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Flamengo fecha 2017 como "Rei dos Clássicos"

Rubro-Negro tem apenas uma derrota em 19 confrontos contra rivais

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Que o Flamengo é superior a todos seus rivais estaduais não é novidade para ninguém. Os números não deixam mentir: nos confrontos diretos, nenhum tem maior número de vitórias do que o Rubro-Negro. O ano de 2017 serviu para, mais uma vez, reforçar este fato. Na reta final da temporada e sem mais nenhum clássico para disputar no ano, já é possível cravar: o Flamengo é e continua sendo o Rei do Rio.
Jogando no Maracanã, então, a supremacia só aumenta. Já se vão dois anos sem derrotas para seus principais rivais no estádio. O último revés data de setembro de 2015, quando a equipe foi superada pelo Vasco. De lá para cá, o Salão de Festas Rubro-Negro recebeu 11 partidas, com cinco vitórias do Mais Querido e seis empates. Isso porque o estádio é "neutro", dizem...

Flamengo x "eles" em 2017

05/11/2016 - Flamengo 0 X 0 Botafogo
08/04/2017 - Flamengo 0 X 0 Vasco
23/04/2017 - Flamengo 2 X 1 Botafogo
30/04/2017 - Flamengo 1 X 0 Fluminense
07/05/2017 - Flamengo 2 X 1 Fluminense
18/06/2017 - Flamengo 2 X 2 Fluminense
23/08/2017 - Flamengo 1 X 0 Botafogo
12/10/2017 - Flamengo 1 X 1 Fluminense
25/10/2017 - Flamengo 1 X 0 Fluminense
28/10/2017 - Flamengo 0 X 0 Vasco
01/11/2017 - Flamengo 3 X 3 Fluminense

Em 2017

Entre Carioca, Brasileirão, Copa do Brasil e Conmebol Sul-Americana, foram 19 confrontos contra os três maiores rivais cariocas. Em quase duas dezenas de jogos, foram oito vitórias, dez empates e apenas uma derrota. Com 23 gols pró e 17 contra, o Mais Querido teve 59,6% de aproveitamento.

O Flamengo não só venceu todos os rivais repetidas vezes, como também venceu nos momentos certos. Foram dez partidas em jogos de mata-mata. Nessas, nenhuma derrota. Apesar das eliminações na final da Taça Guanabara e semifinal da Taça Rio, o Mais Querido se reergueu vencendo partidas mais importantes.

Campeonato Estadual

Na campanha do 34º título carioca, o sexto da história, o Flamengo sobrou contra seus rivais. Ganhou de todos, o único time a obter essa contagem. 

A campanha começou contra o Botafogo, na casa deles, e a vitória por 2x1, gols de Everton e Guerrero. Depois do Botafogo, veio o Vasco, em Volta Redonda, e o gol solitário de Diego, de pênalti, garantiu o triunfo e a classificação para a final da Taça Guanabara, contra o Fluminense. 



A decisão terminou empatada, e nos pênaltis, os tricolores levaram. Na Taça Rio seguiu-se a campanha invicta, mas como o time já estava classificado para quadrangular do Estadual (por conta dos pontos obtidos), o empate na semifinal do turno, contra o Vasco, não atrapalhou os planos para o título. Foram dois clássicos na fase, dois empates contra Vasco (2x2) e Fluminense (1x1), além do 0x0 na decisão da Taça Rio. 

E chegou a hora do "agora é para valer". Nessa hora, camisa, a mística, a força e a tradição fizeram sua parte. Primeiro, Guerrero destruiu o Botafogo com dois gols no Maracanã. 



Aí sobrou para o Fluminense na decisão. Primeiro jogo, 1x0, gol de Everton. Na finalíssima, Guerrero e Rodinei deram o 34º título estadual para o Flamengo e decretaram a invencibilidade na competição. 



Muda o Mata-Mata, não muda o resultado

Não foi só de estadual que o Flamengo viveu de doutrinar seus adversários. Na Copa do Brasil, o time foi amplamente superior nos dois jogos contra o Botafogo, na casa deles e no Maracanã, e ficou com a vaga na decisão após um 0x0 truncado no Engenhão e uma vitória apoteótica no Maracanã. Aquel gol de Diego, aquele drible do Berrío, aquela festa da torcida... 



Pelo Brasileiro

Na principal competição nacional, um pequeno tropeço, mas a supremacia foi incontestável. Uma única derrota para o Botafogo no Enegnhão não apaga o fato de que o Flamengo novamente foi superior aos rivais. O ponto alto foi a vitória em São Januário, sobre o Vasco, mostrando que pode ser em qualquer campo, o Flamengo vai e ganha dos demais. Everton, sempre ele, decidiu após jogada sensacional do xará Ribeiro. 


No Brasil, já deu. Vamos "sair". 

A emoção não acabaria ali. Se nas competições nacionais o Flamengo sobrou, faltava uma internacional. Na Conmebol Sul-Americana, o destino pôs o Clássico Mais Charmoso do Brasil para decidir uma vaga na semifinal. Flamengo e Fluminense tiveram dois encontros no Maracanã. Everton, mais uma vez, decidiu o primeiro. No jogo de volta, um verdadeiro teste para cardíacos, com o Rubro-Negro buscando um empate heróico com raça, amor e paixão. Depois de estar perdendo por 1x3, com direito à regra do gol "fora de casa", o time foi buscar. Vizeu diminuiu e Willian Arão empatou, aos 39 do segundo tempo, dando números finais aos clássicos cariocas em 2017. 


Artilheiros

Guerrero, o especialista, lidera a lista. O peruano marcou cinco vezes no ano contra os rivais. Mas o time não é só o atacante, e os meias Diego e Willian Arão também marcaram presença, cada um com quatro gols. Tal como Everton. Everton, aliás, é um capítulo à parte. 

O meia atacante foi fundamental nessa supremacia. Com 247 partidas vestindo o Manto, o camisa 22 é um dos mais longevos do elenco, remanescente do hexa de 2009. E em 2017, Everton estava com a mira afiada nos clássicos. Marcou contra os três times, e em momentos decisivos, como na final do Estadual, contra o Fluminense, em São Januário, contra o Vasco e novamente contra o Flu, na primeira partida das quartas da Sul-Americana. Deixou sua marca em cima do Botafogo na vitória por 2x1 no Engenhão. Quando o Flamengo precisava de vantagem, lá estava Everton para concluir. Foi assim no Estadual e na Copa Sul-Americana. Foram quatro gols em clássicos, no ano. Tá bom?

  

5 Gols - Guerrero
4 gols - Willian Arão, Diego e Everton
1 gol - Berrío, Réver, Trauco, Felipe Vizeu e Rodinei

A campanha em 2017 ainda não acabou. O Campeonato Brasileiro tem muita estrada pela frente e a Copa Conmebol Sul-Americana está em sua fase de semifinal. Mas para os rivais cariocas, melhor repensar suas estratégias para o ano que vem. O problema é que nenhum deles tem um Manto Sangrado para vestir, muito menos uma Nação para te apoiar. E essa é uma diferença fundamental.