Flamengo. Cheguei aqui com nove anos, não fiz toda a fase, mas estava sempre na arquibancada, entrei em campo com Zico, Bebeto e Jorginho, sou Flamengo de carteirinha e completar estes 300 jogos ée fundamental.
Moicano - É, acabou se tornando uma marca. Não pensava que fosse ter tanta repercussão, mas é bem legal. As crianças gostam bastante, tem uns que tentam imitar. Virou uma marca registrada mesmo.
Na história - Quero um espacinho ali. Acho que vou ter, pelo menos em um cantinho do lado dessas feras. Graças a Deus, com os títulos que conquistei, separei um lugarzinho na história do Flamengo.
Ficha Técnica
Nome Completo: Leonardo da Silva Moura
Apelido: Léo Moura
Dia do Nascimento: 23 de Outubro de 1978
Nascimento: Niterói (RJ)
1° jogo: 12/06/2005 (Corinthians 4 x 2 Flamengo)
Gols: 38
Assistências: 51
Títulos
Campeonato Brasileiro: 2009
Copa do Brasil: 2006
Taça Guanabara: 2007, 2008
Taça Rio: 2009
Campeonato Carioca: 2007, 2008,2009
Troféu 80 anos G.R.E.S. Mangueira: 2008
Trofeú 100 anos Souza Aguiar: 2007
Ele está próximo do 300º jogo pelo Flamengo, mas vestir a camisa vermelha e preta não é nenhuma novidade para o lateral, que no próximo dia 23 de outubro completará 32 anos de idade. Costuma-se dizer que quem um dia experimentou a emoção de ser Flamengo, nunca mais vai viver outra que se equipare. O capitão a sente há cinco anos e sabe bem o que é este sentimento. "É enfrentar trovões ou hinos de amor com o olhar firme da convicção. É crer, é ser, é vibrar. É vencer. É correr para; jamais correr de".
Afinal, o Flamengo "é flor que quebra o muro, mão que faz o trabalho, povo que faz país". País que, segundo Nelson Rodrigues, "se Euclides da Cunha fosse vivo, teria preferido o Flamengo a Canudos para contar a história". E, com certeza, um dos personagens desta obra seria Leo Moura, entrevistado deste bate-papo exclusivo do site oficial do Flamengo na véspera de sua 300ª partida. O camisa 2 falou sobre os cinco anos de clube, as grandes vitórias, as decepções e as expectativas para o futuro.
"Que venha o jogo 400, 500, 600... Quanto der", resumiu.
Confira abaixo os principais trechos da entrevista:
A marca histórica - Representa muita coisa. É um momento especial, que estou vivendo há cinco anos aqui. Minha passagem aqui é marcada por títulos. Cheguei ao Flamengo em 2005 e só naquele ano não ganhei nada. É muito gratificante saber que estou na história do Flamengo e que serei lembrado com carinho pelas conquistas deste grupo. Pretendo ficar aqui até o final da minha carreira e, até lá, espero ganhar mais títulos e escrever ainda mais meu nome nessa história.
Conquista Inesquecível - Já foram várias partidas que ficarão na minha cabeça, mas a principal foi a Copa do Brasil de 2006, porque foi meu primeiro título aqui e isso vai ficar marcado. Que depois destes 300 jogos, eu possa fazer mais ainda.
Céu x Inferno - Flamengo é isso. Não tem meio termo. Ou é céu ou inferno. Mas graças a Deus, dentro desses 300 jogos, fiquei mais no céu. Isso é importante. Mas tudo que aconteceu aqui até hoje serve de lição para o que ainda vem pela frente. Não quero ficar só em 300. Se puder, quero 400, 500, 600...
Decepção - Queria muito ter conquistado a Libertadores em 2010, mas infelizmente não deu. Ainda sonho em chegar à decisão dessa competição e conquistar este título vestindo a camisa do Flamengo.
Aposentadoria – Não estou pensando nisso agora. A família até conversa sobre isso, as filhas as vezes dizem: "Papai, não vai não, fica comigo". E isso mexe. A vida de jogador é complicada, mas vou procurar jogar mais tempo ainda pensando também nelas, no futuro delas. Quero jogar mais uns três ou quatro anos e penso em encerrar a carreira aqui, com certeza.
Momento da Equipe - O grupo vinha fazendo boas partidas, mas infelizmente a gente não vinha vencendo. Ontem eu conversava com os jogadores na concentração, que precisávamos de uma vitória. Graças a Deus, ontem veio esse 2 a 0. Agora é dar continuidade. Temos um jogo contra o Avaí, fora de casa, que é mais uma partida de seis pontos.
Posicionamento - Mesmo não sendo tão acionado ofensivamente, vou sempre brigar defensivamente. Quando ganha, ganha todo mundo. Quando perde, também. Já fiz diversas funções, joguei no meio, avancei ao ataque, joguei mais atrás...
Companheiros - Todos têm um pouco desses 300 jogos também. Foram vários companheiros que passaram por aqui. Futebol é ruim e bom por isso. Você faz muita amizade, carinho, mas depois cada um vai para um canto. Aqui tem alguns remanescentes. O Angelim, o Juan, o Toró, tinha o Bruno... Foram muitos momentos bons e agradeço a todos eles de coração. Isso não alcancei de maneira alguma sozinho. O Fabio Luciano, Renato Augusto, Toró, foram companheiros que sempre me dei mais. Mas claro que todo mundo é importante neste momento.
Liderança no grupo - O que podemos fazer por eles é passar muita tranqüilidade e confiança. Temos que deixá-los à vontade. Eles têm muita qualidade, mas não podem ser cobrados como soluções. Estão aqui para somar e os jogadores mais experientes farão o possível para que eles evoluam cada vez mais. Todos aqui se respeitam muito e até mesmo pela história que jogadores como eu, Juan e o Pet fizemos aqui no clube, sabemos que somos exemplos para esses meninos. E o que podemos fazer é apoiá-los e passarmos um pouco da nossa experiência para eles.
Carinho da Torcida - Procuro retribuir ao carinho não só em campo como também fora, com muita humildade, dando atenção aos fãs, ao pessoal do Twitter... Eu sou esse cara aqui que vocês estão vendo e costumo dizer sempre isso: não sou diferente de ninguém só por ser jogador do Flamengo. Sou uma pessoa comum e fico muito feliz com o reconhecimento dos torcedores. O mínimo que posso fazer é retribuir esse carinho.
Consolidação no Fla - Vale muito. Passei em vários clubes, fiquei pouco tempo, mas sabia que uma hora tinha que parar em algum clube, e graças a Deus, foi no clube de coração. Posso dizer de peito aberto que amo o Flamengo. Cheguei aqui com nove anos, não fiz toda a fase, mas estava sempre na arquibancada, entrei em campo com Zico, Bebeto e Jorginho, sou Flamengo de carteirinha e completar estes 300 jogos ée fundamental.
Moicano - É, acabou se tornando uma marca. Não pensava que fosse ter tanta repercussão, mas é bem legal. As crianças gostam bastante, tem uns que tentam imitar. Virou uma marca registrada mesmo.
Na história - Quero um espacinho ali. Acho que vou ter, pelo menos em um cantinho do lado dessas feras. Graças a Deus, com os títulos que conquistei, separei um lugarzinho na história do Flamengo.
Ficha Técnica
Nome Completo: Leonardo da Silva Moura
Apelido: Léo Moura
Dia do Nascimento: 23 de Outubro de 1978
Nascimento: Niterói (RJ)
1° jogo: 12/06/2005 (Corinthians 4 x 2 Flamengo)
Gols: 38
Assistências: 51
Títulos
Campeonato Brasileiro: 2009
Copa do Brasil: 2006
Taça Guanabara: 2007, 2008
Taça Rio: 2009
Campeonato Carioca: 2007, 2008,2009
Troféu 80 anos G.R.E.S. Mangueira: 2008
Trofeú 100 anos Souza Aguiar: 2007
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