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Lembrar você: Sou campeão mundial!

Uma homenagem aos três anos da maior conquista do FlaBasquete

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Era um domingo ensolarado e a torcida rubro-negra chegava aos arredores da Arena da Barra com um único pensamento: reverter a vantagem feita pelo Maccabi Tel Aviv na primeira partida da decisão da Copa Intercontinental. Para começar essa linda história, voltamos ao dia 26/09/2014.

No primeiro jogo da série, o Flamengo entrava em quadra para o maior desafio de sua história, a disputa do torneio de clubes mais importante do planeta. O nervosismo da Nação Rubro-Negra era reflexo dos jogadores em quadra. O confronto teve início com muitos erros e leve superioridade da equipe israelense.

Guerreiro, Walter Herrmann, o argentino campeão olímpico que era um dos nomes do Mais Querido para a decisão, começou a dar esperanças para os flamenguistas presentes no ginásio. A raça e a luta do "Conde", como era conhecido, afetaram toda equipe, e o Flamengo veio para cima, se impôs e defendeu da melhor maneira possível, assumindo a ponta. Até o fim do terceiro quarto, a vantagem do FlaBasquete prevalecia, e a Nação correspondia nas arquibancadas.

O gelo apareceu. Como um banho de água fria depois de um caldeirão tomado por fogo, Haynes deu vida ao Maccabi. Assustou. O nervosismo pesou e saímos derrotados da primeira decisão. O ala Marquinhos já dizia na saída da partida que a final era um jogo de oito quartos e a vantagem de três pontos para os visitantes não representava quase nada. Ele prometeu.

Voltando ao domingo ensolarado daquele inesquecível dia 28/09/2014, o cenário de uma grande festa estava pronto. No banco de reservas estavam todos os participantes desse espetáculo. A sinergia contagiava todos que cruzavam as catracas da Arena da Barra.

A bola laranja subiu e os israelenses frios como uma rocha abriram sete pontos. Medo? Nervosismo? Aqui não! Isso aqui é Flamengo! Marquinhos tinha prometido e cumpriu. Em uma linda bola de três pontos botou novamente o Orgulho da Nação na partida. Embalados pelo cântico vindo das arquibancadas, não tinha como ser diferente. É raça, é amor, é paixão. Como um maestro, Nicolás Laprovittola regia a orquestra do FlaBasquete. Jerome Meyinsse lembrava a todo momento a alegria de ser rubro-negro. Olivinha deixava a sua alma dentro das quatro linhas. Marcelinho... era simplesmente Marcelinho. Gênio.

Um convidado muito ingrato queria estragar a festa: Jeremy Pargo. O armador insistia em deixar o Maccabi no jogo e o Flamengo não conseguia anular o americano. Até que entra em cena um novo personagem: Vitor Benite. O camisa oito pediu ao técnico José Neto para marcar Pargo, fato que revelou posteriormente em uma entrevista à imprensa. Pediu e fez! Em uma roubada de bola em cima do norte-americano, o ala-armador finalizou com uma cesta que fez a Arena fervilhar e lembrar que somos um só. Somos Flamengo!

O treinador do início de toda caminhada, lá em 2013 com o título do NBB e da Liga das Américas, chegava ao maior momento de sua carreira. Como um grande jogador de xadrez, nosso comandante José Neto encaixou todas as peças com perfeição para o sucesso e marcou seu nome na história do clube como o maior técnico da modalidade.

A pressão virou, os visitantes sentiram. Se não nos conheciam, nunca mais vão nos esquecer. Oito pontos de vantagem. Cinquenta segundos. O domingo ensolarado, por incrível que pareça, conseguiu ficar ainda mais brilhante. O tempo passou, o choro chegou. Lágrimas de felicidade tomaram conta de todos os presentes na Arena da Barra. Antes mesmo do fim, a bola já havia sido jogada ao alto. Somos campeões! Campeões mundiais!

Com a maior representação de que somos todos Flamengo, a torcida presente no ginásio invadiu a quadra e abraçou nossos heróis. Nos braços do maior patrimônio do clube, Olivinha gritava aos quatro cantos, representando mais de 40 milhões. A promessa de Marquinhos ao final do primeiro jogo? Cumprida. Marcelinho? Confirmava seu posto de maior ídolo da história do basquete rubro-negro. Meyinsse tinha seu batismo como, além de brasileiro, rubro-negro. Laprovittola? MVP!

Walter Herrmann, Marcelinho, Danielzinho, Laprovittola, Benite, Chupeta, Marquinhos, Olivinha, Gegê, Felício, Caracter, Meyinsse, José Neto e toda comissão técnica. Vocês são a história. Vocês são o Orgulho da Nação. Vocês eternizaram o sentimento de amor pelo basquete rubro-negro. Obrigado! Três anos se passaram e hoje lembramos com
orgulho e felicidade que, diferente de todos os outros, aquele 28 de setembro de 2014 não foi só um domingo ensolarado.

*Sob supervisão de Raiana Monteiro.

As equipes de basquete do Clube de Regatas do Flamengo contam com recursos de seus patrocinadores – Estácio, AmBev, Rede D’or, IRB Brasil RE, CSN, Brasil Plural, EY – via Lei de Incentivo Federal/Ministério do Esporte (IR) e Lei de Incentivo Estadual/Secretaria de Estado de Esporte, Lazer e Juventude (Seelje) do Rio de Janeiro, além de apoio do Comitê Brasileiro de Clubes (CBC) proveniente da descentralização de recursos oriundos da Lei Pelé. O Projeto Anjo da Guarda Rubro-Negro, de transferência fiscal de pessoa física, beneficia todas as modalidades olímpicas do Mais Querido.