Uma nova aposta das categorias de base do Flamengo

Guilherme "Negueba" ganha chance no time profissional sob o comando do técnico Vanderlei Luxemburgo

Por Da equipe do site oficial - em 29/10/2010 às 09:21

O menino que nunca tinha pisado em um campo de futebol quando chegou à Gávea, em 2001, agora é uma das promessas que o técnico Vanderlei Luxemburgo pensa em trabalhar para o futuro do Flamengo. Guilherme Ferreira Pinto, mais conhecido como "Negueba" nas divisões de base, tem 18 anos, nove de clube, e foi relacionado pela primeira vez no time profissional na última terça-feira (26.10), quando se concentrou para o confronto com o Corinthians, na quarta (27.10).

Cria do futebol de salão do Jacarepaguá, Guilherme é torcedor do Flamengo desde pequeno, vem de uma família de rubro-negros e está realizando um sonho desde que recebeu do seu técnico dos juniores, Paulo Henrique, a notícia que Vanderlei Luxemburgo gostaria de contar com ele na equipe de cima.

Um dos destaques do time sub-20, o apoiador, que costuma jogar aberto pelas pontas para usar suas principais características – a habilidade e a velocidade – chegou a disputar algumas partidas também na Copa Sub-23 e estava jogando a Taça Octávio Pinto Guimarães (OPG). Mas agora está, em definitivo, na equipe profissional.

Confira abaixo uma entrevista exclusiva com o jogador:

O momento da 'convocação' - Foi uma surpresa muito grande. Estava treinando nos juniores quando o professor Paulo Henrique (técnico do time sub-20) me tirou do treino. Fiquei assustado e comecei a pensar que tinha feito alguma coisa errada. Aí ele me deu a notícia. Eu fiquei naquele estado de choque, não é? Mas ele falou que era sério, então fui lá, treinei nos profissionais e, graças a Deus, fui bem.

A primeira concentração - Na hora da concentração também foi engraçado, porque o Clebinho (roupeiro) veio me perguntar se eu estava com roupa e com as minhas coisas no Ninho. Eu disse que não, aí ele falou para eu tentar pedir para minha mãe ou alguém levar para mim, porque eu ia para o hotel. Foi uma sensação indescritível.

Início da carreira – Comecei jogando futsal no Jacarepaguá, depois fui para o Jequiá e, então, fui convidado para jogar no Flamengo, no campo. Eu nunca tinha jogado no campo. Foi até bem difícil mesmo para eu me adaptar. Mas tive dois treinadores, o Anthony e o Cleber, que me ajudaram bastante para chegar até aqui.

Vanderlei Luxemburgo – Gostei muito de ter sido convocado por ele. Ele conversou comigo, pediu que eu continuasse treinando no profissional e saber que o Vanderlei Luxemburgo, que é um cara que ganhou tudo no futebol nacional, que tem história, quer você no elenco é uma honra muito grande. Saber que ele aprova seu futebol e aposta em você é muito gratificante.

Motivação na base – Saber que os jogadores da base estão sendo aproveitados é uma motivação muito grande para quem está lá. Comigo não foi diferente. Nós fomos jogar uma partida-treino contra os reservas do profissional, tentei dar meu máximo e acabei ganhando essa chance. No dia seguinte, treinei o rachão já no time de cima, fui relacionado... Com certeza você dá um gás a mais sabendo que estão observando e dando chances aos jogadores criados na base.

Futuro – Penso em fazer muito sucesso aqui no Flamengo. Com certeza, esse é o meu sonho. Ainda falta muita coisa, estou começando agora, mas quero aproveitar cada chance, cada oportunidade, trabalhar bastante, para um dia poder seguir os passos de jogadores como os que estão agora no time de cima, como o Welinton e o Diego Maurício.

Sonho vira realidade – É um sonho se realizando. Chega a ser difícil de acreditar, mas trabalho todos os dias pensando nesse momento. Meu coração é rubro-negro, minha família é flamenguista e todos estão muito felizes. Sabem o quanto isso significa para mim. Só tenho a agradecer ao professor Luxemburgo. Foi a melhor notícia que recebi este ano.