Notícias

Comandada de Rosicleia ganha primeiro ouro do Brasil no Pan

Érika Miranda sobe ao primeiro lugar do pódio e Nathália Brigida fica com bronze; Rafaela Silva revela 'puxão de orelha' de Rosi

Por - em
Neste final de semana, no Hershey Centre, o judô brasileiro começou muito bem a disputa dos Jogos Pan-Americanos Toronto 2015, faturando as três primeiras do Time Brasil na competição e duas foram de atletas treinadas pela rubro-negra Rosicleia Campos. Érika Miranda (52kg) faturou o primeiro ouro da Seleção no Canadá e Nathália Brigida (48kg) ficou com o bronze, a primeira medalha brasileira na competição. O primeiro lugar de Érika ainda quebrou um tabu: foi primeiro da categoria meio-leve feminina em Jogos Pan-Americanos.

"Todas as nossas atletas saíram como cabeça de chave e isso é um facilitador porque as atletas mais fortes ficam pro bloco final", disse Rosicleia Campos antes dos embates.

Para chegar ao ouro, Érika venceu três lutas. Na estreia derrotou Maria Garcia, da República Dominicana, por ippon com um minuto e 22 segundos de luta. Na semifinal, a disputa mais equilibrada: vitória sobre a equatoriana Diana Díaz pela pontuação mínimo, um yuko. Na decisão, com apenas 26 segundos, jogou a canadense Ecaterina Guica duas vezes, sendo uma por wazari e a outra por ippon.

O bronze da jovem Nathália Brigida (foto), de 22 anos, veio depois de vencer a equatoriana Diana Cobos por dois yukos. Nathália começou com vitória sobre a venezuelana Andrea Gomez na diferença de punições, mas acabou caindo na semifinal contra a argentina Paula Pareto, atual número dois do mundo, por ter sido penalizada duas vezes em uma luta muito equilibrada.

No segundo dia de disputas do judô em Toronto, outra pupila de Rosicleia, Rafaela Silva (57kg) começou vencendo a argentina Gabriela Narvaez por um wazari. Na semifinal, fez uma luta muito equilibrada com a canadense Beauchemin-Pinard, que acabou imobilizando a carioca até o ippon. Para chegar ao bronze, vencendo a venezuelana Anriquelis Barrios, ela conta que ganhou um 'puxão de orelha' da técnica rubro-negra.

"A Rosi falou comigo que eu tinha mais dez minutos pra chorar e que precisava me recuperar. O pessoal da comissão técnica e outros atletas chegaram pra mim e me perguntaram onde estava a Rafaela que eles estavam acostumados a ver. Tive que buscar dentro de mim a Rafaela que vinha lutando com garra, com vontade e foi assim que voltei na disputa do bronze. Entrei com mais atitude, consegui fazer a pegada, entrei golpes e saí com a vitória", disse a campeã mundial de 2013.