Notícias

Clipp 24/fevereiro

Noticiário do Flamengo na midiaHOJE TEM DECISÃO

Por - em

O GLOBO

A Taça Guanabara do tira-teima

Fla e Botafogo decidiram duas vezes e cada um ficou com um título

Pouco menos de um ano depois de decidirem o Estadual de 2007, com vantagem para os rubro-negros, Botafogo e Flamengo se reencontram hoje em nova final, que será um tira-teima em se tratando de Taça Guanabara. Os times só se enfrentaram duas vezes na decisão da competição, criada em 1965, com uma vitória para cada lado. Em títulos, o Flamengo, maior campeão, leva grande vantagem sobre o rival, com 17 (1970, 72, 73, 78, 79, 80, 81, 82, 84, 88, 89, 95, 96, 99, 2001, 2004 e 2007), contra apenas quatro (1967, 68, 97 e 2006).

Na primeira disputa entre os dois, o Botafogo se sagrou campeão de forma inusitada. O rubro-negro precisava de uma vitória sobre o Bonsucesso, em jogo atrasado, para conquistar o título. O alvinegro decidiu, então, fazer uma excursão pelo Brasil. Mas o Flamengo foi derrotado por 2 a 0 e, com isso, foi preciso fazer um jogo-extra. O alvinegro voltou correndo da viagem e goleou o rival por 4 a 1, com gols de Gérson (2), Zequinha e Roberto Miranda. O gol rubro-negro foi marcado por Dionísio.

Em 1995, o Flamengo fez a festa ao derrotar o adversário por 3 a 2, com três gols de Romário. Adriano marcou os dois do Botafogo. O grande chamariz da noite era o duelo dos artilheiros Romário e Túlio. O Flamengo abriu 2 a 0. O primeiro gol saiu após pênalti de Wilson Gottardo em Romário, que o craque cobrou e fez. No segundo, subiu mais que a zaga e ampliou de cabeça. Quando o zagueiro Agnaldo e Túlio foram expulsos, o jogo pareceu resolvido, mas, em dois lances de bola parada, Adriano empatou. Mas, numa falha de Márcio Teodoro, Romário fechou o placar e, ainda no campo do Maracanã, autoproclamou-se Deus, em resposta a Túlio, que se dizia "Rei do Rio".

DECISÃO DA TAÇA GB: Pilar do Flamengo de Joel, meia sonha com a seleção

Dentro e fora do gramado,\ um jovem em transformação\

Ibson aprende a lidar com nova responsabilidade no Flamengo e em casa

IBSON EM FAMÍLIA: com a mulher Cíntia e o filho Ibson Junior, em casa, o jogador encontra forças para superar desafios no futebol e na vida

Carlos Eduardo Mansur

Ibson tem apenas 24 anos. Mas, para quem vive no mundo do futebol moderno, deixou de ser visto como um jovem há algum tempo. Tanto que carrega nas costas o peso de ser uma das maiores esperanças da torcida do Flamengo na decisão de hoje, contra o Botafogo. Uma responsabilidade que, mesmo com a pouca idade, ele precisa aprender a administrar ao mesmo tempo em que, fora de campo, é a imagem de uma vida em transformação.

Há um ano, enquanto Flamengo e Botafogo decidiam o último Estadual, Ibson vivia dias difíceis em Portugal. Duas lesões em seqüência e problemas de relacionamento com o técnico do Porto, Jesualdo Ferreira, o entristeciam. No ano passado, Ibson se casou com Cíntia, que o acompanhou nos piores momentos na Europa. Mais tarde, voltou ao Brasil. Criado em São Gonçalo, viu o bom início de carreira lhe dar o primeiro fruto: um amplo apartamento com generosa vista para o mar em Niterói, onde vive desde dezembro. Há quatro meses, nasceu Ibson Júnior, o primeiro filho.

- Continuo o mesmo. Mas é claro que algumas coisas mudam quando você tem seu primeiro filho. Ainda mais na fase em que ele está começando a descobrir as coisas. Não quero perder nada. Fico doido para chegar em casa. Quando tem viagem para pré-temporada, por exemplo, fico louco de saudade. A responsabilidade é maior - afirma Ibson.

Quando a esposa se ausenta da sala, Ibson se revela um pai cuidadoso. Em seu colo, Ibson Júnior parece menos agitado, em especial se há um jogo de futebol na televisão. Ele veste uma camisa do Flamengo personalizada, com seu nome e o número 100 nas costas, em referência ao centésimo jogo do pai pelo Flamengo, marca completada na estréia do time no Estadual, contra o Boavista. Na Gávea, um intervalo do treino é a chance para Ibson ir até o alambrado e matar, por alguns instantes, a saudade do filho.

No trabalho, a responsabilidade de Ibson também só cresceu. Ele saiu do Flamengo como revelação. Voltou como solução para um time em crise técnica no último Brasileiro. O meia estreou numa derrota para o Santos, por 3 a 0. No jogo seguinte, outro tropeço, contra o Atlético-PR. A partir dali, no entanto, começaria a arrancada para uma antes impensável vaga na Libertadores. Para a torcida, obra da chegada de Ibson:

- Encarei isto com naturalidade. Acreditava em mim. Sabia que, em Portugal, as lesões tinham me atrapalhado. Voltei ao clube que gosto e o Joel me deu confiança. Mas a recuperação não foi só por minha causa. O Flamengo trouxe o Fábio Luciano, o Cristian...

"O futuro não vai mais depender de mim"

A final da Taça Guanabara tem sabor especial para Ibson. Afinal, na volta ao Flamengo, a vaga na Libertadores foi vista como uma conquista. Mas não como um título de verdade:

- Aquela campanha foi importante pela volta por cima que demos. Mas claro que levantar uma taça seria a coroação.

Para o técnico Joel Santana, Ibson é um dos pilares do Flamengo atual. Para o meia, o Flamengo é o presente e pode ser o seu futuro por muito tempo. Embora tenha contrato até 2011 com o Porto, Ibson, cujo empréstimo ao Flamengo termina em junho, é tratado como prioridade pela diretoria. Alcançou tanta importância na Gávea que, quando o clube lançou sua TV oficial na internet, Ibson foi o símbolo. Segundo o vice-presidente de futebol, Kleber Leite, a meta principal da FlaTV é levantar recursos para a compra em definitivo do meia, que não tem preço fixado.

Por enquanto, Ibson não enxerga uma volta vitoriosa ao futebol europeu como obsessão:

- O que eu penso, hoje, é ganhar títulos pelo Flamengo e, em seguida, voltar à seleção brasileira. Para atingir meus objetivos, nada melhor do que ter boa seqüência no Flamengo.

Ibson disse ter encontrado na Gávea uma receptividade que talvez lhe faltasse no futebol português. No Flamengo, recuperou seu melhor futebol e, com a camisa rubro-negra, sonha com vôos mais altos.

- Cheguei ao Flamengo com nove anos. Sou uma pessoa que sai de casa para ir trabalhar em um lugar onde também se sente em casa. Isto facilita tudo. Tenho contrato com o Porto até 2011 e, num determinado momento, o futuro não vai mais depender de mim. Estou feliz no Flamengo, mas vou esperar o que será decidido pelos clubes - diz.

Reencontro no Maracanã

Fla de Ibson e Botafogo de Lúcio Flávio travam novo duelo. Equilíbrio marca últimos clássicos

LÚCIO FLÁVIO e Ibson, em encontro na última sexta-feira: respeito e elogios mútuos antes do clássico de hoje, que vai decidir a Taça Guanabara

Sexta-feira, a 48 horas da decisão da Taça Guanabara. Praia de Icaraí, em Niterói, como pano de fundo. Responsáveis por dar talento, dinâmica e organização ao meio-campo de Flamengo e Botafogo, Ibson e Lúcio Flávio - praticamente confirmado ontem - ficam frente a frente pela última vez antes do clássico de hoje, às 16h, no Maracanã.

A conversa amena e a troca de elogios, certamente, vão contrastar com a batalha que se verá em campo.

- É cada vez mais difícil ver um autêntico camisa dez como Lúcio Flávio. Hoje, o mais comum é volantes irem à frente criar jogadas - enalteceu Ibson.

- Ibson é segundo volante, mas se adaptou muito bem mais à frente. Isso é raro - retribuiu Lúcio Flávio.

Para ficar com a taça, rubro-negros e alvinegros terão que romper o equilíbrio que marca a história recente dos confrontos. Nos últimos cinco jogos, só deu empate.

Da decisão do Estadual de 2007 até hoje, os rivais trilharam caminhos opostos. Mesmo derrotado, o Botafogo virou sensação no futebol brasileiro antes de viver uma decadência no fim de 2007. O Flamengo, após ser campeão, saiu da Libertadores e entrou em profunda crise. No fim do ano, deu incrível arrancada. O Botafogo chega à final com Cuca, mesmo técnico da última decisão. O Flamengo, que na época tinha Ney Franco, agora tem Joel Santana no banco. Em campo, o rubro-negro deverá ter seis titulares que jogaram aquela final. O Botafogo terá no máximo dois, caso Jorge Henrique, que correu ontem, jogue.

Na semana do jogo, Joel Santana e Cuca, à semelhança de Ibson e Lúcio Flávio, só trocaram elogios. No encontro em Niterói, o toque de descontração partiu do meia rubro-negro na despedida:

- A gente se vê no domingo.

Flamengo: Bruno, Leonardo Moura, Fábio Luciano, Ronaldo Angelim e Juan; Jaílton, Cristian, Ibson e Toró; Marcinho e Souza. Botafogo: Castillo, Alessandro, Ferrero, Renato Silva e Édson (Eduardo); Diguinho, Túlio, Lúcio Flávio e Zé Carlos; Wellington Paulista e Fábio (Jorge Henrique). Juiz: Marcelo de Lima Henrique.

TRANSMISSÃO: Rede Globo e Rádios Globo e CBN

DESCONTRAÇÃO: Festa na Gávea

Os jogadores do time do "goleiro" Juan festejam a vitória, com direito ao grito de "É campeão", na última pelada na Gávea antes da final da Taça Guanabara. Apesar do clima festivo, os jogadores treinaram pênaltis, com bom aproveitamento dos titulares.

Fernando Calazans

Benefício da dúvida

Antes que o jogo comece, é preciso exaltar o comportamento do Botafogo nesta Taça GB que termina hoje. Depois de tantas perdas e desfalques em relação ao ano passado, o Botafogo soube se recompor com um elenco modesto em quantidade, mas que foi bem trabalhado e bem armado pelo Cuca. Por isso, ele se firma como um dos poucos técnicos que podem sair da pasmaceira reinante.

Até por ter arquitetado um esquema de marcação que contradiz a tese de que ele, Cuca, só seria eficiente do meio de campo para a frente.

Mas, por falar em esquema de marcação, um momento! Preciso retroceder um pouquinho no tempo, até a semifinal em que o Botafogo eliminou o Fluminense. É que, a julgar pela quantidade de mensagens que recebi de leitores, devo ter me descuidado justamente de um dos temas predominantes desta coluna.

Mas os leitores não. E me indagaram, uns em tom de dúvida, outros com mais certeza, se o esquema de marcação era bom mesmo, ou se "bom", assim entre aspas, era o rodízio de faltas que Cuca introduziu no time, e que teve como alvo principal o Thiago Neves.

Então, quem ficou em dúvida fui eu. Pesquisei dados do jogo: foram 33 faltas do Botafogo, contra 18 do Fluminense.

Trinta e três faltas? É muita coisa mesmo para um time só, num jogo só. Quase o dobro das faltas que fez o adversário. Depois, revendo na memória algumas cenas do jogo, reparei os gestos desatinados do trio Diguinho, Túlio e Triguinho.

Os dois primeiros jogaram bem. Eu os destaquei no comentário. Mas precisa fazer tanta falta assim?

Passada a semifinal, resta uma coisa a fazer. Outros camaradas não darão a menor bola para o assunto, eu sei, porque os fins justificam quaisquer meios, inclusive os ilícitos, e o Botafogo está na final, não é mesmo? Mas eu vou ficar de olho para saber se o esquema de marcação do Cuca é bom mesmo ou se foi a velha e surrada tática do rodízio de faltas que ajudou o time. É um recurso fora da lei, que deveria ser combatido pelos juízes - se tivéssemos juízes de futebol de verdade.

Por enquanto, fica prevalecendo o benefício da dúvida, e o Botafogo merece estar na final.

O Flamengo também merece. Disse o Joel Santana, nos últimos dias, que, com jogos às quartas-feiras e aos domingos, ele não pode adaptar os reforços ao time e ao esquema do time. Daí ter optado pela escalação do ano passado.

Faz um certo sentido. Até porque Jônatas não estava jogando nada bem. E Diego Tardelli é o Diego Tardelli: ninguém sabe no que vai dar, só a diretoria achava que sabia, ao contratá-lo. Kleberson é que, a meu ver, subia de produção, começava a se adaptar ao time e a criar jogadas, coisa que Jaílton, Cristian e Toró, três que vão jogar hoje, decididamente não sabem fazer. Jaílton, por exemplo, sabe fazer o que o time do Botafogo fez contra o Fluminense: faltas.

Mas, assim como aconteceu com Cuca, não custa contemplar também Joel com o benefício da dúvida, esperando para ver como se sai hoje o time do Flamengo.

Gente Boa

Numerologia

O acesso à FlaTV, na internet, começa a ser cobrado a partir do dia 30. Vai custar R$12 por mês. Doze é o número da camisa da torcida.

Renato Mauricio Prado

Até a geração Zico, o Flamengo foi, de fato, um grande freguês do Botafogo - o único dos clubes grandes do Rio que tinha vantagem sobre o rubro-negro, no confronto direto.

É destes tempos a famosa frase de Manga, folclórico goleiro do Botafogo que, antes dos jogos contra o Fla, sempre, dizia:

- O dinheiro da feira está garantido, pois, contra eles, é bicho (prêmio por vitória) certo.

Somente na década de 80, essa relação se inverteu e, hoje em dia, em 312 jogos, já houve 111 vitórias do Fla, 102 empates e 99 triunfos alvinegros.

JORNAL DOS SPORTS

Escalação do Fla só na hora do jogo

Time deve ser o mesmo do Brasileiro passado, mas o técnico mantém o mistério

Nathan de Lima e Sérgio Melo

O ambiente no Flamengo, na véspera da decisão da Taça Guanabara era de otimismo. A aliança entre time e torcida permanece neste início de temporada

Durante a semana apenas uma pergunta passava pela cabeça dos torcedores rubro-negros. Que time o Joel vai escalar na final? Se a pergunta fosse feita diretamente ao treinador, a resposta seria evasiva. M as observando-se com atenção o trabalho do treinador, percebe-se que dificilmente haverá grandes mudanças. Como ele próprio costuma dizer, mudam-se as peças, mas o esquema é o mesmo.

Para a partida de hoje, as mudanças acontecerão no meio-de-campo. É quase certo de que Joel Santana escale o time com Cristian e Marcinho no lugar de Jônatas e Diego Tardelli, respectivamente. Além das duas substituições, Toró volta à equipe recuperado de uma lesão na coxa direita.

O treinador continua fazendo mistério e explicou que só não divulga o time para não entregar o título de bandeja ao técnico Cuca.\ "No futebol acontece de tudo. Eu não vou dar armas ao meu adversário e só vou divulgar a escalação uma hora antes do jogo. Nem adianta. Se vai haver surpresas, eu não sei", tentou despistar mais uma vez Joel Santana.\

Torcida será fundamental\ Fora do gramado, um outro duelo promete chamar a atenção e até mesmo ser decisivo para a grande final. Os torcedores de Flamengo e Botafogo vão lotar o Maracanã e tentar repetir a linda festa que fizeram na final do Campeonato Carioca do ano passado, vencido pelos rubro-negros, nos pênaltis.\

Léo Moura, que vive um dos melhores momentos de sua carreira, chegando a ser convocado para a Seleção Brasileira do técnico Dunga, sabe da importância dos torcedores em momentos de decisão como a partida de hoje. O lateral avisou que se a Nação estiver em um dia empolgado, dificilmente o título não fica na Gávea.

"A nossa torcida é maravilhosa e vai nos apoiar em massa no Maracanã. Todos sabem que quando ela entre em campo com a gente fica complicado. Mas sabemos que do outro lado tem um grande time. É muito bom saber que vamos entrar em campo e ter aquela torcida toda nos apoiando", completou Léo Moura, que nunca perdeu para o Botafogo jogando pelo Fla.

Clássico com histórias e casa cheia

Flamengo aposta na escrita de não perder para o Botafogo há três anos

SÉRGIO MELLO

Marcelo Sadio e Úrsula Nery

Maracanã de casa cheia. Assim, estará o palco da decisão da Taça Guanabara, hoje, às 16h, entre Botafogo e Flamengo. Todos os 63.614 ingressos disponíveis esgotaram-se e, agora, o torcedor que desejar assistir ao jogo, só pela tevê. O clube da estrela solitária luta pelo seu quinto título na competição, enquanto o rubro-negro vai em busca  do seu 18º.

Pelo retrospecto recente, a tarefa parece ser difícil para os dois clubes, já que em 2007, nos cinco jogos em que se enfrentaram, ninguém saiu de campo com o gostinho da vitória. Pelo carioca, 3 a 3, 2 a 2 e na final, outros dois empates em dois gols, com o Flamengo vencendo nos pênaltis. No Brasileiro,de novo, 2 a 2 e 1 a 1.

A última vez que o Botafogo levou a melhor foi em 2004, quando venceu por 1 a 0, com um gol de calcanhar de Alex Alves. Se novo empate acontecer, a decisão será definida na cobrança por pênaltis. Já o último triunfo do Flamengo aconteceu no Brasileiro de 2006, quando venceu por 2 a 0, gols de Rafael Marques (contra) e Renato Silva, hoje no Botafogo.

Na Gávea e General Severiano, véspera da decisão, os técnicos Cuca e Joel Santana falaram da importância da conquista da Taça Guanabara.

“Acredito que se conseguirmos o título, a comemoração seja comedida, já que não representa todo o nosso objetivo neste primeiro semestre. A Taça Guanabara é importante? Sim! Mas significa ir à final do Campeonato Carioca”, explicou Cuca.

O treinador rubro-negro demonstrou que apesar de já ter conquistado cinco vezes a competição, garantiu que ainda não está satisfeito.

“É uma competição importante. Aliás, tenho umas cinco na estante. Possui todos os ingredientes de um campeonato. É até mais charmosa do que a Taça Rio, por ser mais antiga. Mas ambas valem como título”, concluiu Joel Santana.

Marcinho chegou, viu e venceu

O torcedor rubro-negro conhece Márcio José Oliveira? Provavelmente não. Mas ao se falar Marcinho, fica fácil. Natural da paulista Irapuã, ele chegou ao clube, no começo do ano, vindo do Atlético Mineiro para compor o grupo. No entanto, sua determinação e o seu talento convenceram o técnico Joel Santana de colocá-lo entre os titulares.

Aos 23 anos, Marcinho vê com naturalidade o processo de chegar ao Flamengo e tornar-se titular em uma final de Taça Guanabara.

“Quando cheguei ao Flamengo, à idéia era ficar entre os 18. Depois disso, queria ficar entre os 11. As coisas foram acontecendo naturalmente, mas não esperava que eu fosse virar titular logo na primeira partida. Aos poucos fui ganhando o incentivo do treinador e também fui pegando mais confiança”, comenta Marcinho.

Agora, com a possibilidade de conquistar o seu primeiro título vestindo a camisa do Flamengo, Marcinho não quer dar chance ao azar e carimbar de vez a titularidade e dar a volta olímpica, hoje no Maracanã. “Conheço a minha capacidade e sei o que eu posso fazer no Flamengo. Sabia que mais cedo ou mais tarde uma chance e que aproveitaria da melhor forma possível”, afirma Marcinho.

Léo Moura quer manter hegemonia contra o Bota

As jogadas de Léo Moura, pela lateral direita, transformaram-se em marca registrada do Flamengo

No último treino realizado na manhã de ontem, o clima no Flamengo foi de muita animação dentro e fora do campo. A presença de um grande número de torcedores que gritaram os nomes de cada jogador mostra que a união entre torcida e time permanece forte.

E, por falar em otimismo, o lateral-direito Leonardo Moura, vive o seu melhor momento no clube. Além de ter sido convocado para o último amistoso da Seleção Brasileira com a Irlanda, foi elogiado pelo técnico Dunga e mantém-se como uima das peças mais importantes da equipe de Joel Santana. Se tudo isso não fosse o suficiente para deixá-lo rindo à toa, ainda há o tabu de jamais ter perdido para o Botafogo, desde que chegou, em 2005.

“É verdade. Tenho esse bom retrospecto, além de ter feito o gol na última cobrança de pênalti que deu o título estadual do ano passado. Acredito que essas coisas são muito boas, para passar tranqüilidade para o clássico. Treinamento com afinco durante a semana para estar pronto para essa final diante do Botafogo”, diz ele .

Superstição é com o Ronaldo Angelim

O Flamengo sempre foi chamado de nação. Até aí nenhuma novidade. Que o ex-jogador Júnior sempre se referia ao rubro-negro de segunda pele, todos já conhecem. Mas o zagueiro Ronaldo Angelim resolveu inovar: além de vestir o uniforme, o jogador adotou outro modelito: sunga do Flamengo nos jogos.

“Todos os jogadores têm as suas superstições. Acredito que tudo é válido neste momento decisivo. Eu, por exemplo, gosto de usar a mesma chuteira e a mesma caneleira em todos os jogos. Além de usar a mesma sunga em todos os jogos desde o Brasileiro de 2007. Não abro mão dela para dar sorte. Ela é nas cores preto e vermelho. E com o escudo do Flamengo”, revela.

E ele vai mais longe, lembrando que a indumentária trouxe sorte no domingo passado, na vitória por 2 a 1.

Leila e Sandra Pires passam pela repescagem do Circuito Banco do Brasil

Com uma vitória no tie-break sobre Mirlena Santos/Érika (AM/RN), a dupla Leila/Sandra Pires (DF/RJ) superou a repescagem da etapa catarinense do Circuito Banco do Brasil Vôlei de Praia, neste sábado, em Florianópolis. Outras cinco parcerias femininas e seis masculinas também avançaram para as oitavas-de-final, que serão realizadas ao longo do dia, em Canasvieiras. Uma das atrações será a fase semifinal, com jogos na rodada noturna, a partir das 18h. As finais e decisões de terceiro lugar acontecerão no domingo, a partir das 8h30.

Leila e Sandra Pires conquistaram a vaga ao derrotar Mirlena Santos/Érika por 2 sets a 1, parciais de 18/10, 16/18 e 15/11. Para a brasiliense Leila, o desempenho da dupla ainda está longe do ideal.

“Ainda temos que treinar muito, até porque sabemos da nossa qualidade técnica. Mas é preciso ter paciência, o que nos falta em determinados momentos devido à ansiedade. Com certeza, melhoraremos bastante no decorrer das etapas e isso é o mais importante”, comentou a canhota.

As duplas Juliana/Larissa (CE/PA), Ágatha/Shaylyn (PR/CE), Maria Clara/Carolina (RJ) e Renata/Talita (RJ/AL) já estão classificadas para as quartas-de-final e aguardam os resultados das oitavas.

O DIA

Taça Guanabara chega hoje, na noite do Oscar, ao seu dramático fim

Flamengo e Botafogo são os protagonistas de uma trama que emocionou todos. Quem terá o final feliz?

Marluci Martins

Rio - E o Oscar vai para... Flamengo ou Botafogo? A ‘encantada’ decisão da Taça Guanabara estará hoje em cartaz em sessão única, a partir das 16h, no Maracanã, ‘onde os fracos não têm vez’.

Para não assumir uma ‘conduta de risco’, o Flamengo leva para o campo esta tarde um time praticamente igual ao de ‘4 meses, 3 semanas e 2 dias’ atrás, agora sem o argentino Maxi, encostado no ‘vale das sombras’.

Alheio à ‘vida dos outros’, o técnico Cuca tem preocupação de sobra: não contará com Triguinho, suspenso, e, se durante a semana manteve parte do time na ralação, metade ficou ‘longe dela’, no departamento médico.

Mesmo assim, o treinador do Botafogo não fez ‘jogo de cena’. No coletivo de sexta-feira, ele definiu a escalação dos ‘indomáveis’ jogadores que vão enfrentar a ‘tropa de elite’ do Flamengo.

APÓS O JOGO, O OSCAR

Em caso de empate, será possível ouvir no Maracanã ‘o som do coração’ de cada torcedor, pois a decisão será nos pênaltis. E, no gol, o Botafogo melhorou em relação ao ano passado. A perda do Estadual de 2007 teve no clube duas conseqüências: ‘desejo’ de um goleiro de melhor nível e ‘reparação’ da aposta errada. Veio, então, o uruguaio Castillo.

Graças a ele, o torcedor do Botafogo voltou a ter um ídolo. E, assim, pôde até dizer ao desertor Dodô algo do tipo ‘estamos bem mesmo sem você’.

Que vença o melhor. E, para o torcedor que tem ‘sangue’ rubro-‘negro’ ou alvinegro, um aviso: não mergulhe ‘na natureza selvagem’ que a raiva por uma eventual derrota às vezes desperta. Aqueles que não tiverem motivo para esticar na rua bebendo um chope devem lembrar que, depois do biscoito polvilho do Maracanã, ainda haverá tempo de comer pipoca assistindo a mais uma decisão do Oscar pela televisão.

Os indicados

FILME\ Flamengo - Tropa de Elite\ Vasco - Todos os Homens do Presidente\ Botafogo - A Hora da Estrela\ Fluminense - Titanic\

DIRETOR\ Joel Santana - O Paizão\ Renato Gaúcho - O Máskara\ Alfredo Sampaio - Entrando numa Fria\ Cuca - Em Busca do Ouro\

ATOR\ Leandro Amaral - O Mentiroso\ Washington - Coração Valente\ Zé Carlos - Meu Pé Esquerdo\ Thiago Neves - Pinóquio\

ATOR COADJUVANTE\ Dodô - Esqueceram de Mim\ Edmundo - Amargo Regresso\ Muriqui - O Matador\ Alex Teixeira - A Idade da Inocência\

DIREÇÃO DE ARTE\ Roberto Horcades - Um Novato na Máfia\ Eurico Miranda - O Grande Ditador\ Os árbitros - MIB Homens de Preto\ Romário- O Fugitivo\

EFEITOS ESPECIAIS\ Wagner Diniz - Um Corpo que Cai\ Fernando Henrique - Na Linha de Fogo\ Jorge Luiz e Vílson - Perdidos no Espaço\ América - À Espera de um Milagre\

MAQUIAGEM\ Renato Augusto - Robocop\ Válber - Jurassic Park\ Léo Moura - O Último dos Moicanos\ Beto - Sideways, Entre umas e Outras\

FILME ESTRANGEIRO\ Castillo - Edward, Mãos de Tesoura\ Maxi - Meu Primo Vinny\ Conca - Infidelidade\ Escalada - Free Willy\

Amor que vem de berço

Estrelas, Castillo e Íbson estarão em lados opostos na decisão de hoje, mas concordam ao apontar o maior troféu de suas vidas: os filhos Ian e Íbson Júnior

Janir Júnior e Raphael Roque

Rio - O goleiro Castillo, do Botafogo, e o volante Íbson, do Flamengo, são ídolos de duas das maiores torcidas do Brasil. Mas o fã que eles não dispensam é justamente aquele que não sentirá a menor vergonha de até virar casaca para acompanhar os passos de seu grande herói: os filhos Ian, que completará 3 anos na próxima semana, e Íbson Júnior, de 4 meses.

O uruguaio está focado no jogo, mas qualquer momento de lazer é voltado para matar a saudade do herdeiro, pela Internet. O goleiro lamenta não poder ter a família ao lado nesta decisão, mas já recebeu a promessa de que todos estarão acompanhando o jogo atentamente, pela TV, em Montevidéu. O título será um dos presentes de aniversário de Ian.

Íbson é um pai menos experiente, vive a sensação por poucos meses, mas nem por isso menos dedicado. Considera o nascimento do filho a grande motivação da sua carreira, e avisa: vai fazer de tudo para dedicar o título a ele.

CASTILLO PROMETE GANHAR TÍTULO PARA PRESENTEAR O HERDEIRO

Quando o filho Ian comemorar seus 3 anos, terça-feira, em Montevidéu, Castillo não estará presente. Nem mesmo na festinha preparada para a segunda-feira. Será a primeira vez que isso acontece. Começando vida nova, atuando fora do Uruguai pela primeira vez, o goleiro do Botafogo admite que a saudade é grande, mas que o título será o presente perfeito para seu herdeiro.

Andrea, sua mulher, que é militar, chegará ao Brasil na quarta-feira, trazendo o pequeno Ian e o outro filho do casal no ventre. Junto com ela, também virá a mudança definitiva do casal, que se acomodará em um apartamento em Niterói, com vista para a praia e para o Museu de Arte Contemporânea.

O goleiro só verá a família no dia seguinte, pois na quarta-feira estará no Acre, onde o Botafogo jogará pela Copa do Brasil. Mas, ao chegar, Ian já encontrará sua cama com a colcha do Botafogo e um uniforme completo para torcer pelo pai. “Nunca passei tanto tempo longe deles. A saudade é grande, mas jogar no Botafogo está sendo uma excelente oportunidade para mim. Quero conquistar esse título para dar de presente para o Ian. Vai me fazer sentir que o esforço valeu a pena”, salientou Castillo.

Desde que chegou ao Alvinegro, Castillo apenas viu a família uma vez, quando serviu à seleção uruguaia, no início do mês. O contato é feito através da Internet e da câmera no computador. “Usei todo o tempo livre para resolver as questões burocráticas do aluguel do apartamento, da vinda deles para o Brasil. Assim, evitei que a solidão fosse ainda maior”, explicou.

A história de Castillo está ligada a um algoz rubro-negro. Ele foi contratado do Peñarol, mas antes atuou pelo Defensor Sporting, que eliminou o Flamengo na última Copa Libertadores. Alguns amigos estavam em campo nos dois jogos da semifinal. “Fiquei muito feliz pelos amigos do Defensor, pois foi um grande passo. Espero que possa fazer como eles e sair do Maracanã com a vitória”.

O FILHO JÚNIOR E A TORCIDA DO FLA

Dois sons de intensidades diferentes mexem com Íbson às vésperas de jogos decisivos. Um vem do outro lado do telefone, em forma de susurro, na tentativa de balbuciar as primeiras palavras; o outro é um barulho estrondoso que surge de cima, é envolvente e faz tirar força de onde não tem. O filho Íbson Júnior, de apenas quatro meses, e a torcida do Flamengo são os principais combustíveis do jogador rubro-negro.

Pai de primeira viagem, Íbson revela que fica arrepiado quando está na concentração. O motivo: “É muita saudade que sinto do meu filho. Minha mulher coloca ele ao telefone e ouço os resmungos. Isso me deixa ainda mais disposto para jogar bem, dar o meu melhor”, afirma Íbson, que quando completou seu centésimo jogo, levou o filho para o gramado. Foi quando Íbson Júnior fez sua ‘estréia’ no Maracanã.

Na sexta-feira, Íbson Júnior foi à Gávea para receber do pai, que tem o nome do filho tatuado no braço, o beijo de despedida antes que ele fosse para a concentração rubro-negra.

Depois dos resmungos do filho, é hora de entrar no Maracanã e ouvir em alto e bom som os milhares de vozes da arquibancada que empurram o time. “Será um grande jogo, como são os clássicos. Nossa torcida fez fila por ingressos e será nossa força, assim como no ano passado”, aposta o jogador.

Com contrato até junho com o Flamengo — seus direitos pertencem ao Porto, de Portugal —, Íbson de Íbson Júnior. não quer ouvir é choro de torcedor com a possibilidade de sua saída. Por isso, os dirigentes se movimentam para apresentar boa proposta e ter o jogador em definitivo. “Queremos ele para sempre”, destaca o vice de futebol Kléber Leite. Somente assim, o choro de saudade será apenas de Íbson Júnior.

A rotina de Joel e Cuca na semana decisiva

Raphael Roque e Marluci Martins

Rio - A semana da preparação para um clássico já é pra lá de estressante. E se vale título, como o de hoje, entre Botafogo e Flamengo, a pressão só aumenta. Os técnicos dedicam-se a planejar, organizar e treinar seus times, mas há um momento no qual precisam dar uma parada. Um instante de lazer não faz mal, afinal, não há corpo ou mente que agüente trabalhar o tempo todo.

Joel Santana e Cuca não fogem à regra. Em meio a todo o burburinho da decisão, ambos conseguem um momento para coisas simples, como jantar com a família, ir ao cinema ou à missa. O ‘Ataque’ conversou com os treinadores e levantou suas agendas na semana do jogo. Eles bem que tentaram esquecer o clássico, ainda que por alguns instantes, mas a tarefa foi das mais difíceis.

GAZETA ESPORTIVA

Flamengo e Botafogo voltam a decidir um título após um ano\ Gazeta Press\

Rio de Janeiro (RJ) - Menos de um ano após decidirem o título estadual, Flamengo e Botafogo voltam a se encontrar em uma final. Desta vez, as duas equipes entram em campo para a final da Taça Guanabara, primeiro turno do Campeonato Carioca, neste domingo, às 16 horas (de Brasília).\ Apesar de não perder para o rival há quase quatro anos, o Flamengo evita se colocar no papel de favorito para a decisão. Um dos heróis da final do Carioca do ano passado, quando se consagrou na disputa de pênaltis, o goleiro Bruno diz que o momento é de deixar o passado para trás, caso o Flamengo não queira ser surpreendido.\

“Não vivemos de passado, aquela final já passou. Foi muito legal termos conquistado o título, ficamos felizes, mas agora é outra história. Temos a responsabilidade de fazer um bom jogo e lutar por um novo título”, ressaltou o goleiro flamenguista, que se destacou novamente nas semifinais da Taça Guanabara, quando defendeu um pênalti cobrado por Edmundo.

Zagueiro e capitão do Flamengo, Fábio Luciano está recuperado de uma pancada que recebeu no cotovelo durante o clássico contra o Vasco e confirmou sua presença. O jogador garante entrega total na decisão.

“Nos treinos e nas ruas já sentimos o clima de decisão. A gente sente que a torcida confia no time e que teremos apoio total no domingo. Estamos nos dedicando nos treinos para fazermos uma grande partida e conseguirmos o título”, comentou o atleta, autor do primeiro gol na vitória por 2 a 1 do último domingo.

O técnico Joel Santana deverá fazer três alterações em relação ao time que disputou as semifinais. Recuperado de um problema muscular, o meia Toró entrará no lugar de Kléberson, enquanto o volante Cristian e o atacante Marcinho devem barrar Jônatas e Diego Tardelli, respectivamente. A escalação, no entanto, só será divulgada nos vestiários do Maracanã.

Já o Botafogo chega para esta decisão na condição de azarão. Isso porque tem um time ainda em formação e que terá jogadores em campo na base do sacrifício. Os meias Lucio Flavio e Zé Carlos passaram boa parte da semana sem treinar por causa de lesões musculares e estão arriscados a não renderem o esperado. Contudo, o técnico Cuca, mesmo reconhecendo o favoritismo do adversário, aposta em seu time.

“O Botafogo ainda está com um time em formação, não tem tantas peças de reposição e vem sofrendo com problemas de lesão e suspensão. Mas mesmo assim estou muito satisfeito com o meu grupo e confiante de que poderemos conquistar esse título”, afirmou Cuca.

O treinador botafoguense, porém vem exigindo o máximo de concentração de seus comandados. “Já sabemos que os clássicos contra o Flamengo são sempre jogos decisivos e marcados pela emoção. Mas será muito importante ficarmos atentos ao longo dos 90 minutos. O Flamengo costuma dar muita sorte e, por isso, precisamos redobrar a atenção”, disse Cuca.

Os jogadores entenderam o recado do treinador. Um dos líderes do elenco, o zagueiro argentino Ferrero, quer o setor defensivo ligado em todo o clássico. “Precisamos de muita atenção na marcação. Os atacantes são perigosos e os zagueiros cabeceiam muito bem. Não podemos mais tomar gols de cabeça”, disse Ferrero.

O time que vai a campo só será divulgado no vestiário, minutos antes do confronto. Porém, a única dúvida do treinador está no ataque, pois Jorge Henrique segue se recuperando de um estiramento muscular na coxa esquerda e fará um teste de vestiário para saber se poderá ou não enfrentar o Rubro-negro.

Caso o jogador não possa atuar, a tendência é que Fábio, que se recuperou de uma lesão na coxa direita, ocupe a posição. Algumas fontes ligadas à comissão técnica dizem que Cuca poderá preservar Jorge Henrique para utilizá-lo apenas no segundo tempo, com a defesa do Flamengo um pouco mais cansada. Outra alteração, o zagueiro Édson ocupará a vaga do lateral-esquerdo Triguinho, que terá que cumprir suspensão pela expulsão na semifinal da Taça Guanabara, na vitória de 2 a 0 sobre o Fluminense.

Flamengo e Botafogo usam final para desempatar duelo\ Gazeta Press\

Rio de Janeiro (RJ) - A decisão da Taça Guanabara entre Flamengo e Botafogo será a terceira em que os dois clubes vão se enfrentar pelo tradicional troféu. Quem vencer vai ficar na frente da estatística, já que cada clube venceu uma disputa. O Botafogo foi campeão no duelo em 1968 vencendo por 4 a 1, enquanto o rubro-negro ganhou em 1995 por 3 a 2. Agora será a hora do tira-teima.\ O Flamengo é o recordista de títulos da Taça Guanabara, tendo vencido por 17 vezes, enquanto o Botafogo só conquistou quatro. A diferença é que sempre que foi campeão do primeiro turno, o alvinegro também conquistou o título estadual. Vasco (11), Fluminense (8), mais América, Americano e Volta Redonda – estes três últimos com um título cada um – são os outros clubes que conquistaram o troféu.\

Além de brigar pelo título da Taça Guanabara, os dois clubes exibem uma antiga rivalidade que nos últimos anos tem sido favorável ao Flamengo. A última vitória alvinegra aconteceu no dia 14 de março de 2004, quando o Fogão venceu por 1 a 0. Desde então, aconteceram 13 confrontos, com seis vitórias rubro-negras e oito empates.

O Flamengo também leva vantagem nas estatísticas gerais. Foram 312 partidas com 111 vitórias rubro-negras, 102 do Botafogo e 99 empates. A maior goleada do Botafogo sobre o rival foi um 9 a 2, em 1927 enquanto o Flamengo aplicou 8 a 1 no dia 15 de agosto de 1926.

PELÉNET

Ronaldo Angelim admite ter superstição no time do Fla

Do UOL Esporte\ No Rio de Janeiro\

O torcedor botafoguense é conhecido por ser um dos mais supersticiosos do Brasil. Mas isso não significa que no Flamengo alguns atletas também não tenham as suas "mandingas". O zagueiro Ronaldo Angelim revelou neste sábado que segue um mesmo ritual em todas as partidas.

"Todos os jogadores têm as suas superstições. Acredito que tudo é válido neste momento decisivo. Eu, por exemplo, gosto de usar a mesma chuteira e a mesma caneleira em todos os jogos", afirmou, em entrevista à Rádio Bandeirantes.

Ronaldo Angelim é uma das armas da equipe rubro-negra nas jogadas originadas de bola parada. O zagueiro foi o autor do gol salvador do time na vitória por 2 a 1 sobre o Vasco, no último domingo, no Maracanã.

Ele é presença certa no confronto entre Flamengo e Botafogo, neste domingo, às 16h (de Brasília), no Maracanã, pela final da Taça Guanabara, primeiro turno do Campeonato Estadual. Todos os ingressos para o jogo se esgotaram na manhã deste sábado.

Marcinho conta com apoio de ex-companheiros de Atlético-MG

Do UOL Esporte\ No Rio de Janeiro\

Contratado ao Atlético-MG no início desta temporada, o meia-atacante Marcinho, do Flamengo, acredita que contará com uma torcida muito especial na final da Taça Guanabara: seus ex-companheiros do clube mineiro. Com isso, ele espera deixar os dirigentes do Galo arrependidos por terem o liberado para o Rubro-Negro, em dezembro de 2007.

"Meus ex-companheiros de Atlético-MG vão torcer por mim e eles podem ter certeza que contarão com meu apoio no Campeonato Mineiro. A imprensa de Minas tem criticado os dirigentes do Galo por terem me negociado com o Flamengo", disse, em entrevista à Rádio Bandeirantes.

No treinamento deste sábado, Marcinho apareceu na Gávea com um visual novo: colocou tranças nos cabelos. O meia afirmou que essa mudança se deve ao jogo decisivo que acontecerá neste domingo, às 16h (de Brasília), no Maracanã.

Leonardo Moura elogia preparação física e torcida do Fla

Do UOL Esporte\ No Rio de Janeiro\

O Flamengo chegou a mais uma decisão da Taça Guanabara. E para sair vitorioso no confronto com o Botafogo, neste domingo, a equipe teve uma intensa preparação antes da partida final. Supervisionados pelo preparador-físico Ronaldo Torres, os jogadores se alternavam em atividades na Gávea e na praia para não perderem o fôlego.

"Foi muito importante a semana cheia para trabalhar. Treinamos forte e ficamos preparados para a decisão", comentou o lateral-direito Leonardo Moura.

Quem irá presenciar a boa condição física dos jogadores é a torcida, que esgotou os ingressos na manhã de sábado. O camisa 2 não vê a hora de sentir o apoio dos flamenguistas.

"É bom ver o torcedor voltar a freqüentar o Maracanã. Nos últimos jogos do Campeonato Brasileiro de 2007, a torcida compareceu em massa e nos ajudou. Novamente o anel estará tomado", encerrou.

Joel Santana diz que Fla não é refém dos reforços

Pedro Ponzoni\ No Rio de Janeiro\

Diferente do Fluminense que desde os primeiros jogos da temporada tem lançado os novos contratados, o técnico Joel Santana, do Flamengo, vem dando preferência a base do time que terminou a temporada 2007.

No ano passado, o treinador pegou uma equipe desacreditada que lutava para não cair para a segunda divisão do Campeonato Brasileiro e levou o time à classificação da Copa Libertadores de 2008.

"Não sou refém dos reforços. Temos uma boa base e, assim, pude fazer as mexidas necessárias com os novos jogadores", afirmou Joel.

Para a atual temporada, o Flamengo contratou o zagueiro Rodrigo, o meia-atacante Marcinho, o volante Gavilán e os atacantes Diego Tardelli e Éder. Vale ressaltar que o meia Kléberson, contratado no segundo semestre de 2007, só pode estrear nas competições de 2008 pois foi punido pela Fifa por não cumprir seu contrato com o Besiktas (Turquia) até o fim.

Para a final da Taça Guanabara neste domingo, às 16h (de Brasília), contra o Botafogo no Maracanã, a tendência é que o treinador só escale o meia-atacante Marcinho dentre os jogadores que chegaram para a atual temporada. E mesmo assim, porque Renato Augusto, que era titular em 2007, se recupera de um afundamento na face.

"Podem tem certeza que de seis a sete jogadores estão certos no meu time. Mas não vou dar armas para nosso adversário", finalizou.

GLOBOESPORTE

Fla x Bota: um detalhe pode decidir

Cheio de ingredientes, clássico deste domingo, no Maraca, vale título da Taça Guanabara

Bruno, do Fla, e Castillo, do Bota, podem decidir o título da Taça Guanabara

Os ingredientes para a decisão da Taça Guanabara, neste domingo, às 16h, são muitos para os torcedores de Flamengo e Botafogo que conseguiram comprar uma das mais de 68 mil entradas disponíveis para entrar no Maracanã. De um lado, Castillo, Lucio Flavio e Wellington Paulista. Do outro, Bruno, Ibson e Souza. Essas são apenas algumas possibilidades de confrontos no jogão que decide o campeão do primeiro turno do Campeonato Carioca. Além das "batalhas" individuais, para o Alvinegro, a partida tem um gosto de vingança e pode valer a virada de mesa em uma invencibilidade do rival. No Rubro-Negro, o retrospecto dos últimos jogos é mais do que favorável. Foram seis vitórias e oito empates, sendo cinco nas últimas cinco partidas.

Durante toda a semana, os técnicos e jogadores de Botafogo e Flamengo evitaram declarações polêmicas ou provocações aos rivais. No lado rubro-negro, por exemplo, Bruno e Souza, que costumam ser "bocudos", falaram pouco com os jornalistas. No Alvinegro, a recomendação para não dar armas ao inimigo foi dada pelo técnico Cuca. No clássico de domingo, nada de bate-boca pela imprensa. Acompanhe o jogão ao vivo pela Rede Globo e em Tempo Real pelo GLOBOESPORTE.COM.

Base de 2007 na decisão

No Flamengo, o técnico Joel Santana bem que tentou esconder a escalação da equipe. Mas em todos os treinamentos do time rubro-negro na semana que antedeceu o clássico, o treinador apostou na formação utilizada no ano passado, com Marcinho na vaga de Renato Augusto, que ainda se recupera de uma cirurgia no rosto. No fim das contas, Jônatas, Kleberson e Diego Tardelli foram barrados.

A boa notícia para o treinador rubro-negro é que ele vai poder contar com Toró, recuperado de um problema na parte posterior da coxa direita, e com Fábio Luciano, que sofreu uma pancada no cotovelo direito na semifinal da Taça GB. Com os dois, o treinador praticamente definiu a sua escalação na última quarta-feira, quando comandou um treino tático na Gávea.

- Essa competição tem história. Por que colocaríamos 70 mil pessoas no estádio? Considero como um título. Os clássicos de todas as regiões não dão nem metade do público dos nossos. Vamos dar valor à nossa cultura, ao nosso futebol, ao nosso carnaval - diz o treinador, referindo-se ao Rio de Janeiro.

Apesar de evitar as polêmica e as provocações, Leo Moura, que não sabe o que é perder para o rival desde que chegou ao Flamengo, decidiu fazer uma aposta com o amigo Renato Augusto, do Botafogo. Vale tudo na hora da decisão.

- Aposto uma janta com ele. Vale apostar algo que não crie rivalidade na hora do jogo. Ele é um grande companheiro, mas vai defender o lado dele, e eu, o meu - diz Leo.

Fogão tem problemas para a decisão

O Botafogo teria alguns motivos para entrar em campo com gosto de vingança. Afinal, não vence o Flamengo desde 2004 e perdeu para o Rubro-Negro a última decisão. Mas a equipe promete entrar em campo apenas com o pensamento em garantir antecipadamente uma vaga na decisão do Campeonato Carioca.

Durante toda a semana, o Botafogo procurou não se deixar levar pela boa vitória sobre o Fluminense, na semifinal da Taça Guanabara. O discurso esteve focado na humildade e no pensamento de que o Flamengo tem um grupo mais forte. Esta é certamente a tentativa de manter a receita que levou o Alvinegro a chegar à decisão deste domingo: favoritismo zero, mas sem perder a confiança.

- A gente começou o campeonato como uma zebra, mas eu sempre disse a todo mundo que o Botafogo apresentaria um bom futebol, o que acabou acontecendo. Por isso estamos na final. Se formos campeões, seremos um time lembrado pelo conjunto, e não pela individualidade - explica o atacante Wellington Paulista.

Apesar desta confiança, os últimos dias foram de apreensão no Botafogo. Com um estiramento na coxa esquerda, Jorge Henrique passou a semana em tratamento intensivo, só foi ao campo neste sábado e tem participação incerta na partida. Isso fez com que o técnico Cuca buscasse algumas alternativas nos treinamentos, já que Zé Carlos e Fábio também tiveram problemas musculares. Desfalque certo mesmo, por enquanto, é Triguinho, que foi expulso na semifinal. Edson e Eduardo disputam a posição. Lucio Flavio, que reclamou de dores na coxa esquerda no coletivo de sexta, treinou neste sábado e não deverá ser problema.

O discurso quase geral é de que o Flamengo possui um grupo que dá ao técnico Joel Santana mais opções. Mesmo assim, o Botafogo se mostra confiante de que, mesmo com desfalques, poderá fazer uma decisão eqüilibrada no domingo.

- Na teoria estamos em desvantagem, mas dentro de campo são 11 contra 11. Quem errar menos vai ser o campeão - prevê o zagueiro Renato Silva.

Marcinho relaciona adaptação rápida a Joel

Meio-campista do Flamengo afirma que técnico sabe brincar e cobrar dos jogadores

Marcinho afirma que Joel Santana é um verdadeiro paizão para os atletas do Fla

Contratado pelo Flamengo no início deste ano, Marcinho, ex-Atlético-MG, se adaptou rapidamente ao futebol carioca. Segundo o apoiador, uma das razões para isso é o técnico Joel Santana. O jogador afirmou que, além de ser um companheiro, o treinador sabe como cobrar os seus atletas.

- Joel é um paizão, que brinca e procura deixar os jogadores à vontade. Mas ele sempre cobra seriedade. Ele brinca e isso é bom para nós desenvolvermos o nosso trabalho da melhor maneira. Quanto mais tranquilo estivermos, melhor para render em campo - disse.

"Joel é um paizão, que brinca (...) mas sempre cobra com seriedade"\ Marcinho, meia do Flamengo\

Marcinho lembrou ainda que Joel, durante toda a semana, destacou a importância da final da Taça Guanabara, neste domingo, no Maracanã, às 16h, contra o Botafogo.

- Esta semana ele falou para mim: "vamos lá que essa semana é diferente" - explicou.

Trens extras para torcidas da Fla e Bota

Depois do jogo, haverá mais horários para Santa Cruz, Japeri e Saracuruna

A SuperVia vai colocar trens extras neste domingo para a partida entre Flamengo e Botafogo, às 16h, no Maracanã, pela final da Taça Guanabara. Na programação especial, sairá uma composição extra de Saracuruna com destino à estação Central do Brasil, às 13h55m. Depois do jogo, haverá trens extras para Santa Cruz, Japeri e Saracuruna.

Diguinho de olho em Leo Moura

Volante trabalha na marcação dos avanços do lateral-direito rubro-negro

Gustavo Rotstein

Diguinho está atento à marcação

Sempre cotado para fazer marcação especial num determinado jogador adversário, Diguinho afirma ainda não saber ao certo quem será o escolhido deste domingo, na final da Taça Guanabara. No entanto, já tem em mente o perigo que Leonardo Moura, lateral-direito do Flamengo, causará no clássico decisivo.

- Neste sábado treinei a marcação nas subidas do Leo Moura, mas tudo vai depender das escalações de Botafogo e Flamengo, já que os times ainda não estão confirmados - afirma Diguinho.

Apesar da incerteza quanto à presença de Jorge Henrique, Diguinho mostra-se tranqüilo em relação ao time que enfrentará o Flamengo. O volante acredita que o Botafogo não ficará mais fraco, caso realmente o atacante não jogue por causa de uma lesão muscular.

- Não precisamos ficar preocupados por causa do Jorge Henrique. Se ele não jogar, seu substituto vai dar o máximo em campo da mesma maneira. A chance pode aparecer apenas uma vez, então é preciso aproveitá-la.

Cuca x Joel: duelo à parte na grande final

Perto de decidirem a Taça Guanabara, técnicos analisam tudo o que envolve o Fla x Bota

Eduardo Peixoto e Gustavo Rotstein

De olho no título da Taça Guanabara, Joel e Cuca se preparam para a decisão

Um tem fala mansa e desponta como uma das grandes promessas para o futuro próximo, o outro, falastrão e “calejado”, luta para colocar mais uma taça na estante. Cuca, do Botafogo, e Joel Santana, do Flamengo, são personagens centrais na decisão da Taça Guanabara, neste domingo, às 16h, no Maracanã. Os dois treinadores buscam, com o título, aumentar ainda mais a identificação que têm com seus clubes.

Em entrevista ao GLOBOESPORTE.COM, os dois analisaram tudo o que envolve a decisão deste domingo. Cuca e Joel, sempre em clima de total respeito e cheios de elogios ao adversário, fizeram jogo duro e não deram pistas ao rival na hora de falar da preparação das equipes. Na beira do gramado do Maraca, eles, cada um ao seu estilo, vão duelar para surpreender o outro e sair nos braços da galera. E, claro, com uma vaga garantida na final do Campeonato Carioca.

GLOBOESPORTE.COM: Vocês são técnicos que costumam estudar muito os adversários. É possível haver surpresas na decisão?

CUCA: É possível, no entanto, mais importante do que surpresa é o talento do jogador. Ele é a figura mais importante, quem pode decidir a partida. Os técnicos podem fazer modificações dentro da partida, mas não são surpresas.

JOEL: No futebol acontece de tudo. Eu não vou dar armas ao meu adversário e só vou divulgar a escalação uma hora antes do jogo. Nem adianta. Se vai haver surpresas eu não sei.

Você considera a Taça Guanabara um título? Até que ponto deve-se festejar a conquista do primeiro turno? Entra no currículo?

CUCA: Se ganharmos, a comemoração será comedida porque não representa todo o nosso objetivo. A Taça Guanabara é importante, mas significa ir à final do Campeonato Carioca.

JOEL: Considero um título e coloco no currículo. Aliás, tenho umas cinco na estante. Por que não colocaria? Tem todos os ingredientes de um campeonato. É até mais charmosa do que a Taça Rio, por ser mais antiga. Mas ambas valem como título.

Os dois técnicos estão deixando as dúvidas na equipe até minutos antes da decisão. Até que ponto isso prejudica o trabalho do técnico adversário e ajuda o seu trabalho?

CUCA: Para mim não muda nada. Sei quais opções o Flamengo tem, e aqui todo mundo vê meus treinamentos. Não tenho razão para esconder nada.

JOEL: Se prejudica, eu não sei em quê. Só sei que no mundo todo os técnicos escondem a escalação e comigo não será diferente. Não posso facilitar.

O Botafogo dispõe de um grupo com menos opções do que o Flamengo. Mas será que isso conta numa decisão? Ou a garra e a disposição têm relevância maior num jogo como esse?

CUCA: Se o grupo já tiver poucas opções, como é o caso do Botafogo, a situação piora com os desfalques, porque você fica sem opções para o decorrer da partida. Isso prejudica o planejamento para um jogo como esse.

JOEL: Não ganhamos nada. Elenco bom é aquele que tem conquistas, dá voltas olímpicas. Por enquanto, ainda estamos formando um time.

O que mais chama a atenção no estilo de trabalho do técnico adversário?

CUCA: Admiro o Joel porque ele consegue criar um ótimo comportamento do grupo. Isso ficou claro no Campeonato Brasileiro do ano passado.

JOEL: O Cuca é um cara novo, que está começando muito bem. Ele sabe armar suas equipes e tem diversas jogadas ensaiadas. Recentemente, ele admitiu que votou em mim como melhor técnico do último Brasileiro. É muito legal saber disso.

Como classifica a sua identificação com o clube que comanda atualmente?

CUCA: Não posso comparar minha identificação com a dele. O Joel já passou algumas vezes pelo Flamengo e sempre fez boas campanhas. Eu estou na minha primeira passagem pelo Botafogo e ainda busco o primeiro título.

JOEL: Isso foi adquirido ao longo do tempo. Foram cinco passagens vitoriosas, com êxito. E o carisma é que traz essa identificação. Ouvir a torcida gritar meu nome a cada jogo me enche de orgulho.

Se considera supersticioso? Como vê a escrita recente deste clássico (cinco empates em 2007, mas desde 2004 o Fla não perde para o Bota)?

CUCA: Já caíram todas as minhas superstições. Antes do jogo contra o Fluminense, nosso ônibus andou de ré e nós vencemos. Falo essas coisas somente para divertir. Em relação à escrita, não penso nisso. Os últimos cinco jogos contra o Flamengo terminaram empatados.

JOEL: A superstição é normal. Tem cara que não gosta de gato preto. Mas eu chamo isso mais de hábito. Eu, por exemplo, só entro e saio pela mesma porta aqui no Flamengo.

Flamengo 2007 x Flamengo 2008

CUCA: O Flamengo de 2008 é melhor. É uma equipe que tem mais opções do que a do ano passado. Em todas as posições há boas alternativas.

JOEL: Ainda é cedo para fazer qualquer tipo de comparação. Temos só um mês e meio de trabalho. Seria prematuro.

Botafogo 2007 x Botafogo 2008

CUCA: O Botafogo deste ano é um grupo menos técnico, mas com maior vontade de vencer do que o de 2007.

JOEL: Não dá para dizer simplesmente porque não estou lá. Mas, assim como no ano passado, pode-se perceber que é uma equipe forte, que novamente chegou a uma decisão.

Quais lembranças tem da(s) passagem(ns) no comando do rival deste domingo? Já ter vivido o dia-a-dia do adversário ajuda?

CUCA: Os jogadores da minha época de Flamengo nem estão mais lá. Acho que só ficou o Obina. Mas ter trabalhado lá não influencia, pois o ambiente é igual. Um ambiente de final. Por exemplo, preciso ficar um tempão dando entrevistas, mas isso significa que estamos perto de um título. Então, prefiro assim.

JOEL: Ganhei o título estadual de 97, com 11 jogos de invencibilidade. Arrependo-me de ter deixado o Botafogo naquele momento, não era a hora. Saí de um lugar tranqüilo, com a equipe montada e fui para o Corinthians arrumar confusão. Mas deixo claro que o Corinthians é uma ótima casa para se trabalhar. Só que não naquela hora.

LANCE

Zagallo: amor dividido entre Botafogo e Fla

Vitorioso pelos dois clubes, Zagallo aponta Fla como favorito à Taça GB

Zagallo fica em cima do muro na hora de apontar time do coração

Michel Castelar RIO DE JANEIRO

Ao 77 anos, Mário Jorge Lobo Zagallo ainda é protagonista de dois casos de amor de grande sucesso no futebol. Afinal, como jogador e técnico colecionou títulos por ambos os clubes que hoje disputam a final da Taça Guanabara, no Maracanã: Flamengo e Botafogo.

Reverenciado pelas duas torcidas, até no número de títulos conquistados pelos clubes há um empate: cinco. Como jogador do Flamengo foram três títulos e dois como técnico. A diferença é que no Alvinegro a situação se inverte, dois como atleta e três como treinador.

– Tive a sorte de estar no Flamengo e no Botafogo nas fases boas, ao lado de grandes jogadores – afirmou Zagallo. – É minha sorte. Nasci virado para a lua.

Depois de rápida passagem pelo juvenil do América, Zagallo foi para o Flamengo, onde iniciou sua carreira de jogador e permaneceu até o final da Copa de 1958. Como os dirigentes rubro-negros não quiseram comprar seu passe, ele acertou sua transferência para o Botafogo.

– Se o Flamengo comprasse o meu passe, não sairia de lá porque tinha uma vida lá. Foram oito anos – revelou Zagallo.

No Botafogo, a boa recepção ajudou a Zagallo. E, em 1966, o Alvinegro lhe ofereceu a oportunidade de iniciar a carreira de treinador.

E até pelo sucesso e carinho por Flamengo e Botafogo é que o coração de Zagallo estará dividido na decisão de amanhã. Mas apontou o Flamengo como favorito ao título.

– O Flamengo é favorito, porque tem uma equipe e um grupo. Se sair um titular, entra outro do mesmo nível – analisou o ex-treinador. – O Botafogo tem time, mas não tem grupo. Faltam peças de reposição.

No elenco rubro-negro, Zagallo apontou o goleiro Bruno, os laterais Leonardo Moura e Juan, além do meia Ibson e o atacante Souza como os destaques. No Botafogo, o zagueiro Triguinho, os meias Lucio Flavio e Zé Carlos, e o atacante Jorge Henrique foram citados.

Zagallo ainda destacou o trabalho feito pelos técnicos Joel Santana e Cuca e não quis dar conselhos aos dois. Para quem vai torcer? A resposta vem de bate-pronto:

– Sou Seleção Brasileira (risos).

Zagallo elogia trabalho de Joel Santana e Cuca, mas, para não se complicar, não quis dar conselhos aos dois.

Títulos pelo Fla

Como jogador Campeonato Carioca: 1953/1954/1955\ Como técnico Campeonato Carioca: 2001 Copa dos Campeões: 2001\

Títulos pelo Bota

Como jogador Campeonato Carioca: 1961/1962\ Como técnico Campeonato Carioca: 1967/1968 Taça do Brasil: 1968\

“Aquele tri (título do Carioca de 2001) pelo Flamengo é indescritível. Foi um delírio pela maneira como veio, com o gol na última hora, contra o Vasco”

“Os dois clubes me deram grandes recordações. Por isso, sou Seleção Brasileira. Vai ser uma alegria enorme ver os dois na disputa pelo título”

“O Botafogo foi muito importante na minha vida, porque iniciei lá a minha carreira de técnico. Em seguida, conquistei o bi carioca (1967/68)”

LANCE! recebe Túlio e Ibson para exclusiva

Dupla, destaque no meio-campo de Bota e Fla, se enfrenta neste domingo na final da Taça Guanabara

Túlio de Ibson: duelo neste domingo pela Taça Guanabara

LANCEPRESS!

A convite do LANCE!, dois personagens da decisão de hoje da Taça Guanabara visitaram a redação esta semana para uma entrevista. O torcedor que estivesse presente ao estúdio de TV se impressionaria com tamanha identificação que os dois jogadores têm com seus clubes. Túlio, pelo Botafogo, e Ibson, pelo Flamengo, são como o reflexo de suas torcidas dentro de campo.

Como o grito que vem da arquibancada alvinegra, ninguém cala esse amor de Túlio. Numa passagem deste bate-papo, o jogador revelou que, quando criança, sempre alimentou o sonho de jogar no Santos, até que... “Depois que vim jogar no Botafogo, esse sonho acabou”, afirma. Já do lado da arquibancada rubro-negra, o canto raça, amor e paixão se encaixa perfeitamente no perfil de Ibson, revelação da casa.

Confira a seguir como foi o encontro – por sinal, bastante cordial – dias antes do jogo que vai movimentar o Rio neste domingo.

Erich Onida: Pergunta curta, simples e direta: quem leva a Taça Guanabara?\ TÚLIO: Essa também é uma resposta bem simples: cada um vai responder pelo seu clube. Eu espero que seja o Botafogo, mas claro que tem o equilíbrio total.\ IBSON: E é claro que eu espero que seja o Flamengo, mas vai ser um jogo muito difícil, o Botafogo está com uma excelente equipe, muito bem montada, e com certeza será um grande espetáculo no domingo.\

Rodrigo Benchimol: Nas duas semifinais, as duas equipes jogaram muito ofensivamente, se estudando muito. Vai ser assim na final também ou os times terão mais cautela, esperando os primeiros 15 minutos para estudar o adversário?\ TÚLIO: Todo clássico já é muito equilibrado justamente pelos treinadores conhecerem muito bem o trabalho do outro, pela cobertura que a imprensa dá tanto para Botafogo quanto para Flamengo, os jogadores também acabam se conhecendo muito bem, o que dificultam o trabalho do adversário, que marca bem, sabem as jogadas que o outro costuma fazer, os pontos fortes. Tudo isso leva a um jogo equilibrado, como disse. Mas tem também o lado do talento individual que pode desequilibrar numa decisão. Isso é imprevisível.\ IBSON: Concordo que vai ser um jogo bastante equilibrado. Como o Túlio disse, temos de nos preocupar um pouco mais com alguns jogadores, os treinadores já se conhecem bastante. É um clássico, e quem errar menos vencerá o jogo e ficará com o título.\

Carlos Monteiro: Se vocês pudessem tirar uma qualidade do adversário para enfraquecê-lo, seja individual ou do esquema, o que vocês tirariam?\ TÚLIO: Se fosse para tirar um atleta, já tiraria esse aqui que está do meu lado, que joga no meu setor (risos). É difícil tirar uma qualidade do adversário, principalmente porque vou estar dando uma dica de como o Botafogo está se cuidando mais. Mas o Flamengo tem pontos fortes, como a ligação do meio-de-campo e o ataque, que é muito forte, e a bola parada também. Se a gente puder evitar as faltas laterais já será um grande passo para o Botafogo. E os laterais, que é o que mais se fala no Flamengo. Pena que eu não possa tirar nada disso realmente.\ IBSON: O Botafogo também tem a bola parada como ponto forte, com o Lucio Flavio. Precisamos ter cuidado ali perto da área. E a equipe deles é muito bem montada, parecida até com a nossa, todo mundo volta para marcar e se ajuda, bem fechadinho, explorando os contra-ataques. E se pudesse tirar alguma coisa deixaria o Jorge Henrique um pouquinho do lado de fora. É um jogador muito rápido, de muita qualidade. Chegaram jogadores novos, que em pouco tempo conseguiram se acertar, o que muitos não esperavam que isso pudesse acontecer, ainda mais depois da saída de muitos jogadores.\

EO: Minutos antes do clássico, equipes na concentração, hora da preleção. Se o Cuca e o Joel dessem a palavra para vocês, o que diriam para motivar os companheiros para a decisão?\ TÚLIO: Acho que nem é preciso falar nada. De repente falaria só que, na hora de entrar no estádio, desse uma olhada para as arquibancadas, o que já é suficiente para motivar qualquer jogador. É decisão, o Maracanã vai estar lotado, acredito que nossa torcida vai comparecer em peso, e a do Flamengo também, isso não precisa nem dizer...\ IBSON: Túlio já disse tudo. Você poder entrar no Maracanã numa decisão, com estádio lotado, é uma motivação muito grande. E ter calma. É sempre importante naqueles cinco, dez minutos de jogo ter tranqüilidade para exercer um bom trabalho.\

RB: Túlio, uma pergunta que quase todo torcedor alvinegro deve estar querendo lhe fazer: qual a diferença desse time em relação ao do ano passado? E será que, mais uma vez, o Botafogo vai morrer na praia?\ TÚLIO: Sou suspeito para falar do time do ano passado. Acho que aquela equipe fez o que era possível pelo Botafogo. A final do Campeonato Estadual que nós perdemos foi no detalhe. Tenho certeza de que a torcida do Botafogo, no seu íntimo, saiu satisfeita pelo trabalho do grupo. A Copa do Brasil era a competição também que a gente tinha plenas condições de levar o título. Numa bobeira no jogo de ida contra o Figueirense, acabamos ficando fora, por ter perdido por 2 a 0, não ter feito gol, por ter colocado o time todo no ataque, como jogávamos... Mas aquele momento era de cautela, de não levar gol, porque a gente decidiria a vaga para a final dentro do Maracanã. E acho que o time desse ano está tendo essa consciência. Mesmo com 70% do grupo tendo chegado agora, todo mundo absolveu a lição do ano passado, mesmo não estando aqui, de tanto que foi falado. O pessoal não está deixando levar isso para o campo agora, a motivação é diferente, o que não quer dizer que vamos encarar o Flamengo e ganhar o jogo. Essas expressões "morreu na praia de novo" e "é quase de novo" serão muito usadas se o Botafogo perder, mas eu não carrego nenhum peso para essa final. Estou tranqüilo e confiante. Farei o meu melhor, e se isso for possível de ajudar a levar o Botafogo ao título, ótimo. Se não, paciência. Quero é sair de campo de cabeça erguida, sabendo que a torcida reconhece isso.\

CM: Queria saber de você, Túlio, o que o Botafogo tem de diferente para você ter recusado propostas de outros clubes? Abriu mão de propostas até mais vantajosas, como a do Fluminense, para voltar ao clube.\ TÚLIO: Eu me identifiquei com o Botafogo. Na infância eu era santista, acho que já começa pelas cores. Joguei dez anos no Goiás e eu nunca tirava um sonho da minha cabeça, que nem era um dia jogar na Seleção Brasileira, e sim jogar no Santos. E depois que vim jogar no Botafogo, esse sonho acabou. Nunca mais voltei a falar em Santos. Nem meu pai, que é santista também. E isso foi a coisa mais forte, que me fez gostar do Botafogo, me apaixonar pelo Botafogo. E pela razão: não quero trocar um ambiente que sou muito bem tratado, onde tenho liberdade com todos, para arriscar num clube que não sei como será. Seria trocar o certo pelo duvidoso. Prefiro ficar aqui, onde criei essa identificação com o torcedor.\

EO: Ibson, nesse Flamengo dá para montar uns cinco times só de jogadores de meio-de-campo. Hoje, como você prefere que seja montado o setor no Flamengo?\ IBSON: É complicado. O clube fez várias contratações para o meio, mas porque muitos estavam para sair. O Cristian estava para sair e não saiu; o meu contrato termina no dia 30 de junho; e temos muitas competições esse ano. São todos jogadores de muita qualidade e, com certeza, uma dor de cabeça para o Joel