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Luxemburgo destaca versatilidade do elenco

Em coletiva, treinador fala da pré-temporada rubro-negra e duelo de domingo (18.01)

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O técnico Vanderlei Luxemburgo conversou com a imprensa na manhã desta sexta-feira (16.03) sobre a preparação do Flamengo para 2015. O treinador defendeu a versatilidade como uma característica que todo o departamento de futebol buscou para o elenco neste ano. "Se você tem um elenco de 23 jogadores que jogam em mais de uma posição, passa a ter trinta, trinta e cinco jogadores", explicou. 

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Confira os melhores momentos da coletiva:

Balanço
Foi uma pré-temporada bastante positiva em Atibaia, aproveitando bem os dias de treinamento e dando aquela base para entrar no campeonato com uma condição boa. Vamos continuar com a pré-temporada mesmo depois dos amistosos, com um trabalho forte em Brasília, Manaus e entrando um pouquinho no campeonato estadual pra entrar na temporada com uma base boa para o ano inteiro.

Mais tempo para preparação
Nós reivindicamos durante muitos anos que pudéssemos ter tempo para preparar uma equipe para a temporada e não para o campeonato. Antigamente a gente se apresentava no dia 2 e tinha que jogar no dia 5. Então agora é pré-temporada inteligente, que dê essa base que nós queremos para fechar o ano tranquilo.

Versatilidade
Na montagem da temporada o que nós procuramos foi a preocupação com a versatilidade: manter o Eduardo, Márcio Araújo, o jogador que joga em mais de uma posição. Aí se você tem um elenco de 23 jogadores que jogam em mais de uma posição, passa a ter trinta, trinta e cinco jogadores. O Eduardo joga em mais de uma posição assim como todo mundo: o Paulinho joga na direita e na esquerda; Everton de atacante e lateral e Arthur Maia em várias posições. Não vamos ficar capengas como ficamos quando perdemos Gabriel e Alecsandro na Copa do Brasil.

Jogo-treino contra o Red Bull
Não teve o rendimento que queria, mas a gente vê que vai evoluir. Estou trabalhando em cima da montagem de uma equipe e não só do ataque, voltada para aquilo que o futebol exige hoje: velocidade e equilíbrio nos setores. O futebol hoje exige intensidade também.

Mudança de posição de Marcelo
Vai ser um questionamento o tempo todo até o dia que firmar. Aí vão dizer que deu certo. A função do técnico é ver o potencial do atleta e ver se pode melhorar ainda mais em cima disso. Quando peguei o Rincón, que era camisa dez e botei como volante, ele foi um dos melhores do futebol mundial. O Marcelo é um grande jogador, assim como era o Edílson, que jogava por trás e adiantei com o Edmundo, recuando o Evair em 94, no Palmeiras. É um desperdício muito grande você ter ele muito afastado da zona de perigo, que é o gol. Para vir aqui atrás, tem que ser um jogador que faça menos gol que ele. Tenho que aproximá-lo do potencial que tem, com velocidade e mudança de direção para chegar mais vezes ao gol. E trabalhar com ele pra finalizar mais. Se vai dar certo ou não, só o tempo vai dizer. Acho que é um jogador que pode não ser centroavante, mas  a gente fala o tempo todo que o Barcelona é fantástico e não tem centroavante. É mudança de direção o tempo todo, um abrindo espaço para o outro.

Camisa dez
Cismaram com o camisa dez. Se for um baita jogador camisa cem que fizer essa função como é que vai ser? Quem tem camisa dez no futebol brasileiro ou no futebol mundial hoje? Quantos existem? Tem camisa dez porque tem número do 1 ao 11. Cria-se a obrigação do Flamengo de ter um camisa dez e que não possa ter uma grande equipe que funcione de maneira diferente. Estamos com equilíbrio montando uma equipe dentro da realidade do futebol atual, do que o futebol permite.

Arthur Maia
Ele não é camisa dez. Funciona como um condutor de bola, que limpa a frente, como um terceiro atacante. É diferente do camisa dez clássico. Ele é um jogador que posso dar o número dez para ele, mas na minha visão de futebol se encaixa como um um jogador que pode sair para o lado de campo, que pode conduzir e limpar o marcador. Aquele atleta que pode se aproximar dos atacantes para tentar um drible. Você não vai ver o Arthur Maia sendo aquele dez clássico, de metida de bola.

Preocupação
Nossa preocupação é a base física. Tivemos muitas reuniões com a comissão técnica para fazermos um trabalho voltado para a exigência do futebol hoje, que é a resistência de velocidade e velocidade com potência. Isso sacrifica bastante o jogador para que esteja preparado para correr 40, 50, 70 metros. Posso dizer que vi jogadores com potencial forte de crescimento.

Esquema tático
A ofensividade da equipe não significa jogar com três zagueiros, cinco atacantes. A participação no futebol é coletiva e de ocupação de espaço. O campo de futebol é 110 por 75m, se você dividir esse campo em três terços e tiver seus dez jogadores ocupando um terço desse campo, está marcando e agredindo ao mesmo tempo. E é assim que você consegue ir para frente e para trás no futebol, independente de quem está jogando, se são três zagueiros, quatro atacantes.

Anderson Pico
Se pego o Anderson Pico com mais de cem quilos e consegue emagrecer, ele vai bem. Aí se apresenta na pré-temporada com três quilos acima, mas bem abaixo do ano passado, então não está pronto. É um jogador que gosto. Agora, para poder cobrar mais dele, ter uma exigência de um futebol mais competitivo, precisa dar mais alguma coisa. É uma meta para ele chegar nisso. Também não posso fazer perder o gostinho daquilo que dei para ele. Quero criar nele essa expectativa, então também dei a chance de mostrar um pouquinho do Thallysson. E o Anderson está fazendo um esforço muito grande, então tenho que dar força para ele, que não perdeu espaço comigo.

Lateral-esquerda
Estou formando a equipe ainda, não está definido quem vai ser e como vai ser. Se pego o Pico com 98kg, consigo emagrecê-lo e ele vai bem... Aí ele se apresenta na pré-temporada com 3kg acima, mas bem abaixo do ano passado. Então, é um jogador que gosto, mas não está totalmente pronto. Coloquei para ele uma meta. Só que para poder cobrar mais dele e que seja uma exigência do futebol mais efetivo para a conquista de títulos, preciso que dê mais alguma coisa. A meta é chegar aos 82kg, 83kg. Mas também não posso fazer com que perca o gostinho daquilo que apresentei para ele e ele ter renovado o contrato por dois anos. Quero criar nele essa expectativa e também já dei a chance de mostrar um pouquinho a cara do Thallyson, que é um jogador que ninguém conhecia e está buscando seu espaço. É um trabalho que a gente faz de equipe, de motivação. Tenho que incentivá-lo. Ele tem que saber que não perdeu espaço comigo.