Flamengo faz valer superioridade, vence Botafogo e se sagra tridecacampeão carioca de basquete
Título abre temporada em que equipe buscará títulos nacionais e internacionais
Por Lucas Dantas - emNinguém disse que seria fácil. E uma final nunca é. O Botafogo
vendeu caro a derrota em sua casa, mas o Flamengo tinha um conjunto superior,
mais talentos e jogadores decisivos. No final, o favorito rubro-negro fez valer
todos os fatores e saiu campeão em General Severiano ao derrotar o rival por 83
a 73. É o décimo terceiro título seguido do Flamengo no Rio de Janeiro, o 44º
na história, recordista absoluto no cenário carioca.
Foi um jogo onde o MVP do último NBB apareceu na hora certa,
no final. Quando o placar estava apertado, Marquinhos, duas vezes, apareceu no
último quarto e resolveu o jogo. Outros valores também foram importantes, como
Deryk que fez 14 pontos e Rafael Mineiro, com 13 pontos.
A campanha irretocável com 10 vitórias em 10 jogos mostrou a supremacia rubro-negra no Rio de Janeiro. O Botafogo foi um valoroso oponente, mas a qualidade do time comandado por Gustavo De Conti se fez superior mais uma vez. Agora, o torcedor do Flamengo pode celebrar mais uma taça na galeria, abrindo bem a temporada 2018-2019.
O jogo
O primeiro quarto da partida mostrou um cenário muito
parecido com o jogo anterior. O Flamengo, com mais qualidade, abriu vantagem na
casa dos seis pontos e manteve o nível. Mas apoiado por sua torcida, o Botafogo
estava mais agressivo no ataque, conseguindo concluir melhor as jogadas, e com
um sistema defensivo melhor, que impediu diversos ataques rubro-negros. Porém,
a força dos pivôs Varejão e Nesbitt fez a diferença no ataque, principalmente o
camisa 17, que liderou a pontuação do quarto com sete pontos. No final, 19 a 12
e a vitória estava mais próxima.
O jogo ficou diferente no segundo quarto. O Botafogo acertou mais a marcação e ganhando os rebotes defensivos que não conseguiu na etapa anterior. Cauê fazia muito bem o trabalho no garrafão alvinegro, enquanto o resto da equipe não abria espaços para os chutadores de longa distância do FlaBasquete.
A pontuação do quarto também ficou baixa, em comparação à
anterior e o Flamengo ficou atrás desde o início, só conseguindo reverter em
enterrada de Rafael Mineiro a 3:27 do final. Foi a senha para o Flamengo abrir
vantagem pela primeira vez no quarto, chegando a onze pontos, mas dois ataques
seguidos de Cauê diminuíram para cinco. Gustavinho parou o jogo. Na volta, Davi
errou o chute de três e o tempo acabou, com o Fla na frente por 38 a 32.
A bola de três que não caiu no final, caiu no primeiro lance
do terceiro quarto, com Jhonatan livre. As bolas do Botafogo também começaram a
cair e a diminuir a distância no placar, que ficou em um ponto depois que Ansaloni
acertou a 07:34, deixando o jogo em 45 a 44. Balbi respondeu na sequência,
também de três. Jamal atacou, sofreu a falta e converteu os lances livres. Dois
pontos era a diferença. Balbi, depois de grande lance da equipe, abriu mais dois,
porém Ansaloni, de novo, diminuiu.
O terceiro quarto era eletrizante. O Flamengo abria, o
Botafogo empatava e assim seguiu até o final, quando o placar apontava 54 iguais
e o cronômetro zerou. Faltavam 10 minutos para a decisão.
O Botafogo veio para o tudo ou nada no último quarto. Através
de Coelho e Thadius, abriu cinco pontos no início e o Flamengo tentou reduzir a
diferença com o tempo e calma. Marquinhos, a 6:10, de três baixou para dois. A
diferença persistiu, mas Deryk, de três, a 4:50, empatou a partida em 68 a 68.
Faltando dois minutos, o MVP apareceu. Marquinhos chamou a responsabilidade, pegou a bola e foi para a cesta. Dois pontos para o Flamengo, que fez 74 a 71 e o técnico botafoguense pediu tempo. Marquinhos, de novo, apareceu. Na volta, de três, abriu 77 a 71, com um minuto para acabar e praticamente silenciando o ginásio. Daí foi segurar o resultado, ampliar com o rival já batido e comemorar o título.
As equipes de basquete do Clube de Regatas do Flamengo contam com recursos de seus patrocinadores – thinkseg, Estácio, AmBev, Rede D’or, IRB Brasil RE, CSN, Brasil Plural, EY – via Lei de Incentivo Federal/Ministério do Esporte (IR) e Lei de Incentivo Estadual/Secretaria de Estado de Esporte, Lazer e Juventude (Seelje) do Rio de Janeiro, além de apoio do Comitê Brasileiro de Clubes (CBC) proveniente da descentralização de recursos oriundos da Lei Pelé. O Projeto Anjo da Guarda Rubro-Negro, de transferência fiscal de pessoa física, beneficia todas as modalidades olímpicas do Mais Querido.