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Clipp 12/maio

Noticiário do Flamengo na midia

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O GLOBO

Reabilitação em um Maracanã frio e silencioso

Sem torcida, Fla vence reservas do Santos (3 a 1) e começa a afastar o luto pela eliminação na Libertadores

Legenda da foto: O LATERAL JUAN chuta para fazer o terceiro gol do Flamengo em contra-ataque desenhado no intervalo pelo técnico estreante Caio Júnior

Quatro dias depois da trágica eliminação na Libertadores e horas antes da estréia no Brasileiro, o gerente de futebol do Flamengo, Isaías Tinoco, manteve sua rotina inabalável diante das alegrias e tristezas do futebol. Na missa da Igreja de Santo Cristo dos Milagres, no Alto da Boavista, ouviu o padre Navarro falar dos 50 dias da ressurreição de Cristo, e do amor e da liberdade trazidas pela vida nova. O momento de introspecção, em que a dor é purgada em silêncio, se estendeu por todo o domingo para os rubro-negros. Com o Maracanã vazio, devido a punição por um objeto atirado no juiz no último jogo da temporada passada, o Flamengo venceu seus próprios fantasmas e os reservas do Santos, ontem, por 3 a 1, com gols de Marcinho, Ibson e Juan.

- As pessoas pensam que técnico não sofre, mas é óbvio que tive certa ansiedade e preocupação - disse o técnico Caio Júnior, que chegou com a expectativa de levar o time ao título mundial e estreou ontem com a missão de juntar os cacos. - Tive o apoio do grupo e senti que haveria uma resposta em campo, principalmente porque o Flamengo tem qualidade.

Crise obriga novo técnico\ a se aproximar do grupo\

Para grandes parte dos rubro-negros, a inesperada derrota por 3 a 0 para o América do México foi o fim. Mas crise, palavra de origem grega, significa a possibilidade de refazer escolhas e buscar novos caminhos. Diante da missão emergencial de tratar as feridas expostas, Caio pôde se aproximar dos jogadores como talvez não conseguisse diante de um time embalado pelo trabalho do qual o treinador não fez parte.

- Tive que repensar tudo o que faria. Aos poucos o grupo vai me conhecer e já deu um bom passo neste sentido.

Depois da noite trágica, a realidade voltou a conspirar a favor. Em quatro dias de trabalho, Caio diz ter encontrado um ambiente ótimo entre os jogadores. Mesmo machucado, a presença do capitão Fábio Luciano, no vestiário, foi um dos detalhes que fortaleceram o time. A ausência da torcida poderia ser vista como outro fator para atenuar a pressão, mas os jogadores preferem tê-la ao seu lado.

- Queremos trazer a torcida e a confiança de volta. É nessa hora que a gente vê a personalidade. Temos jogador aqui que já disputou Copa do Mundo, não por uma derrota que vamos nos abater - disse Marcinho, depois de enfrentar a face sombria do Maracanã. - Nosso grupo só teve alegrias e vitórias, não tinha vivido o lado amargo.

Nada como um domingo após o outro. O colorido e a barulheira das torcidas na decisão do Carioca, deram lugar a um silêncio e a uma escuridão angustiantes. Com as luzes de seu anel apagadas, apenas os refletores iluminavam o gramado. Tudo fugia à rotina. A barriga e a prancheta do Papai Joel deram lugar ao ar sóbrio de Caio. A única regra mantida foi a de Souza, que continuou perdendo gols. Aos dois minutos o atacante cabeceou no travessão. Após outro passe preciso de Juan, Marcinho fez 1 a 0, aos 29. Um minuto depois, Ibson recebeu passe de calcanhar de Marcinho e mandou ângulo: 2 a 0. Apesar da vantagem, a dor ainda era maior que a alegria.

- Estamos com vergonha de andar na rua, mas tudo isso serve para a gente se unir ainda mais - disse Ibson.

No segundo tempo, o time tratou de levantar a cabeça em lance que Diego Tardelli viu o goleiro adiantado e acertou a trave. Num contra-ataque, desenhado no intervalo, quando Caio pediu para os laterais avançarem juntos, Leonardo Moura tocou para Juan fazer 3 a 0, aos 29. Depois de perder chances de golear, o time voltou a ser lembrado de que o futebol castiga. Aos 44, Bruno fez pênalti em Moraes, que descontou. Mas dessa vez, a lição foi de perseverança e otimismo. Desde 2002 que o rubro-negro não começava o Brasileiro com vitória. Nas duas vezes em que o time estreou vencendo o Santos, em 1980 e 1983, o Flamengo foi campeão. Sozinho nas tribunas, Isaías terminou o domingo como começou.

- A derrota passou, o momento é de trabalhar e ter fé.

Flamengo: Bruno, Leonardo Moura, Leonardo, Ronaldo Angelim e Juan; Jaílton, Kleberson (Cristian), Toró e Ibson (Obina); Marcinho e Souza (Diego Tardelli). Santos: Douglas, Filipi (Evaldo), Marcelo, Domingos e Carlinhos; Adriano, Hudson (Vítor), Adoniran, e Paulo Henrique (Moraes); Wesley e Lima. Juiz: Heber Roberto Lopes(PR). Cartões amarelos: Moraes, Toró, Bruno.

FLAMENGO

BRUNO: Pouco exigido, foi imprudente no lance do pênalti. 5.

LEONARDO MOURA: Uma arrancada impressionante no lance do terceiro gol rubro-negro. 7.

LEONARDO: Substituiu Fábio Luciano com relativa tranqüilidade. Não complicou. 6.

RONALDO ANGELIM: Também teve atuação tranqüila. Quando necessário, deu chutão para os lados. 6.

JUAN: Deu um passe perfeito para o primeiro gol e fez o terceiro, contando com boa dose de sorte. Além disso, com sua movimentação constante, foi o melhor do time. 8.

JAÍLTON: Atuação discreta. Com suas conhecidas limitações e determinação, conseguiu manter seu padrão. 5.

KLEBERSON: Mais uma partida em que não foi brilhante, nem foi mal. Correu com inteligência, armou e desarmou com eficiência, mas ainda está devendo uma atuação de campeão mundial. 5. CRISTIAN entrou para fechar o meio-campo e não complicou. 5.

TORÓ: A correria e entrega habituais, que o mantiveram esse tempo todo como titular. Como sempre, levou o velho cartão amarelo por entrada por trás. 5.

IBSON: Depois de algumas atuações pífias, voltou a chegar perto de seu padrão normal. Fez um belo gol, mostrando que, apesar da fase adversa, não perdeu a confiança. 6. OBINA entrou no fim. 5.

MARCINHO: Outro destaque do rubro-negro. Fez um gol com um chute indefensável, de artilheiro oportunista, e deu passe de calcanhar para outro. 8.

SOUZA: Um dos poucos a sair do tom. Perdeu um gol mandando a bola no travessão e não foi vaiado porque o Maracanã estava vazio. 4. DIEGO TARDELLI entrou e deu mais mobilidade ao ataque. Mais uma vez, acertou a trave esquerda com um chute de curva. 5.

CAIO JÚNIOR: Gritou demais em sua estréia e não fugiu muito da fórmula usada por Joel Santana. 5.

SANTOS

Com as atenções voltadas para a Libertadores, os reservas foram presa fácil para o adversário. Destaque para o goleiro Douglas e para o atacante Moraes. O restante estava muito desentrosado.

ARBITRAGEM

Heber Roberto Lopes não influiu no resultado.

Rubro-negros tomam susto diante da TV

Com o Maracanã fechado para a torcida, os rubro-negros tomaram um susto ontem: durante 20 minutos, em razão de problemas técnicos, o Premiere Esporte Clube deixou de transmitir o jogo entre Flamengo x Santos. Com o sinal estabelecido, os torcedores puderam acompanhar a partida, com direito a ouvir até a reclamação dos técnicos à beira do campo. O clube foi punido pelo STJD porque um torcedor atirou um objeto no campo na partida contra o Grêmio.

Fla vence outra na doce folga de dona Cristina

Mãe de Marcelinho e Duda deixa cozinha de lado para ver filhos em ação na vitória por 79 a 72 sobre o Vila Velha

Legenda da foto: FESTA NA GÁVEA: O pivô Alírio cai sobre um rival após uma enterrada, na vitória por 79 a 72. À esquerda, dona Cristina (de óculos) e a nora, Renata, recebem o carinho dos homens da família Machado

Ary Cunha

No garrafão ou na cozinha, mãos precisas fazem toda a diferença. Matriarca de uma família tradicional nas quadras de basquete, dona Cristina Machado ensina que uma pitada a mais no tempero pode ser tão desaconselhável quanto abusar da força num arremesso decisivo. Elogiada por seus dotes culinários que vão da brasileiríssima feijoada ao boeuf à la mode herdado da sogra francesa, ela ontem teve um Dia das Mães diferente. Não porque atrasou o almoço caseiro para ir à Gávea ver o Flamengo derrotar o Cetaf/Vila Velha (ES), por 79 a 72, pelos playoffs do Nacional Masculino de Basquete. Inesperada mesmo foi a folga que a data festiva lhe rendeu.

- Adoro cozinhar, me dá um enorme prazer. Mas hoje (ontem) quero ficar bem longe do fogão. A paella do almoço está por conta deles - brincou a mãe de Marcelinho e Duda e do fisioterapeuta Ricardo, todos do rubro-negro.

Na verdade, Marcelinho apenas assinou o cheque. Quem teve a tarefa de buscar o prato num restaurante da Barra foi outra Machado homenageada ontem: Renata, mulher do ala-armador da seleção brasileira e grávida de cinco meses.

- Perdi o jogo para trazer a paella - disse ela, que chegou no fim do jogo. - Tento seguir as receitas da minha sogra. Se um dia eu conseguir chegar perto do que ela faz na cozinha, já estarei muito feliz.

Irmãos Machado abrem 11 a 0 num início arrasador

Para o time de Paulo Chupeta, que busca o título inédito, chegar perto é pouco. Líder absoluto da primeira fase do Nacional e vice-campeão da Liga Sul-Americana, o Flamengo chegou ontem à segunda vitória consecutiva sobre os capixabas e agora depende apenas de um triunfo amanhã, em Vila Velha, para ir às semifinais. No sábado, a equipe derrotara os rivais (90 a 77).

Como o marido, o ex-jogador Renê, não quis esperá-la arrumar a mesa para a paella que estava a caminho, dona Cristina só conseguiu sair de casa depois de Duda e Marcelinho apresentarem o cartão de visitas do Flamengo, abrindo 11 a 0 no marcador. O primeiro tempo terminou com 41 a 34 e a vantagem de sete pontos acabou sendo a mesma do fim. Mesmo sem o toque pessoal de dona Cristina, a paella na casa dos Machado teve sabor de comemoração.

Flamengo: Marcelinho (21), Duda (12), Amiel (18), Coloneze (14) e Alírio (12). Entraram: Hélio e Fernando Mineiro (2). Vila Velha: Felipinho (15), Manuil (7), Jefferson (17), Gabriel (4) e Eric (12). Entraram: Ederson, Gustavo (2), Márcio (4) e Rodrigo (11). Outros resultados: Pitágoras/Minas 90 x 74 Saldanha da Gama (ES); e Universo/BRB/Converse (DF) 89 x 70 UTC/Uberlândia.

JORNAL DOS SPORTS

Confiança está de volta à equipe

A volta da confiança e a maior união do grupo foi o principal saldo da vitória do Flamengo sobre o Santos na estréia do Brasileirão, ontem, no Maracanã. Aliviado pelo resultado e pela boa atuação da equipe, o técnico Caio Júnior mostrou-se muito motivado com o seu trabalho e, junto com os jogadores, ficou mais convencido que o Flamengo pode, sim, brigar pelo título brasileiro deste ano.

Uma das principais razões para que o técnico pense desta maneira é a união do grupo que, segundo muitos jogadores, aumentou ainda mais após a eliminação da Libertadores.

"Senti um grupo muito unido, são amigos. A presença do nosso capitão, Fábio Luciano, no hotel e no vestiário foi muito importante", disse o treinador, que acredita que dirigir o Flamengo é a chance de sua vida: "Estar à frente do Flamengo neste momento é uma honra. É motivo de felicidade para mim e para a minha família e tenho certeza de que farei um grande trabalho aqui", disse.

Trabalho aceito\ Conhecido por se tornar amigo de seus comandados, Caio já começa a conquistar os atletas do clube.\

"Ele mostrou nesse jogo que é treinador inteligente, procurou respeitar as qualidades dos jogadores, manteve o mesmo time e nos deu muita confiança. Nós também estamos confiando no trabalho dele", afirmou Marcinho.

A confiança e a união que começa a crescer na Gávea ainda não chegou à torcida. Para Marcinho, o Flamengo precisa reconquistá-la.\ "Temos de trazer o torcedor de volta ao Maracanã. Eles têm de ter confiança no time, pois temos condições de ser campeões”.\

Uma boa vitória para acalmar

Flamengo derrota o Santos por 3 a 1 e curte a liderança do Campeonato Brasileiro

Bernardo Peirão e Pedro Chiaverini

Wallace Teixeira/JS

Juan comemora o seu gol, o terceiro do Flamengo, que saiu em jogada de Leonardo Moura

Num Maracanã deserto, onde se ouviam apenas os sons dos quero-queros e os gritos inúteis de Émerson Leão, o Flamengo, jogando sem a sua torcida em razão de uma punição imposta pelo STJD, venceu os reservas do Santos por 3 a 1, ontem à noite, pela primeira rodada do Brasileiro. Boa estréia de Caio Júnior no comando da equipe, que curte a liderança momêntanea do Campeonato.

O jogo começou bastante movimentado com as duas equipes atacando. Com um minuto de jogo Souza chutou no travessão do Santos. O Flamengo mostrava uma leve superioridade mas não conseguia sucesso nas finalizações. Mesmo com um novo comandante, o time apresentava velhos problemas. Souza, mesmo sem a pressão da torcida, saía demais da área e perdia gols. Já Marcinho, manteve a bom nível e, mais uma vez, foi de longe o jogador mais perigoso do Flamengo.

Aos 29, o gol finalmente saiu: Ronaldo Angelim fez bom lançamento para Juan, que cruzou na medida para Marcinho marcar. Um minuto depois, o Flamengo ampliou a vantagem com um golaço: Kleberson achou Marcinho que, dentro da área, deu um belíssimo passe de calcanhar para Ibson, que finalizou no ângulo esquerdo do goleiro Douglas. Foi uma verdadeira pintura o segundo.

A segunda etapa começou como a primeira: com Flamengo administrando o placar e o Santos tentando se encontrar na partida. O técnico Leão colocou Moraes e Vítor Júnior para dar mais movimentação ao ataque mas não obteve êxito.

Nos primeiros minutos o jogo ficou morno, com poucas jogadas perigosas. Então, Caio Júnior colocou Diego Tardelli no lugar de Souza e a melhora foi clara. O Flamengo começou a criar mais, porém, despediçava muitos gols. Kleberson, Tardelli, que acertou a trave em belo chute, e Ibson tiveram boas chances de marcar o terceiro, mas quem o fez foi Juan, aos 29. Em contra-ataque fulminante, Léo Moura arrancou pela direita e serviu Juan que só teve o trabalho de escolher o canto.

No último minuto de jogo, Bruno fez pênalti no zagueiro Marcelo. Moraes cobrou com categoria e deu números finais à partida. Resta saber se a torcida rubro-negra esqueceu a traumática eliminação da Libertadores com essa vitória na estréia do Campeonato Brasileirão.

Mengão abre 2 a 0

Flamengo está apenas a uma vitória da semifinal do Nacional

Wallace Teixeira/JS

O pivô Coloneze tenta fazer o giro na vitória do Flamengo sobre o Cetaf, no sábado

O Flamengo venceu ontem o Cetaf  por 79 a 72, em jogo realizado na Gávea, no Rio, e está a uma vitória de da semifinal do Nacional de basquete. O destaque rubro-negro foi Marcelinho Machado, cestinha da partida com 21 pontos. A terceira partida do playoff será disputada amanhã à noite, em Vila Velha.

"Lá em Minas, na casa deles com certeza vai ser bem mais difícil. mas nós estamos preparados, o time está consistente e vamos brigar bastante", afirmou o ala-armador Marcelinho Machado.

Além do ala, o cubano Amiel contribuiu com 18 pontos. E o pivô Alírio somou 12 pontos e 14 rebotes. O ala Jefferson Sobram anotou 17 pontos e pegou nove rebotes para o Cetaf.

Para a próxima partida, a equipe carioca, além de ter de atuar fora de casa, encontra outra dificuldade - encontrar um armador. Com uma contusão nas costas, Hélio jogou por apenas nove minutos pela equipe que já está sem Fred.

"O Hélio sentiu as costas, então foi poupado hoje. Ele havia sentido a fisgada ontem. Vou ter de recorrer aos meninos do juvenil se ele não se recuperar até terça-feira", afirmou o técnico Paulo Chupeta.

No final,ele  fez uma breve análise. “ Não foi um jogo feio. Sabíamos que não seria um jogo fácil, é sempre assim, mas o rendimento foi abaixo do esperado. Mas o importante é conseguir a vitória e viajar com a vantagem na série.”

Chupeta espera repetição da estratégia

O técnico Paulo Chupeta espera que o time mantenha a pegada dos últimos dois jogos para ter chance de garantir logo a vaga na semifinal.

Assim como o Flamengo, encerrando a primeira rodada das quartas-de-final, o Minas derrotou o Saldanha da Gama por 90 a 74, em Belo Horizonte (MG). Os cestinhas foram Mãozão, do Minas, e Lucas Costa, do Saldanha, com 20 e 19 pontos, respectivamente.

Já o Brasília venceu o Uberlândia, na capital, por 89 a 70. O cestinha foi Arthur, com 20 pontos. O principal pontuador mineiro foi Olivinha com 15 pontos.

Com esses resultados, os dois clubes lideram suas séries por um a zero. O segundo confronto das equipes será hoje, novamente em Belo Horizonte e Brasília.

FLAMENGO: Marcelinho (21), Duda (12), Amiel (18), Coloneze (14) e Alírio (12). Entraram: Hélio e Fernando (2). Técnico: Paulo Chupeta\ CETAF: Felipinho (15), Manuil (7), Jefferson (17), J.Gabriel (4) e Eric (12). Entraram: Gustavo (2), Márcio (4), Rodrigo (11) e Ederson. Técnico: Luiz Felipe.\

José Antonio Gerheim

Aliás é hora também de a CBF repensar essa história de fazer jogos com portões fechados, em silêncio total. Certamente há condições de punições mais inteligentes: multas pesadas, transferir jogos para outros estádios, como medida corretiva contra aqueles que se comportam mal nos estádios. E, principalmente educando os torcedores.  O futebol não é só um produto, um negócio para exportação de matéria prima. É também cultura e o brasileiro é o maior orgulho de uma nação que caminha para se tornar verdadeiramente uma das maiores do mundo, em todos os sentidos.

O DIA

Sem torcida, Fla supera Santos por 3 a 1 na estréia de Caio Jr.

Gabriel Esteves

Rio - Após o maior vexame de seus 112 anos de história - a impressionante desclassificação da Libertadores para o América-MEX no Maracanã na última quarta-feira -, o Flamengo começou a se reerguer. Em um Maracanã de portões fechados, a equipe comandada por Caio Jr. não teve problemas para vencer o time misto do Santos por 3 a 1, gols de Marcinho, Íbson e Juan. Moraes, de pênalti, descontou para os visitantes.

A ressaca da derrota para o América-MEX ainda repercutia. O sentimento era de correr atrás do prejuízo e o Flamengo não precisou do incentivo da Nação Rubro-negra para tomar a iniciativa do jogo. Com um minuto decorrido, Juan alçou bola na área na medida para Souza, que subiu sozinho e cabeceou no travessão.O cartão de visitas animou os jogadores rubro-negros, mas o Santos não deixava de apertar a saída de bola. Com isso, o jogo ficou num corre-corre truncado.

Para fugir da marcação santista, o Flamengo tentava utilizar a sua mais conhecida arma ofensiva: os laterais. Aos 7 minutos, Léo Moura fez boa jogada de linha de fundo, mas o cruzamento foi abafado. Aos 14, foi a vez de Juan tentar trabalhar, sem sucesso, com Souza, pela esquerda, para furar ao bloqueio do Peixe.

Aos poucos, o Fla conseguiu organizar melhor seus ataques, mas os jogadores ou prendiam muito a bola, ou erravam o último passe. Aos 16, quando bonita troca de passes deixou Léo Moura na cara do gol, foi marcado impedimento.

Sete minutos depois, Léo Moura teve outra chance de marcar. Souza, da linha de fundo, escorou de cabeça cobrança de falta para dentro da área e o lateral rubro-negro pegou de primeira, mas sem direção.

De tanto pressionar, e já começar a ser assustado com os eventuais contra ataques do Santos, o Fla abriu o palcar, aos 29 minutos. Em jogada rápida, Ronaldo Angelim lançou Juan que cruzou de primeira para Marcinho, também de prima, emendar, com o lado de dentro dopé, no ângulo direito de Douglas.

Apenas um minuto depois, a equipe comandada pelo estreante Caio Jr. ampliou a vantagem. Em belíssima ataque, Kléberson iniciou partiu em velocidade pela direita e tocou para Marcinho, dentro da grande área. O autor do primeiro gol deu lindo toque de letra para Ibson dominar e colocar com categoria no ângulo esquerdo de Douglas.

Com dois gols de vantagem o Fla diminui o ritmo, o que deu espaço para o Santos se lançar mais ao ataque. Aos 38 minutos, o Peixe fez sua melhor jogada no primeiro tempo. O lateral Carlinhos iniciou contra ataque pela esquerda que acabou no pé de Lima. O atacante ainda tinha espaço para avançar em direção ao gol, mas preferiu experimentar da intermediária e a bola passou por cima do travessão de Bruno, no último lance de perigo da primeira etapa.

O jogo recomeçou morno. Aos 11 minutos, Souza chamou o zagueiro para dançar na linha de fundo, deixou para trás e cruzou, mas Jaílton, no lance, passou em branco. o Fla ainda persistia com o mesmo pecado do primeiro tempo: apesar de boas tramas, o último passe sempre saía errado, desperdiçando boas jogadas.

Com o relaxamento dos rubro-negros, o Santos passou a tentar equilibrar as ações no jogo, mas não conseguia criar lances de perigo. As jogadas de ataque da equipe quase sempre acabavam em desarme do adversário ou com os jogadores chutando a gol sem levar perigo. Porém aos 22, Lima assustou com chute forte, após rápido giro.

Aos 24, o Flamengo acertou o seu primeiro contra-ataque completo no segundo tempo. Íbson iniciou a jogada pelo meio em velocidade, Marcinho rolou para Tardelli, que, em lance muito semelhante ao do gol do título da Taça Guanabara, chutou com categoria, mas viu a bola explodir na trave.

A resposta santista veio dois minutos depois, com Moraes. O santista invadiu a pequena área pela direita e, frente a frente com Bruno, chutou em cima do goleiro flamenguista, na melhor oportunidade do Santos na partida até então.

Logo em seguida, foi a vez do Flamengo perder chance clara. Ibson avançou pelo meio e, cara a cara com Douglas, chutou rasteiro rente à trave, perdendo gol feito.

Aos 29, Juan bem que tentou, mas não conseguiu perder o terceiro gol do Campeão Carioca. Em um contra-ataque de lateral pra lateral, Léo Moura partiu em disparada pela direita deixando dois marcadores para trás e colocou Juan sozinho, de cara para o goleiro. O lateral-esquerdo dominou a bola, parou e demorou a chutar, mas deu sorte e a bola passou por debaixo do batido Douglas. Mengão 3 a 0.

A partir daí, o Flamengo passou a administrar o jogo, apesar de ainda desperdiçar algumas chances. O Santos, sentindo que o Fla colocara o pé no freio, partiu em busca do gol de honra, que quase saiu aos 37 minutos, quando Wesley, em jogada pela esquerda, bateu forte, à queima-roupa, em cima de Bruno.

Quando parecia que a partida já tinha números finais, Bruno saiu mal em bola alçada na área e atropelou Moraes. O árbitro Heber Roberto Lopes apontou penalidade máxima, bem cobrada por Morais, no último lance da partida.

Para os superticiosos, um alento após o "Americanazzo": nas duas vezes em que o Flamengo estreou no Campeonato Brasileiro vencendo o Santos, foi campeão nacional. Um sinal de que, após a tempestade na Gávea, pode vir a bonança - e o hexacampeonato brasileiro, exigência da magoada massa rubro-negra para perdoar seu time do coração.

Para Caio Jr., tranquilidade e confiança trouxeram vitória sobre o Santos

Treinador revela que quer criar novos líderes na equipe

Rio - O time que venceu, de maneira tranquila, o Santos por 3 a 1 neste domingo, no Maracanã vazio, foi o mesmo posto em campo por Joel Santana na fatídica derrota por 3 a 0 para o América-MEX, que resultou na desclassificação da Libertadores. No entanto, não se pode dizer que Caio Jr. já não tenha implantado seu método de trabalho. O dedo do treinador no resultado da partida foi invisível: a restauração da confiança dos jogadores.

"Tive que repensar tudo o que eu ia fazer na quinta, em função do resultado de 3 a 0. Tinha que saber exatamente o que fazer na quinta e na sexta, então levei um papo com os jogadores, de sinceridade e franqueza, pra eles falarem sobre o que aconteceu no jogo contra o América, que, na minha opinião, foi atípico mesmo. Acontece, mas não é normal. Então procurei recuperar a confiança deles, dei oportunidade a todos de falar.", explicou o técnico.

"A equipe foi segura, acho que o mérito foi dar tranquilidade aos jogadores. A idéia de repetir a equipe, a conversa que tivemos no campo, e internamente na concentração, a presença do capitão (Fábio Luciano, lesionado) na concentração e no vestiário, foram detalhes que contribuíram para fortalecer a equipe", completou.

O técnico, que já disse gostar do trabalho de psicólogo dos jogadores, revelou a tônica de sua filosofia de trabalho a ser posta em prática no Flamengo: a criação de novos líderes dentro de campo.

"Acho que é uma equipe que pode crescer nesse aspecto de liderança, de criar novos líderes. Foi um fato que aconteceu no Palmeiras (dirigido pelo técnico no Brasileiro 2007) no ano passado, espero criar novos lideres, é um trabalho que gosto muito e quero fazer aqui", revelou.

Marcinho exalta trabalho de Caio Jr.

Rio - Para o técnico rubro-negro Caio Jr., o principal fator responsável pela vitória de 3 a 1 sobre o Santos foi a tranquilidade e confiança passada aos jogadores. O atacante Marcinho, autor do gol que abriu caminho para o resultado, fez suas as palavras do treinador, aproveitando para elogiar o trabalho de Caio em sua primeira partida à frente do Flamengo.

"O Caio  mostrou que é um treinador inteligente, que sabe tirar tudo que um jogador pode oferecer. Ele deu tranquilidade pra gente depois de uma partida difícil, falou que confiava na nossa equipe - e nós também confiamos no trabalho dele. O Caio soube montar bem a equipe, estudou muito a equipe do Santos, deu confiança pra gente jogar bem e foi o que aconteceu: se você pegar e analisar os 14 jogadores que participaram desse jogo, vai ver que a maioria conseguiu fazer uma boa partida. A equipe está montada, agora é trabalhar a confiança para o resto do campeonato", analisou Marcinho.

Perguntado se o Maracanã de portões fechados - por conta de punição do STJD relativa a incidente na partida contra o Grêmio do Brasileirão 2007 - de alguma forma ajudou a equipe, já que não existiria pressão da torcida após o Americanazzo, Marcinho mostrou personalidade:

"Para falar a verdade, eu gostaria que o estádio estivesse com um bom público, porque nessas horas que você vê o jogador que tem personalidade, o jogador que sabe jogar com pressão. O Flamengo tem jogadores que já jogaram Copa do Mundo e outros grandes campeonatos importantes, não é uma derrota que vai nos abater. O grupo é experiente e sabe o que quer, então se o estádio estivesse lotado, também teríamos feito uma boa partida", opinou.

Mas a comemoração pela boa estréia, para o atacante, acaba na segunda-feira. Se o Flamengo quiser conquistar o Campeonato Brasileiro pela sexta vez e apagar a mágoa dos torcedores pelo maior vexame da história do clube, Marcinho acredita que todo jogo deve ser visto como uma final:

"O Brasileirão é um campeonato longo e  temos que encarar cada jogo como uma final. Hoje, ganhamos, foi bom, mas a partir de amanhã temos que pensar somente no Grêmio. Temos que nos focar, estudar as qualidades e defeitos do Grêmio, chegar no (Estádio) Olímpico, fazer um bom jogo e conquistar a vitória, porque, no Brasileiro, não adianta ganhar só em casa. Tem que ganhar fora também", encerrou.

Maracanã, um palco triste e sem emoção

Rio - O gigante se calou. Ontem, o jogo de portões fechados fez do Maracanã um palco depressivo. Sem torcida, apenas com jornalistas e dirigentes, o silêncio no interior do frio estádio foi cortante. Das tribunas, era possível ouvir o diálogo entre os jogadores, as instruções e reclamações dos técnicos e o ‘canto’ de cinco quero-queros que sobrevoavam o gramado.

Em 1983, na decisão do Brasileiro, Flamengo e Santos levaram 155 mil pessoas ao Maracanã. Ontem, não houve torcedores, mas sim testemunhas do que ainda parecia o velório pela eliminação na Libertadores. Às 18h02, quando o Flamengo entrou em campo, em vez do coro de ‘vamos Flamengo, vamos time campeão’, apenas o som da bola no aquecimento.

No ‘anel’ das arquibancadas, escuridão; no gramado, até os policiais aproveitaram para assistir ao jogo. Bruno era o jogador que mais gritava: ‘Pega, pega’.\ O apito de Heber Roberto Lopes parecia amplificado. Nos gols, alguns poucos dirigentes do Flamengo comemoravam, mas diante do silêncio sepulcral, mais pareciam milhares de vozes. “Gostaria da presença da torcida. Com pressão é possível ver o jogador que tem personalidade”, disse Marcinho.\

Para completar o clima fúnebre, na volta do intervalo começou a chover. Aumentou o frio e a frieza que rondava o Maracanã. Ao cumprir a punição pela perda do mando de campo — devido a uma latinha arremessada no gramado no jogo contra o Grêmio, em 2007 — o maior derrotado foi o estádio. Palco de glórias e de manifestações históricas da torcida do Flamengo, ontem o Maracanã foi um gigante adormecido que viveu uma noite de pesadelo.

GAZETA ESPORTIVA

Na estréia de Caio Júnior, Flamengo vence os reservas do Santos

Rio de Janeiro (RJ) - Sem seus torcedores nas arquibancadas do Maracanã (por sanção do STJD), mas com o estreante Caio Júnior no banco de reservas, o Flamengo se reabilitou da surpreendente queda diante do América do México na Copa Libertadores. O Rubro-negro derrotou a “equipe B” do Santos por 3 a 1 neste domingo, gols de Marcinho, Ibson e Juan. Moraes descontou.\ Com a vitória na rodada de abertura do Campeonato Brasileiro, o Flamengo somou seus primeiros três pontos e chegou à liderança da competição. No próximo final de semana, enfrentará o Grêmio em Porto Alegre, enquanto o Santos receberá o Ipatinga. Antes, os comandos de Emerson Leão começarão o duelo de quartas-de-final de Libertadores com o América do México.\

O jogo – Logo em sua primeira investida, o Flamengo passou a falsa impressão de que o primeiro tempo seria bastante movimentado. Juan arrancou pela esquerda e cruzou na área, de onde Souza cabeceou a bola no travessão. Durante os 20 minutos seguintes, no entanto, o Rubro-negro esbarrou na marcação do Santos.

Já o Peixe, com três volantes no meio-campo e um apagado Paulo Henrique na armação, mostrava-se tímido para atacar. A dupla ofensiva formada pelos sempre titulares Wesley e Lima até se esforçava para criar chances de gol, mas quase não era municiada. À beira do gramado, Leão se desesperava aos berros, hoje sem público para encobri-los.

O técnico santista se irritou ainda mais após metade da primeira etapa disputada. Aos 28 minutos, Marcinho recebeu de Juan e, dentro da área, chutou com força, no ângulo, sem chances de defesa para Douglas. O goleiro também ficou sem reação quando, aos 30, o mesmo Marcinho passou de letra para Ibson ampliar com bela finalização.

Em desvantagem no placar, o Santos finalmente se soltou em campo. Mas produziu muito pouco. Só aos 35 minutos chutou a gol pela primeira vez. Ou melhor, para fora. Lima arriscou de fora da área, mas bateu sem direção. Muito mais organizado em campo, o Flamengo passou a administrar o resultado até o final do primeiro tempo.

No intervalo, Leão sacou Húdson e Paulo Henrique para as entradas de Moraes e Vitor Júnior. O primeiro não fez jus à alteração, porém o meia deu maior volume de jogo ao Santos. Diante de um Flamengo que cadenciava a partida, os visitantes finalmente conseguiram ser mais incisivos. Não o suficiente para chegar às redes.

O Rubro-negro novamente embalou depois de 20 minutos. Diego Tardelli, que substituiu Souza, acertou o travessão em chute forte da entrada da área. Pouco depois, aos 29, Leonardo Moura puxou contra-ataque em velocidade, acompanhado por Juan, que recebeu a bola e concluiu livre de marcação: 3 a 0, jogo quase definido.

Ainda havia tempo para o Santos descontar. Depois de muito insistir, os comandados de Emerson Leão conseguiram balançar as redes em cobrança de pênalti, assinalado por falta cometida por Bruno. Moraes deslocou o goleiro na batida e marcou o primeiro gol do Peixe no Brasileirão.

Mesmo com vitória, Caio Júnior se prepara para pressão

Rio de Janeiro (RJ) - A vitória por 3 a 1 sobre os reservas do Santos aliviou momentaneamente Caio Júnior, novo técnico do Flamengo. Ele sabe que não se livrou de vez das cobranças, com as quais já conviveu após a inacreditável eliminação da Copa Libertadores, diante do América do México.\ “Vivemos sempre sob pressão no futebol brasileiro, diferentemente da Europa”, conscientizou-se Caio Júnior, que se prepara para enfrentar julgamento no STJD. “Ganhando ou perdendo, vou trabalhar da mesma forma, tentando manter o equilíbrio. Mas o futebol é muito dinâmico e, de repente, temos reações erradas, como a minha no jogo do Goiás contra o Corinthians.”\

Apesar do discurso, o substituto de Joel Santana ficou satisfeito com o desempenho do Flamengo diante do Santos. “A equipe foi segura e só deixou a desejar em alguns momentos. O Santos estava sem seus titulares, mas foi muito bom. Senti um ótimo ambiente e vi que os jogadores são amigos”, comentou Caio Júnior.

PELÉNET

Sem torcida e na estréia de Caio Júnior, Fla bate o Santos

Do UOL Esporte\ No Rio de Janeiro\

O torcedor não pôde acompanhar a primeira partida de Caio Júnior, mas o Flamengo superou o trauma pela eliminação na Copa Libertadores e venceu os reservas do Santos por 3 a 1, neste domingo, no Maracanã, pela estréia de ambos no Campeonato Brasileiro. Marcinho, Ibson e Juan marcaram os gols do triunfo do Rubro-Negro. Moraes, de pênalti, descontou.

Pela competição nacional, os dois voltam a campo no próximo domingo. O Santos receberá o Ipatinga, às 18h10, na Vila Belmiro. Já o Flamengo pegará o Grêmio, às 16h, no Olímpico.

Flamengo marca dois gols em um minuto

Logo no primeiro minuto, o Flamengo já dava sinais de que dominaria boa parte das ações. Souza cabeceou e a bola raspou no travessão. Porém, o ímpeto da equipe da casa diminuiu um pouco. Enquanto isso, o Santos jogava de forma fechada e tentava explorar os contra-ataques, sem sucesso.

Isso acontecia dada a escalação defensiva arquitetada pelo técnico Emerson Leão. Em boa parte da primeira etapa, Bruno apenas assistiu o Flamengo dominar. O melhor futebol da equipe da casa foi traduzido no placar aos 28, através do atacante Marcinho.

Um minuto depois, o jogador deu lindo toque de letra para Ibson mandar no ângulo de Douglas. Na melhor chance que teve na primeira etapa, o Santos perdeu oportunidade nos pés de Lima, aos 37.

Apesar da vantagem rubro-negra, Toró fez um alerta na saída de campo: "Tivemos em uma situação parecida e não conseguimos sacramentar o resultado. Temos de manter a regularidade e até melhorar", disse, referindo-se ao fato de o Flamengo ter desperdiçado a vantagem no embate diante do América-MEX, pela Copa Libertadores.

Santos melhora na segunda etapa e um gol para cada lado

Nada satisfeito com a produção ofensiva de sua equipe, o técnico Emerson Leão sacou Hudson e Paulo Henrique e colocou Vítor Júnior e Moraes, respectivamente.

Porém, com a vantagem no marcador, o time da casa se dava por satisfeito e apenas trocava passes. Já o Santos pouco ameaçava Bruno. Aos 22, Lima mandou por cima da meta rubro-negra.

Aos 25, Diego Tardelli, substituto de Souza, acertou a trave. No minuto seguinte, Bruno defendeu chute de Moraes. Aos 27, Ibson fez grande jogada, mas mandou rente à trave direita.

Aos 29, porém, Leonardo Moura deixou Juan de frente para o goleiro e marcar. Com a vantagem, o Flamengo apenas esperava o apito final de Heber Roberto Lopes. Antes, porém, Bruno derrubou Moraes na área. O próprio diminuiu o placar.

Caio Júnior aprova estréia e anseia por novos líderes dentro do Fla

Do UOL Esporte\ No Rio de Janeiro\

Caio Júnior estreou com vitória no comando técnico do Flamengo. A atuação da equipe, que venceu por 3 a 1, o Santos, no Maracanã, com os portões fechados, foi convincente, apesar do adversário não estar portando a sua força máxima.

O atacante Souza, do Flamengo, disputa bola com o defensor santista Domingos

"Achei que a equipe foi segura no geral, apenas em alguns momentos deixou a desejar. Poderíamos ter feito o quarto gol e sair com uma condição muito boa. Perdemos alguns, mas o importante é que a equipe crie as jogadas. O Santos não veio com os titulares, mas foi muito bom, pois fazia tempo que o Flamengo não vencia na estréia", analisou.

Apesar de assumir o cargo, após um dos piores jogos da história do clube, Caio encontrou um clima leve na Gávea. "Senti um ótimo ambiente. Vi que os jogadores são amigos. Nós, da comissão, conversamos e foi muito bom, inclusive a presença do nosso capitão", disse.

Caio Júnior espera, através de muita conversa e amizade, formar novos líderes no elenco. "Aos poucos, eles irão me conhecendo melhor. Espero e gosto de pleitear novos lideres. Com sinceridade e franqueza, a equipe vai crescer nesse aspecto", emendou o novo técnico.

Para Ronaldo Angelim, vitória devolveu a tranqüilidade ao Fla

Do UOL Esporte\ No Rio de Janeiro\

Segundo Ronaldo Angelim, a vitória por 3 a 1, sobre o Santos, na estréia no Campeonato Brasileiro, no Maracanã,serviu para dar tranqüilidade ao grupo rubro-negro para a seqüência da competição nacional.

O atacante Souza, do Flamengo, disputa bola com defensor santista Domingos

O clima na Gávea ficou tenso depois da trágica derrota no meio de semana, para o América-MEX, pela Copa Libertadores da América. Atento, Ronaldo Angelim enalteceu a atuação do Rubro-Negro. "Fizemos uma boa partida, que serviu para dar tranqüilidade de novo", analisou o zagueiro.

Entretanto, foi nítida a queda de rendimento da equipe, após o Flamengo abrir vantagem de três gols. Ronaldo Angelim alertou para o Rubro Negro não ter tal descuido na partida do próximo final de semana.

"Poderíamos ter feito mais gols. Diminuímos o ritmo, mas todos estão de parabéns. Agora temos que pensar no Grêmio, nosso próximo adversário", lembrou Angelim, referindo-se a segunda rodada, quando o Flamengo vai até o Olímpico.

GLOBOESPORTE

Afastado da torcida, Fla vence fácil os reservas do Santos

Na ressaca da Taça Libertadores, time carioca estréia no Brasileiro com vitória por 3 a 1, no Maracanã com portões fechados

Eduardo Peixoto Do GLOBOESPORTE.COM, no Rio de Janeiro

Foi com os pássaros quero-queros que o Flamengo pôde comemorar a vitória por 3 a 1 sobre o Santos, no Maracanã. Além da má vontade da torcida com o time depois da eliminação da Taça Libertadores, a punição do STJD impediu que os rubro-negros assistissem à estréia importante no Campeonato Brasileiro.

Com o estádio deserto, livre da provável irritação da torcida e ainda enfrentando uma equipe quase de reservas, o Flamengo teve o trabalho facilitado na primeira partida sob o comando de Caio Júnior.

O substituto de Joel Santana manteve o time do antecessor, mas contou com o fim da soberba que tanto atrapalhou na partida contra o América-MEX. Sem contar com a maioria de seus titulares, Emerson Leão mandou a campo um apanhado entre reservas e ex-juniores, mas que em momento algum ameaçou os cariocas.

Mas, certamente, o torcedor rubro-negro preferia o lugar dos santistas. Afinal, apesar de derrotado neste domingo, o time paulista enfrenta justamente o América-MEX, na Cidade do México, na próxima quarta-feira pelas quartas-de-final da Taça Libertadores.

Por sua vez,  o time carioca terá a semana  para descansar e se preparar para a segunda rodada do Brasileirão. O próximo confronto será domingo contra o Grêmio, em Porto Alegre.

Até os grilos têm vez

Os gritos dos jogadores ecoaram pelo estádio vazio. E muitos deles funcionaram como incentivos de "torcedores disfarçados". Com o estímulo do "vai, vai" de Bruno, Ronaldo Angelim cruzou da esquerda e Souza cabeceou no travessão. O timoneiro da camisa 1 rubro-negra continuou a empurrar os companheiros. Do outro lado, Douglas também dava o tom do time misto santista.

Em jogo sem torcida dá para se ouvir até os grilos do gramado do Maracanã. O clima de "teatro" tornou a partida entediante. Aos 26 minutos, Marcinho chutou e o goleiro santista fez a defesa. Três minutos depois, Juan cruzou e Marcinho abriu o placar.

Em dois minutos, Fla resolve

Um minuto depois, uma bela trama de ataque rubro-negro terminou em novo gol. Kleberson rolou para Marcinho, o atacante passou de calcanhar e Ibson chutou no alto para ampliar.

Jogadores do Fla comemoram no estádio deserto

Engana-se quem pensa que haveria silêncio absoluto no estádio. Nos últimos degraus da cadeira especial, integrantes da comissão técnica do Flamengo quebraram o silêncio. Um dos únicos titulares do Santos em campo, Lima quase diminuiu aos 37 minutos.

No segundo tempo, a chuva contribuiu para o clima ainda mais para o clima fúnebre no estádio. Souza, aos dez minutos, deu lindo drible em Domingos e por pouco não marcou o terceiro.

O Santos assustou em chutes de longa distância, mas foi Douglas, aos 23, que impediu o gol de Kleberson. Logo depois, Diego Tardelli acertou a trave.

A partida melhorou e aos 26 minutos, Ibson falhou na marcação e Moraes chutou nas pernas de Bruno. O volante teve a chance de se redimir a seguir, mas bateu para fora.

Aos 29 minutos, Leonardo Moura arrancou pela ponta direita e serviu Juan. O lateral chutou mal, mas fez o terceiro. Àquela altura, a partida parecia jogo festivo. Juan passou a jogar pelo lado direito e o Santos quase diminuiu com Vítor Júnior, mas novamente Bruno fez a defesa. No último minuto, Moraes cobrou pênalti e diminuiu.

Marcinho pede para torcida voltar a apoiar a equipe

Atacante fala que Flamengo tem condição de ser campeão e torcedores podem confiar nos jogadores

Eduardo Peixoto Do GLOBOESPORTE.COM, no Rio de Janeiro

Os portões fechados do Maracanã ajudaram a mascarar a insatisfação da torcida do Flamengo com a equipe. Caso o público pudesse assistir ao jogo contra o Santos, certamente as hostilidades aos jogadores surgiriam. Seria o retrato do rescaldo da eliminação na Taça Libertadores, quarta-feira, para o América-MEX. Sem torcida, o time venceu por 3 a 1 e larga bem no Campeonato Brasileiro. Os três pontos, na opinião de Marcinho, são suficientes para a confiança no time ser reestabelecida.

- Desde que esse grupo foi formado só teve alegrias e vitórias. Não tinha vivido o lado amargo da derrota. Mas soubemos tirar como lição. Sabíamos que a estréia tinha de ser com vitória e convincente para que passassem a falar bem do nosso time. Espero que o torcedor também esqueça e volte a apoiar o time - diz o jogador, autor de um gol.

O resultado favorável fez surgir a possibilidade de que o time "gostou" de jogar sem torcedores para conseguir fugir da pressão. Marcinho discorda.

- Eu gostaria que o estádio tivesse com bom público porque nestas horas que você vê quem tem personalidade, quem sabe jogar com pressão. Não é por causa de uma derrota que vamos nos abater. Se o estádio estivesse lotado faríamos uma grande partida do mesmo jeito - assegura.

O Flamengo volta a campo no próximo domingo, contra o Grêmio. A partida acontece às 16h, no estádio Olímpico.

Bruno festeja, mas lembra que a torcida vai cobrar mais do time

Goleiro rubro-negro também promete ajuda ao técnico Caio Júnior

Das agências de notícias No Rio de Janeiro

O goleiro Bruno comemorou o bom resultado do Flamengo, que venceu o Santos por 3 a 1 sobre neste domingo, na estréia do time no Campeonato Brasileiro. Mas, o jogador sabe que a derrota de 3 a 0 para o América (MEX), no Rio, e a eliminação na Libertadores não sairá da cabeça dos torcedores por um bom tempo. Por isso, ele espera que ainda haja cobrança nas próximas partidas do Rubro-Negro.

- A gente vem de um momento difícil onde a torcida vai cobrar. Conseguimos estrear com uma vitória, coisa que há muito tempo não acontecia. Temos de manter a tranqüilidade e a cabeça fria, pois nosso próximo jogo será fora de casa (contra o Grêmio, em Porto Alegre, no dia 18).

Bruno acredita que a chegada do técnico Caio Junior no comando do Flamengo também irá servir para dar a volta por cima e reerguer a cabeça do elenco.

- Acho que o caio vai chegar e vai nos ajudar bastante. Tenho certeza que ele vai se dar muito bem no Flamengo. Assim como ele vai nos ajudar, vamos ajudá-lo também.

Caio Júnior atribui reviravolta à qualidade do time rubro-negro

Técnico diz que o Flamengo teve atuação segura na estréia no Campeonato Brasileiro

Eduardò Peixoto Do GLOBOESPORTE.COM, no Rio de Janeiro

Caio Júnior chegou ao Flamengo no olho do furacão. Assumiu a equipe no dia seguinte à traumática eliminação da Taça Libertadores e trabalhou o psicológico da equipe. O resultado foi satisfatário. Na sua estréia, o Rubro-Negro derrotou o Santos por 3 a 1 e iniciou bem o Campeonato Brasileiro.

O treinador reconhece que passou por momentos de ansiedade depois da partida contra o América-MEX. Mas, depois de refletir, conversou com os jogadores e lhes passou confiança. Na análise de Caio Júnior, como o time do Flamengo é bom, a recuperação é mais fácil.

- Depois do jogo contra o América comecei a pensar o que eu tinha que fazer. Treinador não é máquina e também tem sentimento. Tive ansiedade, mas nada em demasia. Mas senti o apoio do grupo e o foco principal é: o Flamengo tem qualidade. Por isso, a chance de recuperar uma situação ruim é muito grande - declara o comandante do Fla.

Apesar do trauma emocional, o Flamengo conseguiu superar a desconfiança e bateu os reservas do Alvinegro praiano com sobriedade, passando poucos sustos.

- A equipe foi segura e este foi o grande mérito da comissão. Demos tranqüilidade aos jogadores e repetimos a equipe que perdeu. Grupo tem um ambiente ótimo e isso facilita. Poderíamos até ter feito o quarto gol nos contra-ataque, mas infelizmente tomamos um golzinho no fim - diz.

O Flamengo não vencia em estréia no Brasileirão desde 2002, quando derrotou o Internacional por 3 a 1, em Porto Alegre. Em 2007, por exemplo, a equipe perdeu por 4 a 2, no Maracanã, para o Palmeiras, que era dirigido por Caio Júnior. O Rubro-Negro também havia sido eliminado no meio de semana da Libertadores e sofreu com a impaciência da torcida. Desta vez, com os portões fechados, os jogadores não precisaram mostrar "nervos de aço" para resistir à pressão.

Diretoria do Fla libera e critica comportamento de Rodrigo

Zagueiro recupera-se de lesão, mas não joga mais no clube carioca. Defensor deve voltar para o São Paulo

Eduardo Peixoto Do GLOBOESPORTE.COM, no Rio de Janeiro

Rodrigo insistia em dizer que pretendia cumprir contrato com o Flamengo. Agora, o zagueiro faz parte do passado do clube e entra na lista das contratações mal sucedidas. O defensor não deixará saudades no elenco e tampouco entre dirigentes. Assim que chegou ao clube, o técnico Caio Júnior disse que contava com o zagueiro e pretendia deixá-lo no banco de reservas contra o Santos, neste domingo. Porém, desistiu ao saber que havia um movimento que irá retirar o jogador da Gávea. A diretoria já o liberou e sem saudade.

- Que vá rápido. Se o Fábio Luciano é um sonho de jogador, o Rodrigo é o contrário - disse o vice de futebol do Fla, Kléber Leite, ao jornal "Lance".

A insatisfação de Rodrigo com o Flamengo começou pouco antes do problema no braço. Reserva, o jogador queixou-se da falta de pagamento. O empresário do atleta, Giuseppe Dioguardi, tentou resolver o problema. Não conseguiu e a relação ficou ruim, com queixas de parte a parte.

No Flamengo, há reclamações de que o jogador faltou a diversos dias de tratamento para ficar em São Paulo cuidando de sua recém-inaugurada academia de ginástica. Ele também não se adaptou ao elenco e poucas vezes dialogou com os companheiros. Ainda na pré-temporada, reclamou com o técnico Joel Santana que ao chamarem Souza de Rodrigo - o verdadeiro nome do atacante -, os colegas de elenco o confundiam em campo.

Rodrigo participou de seis jogos pelo Fla e não entra em campo desde fevereiro. O jogador interessa ao São Paulo, clube em que se destacou.

Fla a apenas uma vitória da semifinal

Equipe abre 2 a 0 e pode decidir vaga se vencer na casa do adversário

GLOBOESPORTE.COM Rio de Janeiro

Flamengo e Vila Velha voltam a se encontrar na próxima terça-feira, na cidade capixaba

O Flamengo voltou a confirmar o seu favoritismo nos playoffs das quartas-de-final do Nacional masculino de basquete. Comandada pelo armador Marcelinho Machado, cestinha com 21 pontos, a equipe rubro-negra venceu a segunda partida sobre o Vila Velha com o placar de 79 a 72 neste domingo, no ginásio da Gávea (RJ). Após ter vencido a primeira partida, o Flamengo fica a apenas uma vitória da semifinal, podendo decidir a classificação no jogo da próxima terça-feira, em Vila Velha (ES), a partir das 20h.

Pelo lado do Vila Velha, o destaque foi Jefferson Sobral, com 17 pontos. Apesar de a equipe ter ampliado a vantagem, Marcelinho Machado considera que o grupo não rendeu o esperado neste segundo confronto. E manda um recado: o Flamengo precisa melhorar para tentar fechar a série no Espírito Santo e ter um tempo para descansar, após a série de jogos, que contou ainda com a decisão da Liga Sul-Americana.

- Jogamos abaixo do que estamos acostumados. Chegamos a abrir uma vantagem de quinze pontos, mas a equipe deles melhorou a marcação e dificultou o nosso trabalho no final. Precisamos melhorar para a próxima partida, pois jogar lá em Vila Velha será bem mais difícil. É importante fechar a série em três a zero na terça-feira, para que o time possa ter um tempo de descanso maior para as semifinais — explica o ala Marcelinho.

\ "Num playoff tudo é possível, mesmo quando o adversário é o Flamengo" Felipinho, Ala/armador do Vila Velha\ \

Ala/armador do Vila Velha, Felipinho considera que não tem nada perdido contra o primeiro colocado da fase inicial do Nacional. Para ele, a equipe tem condições de tirar a vantagem nos jogos em casa.

- Conseguimos fazer uma partida mais equilibrada, mas perdemos nos detalhes. Para o jogo de terça-feira, estamos confiantes de que temos condições de ganhar. Num playoff tudo é possível, mesmo quando o adversário é o Flamengo.

LANCE

Fla deixa a crise de lado e vence o Santos

Rubro-Negro estréia bem no Brasileirão com Maracanã de portões fechados

Marcinho e Juan marcaram no jogo contra o Santos (Crédito: Ricardo Cassiano)

LANCEPRESS!\ Mesmo sem o apoio de sua torcida, o Flamengo não encontrou dificuldade neste domingo para vencer o Santos na estréia dos dois times no Campeonato Brasileiro. Marcinho, Ibson e Juan marcaram dois belíssimos gols nos 3 a 1 sobre o time reserva do Santos, no Maracanã - Morais descontou. A torcida rubro-negra não pôde acompanhar a partida do estádio, pois o clube carioca cumpriu uma punição do STJD relativa ao Brasileirão do ano passado.\

Logo com um minuto de jogo, Souza quase marcou. Juan cruzou da esquerda, o atacante cabeceou, mas a bola raspou o travessão e saiu por cima da meta. Após essa chance, o Flamengo dominou a partida, mas sem conseguir levar perigo ao goleiro Douglas. Um dos principais responsáveis pela boa atuação defensiva do Santos era o zagueiro Marcelo, eficiente nos desarmes.

No entanto, bastou uma bobeada da zaga para o Flamengo abrir a contagem. Aos 29, Ronaldo Angelim tocou no alto para Juan na ponta esquerda. O lateral tocou de primeira para o meio da área e Marcinho apareceu para chutar no ângulo: Flamengo 1 a 0.

O gol fez com que os santistas arriscassem sua primeira subida ao ataque. Mas, no contra-ataque, o Flamengo marcou mais um. A jogada começou pela direita. Kleberson roubou a bola na direita e tocou rasteiro para Marcinho na risca da área. O atacante deu um toque de letra e encontrou Ibson sozinho na área. O jogador acertou um belo chute no alto e ampliou a contagem: Flamengo 2 a 0, aos 30 minutos.

Com desvantagem no placar, a equipe santista só conseguiu levar algum perigo aos 36, com Lima. O atacante dominou na entrada da área e soltou uma bomba, mas a bola saiu pela linha de fundo. Três minutos depois, Adriano apareceu na área para concluir, mas pegou de forma errada na bola.

No intervalo, o técnico Emerson Leão fez duas alterações e colocou sua equipe mais para a frente. Vitor Junior e Morais entraram no lugar de Hudson e Paulo Henrique, respectivamente. As alterações fizeram com que a equipe santista jogasse mais no ataque. No entanto, as tentativas de bolas aéreas paravam nas mãos do goleiro Bruno.

E o Flamengo quase ampliou a contagem com Leonardo, aos 11. Souza fez boa jogada pela esquerda, passou por Domingos e cruzou na área. Por pouco, o zagueiro rubro-negro não chegou para cabecear. O Santos respondeu aos 20, com Wesley, em um chute da intermediária que saiu por pouco.

A partir desse lance, o jogo ficou mais aberto. Aos 24, Kleberson soltou uma bomba da entrada da área que obrigou o goleiro Douglas a fazer uma bela defesa. Um minuto depois, Diego Tardelli, também da intermediária, chutou colocado, mas a bola estourou na trave direita. Em seguida, aos 26, foi Bruno que defendeu com os pés um chute de Morais. No contra-ataque, Ibson perdeu boa chance.

O gol que estava sendo desenhado saiu aos 29. Léo Moura avançou rapidamente pela direita e tocou rasteiro para Juan. Sozinho, o lateral-esquerdo dominou com calma, esperou a saída de Doulgas e tocou por entre as pernas do goleiro: Flamengo 3 a 0.

O Santos ainda tentou deixar um de honra, aos 36, com Lima, mas Bruno defendeu sem problemas. Antes do fim da partida, o goleiro Bruno ainda teve tempo de cometer um pênalti infantil, aos 46. Morais cobrou e diminuiu: Flamengo 3 a 1.

Agora, o Flamengo terá uma semana para se concentrar para disputar a partida contra o Grêmio, domingo que vem, em Porto Alegre. Já o Santos volta a focar seus pensamentos para a primeira partida das quartas-de-final da Copa Libertadores, na próxima quinta-feira, contra o América (MEX), na Cidade do México.

Rodrigo se desliga do Flamengo e deve se apresentar no São Paulo

Kléber Leite confirma negociação e dispara contra zagueiro

Rodrigo não joga desde fevereiro por causa de uma lesão no braço direito (Crédito: Paulo Sérgio)

LANCEPRESS!

O zagueiro Rodrigo foi liberado pela diretoria do Flamengo para acertar a sua transferência para o São Paulo, conforme havia antecipado o LANCENET! no último sábado.

O jogador deverá ser apresentado na segunda-feira no novo clube, que pagará uma quantia pelo empréstimo proporcional ao\ tempo do contrato que terminaria no dia 30 de junho, mais o que ele ainda tinha para receber de atrasados.\

O vice de futebol, Kléber Leite, confirmou a negociação

– Que vá rápido. Fábio Luciano é um sonho de jogador e Rodrigo é o contrário – disse Kléber.

Entenda a negociação

O Dínamo de Kiev (UCR) emprestou Rodrigo para o Flamengo até o dia 30 de junho. No entanto, o jogador está insatisfeito no clube carioca. Está com os direitos de imagem atrasados e sem jogar desde fevereiro, por causa de uma fratura no braço direito. A estratégia do São Paulo é que o clube ucraniano aumente o empréstimo até dezembro para o Fla e o rival caioca repasse-o até o fim da temporada para reforçar a zaga paulista.

Esta é a única maneira de o São Paulo conseguir inscrevê-lo na Libertadores até a noite da próxima segunda-feira, prazo final de inscrições para as quartas-de-final da Libertadores. Se ele rescindisse com o Fla e o Dínamo o emprestasse para o Tricolor, isso seria caracterizado como transferência internacional, o que está proibido neste momento. O mercado só será aberto entre os dias 3 e 31 de agosto.

Rodrigo está sem disputar uma partida oficial desde fevereiro, quando fraturou o braço direito. Mesmo se for contratado e inscrito, dificilmente deve ser escalado por Muricy, que teme colocar atletas sem ritmo em partidas decisivas.

Caio Júnior elogia a reação do Flamengo

Treinador disse que conseguiu reerguer o espírito da equipe rubro-negra na base de muita conversa\ LANCEPRESS!\

Os dias que antecederam a estréia do Flamengo no Brasileiro, contra o Santos, foi cercada de muita pressão. Depois do vexame da eliminação da Copa Libertadores, na derrota de 3 a 0 para o América (MEX) em pleno Maracanã, foi traumática para os jogadores do Flamengo. Mas, na base do diálogo, o técnico Caio Júnior, que fez sua estréia no comando da equipe neste domingo, conseguiu dar a paz necessária aos jogadores.

radio l! – O grande mérito da comissão técnica e todos no clube foi dar tranqüilidade ao grupo. A repetição da escalação, as conversas, a presença do capitão Fábio Luciano na concentração e no vestiário. Tudo isso foi importante. O Flamengo teve uma atuação segura e poderia ter feito o quarto gol – disse Caio. (Clique e ouça mais)

Olympikus será a nova parceira do Flamengo

Valor oferecido pela empresa ao Rubro-Negro chega aos R$ 20 milhões

Rodrigo Benchimol RIO DE JANEIRO

Nos bastidores da Gávea não se fala em outra coisa que não seja o recente acerto verbal entre o Flamengo e a Olympikus/Reebok. Os dirigentes rubro-negros já chegaram ao consenso de que o rompimento amigável com a Nike é a melhor decisão a ser tomada e o anúncio do acordo com a nova fornecedora de material esportivo será feito assim que isto acontecer.

Inicialmente, a intenção era anunciar o desfecho positivo com a Olympikus no aniversário do presidente Marcio Braga, na próxima quarta-feira. Mas dificilmente isto acontecerá, pois a Nike ainda tem a esperança de que o Flamengo aceite a oferta de cerca de R$ 15 milhões anuais que fez recentemente.

O LANCE! apurou com fontes do alto escalão da Gávea que os R$ 20 milhões e as dez lojas espalhadas pelo Brasil, oferecidos pela Olympikus, já foram aceitos. O contrato será de cinco anos e meio (sendo este semestre extra ainda para este ano) e o Flamengo conseguiria um adiantamento de R$ 10 milhões na assinatura.

A empresa brasileira convenceu os dirigentes não só com a parte financeira, mas com garantias futuras. É que a Vulcabras, que comanda a Olympikus/Reebok no Brasil, tem estrutura que garante que o material esportivo será recebido e vendido com eficiência – fatores determinantes para o rompimento com a Nike.

A previsão da futura parceira para 2009, por exemplo, é a venda de 800 mil camisas. Em 2006, a Nike vendeu cerca de 120 mil. Além disso, a estrutura por trás da Vulcabras impressionou os cartolas: são 50 mil funcionários, 32 indústrias e 5 mil pontos de venda pelo país.

Procurado pelo LANCE!, Marcio Braga não quis confirmar o acordo e disse que ainda estuda a proposta da Nike.