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Fla-Refugiados: A torcida que promove integração e rubro-negrismo

Membros do programa Futebol das Nações se unem para torcer pelo Mais Querido

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Há quem diga que futebol são apenas 22 pessoas correndo atrás de uma bola. Na verdade, o que não falta são provas de que esta afirmação está errada. E, no Maracanã, mais uma vez ficou provado que o futebol é muito mais do que isso.

Uma parceria desenvolvida entre Maracanã e Cáritas RJ, com apoio da ONU, resultou no projeto Futebol das Nações. Através dele, toda semana há uma reunião, no gramado sintético do estádio, de pessoas refugiadas que se encontram com um simples fim: jogar bola. A partida é disputada no formato Futebol3, um conceito que divide o jogo em três momentos. No primeiro, os participantes definem as regras. Depois, há a disputa futebolística em si. Finalizando, há um debate entre os participantes sobre o que aconteceu, onde são trabalhadas as diferenças e sentimentos dos jogadores.

E um projeto com "Nações" no nome não poderia deixar de fora a Nação Rubro-Negra. A convite do presidente do Maracanã, Sinval Andrade, participantes do Futebol das Nações assistiram à partida entre Flamengo e Vasco nos camarotes do estádio. E, mais uma vez, foram demonstrados a força e o alcance da torcida rubro-negra. Com um bandeirão onde se lia "Fla-Refugiados", os integrantes vibravam pelo Mais Querido.

"Os torcedores são espetaculares. É como a torcida do Borussia Dortmund, que sempre lota o estádio. Na Europa eles têm o Dortmund, aqui o Flamengo. É a primeira vez que venho em um jogo do Flamengo, mas eu já conhecia o time no meu país. Na África as pessoas gostam muito do futebol brasileiro, e conheço os grandes, como Flamengo, Internacional... E o Flamengo é muito popular pois tem o time de futebol e o de basquete também" afirmou Abrahim, que nasceu na Libéria.

O congolês Miguel, arriscando falar em português, também disse que conhece o Flamengo há muito tempo. "Gosto muito do Flamengo. Sou torcedor do time. O movimento da torcida está bom. Gosto muito", contou. O fã também participou de outra história ligada ao clube. Através do projeto Futebol das Nações e da parceria com o Maracanã, Miguel usou suas habilidades como fotógrafo na partida contra o São Paulo, no último domingo (23.08). Ele entrou em campo e registrou lances do jogo como os fotógrafos profissionais. "Espero conseguir começar a trabalhar aqui", disse.

Achille, também nascido na República Democrática do Congo, foi outro a elogiar a torcida. "O público é muito bonito, motiva muito os jogadores", afirmou. O africano novamente falou da força do Flamengo no continente. "Já conhecia o Flamengo, já tinha visto imagens de jogos do time. No Congo, muitas pessoas falam sobre o Flamengo. O Brasil é o melhor do mundo no futebol e lá todo mundo fala sobre isso", finalizou.

Saiba mais sobre o projeto Futebol das Nações clicando aqui.