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Antônio Canetti relembra Pan-Americano de 2007 e fala sobre legado no polo aquático

Treinador esteve ao lado das três filhas no Rio de Janeiro e celebrou ao lembrar da oportunidade

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A história de Antônio Canetti com o polo aquático vai muito além das piscinas. Ex-atleta e atual treinador da equipe feminina do Flamengo, ele tem ainda a oportunidade de trabalhar e celebrar conquistas com suas três filhas, Marina, Cecília e Manuela. Há dez anos, a família Canetti se unia à Seleção Brasileira para, enfim, disputar uma importante competição: o Pan-Americano do Rio de Janeiro 2007.

"Foi muito bom. Disputar uma competição no seu país, com a importância do Pan-Americano, ter minhas três filhas e ser auxiliar técnico foi muito emocionante. Tinham muitos familiares na torcida, muitos amigos. Foi maravilhoso", explicou Antônio sobre a sensação de ter essa oportunidade.

No dia 13 de julho, o estádio do Maracanã ficou lotado para receber a cerimônia de abertura do Pan. Com uma torcida apaixonada e empolgada, os atletas brasileiros sentiram, pela primeira vez, a emoção de viver uma grande competição em casa. "A melhor lembrança desse período foi na cerimônia de abertura, quando a delegação do Brasil entrou no Maracanã lotado. Todos estavam gritando muito por nós e foi muito emocionante", lembrou Canetti.

Após uma grande campanha no Pan-Americano, a Seleção Brasileira feminina acabou ficando na quarta colocação, perdendo para Cuba na decisão de terceiro lugar por apenas um gol. "O período mais complicado e chato foi a disputa do bronze, quando estávamos vencendo um jogo fácil e acabamos perdendo. As jogadoras ficaram muito nervosas e deram a oportunidade para Cuba virar o jogo, perdendo a medalha no final do duelo", comentou o treinador.

Após dez anos do Pan-Americano, o polo aquático evoluiu bastante, principalmente com a chegada dos Jogos Olímpicos Rio 2016. Para Antônio Canetti, porém, ainda poderia ser melhor. 

"Esperava muito mais do legado. Em 2007, achei que o Pan-Americano daria um aumento no número de praticantes do polo aquático e não aconteceu. Em relação aos atletas, foram muitas melhorias nos clubes, com investimentos de grandes empresas, leis de incentivo do governo. Nesse ponto melhorou bastante. Os atletas não tinham noção de como era antes disso tudo começar. Já fui atleta e sei que era muito difícil. Investiram bastante no esporte em um período e espero que isso não caia agora", concluiu o técnico.

A família Canetti faz parte de um grupo de atletas que participaram do Pan-Americano 2007 e ainda estão competindo com a camisa rubro-negra, assim como dez anos atrás. Apesar de não ter conquistado a medalha na ocasião, Antônio seguiu como um dos principais treinadores da modalidade, tornando o polo aquático do Flamengo cada vez mais vitorioso.

As equipes de polo aquático do Clube de Regatas do Flamengo contam com recursos de seus patrocinadores – AmBev, Rede D’or, IRB Brasil RE, CSN, Brasil Plural, EY – via Lei de Incentivo Federal/Ministério do Esporte (IR), além de apoio do Comitê Brasileiro de Clubes (CBC) proveniente da descentralização de recursos oriundos da Lei Pelé. O Projeto Anjo da Guarda Rubro-Negro, de transferência fiscal de pessoa física, beneficia todas as modalidades olímpicas do Mais Querido.