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Um herói com sede de vitórias

Coloneze quer repetir feito da última temporada e ser decisivo para o Flamengo na Liga Sul-Americana

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De Cascão a Pé de Deus, Coloneze já passou por muita coisa no Flamengo. O camisa 45 está na Gávea desde 2006, é o jogador com mais tempo de casa do elenco atual e viveu momentos de grandes conquistas e também diversas dificuldades com a camisa rubro-negra. Foi titular, conquistou estaduais, foi eliminado de Nacionais, conquistou o primeiro Brasileiro da história do clube, virou reserva, foi herói de título sul-americano... E, no início desta temporada, já pensa em ter mais um ano inesquecível com a camisa do Flamengo.

Coloneze começou sua carreira no clube Tijuca Tênis Clube, foi cedo para os Estados Unidos jogar pelas equipes colegiais e depois voltou ao Brasil, onde passou por muitos clubes antes de chegar ao Flamengo para a disputa do Campeonato Estadual de 2006. Desde então, está na Gávea e viu a gênesis do grupo que hoje é tetracampeão carioca, bicampeão brasileiro e campeão sul-americano.

Destes quatro anos de Flamengo, Coloneze, que é torcedor declarado do Rubro-Negro, tem dois momentos marcantes em sua memória: a conquista do primeiro título nacional da história do clube no basquete, em 2008, como titular, e a final da Liga Sul-Americana de 2009, quando roubou uma bola com o pé nos segundos finais da partida contra o Quimsa, na Argentina. Sua participação foi fundamental na posse de bola decisiva do jogo, que deu mais um título ao Mengão.

Por isso, as vésperas de embarcar novamente para a cidade onde ajudou o Rubro-Negro a levantar o título sul-americano, Coloneze só tem boas recordações da terra dos hermanos. Neste papo exclusivo com a equipe do Site Oficial do Flamengo, o jogador falou sobre sua paixão pelo clube, a força do grupo e os momentos mais marcantes que viveu com o Manto Sagrado. O pivô sabe que tem uma oportunidade e tanto de provar seu valor nesta temporada.

Decisão

"Tem dois lances inesquecíveis daquele ano. Aquela roubada com o pé, e também o último rebote do jogo, que eu peguei, e depois joguei a bola para o alto. Foi incrível. Um dos momentos mais importantes da minha carreira sem dúvida".

Lembranças

"As lembranças de Santiago Del Estero são as melhores possíveis, não só para mim, como para todo o grupo. Agora é uma situação diferente, não é uma decisão, vamos lá buscar a vaga para a próxima fase, mas estamos encarando cada partida como uma final. Temos certeza de que será difícil, mas o grupo está acostumado à pressão. Treinamos muito, estamos fortes, e sabemos o que temos que fazer para conseguir os resultados. Temos dois desfalques importantes, mas temos consciência que teremos que superar todas as dificuldades pra conquistar esse bicampeonato".

Título Marcante

"Esse Sul-Americano e o Nacional de 2008, que também foi uma conquista marcante. Foi o primeiro grande título do Flamengo, boa parte daquele time ainda está aqui e todo mundo se lembra bastante da conquista, porque foi quando passamos a fazer parte da história do Flamengo. Foi o primeiro título nacional do clube, não é qualquer coisa".

Grupo

"Temos um grupo muito forte. É difícil comparar o de um ano com o outro, mas acredito que o clube está sempre evoluindo. Desde 2006, quando cheguei, a cada ano a expectativa é por resultados melhores e nesta temporada não é diferente. Temos como objetivo sim buscar esse tricampeonato nacional, o bi da Sul-Americana, e o título inédito da Liga das Américas, porque não? É possível e vamos fazer o máximo para conseguir".

Fanático

"Sem dúvidas, é totalmente diferente ser campeão pelo time que você torce. Nunca escondi minha paixão pelo Flamengo e acredito que este é outro diferencial do nosso time. Tem muitos jogadores com essa identificação com a torcida, e isso ajuda demais. Você acaba se doando ainda mais dentro de quadra".

Torcida

"Não há o que falar sobre a torcida do Flamengo, além de muitos elogios. Ela é o nosso sexto jogador e todo mundo sabe disso. É muito difícil de ganhar do Flamengo quando ele está abraçado pelos seus torcedores, em qualquer modalidade. Eles fazem uma festa diferente, dão um verdadeiro show, nos acompanham em todos os lugares. Lá na Argentina mesmo, na Sul-Americana do ano passado, tinha torcida do Flamengo. Isso faz uma grande diferença".

Preparação

"Para igualar uma Liga Sul-Americana na Argentina, com o ginásio lotado, é difícil. Por isso, não tivemos nenhum jogo desse nível para nos preparar, mas acredito que a equipe está bem preparada. Temos um time experiente, que sabe o que fazer, que enfrentou alguns adversários fortes, como o Londrina, o Minas, jogamos um torneio em Angola, e acredito que estamos prontos para mais este desafio".

Garrafão

"Fomos campeões brasileiros no ano passado sem o Baby, com os pivôs que tínhamos no elenco, comigo, Alírio, Wagner e Maicon. Acredito que temos condições sim de fazermos bem o trabalho de pivô. Somos jogadores experientes, acostumados à pressão, já conquistamos muitos títulos, eu estou no Flamengo desde 2006, e sei que podemos ajudar muito o time. Sem dúvidas o Baby é um grande jogador, se tornou um amigo, mas agora não está mais conosco. Ele ajudava muito, mas agora está de outro lado. Que ele seja feliz lá, mas se jogarmos contra ele, vamos querer ganhar dele e vida que segue".