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Vôlei Rubro-Negro tem um de seus troféus mais emblemáticos restaurado

Patrimônio histórico do clube revitaliza a taça da SuperLiga Feminina da temporada 2000/01

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Mais de oito mil pessoas estavam presentes na última partida das finais da SuperLiga Feminina de Vôlei 2000/01 no ginásio do Maracanãzinho, no Rio de Janeiro, onde Flamengo e Vasco duelaram pelo título máximo da modalidade no Brasil. No quarto e último jogo da série, que até então estava 2x1 para o Mais Querido, faziam parte do timaço comandado pelo treinador Luizomar de Moura as atletas Gisele, Leila, Virna, Valeskinha, Arlene, Tara Cross, Josiane, Soninha, Ciça, Eth e Priscila. Depois de uma partida eletrizante, digna de um "Clássico dos Milhões", no dia 17 de abril de 2001 o Flamengo derrotava o Vasco no tie-break por 17x15. No somatório final, as estrelas da Gávea soltaram o grito de campeãs da garganta pelo placar final de 3x2 (parciais 23x25, 25x16, 25x20, 21x25, 17x15). A torcida rubro-negra ia ao delírio e o Flamengo reconquistava o posto de principal elenco do voleibol feminino no país.
 
Uma das taças mais procuradas da Fla Memória, exposição interativa permanente na Gávea que conta a história do Mais Querido desde sua fundação, o troféu da SuperLiga ganhou recentemente um presente: a restauração. O projeto encabeçado pelo Patrimônio Histórico do Rubro-Negro foi financiado com verba proveniente da bilheteria do Fla Memória. Atualmente situada ao lado da camisa 10 da emblemática jogadora Virna, a taça pode ser vista de perto por todos os apaixonados pelo Flamengo que visitarem o Rio de Janeiro.
 
"Hoje é um dia muito especial, desde que cheguei no clube, porque pela primeira vez consegui ver na prática um ato institucional que me remeta a apenas um dos momentos de glória do vôlei do Flamengo. Trata-se de uma alegria muito grande ver a taça da conquista da SuperLiga em posição de destaque no Fla Memória. Atos como esse, coisas que na prática nos remetem à grandeza desse clube na tradição histórica aqui do vôlei, são super importantes, dado o fato de que não temos atualmente uma equipe de ponta nem no naipe feminino quanto no masculino. É super importante que tenhamos essas referências para valorizarmos o trabalho árduo que estamos fazendo para a recuperação dessa autoestima que temos que ter em relação à modalidade, para lutarmos em um mercado tão difícil e competitivo. É intenção nossa de que uma vez cabendo as fontes de financiamento do clube, nós venhamos a retornar a montagem de equipes de ponta. Para isso, é fundamental o trabalho de reestruturação, com uma categoria de base forte, bem aculturada, e entendendo a tradição e a grandeza do Flamengo", declara o Coordenador Técnico do Voleibol rubro-negro, Alexandre Dantas. Ele ainda fala sobre a importância desse resgate histórico da modalidade.
 
"Eu nasci e cresci vendo o Flamengo como a equipe a ser vencida, como lugar ideal para se jogar. Acho que com o trabalho feito hoje com os profissionais andando na linha e enxergando um futuro mais promissor é um primeiro passo muito bem dado em direção aos nossos objetivos. Certa vez ouvi de que a disciplina é a ponte para os nossos sonhos, e essa ponte está sendo construída com muita luta. Ver aquela taça representando um resgate histórico e me remetendo a um passado não muito distante são coisas que me impulsionam cada vez mais a me esforçar e dar os meus 100% para que consigamos atingir os objetivos dos quais falei", diz Alexandre.
 
Sobre o futuro do voleibol na Gávea, Alexandre é claro.
 
"Existem grandes profissionais aqui dentro e logo logo estaremos em posição de destaque e estruturando bem as montagens de equipes de ponta, tanto no masculino quanto no feminino, e fazendo um crescimento sim sustentável e duradouro. Vamos Flamengo, vamos em frente!", completa o gestor.

As equipes de vôlei do Clube de Regatas do Flamengo contam com recursos de seus patrocinadores – AmBev, Rede D’or, IRB Brasil RE, CSN, Brasil Plural, EY – via Lei de Incentivo Federal/Ministério do Esporte (IR), além de apoio do Comitê Brasileiro de Clubes (CBC) proveniente da descentralização de recursos oriundos da Lei Pelé. O Projeto Anjo da Guarda Rubro-Negro, de transferência fiscal de pessoa física, beneficia todas as modalidades olímpicas do Mais Querido.