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Nos Fla-Flus é o "aí, Jesus": relembre quatro duelos épicos na história do clássico

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Neste sábado (13), Flamengo e Fluminense se enfrentam às 17h, no Maracanã, pela 29 rodada do Campeonato Brasileiro. Relembre abaixo quatro confrontos que estão marcados na história do clássico. 

Zico responde com atuação magistral em 1986



Se recuperando de lesão e sob forte desconfiança se ainda era o Zico de outrora, o maior artilheiro do clássico Fla x Flu entrou em campo naquele 16 de fevereiro de 1986 para calar o Maracanã, em partida válida pela abertura do Carioca. Marcando três gols, Zico fez a torcida adversária engolir a seco os gritos de “Bichado!”, “Bichado!”. Foi assim que momentos antes da bola rolar, os tricolores receberam o craque rubro-negro no gramado.

No primeiro tempo, o camisa 10 da Gávea marcou de peixinho após ótimo cruzamento de Adílio. E os gritos de bichado sumiram. O Flu diminuiu com Leomir, cobrando pênalti, ao fim da primeira etapa. 

Foi no segundo tempo, que Zico de uma vez por todas silenciou a torcida adversária. Aos 26, o Galinho recebeu falta dupla na risca da grande área e foi para a cobrança. Restou ao goleiro do Fluminense apenas rezar, por que a bola tinha endereço certo e morreu no fundo das redes. Após a pintura assinada por Zico, Bebeto fez o terceiro do Mengão. Cara a cara com Vica, o camisa 7 encheu o pé em chute cruzado. Para sacramentar a grande partida que vinha fazendo, Zico cobrou pênalti sofrido por Bebeto e deu números finais à partida. Flamengo 4 x 1 Fluminense. 

Maestro Júnior conduz pratas da casa ao título carioca de 1991



Orfão de Zico, que havia se aposentado na temporada anterior, o Campeonato Carioca de 91 foi especial para o torcedor rubro-negro, que viu Júnior comandar a talentosa geração de pratas da casa. Após empate em 1 a 1 na primeira partida, Flamengo e Fluminense voltaram a se enfrentar pela final do Carioca no dia 19 de dezembro de 1991, no Maracanã.

Apesar da pressão rubro-negra durante a maior parte do primeiro tempo, quem abriu o placar foi o tricolor com Ézio. Na volta do intervalo, a torcida empurrou o Fla pra cima do adversário e acompanhou apreensiva o cabeceio de Uidemar que empatou a partida. Com a igualdade no placar, o grito de  “Dá-lhe, dá-lhe mengo, seremos campeões” ecoava no Maraca com quase 50 mil torcedores. Júnior capitaneava os jovens rubro-negros, e o Fla assumiu a vantagem no placar com gol de Gaúcho.

O Flu teve dois jogadores expulsos e sobrava espaço para o ataque flamenguista. Aos 32, Nélio ajeitou de cabeça para Zinho pegar de primeira uma bomba. Três a um! Na sequência, o tricolor diminuiu novamente com Ézio. Para fechar com chave de ouro, faltava o do maestro. Júnior tabelou com Zinho, e recebeu um passe açucarado para marcar o gol do título do Mengão. Flamengo 4 x 2 Fluminense.

Iluminado, Roger Guerreiro decide pro Mengão em 2004



Se em dois jogos Zico e Júnior, ídolos da Nação, marcaram a história do FlaxFLu. Agora, vamos falar de viradas épicas que fazem parte da memória do clássico. No primeiro dia de fevereiro de 2004, no Maracanã, Flamengo e Fluminense se enfrentaram pela segunda rodada da Taça Guanabara. 

Dois dias após completar 38 anos,  Romário, defendendo as cores do tricolor, estava com fôlego de garoto em campo. Jean chegou a abrir o placar para o Mais Querido, mas o baixinho, jogando muito, marcou duas vezes e ainda deu assistência para Rodolfo colocar 3 a 1 a favor do time das Laranjeiras.

O show de Romário foi acompanhado pelo coro de “Olé!”, “Olé!”, mas o jogo só acaba ao final dos 90 minutos. A torcida rubro-negra respondeu empurrado e apoiando o time. Até que aos 24 minutos da etapa complementar, Felipe diminuiu o placar. Em seis minutos, o iluminado lateral Roger Guerreiro marcou duas vezes para virar o placar para o Mengão. Quatro a três para o Flamengo, e a essa altura o que se ouvia no Maraca era: “Poeira, poeira, poeira, levantou poeira”.

Adriano lidera o Império do Amor e Fla conquista virada épica em 2010


Em 31 de janeiro de 2010, um novo 3 a 1 para o Flu ruiu diante do Império do Amor, pela quinta rodada da Taça Guanabara. O Flu de Conca, parecia que seria imbatível naquela noite. Alan, que entrou no lugar de Fred cortado momentos antes da partida, abriu o placar para o Fluminense. Aos 40 da etapa inicial, Conca cobrou pênalti sofrido por Alan, e ampliou para 2 a 0. O Fla também teve uma penalidade ao seu favor, aos 45. Adriano Imperador foi para a cobrança e guardou. O Flu respondeu com Cássio e a etapa inicial terminou 3 a 1 para o time das Laranjeiras.

O que parecia improvável, aconteceu na segunda etapa. A virada veio com Andrade promovendo alterações na equipe e o Fla melhorou. Adriano dividiu com a zaga adversária dentro da área e a bola sobrou para Vagner Love. O Artilheiro do Amor não perdoou e diminuiu a contagem para 3 a 2.

A Nação ainda comemorava, quando viu Vinicius Pacheco servir Kleberson, que igualou o marcador. 3 a 3. Com um a menos, aos 17, Alvaro foi expulso com o segundo amarelo, o Fla se fez valer dos contra-ataques. E foi desta forma que Pacheco achou Adriano na área para virar o placar.

Autor de dois gols, o Imperador foi coroado com o hat-trick. Willians lançou o camisa 10, ele avançou e tocou na saída do goleiro dando números finais ao embate épico entre tricolores e rubro-negros. Flamengo 5 x 3 Fluminense