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Clipp 25/fevereiro

Noticiário do Flamengo na midiaFLA BICAMPEÃO DA TAÇA GUANABARA

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O GLOBO

DECISÃO DA TAÇA GUANABARA: Atacante diz que atuação pelo Fla representa o início da corrida para ir às Olimpíadas

Herói elege o Maracanã como sua nova casa

Diego Tardelli relembra a sua trajetória no estádio e diz que sonhou com gol da conquista do primeiro turno

Legenda da foto: DIEGO TARDELLI, cercado por jogadores rubro-negros no pódio, segura a troféu da Taça Guanabara: ele saiu do banco para virar herói do título

Carlos Eduardo Mansur

Enquanto comemorava a conquista do Flamengo, o atacante Diego Tardelli confessava: nas noites anteriores à decisão, a imagem que vinha à sua cabeça era o gol do título na final da Taça Guanabara. Talvez o que lhe dessa tanta certeza de que o desfecho seria feliz fosse sua relação com o Maracanã.

Em 2003, de bicicleta, Tardelli fez no estádio seu primeiro gol como profissional do São Paulo. Neste Estadual, estreou pelo Flamengo no Maracanã e fez gol na vitória sobre o Volta Redonda. Ontem, viveu o que considera o grande momento de sua vida.

- Com certeza, foi o gol mais importante da minha carreira. O Maracanã é minha casa e minha estrela ainda vai brilhar muito por aqui. Quer alegria maior? Jogar com esta torcida é algo impossível de descrever - disse Tardelli que, na entrevista coletiva, foi surpreendido por Fábio Luciano e Kleberson, que o carregaram no colo de volta para o vestiário.

No lance decisivo do jogo, a frieza foi a marca do atacante. Encerrada a final, parecia sem ação diante de um Maracanã que só tinha olhos para ele. Por instantes, correu sem direção pelo campo. Mas na hora de falar do lance, embora sua expressão transmitisse óbvia felicidade, retomava seu jeito frio:

- Na hora que recebi a bola, vi que o único jeito era tocar por cobertura. Achei que a bola ia sair, mas ela fez uma curva e entrou no canto. Quando ia dormir nos últimos dias, passava um filme na cabeça, de que eu entraria e faria o gol do título. Não me abalei quando Joel escalou Marcinho. Já vi vários jogadores saírem do banco para decidir jogos.

Após o jogo, Tardelli, que tinha proposta do Santos mas optou pela Gávea, dizia estar convencido de ter feito a escolha certa. Para o Flamengo, o gol de ontem representou valorização patrimonial. O clube fez com ele contrato de cinco anos e, inicialmente, teria só 25% de direitos. Como um dos investidores desistiu, o Flamengo comprou nova parcela e ficou com 50% dos direitos econômicos, pagando US$500 mil. Tardelli, por sua vez, busca construir nova imagem.

- Tive proposta do Santos, mas a torcida do Flamengo foi fator decisivo. Em São Paulo, desconfiavam de mim, diziam que eu seria apenas promessa. Aqui, posso ser mais valorizado e feliz. O Flamengo tem grandes atacantes, mas acho que coloquei um trevo na cabeça do Joel. Comecei minha corrida para ir às Olimpíadas.

DECISÃO DA TAÇA GUANABARA: Agora, Flamengo se volta para a Libertadores e pode poupar jogadores na Taça Rio

Joel espera ter colocado fim às contestações

Técnico comemora fim de período sem conquistas e diz que favoritismo do Fla o preocupava antes da final

FÁBIO LUCIANO, capitão do Flamengo na decisão, beija a Taça Guanabara no gramado do Maracanã

JUAN, FÁBIO Luciano, Kleberson e Rodrigo Arroz festejam, com familiares e amigos, em restaurante na Barra

LEONARDO MOURA, erguido nos ombros por um torcedor, vibra com o título da Taça Guanabara e exibe a camiseta com homenagem à família

Carlos Eduardo Mansur

Dois títulos no futebol baiano, em 2002 e 2003, representaram o início de um hiato na carreira de Joel Santana. Ontem, após quase cinco anos, o técnico voltou a comandar um time campeão. Para ele, a vitória pode ter encerrado o período de contestações.

- Comecei a ouvir muitas coisas. Por exemplo, que eu estava ultrapassado. Foram apenas alguns anos difíceis. Estou há mais de 20 anos no futebol. Continuo sendo um técnico de conquistas - disse o treinador. - Tive propostas para sair no ano passado. Mas não quis repetir 2005, quando deixei o clube. Ainda mais pela relação com a torcida.

Joel evitou levantar a voz. Durante a entrevista coletiva, mostrou-se sereno. Disse que, durante a semana, apenas uma coisa tirou sua paz.

- Deram um favoritismo exagerado ao Flamengo. Em minha carreira, as decisões mais fáceis que tive, perdi - disse, para logo explicar a opção de deixar jogadores renomados no banco. - Até as mexidas feitas no jogo estavam planejadas. Jogadores importantes estavam no banco e ajudaram. Ouvi toda a comissão técnica para decidir e tenho bastante tempo no futebol para confiar nas minhas decisões.

Clube fica a dois jogos de se igualar ao Fluminense

O lateral-esquerdo Juan destacou a superação da equipe após sofrer o primeiro gol:

- Não entramos em desespero. Foi um jogo muito difícil, mas conseguimos virar.

O goleiro Bruno exaltou o adversário.

- Não jogamos bem, mas sabemos que podemos evoluir. O Botafogo tem uma grande equipe e o Cuca é um grande técnico. O time dele está de parabéns também - afirmou.

Agora, o Flamengo se volta para a Libertadores. Na quarta-feira, enfrenta o Cienciano, no Maracanã, e não pode tropeçar, sob pena de complicar sua situação precocemente. Tanto que a diretoria não programou festa pela conquista da Taça Guanabara. Alguns jogadores se reuniram para jantar com familiares.

- Teremos mais tranqüilidade na Libertadores. Mas não vamos desistir da Taça Rio - disse Juan.

O técnico Joel Santana disse que só tomará a decisão sobre poupar ou não jogadores no segundo turno do Estadual após o jogo de quarta-feira:

- Não acho legal poupar todos, só em casos de lesão.

O atacante Marcinho disse que a comemoração seria apenas em campo.

- Não podemos esquecer que quarta temos jogo importante - avisou.

A Taça Guanabara, 18ª da trajetória do Flamengo, tem um peso histórico. Classificado para a final do Estadual, o rubro-negro fica a dois jogos de igualar o Fluminense como recordista de títulos no Rio: o tricolor ganhou 30 vezes o Estadual, contra 29 do Flamengo.

Ontem, a FlaTV teve, antes do jogo, sua primeira transmissão ao vivo. Na concentração, uma mesa-redonda foi ancorada pelo vice de futebol Kleber Leite. A transmissão, que teve 300 mil acessos, mexeu com a rotina de jogadores como Leonardo Moura e Kleberson, que participaram do programa. Hoje, o clube fará, na Gávea, uma exposição do projeto para associados.

COLABOROU Tatiana Furtado

FLAMENGO

BRUNO: No gol do Botafogo, a bola chutada por Wellington Paulista passou por baixo das pernas de Fábio Luciano, retardando sua reação. Foi salvo pela trave na cabeçada de Fábio, no último minuto. 6.

LEONARDO MOURA: Apesar do bom início, foi bem marcado por Zé Carlos e caiu de produção. No segundo tempo, voltou a crescer, participando da jogada do gol do título. 7,5.

FÁBIO LUCIANO: Importante como sempre, não só por ter sofrido o pênalti que abriu o caminho para a vitória, mas pela segurança que passa ao sistema defensivo. 8.

RONALDO ANGELIM: Foi driblado dentro da área no gol do Botafogo, o que não manchou sua boa atuação. Apareceu bem na marcação, principalmente em algumas antecipações. 7.

JUAN: A marcação de Alessandro não o impediu de apoiar o ataque. Pela personalidade e o bom futebol, foi um dos destaques do time. 7,5.

JAÍLTON: Não conseguiu parar Wellington Paulista, que passou por ele facilmente no lance do gol. No primeiro tempo, errou um chute frontal ao gol de Castillo. 5,5. KLEBERSON entrou e deu novo ímpeto ao time, levando vantagem pelo lado esquerdo. Na marcação, também teve papel marcante. 7,5.

CRISTIAN: No primeiro tempo, jogou mais solto. No segundo, ficou preso à marcação, e cumpriu bem seu papel tático. 7.

IBSON: Assumiu a responsabilidade de levar o time à frente e dar o toque de criatividade. Cobrou o pênalti com extrema competência. 8,5.

TORÓ: Correu, mas de forma improdutiva. Não encontrou seu lugar no jogo e acabou saindo. 5,5. DIEGO TARDELLI entrou e, numa das poucas vezes em que tocou na bola, teve calma e categoria para marcar o gol do título com belo chute. 9.

MARCINHO: Aceitou a forte marcação do Botafogo e criou muito pouco. 5,5. OBINA entrou e criou perigo constante para defesa alvinegra. 7,5.

SOUZA: Diante da forte marcação, concluiu a gol uma vez no jogo, e mal. E foi expulso ao armar uma confusão desnecessária. 5.

JOEL SANTANA: Mexeu bem no time, tornando-o capaz de buscar a vitória e o título. 8.

BOTAFOGO

CASTILLO: Sem culpa nos gols, fez grande defesa em chute de Leonardo Moura. Passou confiança ao time. 6.

ALESSANDRO: Ficou na marcação de Juan mas também foi uma das principais opções de ataque do Botafogo. Foi substituído. 6,5. FÁBIO entrou e, no último lance, acertou cabeçada na trave que poderia mudar a história do jogo. 6.

RENATO SILVA: Começou inseguro, errando bolas fáceis, mas depois entrou no jogo e não comprometeu. 5,5.

FERRERO: Não pode reclamar do pênalti, pois quase tirou a camisa de Fábio Luciano. Fora isso, fez boa partida, e quase marcou um gol de cabeça. 6,5.

EDUARDO: Bem no primeiro tempo, quando mostrou personalidade em alguns lances. 6. ÉDSON entrou e teve participação discreta. 5.

DIGUINHO: Acompanhou Ibson, levando vantagem em alguns momentos e organizando a saída de bola do Botafogo. 6,5.

TÚLIO: Jogou com a vontade de sempre, mas após a expulsão de Zé Carlos, perdeu a cabeça e sumiu do jogo. 5.

LÚCIO FLÁVIO: Foi mais participativo no primeiro tempo. Sua expulsão, ao parar um contra-ataque, foi justa, pois já tinha o amarelo. 5,5.

ZÉ CARLOS: Fechou os espaços de Leonardo Moura no primeiro tempo e aparecia na frente com perigo, indo à linha de fundo. Foi expulso por se envolver na confusão com Souza. 6.

ADRIANO FELÍCIO: Articulou boas jogadas no primeiro tempo, quando foi um dos principais nomes do time, mas caiu muito de produção na etapa final. 5,5. JORGE HENRIQUE, mesmo longe das condições ideais, criou algumas boas jogadas e o Botafogo cresceu. 6.

WELLINGTON PAULISTA: Autor do gol em boa jogada individual, era um dos melhores da decisão no primeiro tempo, mas não manteve o ritmo. 6.

CUCA: Seu time tinha tudo para vencer, mas se perdeu após a confusão no gol de empate do Flamengo. 6.

ARBITRAGEM

Marcelo de Lima Henriques aplicou corretamente os cartões vermelhos e acertou no pênalti, mas perdeu o controle do jogo.

Meia vira inteira nas mãos dos cambistas

Vendedor ilegal arrecada R$3 mil com golpe da carteira de estudante

SEM FISCALIZAÇÃO, o cambista (de azul) vende a meia-entrada por R$60 para os rubro-negros na Estátua do Bellini

Legenda da foto: UM CAMELÔ vende camisas piratas do Flamengo à vontade, sem se importar com o policial militar que se aproxima

Gian Amato

O cambista chegou ao Maracanã depois do almoço. Sossegado, vestia bermudão, camiseta e tênis de marca falsificado. Antes de a final começar, bateu a cota de venda: 50 ingressos de meia-entrada, comprados antecipadamente e de maneira irregular com carteiras de estudante. Com cerca de 25 anos, não freqüenta salas de aula, mas faz escola ao redor do estádio, onde ensina como investir R$1 mil e arrecadar R$3 mil em um jogo. Uma lição fácil de aprender entre os meninos que são aliciados para enfrentar horas nas filas das bilheterias e, em troca de R$5, comprar os bilhetes.

A matemática é básica. O cambista compra pela metade e vende por mais que o dobro. O ingresso das arquibancadas custa R$40. Ele compra a meia-entrada por R$20 e vende a R$60. No final do dia, ganhou R$40 em cada bilhete. O lucro pode ser um pouco menor se ele pagar R$5 ao intermediário.

Escolado, o cambista sequer é notado pelos policiais militares a poucos metros do ponto de venda ao lado da Estátua do Bellini, local da entrada da torcida do Flamengo. A todo momento ele fala em um tom de voz que não chega a ser um grito, mas é suficientemente alto para ser ouvido pelos torcedores.

- Ingresso, ingresso? Tem arquibancada aqui - diz ele, que consegue fisgar um cliente ainda um tanto desconfiado.

- Mas este aqui é de meia. Eu nem tenho carteira, não quero levar para não ser barrado na roleta - pondera o torcedor.

Irônico, o cambista rebate com a gíria das ruas e da arquibancadas:

- Esquece, a roleta tá dominada. Não acredita? Então a gente faz assim: eu te levo até lá, espero você entrar e aí você me paga. Já fiz isso e ninguém voltou para reclamar.

O torcedor do Flamengo concordou e teve que pagar R$60 antecipadamente, porque a fila estava grande, a entrada seria demorada, e o cambista não poderia abandonar o ponto de venda, onde dividia a atenção com camelôs que vendiam camisas e produtos piratas do clube rubro-negro.

Minutos depois, um novo torcedor se aproximou e pediu cinco ingressos. O cambista só tinha três. Rapidamente resolveu o problema. Pegou o celular e ligou para outro cambista, que levou os dois bilhetes em menos de um minuto.

- Já vendi mais de 50 hoje. Tudo meia-entrada. No Maracanã, ninguém pede carteirinha. Cada um fica com o seu. Ainda bem que tem mais duas finais pela frente - disse ele, em referência às finais da Taça Rio e do Campeonato Estadual, caso o Flamengo não vença os dois turnos.

O comércio paralelo não veste camisa. Na Rampa da Uerj, entrada da torcida do Botafogo, os ingressos de arquibancada eram até mais caros: custavam entre R$70 e R$80. O lado era oposto, mas o discurso dos cambistas era o mesmo.

- Amigo, pode levar que não tem erro. Todo mundo agora compra meia-entrada e revende. Sai até mais barato para os torcedores, porque antes todo mundo tinha que vender bem mais caro. Era no mínimo R$100 - afirmou um cambista que agia na descida da rampa e oferecia as entradas a quem chegava ao estádio de metrô.

A ação dos vendedores ilegais cruza a cidade. Na Zona Sul, a meia-entrada era oferecida em um hotel. Mas foi no estádio, onde quatro cambistas foram presos ontem, que o preço atingiu o valor mais alto. Na sexta-feira, a cadeira especial era vendida a R$250, R$150 mais cara. Às 16h, o cambista da Estátua do Bellini encerrou o expediente. Tirou a camisa, abriu uma lata de cerveja e respondeu rindo ao turista que queria ingresso:

- Você e a torcida do Flamengo.

JORNAL DOS SPORTS

O carnaval de 2008 começa agora

Flamengo vira o jogo, derrota o Botafogo e sagra-se bicampeão da Taça Guanabara

Alexandre Souza e Fábio Lacerda

Jair Motta/JS

Diego Tardelli saiu do banco de reservas para fazer o gol que deu o bi da Taça GB ao Flamengo

Definitivamente, um campeão, além de bom time, tem de contar com a sorte. O maior vencedor da Taça Guanabara fez valer a tradição e carregou o 18º troféu da competição para a Gávea, virando o jogo para 2 a 1, já nos descontos.

Com menos posse de bola no primeiro tempo, o Flamengo mudou a situação na etapa complementar e asfixiou o Botafogo. Além do domínio territorial, contou com a sorte no último minuto, quando Fabio cabeceou na trave a falta cobrada na área por Jorge Henrique. Brilhou a estrela de Joel Santana que colocou Diego Tardelli no lugar de Toró.

O Botafogo começou o jogo exercendo forte marcação individual. A primeira grande sorte do campeão da Taça Guanabara aconteceu aos nove minutos quando Leonardo Moura atrasou e Bruno segurou a bola. Seria falta, com cobrança indireta que o juiz não marcou. Quatro minutos depois, após uma confusão na área, Fabio Luciano ajeitou de letra para Jaílton que bateu por cima do gol.

Aos 27, Wellington Paulista fez bela jogada deixando quatro jogadores do Flamengo para trás e chutou cruzado, rasteiro, para marcar abrir o placar. O primeiro tempo terminou sob total controle da equipe alvinegra.

O Flamengo entrou elétrico no segundo tempo. A segunda sorte da equipe rubro-negra foi aos 17 minutos, quando o árbitro percebeu o puxão na camisa do zagueiro Fabio Luciano feito por Ferrero. Jogada discutível. Ibson, que não tinha nada a ver com isso, bateu de forma indefensável no canto direito do goleiro uruguaio.

Após a confusão iniciada por Souza, Marcelo de Lima Henrique, expulsou, injustamente, Zé Carlos assim como o atacante do Flamengo em direção ao chuveiro do vestiário. Aos 27 do segundo tempo, visivelmente descontrolado, Lúcio Flávio, fez falta por trás em Juan e levou cartão vermelho.

O golpe final foi dado por Diego Tardelli, que chutou com o lado de dentro do pé tirando Castillo da jogada. A bola morreu no fundo do gol. Uma incrível história do atacante, que chegou ao Rio provocando uma polêmica com Souza e acabou fazendo o gol do título.\ Mais uma vez, o Rio é preto e vermelho.\

Na torcida, todos são iguais

Se na arquibancada a torcida rubro-negra deu um banho de entusiasmo, na tribuna as celebridades também eram de maioria preta e vermelha. O diretor e ator global, Denis Carvalho; os atores Caio Junqueira, que trabalhou no filme "Tropa de Elite", Rocco Pitanga e Sérgio Honjakoff. Na música, Gabriel, o Pensador, vestido com a camisa do Flamengo, e o MC Créu com suas lindíssimas dançarinas Daiana e Andressa.

No paredão do Maracanã, quem deu o ar da graça, foi Alexandre, do BBB, sem a sua amada Juliana, que ainda concorre ao prêmio de um milhão de reais. Na política, o secretário de Esportes, Lazer e Turismo, Eduardo Paes, que também acumula a presidência da Suderj. Do esporte, os irmãos ginastas Diego e Daniele Hipólito e o apoiador do Flamengo, Renato Augusto que se recupera de uma cirurgia no rosto.

A velha guarda também marcou presença. O ex-lateral-esquerdo que jogou no Flamengo e no Botafogo, e disputou a Copa do Mundo de 1966, Paulo Henrique e o seu filho Paulo Henrique Jr., ponta-esquerda com passagens pelo Rubro-Negro na década de 80. Enquanto os rubro-negros riam à toa, o botafoguense Hélio de la Peña, do Casseta & Planeta, saiu sem poder comemorar. No final, vencedores e vencidos se confraternizaram mostrando que o espírito desportivo ainda existe. Afinal, nem só de rivalidade vive o futebol.

Maracanã em tarde de gala

Decisão da Taça GB proporciona um show que só a torcida carioca sabe protagonizar

Sérgio Mello e Tiago da Costa

O Créu, ritmo que se tornou oficial na fase decisiva da Taça Guanabara, foi exaltado pela torcida rubro-negra mesmo antes da bola rolar: confiança na conquista

Não foi apenas no gramado do Maracanã que houve espetáculo na tarde de ontem. Na arquibancada, as torcidas de Flamengo e Botafogo deram um show à parte, apoiando os jogadores, fazendo provocações e cantando músicas de amor aos seus respectivos times. Mais de 78 mil torcedores rubro-negros e alvinegros compareceram à grande decisão da Taça Guanabara.

Como de costume, a entrada dos times no campo foi muito festejada. Apesar de a maior parte da torcida presente no estádio ser rubro-negra, a galera do Botafogo fazia muito barulho e se mostrava muito confiante em um resultado positivo.

Com o jogo muito equilibrado no primeiro tempo, o público ficava cada vez mais tenso. E a primeira grande explosão de euforia foi do lado alvinegro. O gol de Wellington Paulista ainda no primeiro tempo levou os torcedores do Glorioso ao delírio. Mas, apesar de o time ir para o intervalo com a vantagem, muitas pessoas preferiam não comemorar o título antes do tempo.

Dançando na chuva\ Já a torcida rubro-negra não deixou de apoiar o time em nenhum instante. No segundo tempo, o time passou a atacar para o lado de seus torcedores. Com isso, a motivação recebida das arquibancadas finalmente deu resultado. Aos 17 minutos, os flamenguistas festejaram o gol de pênalti marcado por Ibson. Nem a chuva atrapalhou a festa. O público já começava a se preparar para as emoções dos pênaltis quando Diego Tardelli, nos acréscimos, fez a torcida do Fla explodir de vez.\

Na comemoração do título, a volta olímpica foi várias vezes interrompida pelos jogadores para regerem a torcida na famosa "Dança do Créu". Para provocar os rivais.  os flamenguistas fizeram questão de cantar "vice de novo", em referência à decisão do Carioca do ano passado vencida pelo Flamengo.

Diego Tardelli, o predestinado

Atacante diz que, mesmo barrado, não perdeu a esperança de fazer um gol na final

Nathan de Lima e Sérgio Mello

Marcelo Sadio/JS

Rodrigo Arroz e Diego Tardelli dão a volta olímpica no gramado

O herói do título. O atacante Diego Tardelli estava predestinado a ser o salvador da pátria. Até aos 40 minutos do segundo tempo, ele assistia ao jogo do banco de reservas, quando o técnico Joel Santana o chamou mandando-o entrar no lugar de Toró. Na primeira jogada, pelo lado direito, ao tentar driblar Edson, acabou pisando na bola. Mas seis minutos depois, dessa vez pelo lado esquerdo, dominou e com extrema categoria e colocou a bola no canto esquerdo de Castillo que voou, mas não pôde evitar o gol do título da Taça Guanabara. Após o apito final do árbitro, ainda no campo, ele falou da jogada que resultou no segundo e decisivo gol rubro-negro.

"Naquele momento, não tinha muitas opções! A bola só cabia ali, naquele canto. Vi o goleiro adiantado e chutei colocado. Fui feliz na jogada e fiz o gol do título", disse Tardelli.

Visivelmente emocionado Diego Tardelli reconheceu que entrou num momento crucial do jogo, mas acredita que além da ajuda divina, vai demorar a assimilar que foi o grande herói da nação rubro-negra.

"Olha (risos), esse filme foi demais! Acho que essa ficha vai demorar para cair. Entrei em um momento difícil da partida, com um jogador expulso de cada lado. Agradeço a Deus pela tranqüilidade e pelo eqüilíbrio que eu tive para finalizar e marcar de virada", afirmou.

Depois de ter dado a volta olímpica, mais calmo, o jogador garantiu que a sua barração não o afetou psicologicamente. E acredita que o Maracanã é o seu talismã, já que sempre que joga no maior palco do Brasil, deixa a sua marca de artilheiro.

"Sinceramente? Não me abalei nem um pouco, por ter ficado no banco de reservas. Eu sabia que poderia entrar a qualquer momento da partida e marcar o gol da vitória. Não fiquei decepcionado, mas passou pela minha cabeça que era uma decisão", contou Diego Tardelli, acrescentando: "Posso dizer hoje (ontem) que o Maracanã é, de fato, a minha casa. Em todos os momentos difíceis que fiz aqui, marquei os meus gols. Espero que continue assim e eu possa continuar a ajudar o Flamengo nesta temporada".

Kleberson: ‘Essa torcida é sensacional’

O cabeça-de-área Kleberson mostrou ser pé-quente. Entrou no intervalo, na vaga de Jailton e melhorou a qualidade técnica do meio-de-campo. O jogador comemorou a conquista da Taça Guanabara e aproveitou para elogiar a torcida que, segundo ele, emocionou todos.\ “Fizemos um grande trabalho até essa decisão e fomos coroados com esse título que é muito importante para a nossa torcida e também para nós, jogadores. Aliás, essa torcida do Flamengo é qualquer coisa de sensacional. Foi de arrepia, e nos deu uma energia que era impossível não jogar com o mínimo de raça”, comentou.\

O vice-presidente de futebol, Kleber Leite, sintetizou em poucas palavras o papel da torcida, ontem.

"Era um jogo que foi emocionante do início ao fim. A torcida do Flamengo sempre é um show à parte. Não dá para compará-la com nenhuma outra torcida! Ela é única.”

Guerreiro durante os 90 minutos, o zagueiro Ronaldo Angelim, disse que não tinha perdido as esperanças de sair o gol do título.

"Eu falei aos meus companheiros que enquanto tiver um minuto, não poderíamos desistir nunca! Felizmente, conseguimos o gol", concluiu.

Fla volta a treinar hoje, na Gávea

Marcelo Sadio/JS

Leonardo Moura quis comemorar bem próximo dos torcedores

Quando o juiz apitou o fim da partida de ontem, os jogadores do Flamengo não conseguiram segurar a alegria. O sorriso estava estampando em cada rosto dentro do gramado. A volta olímpica no ritmo da Dança do Créu, contagiou a torcida, mas como na vida de atleta nem tudo são flores, os jogadores só tiveram a noite de ontem para comemorar. Eles voltam aos treinos hoje, às 15h30, na Gávea.

O lateral direito Léo Moura espera que o título de ontem seja apenas o primeiro do ano e disse ao JORNAL DOS SPORTS que as comemorações não poderiam passar de ontem.

"Se Deus quiser, este será o primeiro de muitos títulos de 2008. Vamos continuar trabalhando forte. Já temos Libertadores na quarta-feira. Estamos comemorando agora, mas amanhã já temos que pensar no Cienciano", disse o lateral.

Outro jogador que seguiu a linha de Léo Moura foi o lateral Egídio. Ele estava marcando a festa de comemoração, mas deixou claro que só vai se divertir um pouco.

"Foi maravilhoso! Que vitória! Vamos comemorar bastante, mas sem exagerar. Amanhã (hoje) já temos trabalho.”

Jônatas, que não costuma dar entrevistas, abriu uma exceção e dedicou o título à Nação Rubro-Negra.

"Essa torcida é maravilhosa. Ela merece esse título. Estou muito feliz.”

Já Marcinho preferiu exaltar a força do grupo do Flamengo.

"Nossa equipe é forte e por isso não temi quando eles fizeram o gol", disse Marcinho.

Joel: ‘Quem perde, reclama’

O clima no vestiário do Flamengo não poderia ser melhor: jogadores e técnico comemoraram muito a conquista do bicampeonato da Taça Guanabara. Na coletiva realizada após a volta olímpica, Joel Santana tentou escapar das perguntas sobre a arbitragem, mas não resistiu e avisou que gostou da atuação do Marcelo de Lima Henrique.

"Acho que o árbitro teve uma participação legal no jogo. Inclusive na hora da expulsão do Souza. Não entendi porque o Zé Carlos foi junto. Quem deveria sair era aquele goleiro. Os uruguaios são assim mesmo, eles entram em campo para tumultuar", disse o treinador.

Joel acredita reclamar dos juízes é um direito dos times que saem derrotados.

"Às vezes, na hora da derrota, as pessoas se precipitam e falam algo que não vai pegar bem na opinião pública. É direito do clube perdedor achar uma desculpa para o que aconteceu", comentou.

Emoção\ Sobre a partida, o técnico rubro-negro disse que o título foi conquistado ao longo da temporada e que no jogo de ontem o fator emocional foi decisivo para sacramentar a vitória do Flamengo.\

"No futebol tem-se que saber vencer e perder. Eles foram um adversário glorioso, estavam muito bem na partida, mas quando eles tomaram o gol desesperaram-se. E nesse esporte quem se desespera perde", disse Joel, para depois rasgar elogios aos seus atletas: "Esse grupo quando foi montado no ano passado e não perdeu. Nós estamos só lapidando a parte tática. Os jogadores que chegaram são grandes atletas, mas vieram em condições físicas ruins", completou o treinador.

Renato Augusto comemora título e se diz ansioso para voltar a jogar

Presente no Maracanã, o apoiador Renato Augusto vibrou muito com o título do Flamengo e declarou estar ansioso para retornar aos campos.

“Espero voltar o mais rápido possível. Só de ver essa torcida maravilhosa, dá vontade de jogar logo”, disse Renato Augusto.

Sobre a atuação do time na decisão, o camisa 10 ressaltou a reação rubro-negra no segundo tempo e comentou sobre a união do grupo.

“Voltamos bem para o segundo tempo. Nosso grupo é unido, é a força do nosso grupo. Vocês podem ver que, quando um sai, não tem reclamação ou cara feia”, explicou.

O DIA

Fla vence o Botafogo e conquista a Taça Guanabara

Nilo Junior

Rio - Foi um jogão, digno das tradições de Flamengo e Botafogo, com direito a Maracanã lotado, golaço, expulsões e bola na trave no último lance. No final, melhor para o rubro-negro, que soltou o grito de "bicampeão", conquistou o 18º título da Taça Guanabara e dançou o "Créu" por último. Íbson e Diego Tardelli marcaram os gols que garantiram, depois de Wellington Paulista ter aberto o placar para os alvinegros. Apesar do título, não haverá comemoração, jã que o time volta a campo nesta quarta-feira pela Libertadores.

O jogo começou a mil por hora, com os dois times correndo muito e buscando o ataque. Com menos de um minuto de jogo, Leo Moura cruzou da direita e Souza por pouco não chegou na bola. Em seguida, o Botafogo deu o troco, com Adriano Felício, de cabeça.

Mas quem chegou com perigo mesmo foi o time rubro-negro, aos 13. Após boa troca de passes entre Souza e Íbson a bola sobrou para Jaílton, que soltou uma bomba, por cima do gol de Castillo.

A partir daí, o Fla impôs mais o ritmo e passou a ter mais posse de bola e o domínio do meio campo. O Botafogo esperava para sair no contra-ataque. Foi numa dessas saídas rápidas, aos 27, que o alvinegro abriu o placar. Wellington Paulista fez grande jogada, passou por dois adversários e chutou cruzado.

O gol animou o Botafogo, que equilibrou as ações no meio-campo. Íbson, que era o melhor do Fla em campo, chegou a reclamar com Joel que estava difícil penetrar na defesa adversária. Aos 41, Souza cabeceou um cruzamento da esquerda e a bola, que ia no gol, bateu na cabeça de Ferrero.

Na saída para o intervalo, Íbson lamentou a falha no lance do gol.

"Mais uma vez começamos bem o jogo e tomamos o gol numa desatenção nossa", disse.

Já, Wellington Paulista, comemorou o bonito gol:

"Não é qualquer um que faz um gol com o Maracanã lotado. Temos que manter a postura no segundo tempo para sairmos campeões".

Na volta para o segundo tempo, Joel Santana fez duas substituições. Entraram Kleberson e Obina nos lugares de Jaílton e Marcinho, respectivamente. Assim como na primeira etapa, o Fla começou indo para cima, com Obina e Souza arriscando chutes de longe. Aos seis, o Botafogo teve boa chance para fazer o segundo. Zé Carlos bateu falta na barreira, e a bola sobrou para o zagueiro Ferrero, que cabeceou em cima de Bruno. No lance seguinte, em um contra-ataque rápido, Zé Carlos soltou uma bomba por cima do gol de Bruno, levantando a torcida alvinegra.

O Fla voltou a assutar aos oito, em chute de Souza, e aos 11, com Kleberson, mas foi Obina quem mais levou perigo, aos 14, em cabeçada perigosa após cobrança de escanteio. Um minuto depois, Ferrero puxou Fábio Luciano dentro da área e o árbitro marcou pênalti. Aos 17, Íbson bateu no canto direito de Castillo e empatou. Souza foi buscar a bola dentro do gol e se desentendeu com Castillo. Os campanheiros de ambos se meteram e o jogo teve que ser paralisado. Após a confusão, o juiz expulsou o camisa nove rubro-negro e Zé Carlos, que deixou o campo chorando. "Eu não fiz nada", dizia ele, revoltado.

Aos 26, Obina invadiu a área, mas Castillo cortou antes que o atacante pudesse finalizar. Dois minutos depois, Lucio Flávio parou um contra-ataque com falta e também foi expulso. A partir daí o jogo ficou muito nervoso e as chances de gol diminuíram.

Aos 34, Wellington Paulista perdeu grande chance chutando em cima de Ronaldo Angelim. Aos 46, quando parecia que o jogo iria para os pênaltis, Diego Tardelli chutou colocado da entrada da área e fez o segundo. Mas a garantia do título só veio mesmo no último lance do jogo, quando Edson acertou a trave de Bruno. Depóis disso, o apito final e a comemoração, com direito a "Créu" dos jogadores e da torcida.

Tardelli e o sonho que virou realidade

Janir Júnior

Rio - Na véspera da decisão, Diego Tardelli teve um sonho que ontem virou realidade: ele entrou e fez o gol que deu o título da Taça Guanabara ao Flamengo. O atacante sabe que escreveu seu nome na história do clube e, ao brilhar sua estrela, ele resumiu: “Sou um iluminado”.

Antes de acertar com o Flamengo, Tardelli recebeu proposta do Santos. A torcida rubro-negra e a projeção do clube da Gávea fizeram o atacante escolher o seu destino. “Tive outras propostas, mas sabia que aqui tudo seria maravilhoso. Agora, posso dizer que o Maracanã é minha casa. Entrei quando o jogo pegava fogo e fiz a torcida feliz”, destacou.\ Antes de chegar à Gávea, Tardelli teve um desentendimento com Souza, numa troca de declarações envolvendo Ronaldo Fenômeno. Onte, o fenômeno foi Tardelli. “Vim para o Flamengo pois sabia que aqui era uma grande família que tem como um paizão o Joel. Sou feliz por fazer parte dela”, disse.\

Sobre o lance do gol, Tardelli garante que já imaginara a jogada. “Bati bem na bola, tive calma e consciência que poderia ser a bola do jogo, e foi. A ficha ainda não caiu”, afirmou o atacante.

Depois de passar por problemas de disciplina no São Paulo, onde ficou sete anos, o jogador espera que o gol escreva um novo capítulo em sua vida. “Casei, tive uma filha, tudo mudou. Este ano será diferente, é a hora da minha afirmação. É uma alegria sem igual”, ressaltou o atacante que, durante a entrevista coletiva depois do jogo, foi carregado na cadeira por Fábio Luciano.

Durante a volta olímpica, Tardelli parou diversas vezes para dançar o ‘créu’ em companhia da Taça Guanabara. “É hora de comemorar. O Rio está colorido de vermelho e preto. E eu ajudei nessa festa”, lembrou.

No fim, uma curiosidade: os elásticos do aparelho dental que Tardelli usa são em vermelho e preto. Ontem, o atacante tinha motivos de sobra para soltar um largo sorriso. Um sorriso rubro-negro, com certeza.

Bruno agradece a força da torcida

Mauro Leão

Rio - O goleiro Bruno fez uma viagem a 2007 para festejar o bi da Taça Guanabara, ontem, no Maracanã. Emocionado, lembrou o drama vivido pelo Rubro-Negro, que saiu da zona do rebaixamento e se classificou para a Libertadores. Depois do clássico que garantiu o título, a alegria explodiu no peito do camisa 1 do Flamengo. “Essa força extra que o time recebe, vem lá de cima. Nossa torcida é demais”, festeja o jogador.\ Questionado se o apoio extra não viria do céu, Bruno faz questão de esclarecer. “Claro que Deus nos ajuda. Mas quando eu digo que a força vem de cima quero me referir à torcida nas arquibancadas”, disse o goleirão.\

Nesse momento, Bruno se emocionou e agradeceu o apoio que recebe da galera. “É impressionante. Os torcedores não param um só momento. Eles incentivam do começo ao fim”, afirmou.

Bruno não escondeu a admiração que tem pelo técnico Joel Santana. para ele, o treinador é o principal responsável por toda a transformação que aconteceu no time do Flamengo. “Ele chegou num momento em que estávamos no inferno astral. Com muita conversa, ele conseguiu levantar a confiança do grupo”.

Para o goleiro da Gávea, o jeito paizão de ser de Joel devolveu a estima até aos reservas do Flamengo. “Ele tem o poder de manter o grupo nas mãos. Confia nos jogadores, dá confiança para quem está fora da equipe e acima de tudo ele também tem estrela”, elogiou.\ Porém, apesar da conquista da Taça Guanabara, Bruno mantém a serenidade: “No Estadual, nós demos apenas o primeiro passo”.\

Romário e Renato Augusto no Maracanã

Rio - Romário ainda não vestiu a camisa rubro-negra, mas esteve ontem no Maracanã para assistir à decisão e sentiu de perto o calor da torcida, que gritava seu nome e cantou pela volta do Baixinho.

“Olê, olá, Romário vem aí e o bicho vai pegar”, gritavam os torcedores.\ Outro que esteve no estádio foi Renato Augusto, que não estava em campo, mas se sentiu como campeão. “Com a força que essa torcida passa e pelos jogadores que temos, já sabia que íamos dar a volta por cima”, afirmou.\

Recuperando-se de uma cirurgia de afundamento de malar sofrida durante um jogo, Renato Augusto já está com saudades da bola. “Espero voltar o mais rápido possível. Só de ver essa torcida maravilhosa, dá vontade de entrar em campo”, afirmou o camisa 10.

Mengão motiva o fenômeno

Rio - É no sonho de jogar no Flamengo que Ronaldo encontra a motivação que precisa para driblar mais uma vez um momento difícil e voltar aos gramados. No último dia 13, o Fenômeno rompeu o tendão patelar do joelho esquerdo numa partida do Milan contra o Livorno.

Submetido a uma cirurgia em Paris, ele deixou o Hospital Pitié-Salpetriere na sexta-feira sem esconder o desânimo e dando como indefinido o futuro de sua carreira.\ Recuperando-se da operação, o olhar ainda é triste, o tom realista domina seu discurso, mas o desejo de vestir a camisa rubro-negra não sai de sua cabeça.\

“Tudo pode servir de motivação, o Flamengo principalmente. Mas não é o melhor momento para se falar de Flamengo, Milan ou de qualquer outro clube porque, logicamente, nenhum deles quer um jogador que foi operado duas vezes, com duas lesões gravíssimas nos joelhos. Nenhum clube pensa em contratar um jogador assim... Eu mesmo vou decidir, correr em busca desse sonho e depois fazer por merecer qualquer contrato, qualquer coisa”, disse o atacante em entrevista à TV Globo.

Aos 31 anos, Ronaldo sabe que o período de tratamento será longo. Já passou pelo mesmo drama há oito anos, quando lesionou o joelho direito. Mas no que depender do filho, Ronald, o ânimo que faltar ao pai será dado por ele. Na semana passada, enviou uma carta desejando-lhe força. Escreveu que o amava e que sem ele sua vida não é nada. Palavras que emocionam Ronaldo e ainda conseguem arrancar dele um sorriso quando define o filho.

“Ronald é um futuro lindo. Ele é um outro grande amor da minha vida. É uma criança do bem, educada, gentil. Apesar da minha ausência, no pouco tempo em que estou com ele procuro passar-lhe coisas boas, e ele absorve. É uma criança de ouro”.

GAZETA ESPORTIVA

Flamengo vira e conquista a Taça Guanabara\ Gazeta Press\

Rio de Janeiro (RJ) - Barrado antes da decisão por decisão do técnico Joel Santana, o atacante Diego Tardelli saiu do banco de reservas para marcar, aos 46 minutos do segundo tempo, o gol do título da Taça Guanabara para o Flamengo na vitória por 2 a 1 sobre o Botafogo, de virada, na tarde deste domingo, no Maracanã. Wellington Paulista, para o Botafogo, e Ibson, para o Flamengo, marcaram os outros gols do jogo.\ Com a taça do primeiro turno, o Rubro-negro já está assegurado na decisão do Campeonato Carioca, o que poderá dar mais tranqüilidade ao time para priorizar a disputa da Copa Libertadores da América. É a 18ª vez que a equipe da Gávea conquista a Taça Guanabara, isolando-se mais como o maior vencedor da competição.\

Já o Botafogo sucumbe pela segunda vez em uma decisão, pois fora derrotado pelo mesmo Flamengo na final do Carioca do ano passado, e terá de lutar pelo título da Taça Rio para repetir o confronto de 2007 pelo Estadual.

Os primeiros movimentos da decisão mostravam duas equipes dispostas a atacar, porém sem dar muito trabalho aos goleiros. Quem finalizou primeiro foi o Botafogo. Aos quatro, Túlio foi à linha de fundo e cruzou para Adriano Felício cabecear sem força e facilitar as coisas para Bruno. O Rubro-negro respondeu no minuto seguinte, mas, após boa troca de passes, Marcinho não aproveitou e chutou por cima do gol.

Aos nove minutos, o primeiro lance polêmico do clássico. Ao cortar lançamento para Wellington Paulista, o lateral-direito Leonardo Moura recuou a bola para Bruno, que a pegou com as mãos. Apesar da reclamação intensa dos alvinegros, o árbitro Marcelo de Lima Henrique preferiu não marcar a infração.

Beneficiado ou não pela arbitragem, o Flamengo voltou a ameaçar aos 13 minutos, quando Fábio Luciano ajeitou de letra para Jaílton na área adversária, mas o arremate do rubro-negro acabou saindo sem direção.

O Botafogo não se intimidou e conseguiu abrir o marcador aos 27 minutos. Em jogada individual, Wellington Paulista carregou a bola até a área adversária, antes de chutar rasteiro e cruzado, sem chances de defesa para o goleiro Bruno. Festa da torcida alvinegra, minoria no estádio.

Dez minutos depois de marcar seu primeiro gol, o Botafogo esteve perto de ampliar. Lucio Flavio recebeu dentro da área e bateu rasteiro. Ronaldo Angelim cortou na pequena área, antes que Wellington Paulista conseguisse concluir para as redes. O Flamengo ainda teve a chance de empatar no primeiro tempo, mas a cabeçada de Souza, aos 41 minutos, desviou em Ferrero e foi pela linha de fundo, para alívio dos alvinegros.

Irritado com a atuação de seu time, o técnico Joel Santana decidiu mexer duas vezes na volta para o segundo tempo, sacando Jaílton e Marcinho para as entradas de Kléberson e Obina. Mas novamente o Botafogo é quem criou o primeiro bom lance. Aos cinco, a falta cobrada por Zé Carlos desviou na barreira e sobrou para Ferrero, que cabeceou em cima de Bruno. No minuto seguinte, em contra-ataque do Alvinegro, Zé Carlos recebeu na área, mas desperdiçou ao chutar torto.

Melhor chance perdeu Souza para o Flamengo aos sete minutos, após receber cruzamento de Kléberson na marca do pênalti, e concluir em cima da defesa botafoguense. Aos oito, Obina arriscou de fora da área e a bola desviou em Renato Silva, quase surpreendendo o goleiro Castillo. O Flamengo aumentou a pressão. Aos dez, a zaga alvinegra cortou mal um cruzamento e Leonardo Moura aproveitou o rebote para chutar forte, obrigando Castillo a nova intervenção.

De tanto insistir, o Flamengo conseguiu um pênalti quando o árbitro assinalou um agarrão de Ferrero em cima de Fábio Luciano dentro da área. Na cobrança, aos 17 minutos, Ibson colocou no canto direito de Castillo para empatar a decisão. Enquanto os rubro-negros comemoravam, o atacante Souza se envolveu em uma confusão com os botafoguenses e acabou expulso pelo árbitro, assim como o meia Zé Carlos, do Botafogo.

A partida ficou ainda mais tensa e os dois times abusavam das faltas e das reclamações com o árbitro. Com a bola rolando, o Flamengo quase virou aos 26 minutos, quando Castillo saiu mal do gol e Juan concluiu de longe. O Botafogo, porém, foi salvo por Renato Silva.

No minuto seguinte, o Alvinegro se complicou quando Lucio Flavio, que já tinha cartão amarelo, cometeu falta dura e acabou recebendo o cartão vermelho. Mesmo em desvantagem numérica, o Botafogo teve uma grande chance de vencer no tempo normal aos 34 minutos, mas Wellington Paulista não aproveitou o passe recebido de Jorge Henrique e chutou em cima da defesa rubro-negra.

Quando tudo parecia se encaminhar para a decisão por pênaltis, como aconteceu no final do Carioca do ano passado, Diego Tardelli recebeu de Leonardo Moura aos 46 minutos e bateu com categoria, virando a partida e assegurando a festa rubro-negra no Maracanã. Nem a bola na trave que o Botafogo acertou aos 50 minutos, impediu a comemoração dos flamenguistas.

No entusiasmo do título, Flamengo pensa na Libertadores

Rio de Janeiro (RJ) - A diretoria do Flamengo, time que conquistou neste domingo o título da Taça Guanabara na vitória por 2 a 1 contra o Botafogo, decidiu não marcar nenhuma festa oficial para a comemoração. A medida foi tomada pensando no embate que a equipe da Gávea terá na quarta-feira, no mesmo Estádio do Maracanã que hoje viu a decisão carioca, só que dessa vez em jogo contra o Cienciano, válido pela Copa Libertadores da América.\ De acordo com a assessoria de imprensa do Flamengo, os jogadores podem comemorar com os seus familiares, mas os dirigentes decidiram adiar a comemoração.\

Para Toró, ao comentar a confronto deste final de semana e a vitória do Flamengo, o time não pode perder seu foco, e deve seguir lutando, principalmente tendo em vista o próximo confronto pela Libertadores. “Nada de descanso. Continuaremos com a mesma batida. Sabemos que a moral e o astral se levantam, mas temos que ter o pé no chão e pensar na Libertadores”, afirmou o jogador, no vestiário do Maracanã.

Campeão, Tardelli diz ter sonhado com gol decisivo

Rio de Janeiro (RJ) - O elenco do Flamengo, após a vitória de 2 a 1 sobre o Botafogo na final da Taça Guanabara, com um gol decisivo de Diego Tardelli em favor do Fla, aos 46 minutos do segundo tempo, deu declarações entusiasmadas, durante a volta olímpica, sobre a atuação do clube da Gávea na decisão deste domingo.\ Autor do gol do título, o atacante Diego Tardelli, que chegou neste ano ao clube carioca, vindo do campeão brasileiro São Paulo, revelou que vinha sonhando com esse momento nos últimos dias. “Sempre sonhei com esse momento. Quando eu ia dormir, ficava passando aquele filme na cabeça, de poder entrar na partida e fazer o gol da vitória. E eu consegui, com o apoio dessa torcida maravilhosa do Flamengo”, afirmou o jogador à Rádio Globo, após o apito final do árbitro.\

Juan, lateral-esquerdo, declarou que o Fla se superou para vencer esta partida. “Nós nos superamos. Lutamos muito em busca do nosso objetivo e fomos coroados com a vitória, até porque ela deu uma tranqüilidade maior para o decorrer da Libertadores” disse o flamenguista.

Para Renato, que ficou de fora do elenco do Flamengo por conta de uma contusão, “o dia a dia dos treinamentos é o que conta. Todos fazemos parte do grupo. Não é toa que estamos aí. Somos campeões”.

Já o capitão Fábio Luciano, que jogou com uma forte dor no braço, pois no domingo passado, na partida contra o Vasco, sofreu com um chute dado por Edmundo, disse não ter tido problemas na hora de levantar o troféu da Taça Guanabara. “Para levantar o troféu, não tem dor que agüente. Passamos por tanta coisa difícil para chegar nesse momento, que na hora de levantar a taça, temos que aproveitar”, comentou, rindo.

A dança do “créu”, que vem fazendo sucesso no Rio de Janeiro, figurou novamente no Maracanã. “Dançamos mesmo, mas sem desmerecer o time do Botafogo. Nós lutamos muito para ganhar, e merecemos comemorar”, disse Souza, que fez a dança durante a volta olímpica.

Enquanto isso, Kleber Leite, vice de futebol do clube carioca, afirmava que o torcedor do Flamengo está mais do que acostumado com momentos de felicidade como este. “Quem é Flamengo está acostumado com títulos. Mas é bom lembrar que tudo isso é fruto de um bom trabalho”, declarou, enquanto congratulava o zagueiro Fábio Luciano pela conquista.

Por fim, Toró, comentando a importância do título, disse que o time não pode se conformar com a conquista, e deve seguir brigando no segundo turno do Estadual e na Copa Libertadores da América, sem perder o ânimo. “Nada de descanso. Continuaremos com a mesma batida. Sabemos que a moral e o astral se levantam, mas temos que ter o pé no chão e pensar no Estadual e na Libertadores”, concluiu.

Flamengo conquista a Taça Guanabara pela 18ª vez\ Gazeta Press\

Rio de Janeiro (RJ) - Na terceira decisão da Taça Guanabara entre os dois clubes, o Flamengo levou a melhor e bateu o Botafogo por 2 a 1, neste domingo, com um gol de Diego Tardelli aos 46 minutos do segundo tempo.\ Desta maneira, o time rubro-negro ficou na frente da estatística particular, já que cada clube havia vencido uma decisão do turno com este clássico. O Botafogo foi campeão no duelo em 1968, vencendo por 4 a 1, enquanto o rubro-negro ganhou em 1995 por 3 a 2.\

Quando foi criada, a Taça Guanabara era disputada antes do Campeonato Carioca. Isso aconteceu entre 1965 a 1971 e depois em 1980. Entre 1972 a 1979, 1981 a 1993 e a partir de 1996 foi o primeiro turno da competição maior e em 1994 e 1995 reuniu os dois melhores times de uma fase de classificação.

Com a vitória, o Flamengo se distancia ainda mais como o recordista de títulos da Taça Guanabara, com 18 conquistas. Vasco (11), Fluminense (8), Botafogo (4) e América, Americano e Volta Redonda, um cada, são os outros clubes que conquistaram a taça.

Maior vencedor da disputa, o rubro-negro foi campeão em 1970, 1972, 1973, 1978, 1979, 1980, 1981, 1982, 1984, 1988, 1989, 1995, 1996, 1999, 2001, 2004, 2007 e 2008.

PELÉNET

Flamengo vira, vence Botafogo e conquista bi da Taça GB

Do UOL Esporte\ No Rio de Janeiro\

O Flamengo conquistou a Taça Guanabara pela 18ª vez. Neste domingo, derrotou o Botafogo, de virada, por 2 a 1, no Maracanã, e ficou com o bicampeonato da competição. Wellington Paulista abriu o placar para o Alvinegro, aos 27 minutos do primeiro tempo. Ibson, de pênalti, aos 18, e Diego Tardelli, aos 46, viraram o marcador. O Rubro-Negro já havia sido campeão do tradicional Troféu em 1970, 72, 73, 78, 79, 80, 81, 82, 84, 88, 89, 95, 96, 99, 2001, 04 e 07.

O Flamengo já está na final do Campeonato Estadual e espera agora pelo vencedor da Taça Rio, que começa no próximo final de semana. O Botafogo terminou a partida com nove jogadores, Zé Carlos e Lúcio Flávio foram expulsos, assim como o flamenguista Souza. Aos 50 minutos do segundo tempo, o atacante Fábio cabeceou uma bola na trave do goleiro Bruno.

Flamengo e Botafogo voltam a jogar na quarta-feira. O Rubro-Negro recebe o Cienciano, do Peru, no Maracanã, às 21h50 (de Brasília), pelo Grupo 4 da Copa Libertadores. O Alvinegro vai encontrar o Rio Branco, no Acre, às 22h30, pela primeira fase da Copa do Brasil.

Wellington Paulista marca em jogada individual

Os dois treinadores optaram por escalar as equipes com um grande número de meio-campistas. Tanto o Flamengo quanto o Botafogo tinham apenas um atacante: Souza e Wellington Paulista, respectivamente. E a escolha por poder de marcação se traduziu em poucas oportunidades de gol no primeiro tempo.

O Botafogo chegou primeiro, aos quatro. Túlio cruzou da direita e Adriano Felício cabeceou, nas mãos de Bruno. Dois minutos depois, o troco: Souza tocou para Toró e este para Marcinho, que concluiu de canhota, por cima. A melhor oportunidade do Rubro-Negro apareceu aos 13, mas Jaílton também chutou alto.

Aos 21, Wellington Paulista arriscou de fora da área e Bruno defendeu, mas aos 27, o goleiro não deteve o chute de direita do artilheiro: Botafogo: 1 a 0. Apesar de precisar igualar, o Flamengo não mostrou a força ofensiva esperada e se limitou a cruzar bolas na área até o final da etapa. O goleiro Castillo e os zagueiros se saíram bem.

Fla retorna com duas alterações e incendeia o jogo

O treinador Joel Santana resolveu deixar o Flamengo mais leve e fez duas alterações para a volta do intervalo: Kleberson e Obina, nas vagas de Jaílton e Marcinho. Como não poderia deixar de ser, o time começou no ataque e chutou duas bolas antes dos dois primeiros minutos, com Obina, para defesa de Castillo, e Souza, para fora.

O Botafogo chegou aos cinco. Zé Carlos cobrou falta, a bola bateu na zaga e Ferrero cabeceou. Bruno defendeu. Aos sete, contra-ataque rápido do Alvinegro, Adriano Felício rolou e Zé Carlos arrematou com força, por cima. O Flamengo respondeu bem. Aos oito, Souza chutou, a bola bateu em Eduardo e foi para córner. Pouco depois, Obina concluiu fraquinho, a bola resvalou em um rival e saiu raspando a trave esquerda. Aos dez, Léo Moura finalizou da entrada da área e Castillo agarrou. Aos 12, Obina cabeceou com perigo, perto do travessão. Cuca mexeu na zaga e colocou Edson na vaga de Eduardo.

Aos 15, o árbitro Marcelo de Lima Henrique marcou pênalti de Ferrero em Fábio Luciano, após cruzamento de Juan na área. Depois de muita reclamação, Ibson bateu e empatou. Após a cobrança, os jogadores dos dois times se desentenderam por causa da reposição rápida da bola, e o juiz mostrou cartão vermelho para Souza e para o botafoguense Zé Carlos.

Enquanto a chuva apertava, Cuca tirou Adriano Felício e colocou Jorge Henrique. Aos 26, o Flamengo quase virou, em chute de Juan, que Edson salvou. No minuto seguinte, Lúcio Flávio, que já tinha cartão amarelo fez falta por trás em Juan e foi expulso.

O Botafogo foi ao ataque ao 34, Jorge Henrique tocou para Alessandro, que cruzou. Diguinho dominou e rolou para Wellington Paulista, que foi travado por Ibson. Joel arriscou de vez e pôs Diego Tardelli, no posto de Toró. Apesar de ter um a mais, o Rubro-Negro não criava situações claras de gol.

Aos 46, porém, Diego Tardelli completou, com categoria, após contra-ataque rápido e marcou o gol do título: 2 a 1. O Botafogo ainda teve duas ótimas chances para empatar: aos 48, Wellington Paulista recebeu livre e chutou alto; e aos 50, Jorge Henrique cruzou e Fábio, que entrou no lugar de Alessandro, completou, de peixinho. A bola bateu na trave esquerda de Bruno, e na seqüência o árbitro terminou a partida.

Tardelli diz que "filme" do gol do título passou em sua cabeça

Do UOL Esporte\ No Rio de Janeiro\

A última contratação do Flamengo na temporada já valeu. Diego Tardelli entrou aos 36 minutos do segundo tempo e decidiu a Taça Guanabara a favor do Rubro-negro. Após receber passe de Leonardo Moura, o atacante dominou com a sola e tocou no canto cruzado, sem chances de defesa para o goleiro do Botafogo, Castillo, aos 46.

"O jogo estava pegando fogo. Vi o goleiro dando um passo para direita e coloquei de chapa no canto esquerdo. Quando chutei, pensei que a bola fosse para fora. Mas ela fez a curva e parou lá dentro. Durante a semana passou o filme na minha cabeça de que faria o gol do título", disse Diego Tardelli.

Desde que chegou à Gávea, o atacante percebeu que o clube tem algo a mais que os outros.

"Não tenho palavras para descrever o que estou sentindo neste momento. É uma emoção muito grande. Assim que cheguei senti que seria diferente. A torcida é maravilhosa", ressaltou o autor do gol do título, que não poupou elogios aos companheiros.

"Fazer um gol na final do campeonato e sair com o título em menos de um mês de clube, é certeza de que será um ótimo ano. No São Paulo foi bom, pois ganhei a Libertadores, mas aqui é impressionante. Aqui é uma família e hoje faço parte dela. Já tive muitas alegrias em um mês aqui", disse.

O fato de ter iniciado o jogo no banco de reservas não abalou o atacante.

"Joel segurou a escalação, mas não teve problema. Ele conversou comigo, assim como a comissão técnica também. Isso acontecia no São Paulo. E o Importante é que entrei e fiz o gol", emendou.

Dirigente e preparador destacam planejamento do Flamengo

UOL Esporte\ No Rio de Janeiro\

Bastante animado com o título da Taça Guanabara, conquistado neste domingo com a vitória sobre o Botafogo por 2 a 1, no Maracanã, o vice-presidente de futebol, Kléber Leite, destacou que o tradicional Troféu não foi ganho somente com a vitória sobre os alvinegros.

"O Flamengo é um clube que sempre busca títulos. Aqui existe uma sinergia muito grande com a vitória. O título foi fruto de um trabalho que vem sendo feito há bastante tempo", disse o dirigente.

O preparador físico Ronaldo Torres também seguiu essa linha de raciocínio e agradeceu os seus companheiros de trabalho no dia-a-dia.

"Estou satisfeito não só com a vitória mas com todo o planejamento. Isso demonstra que o trabalho vem sendo bem feito. Quero parabenizar toda comissão técnica pois cada um deu a sua contribuição", comentou.

Com a vitória, o Flamengo já está assegurado na decisão do Campeonato Estadual, diante do vencedor da Taça Rio, que começa no próximo final de semana. Se o Rubro-Negro também vencer o returno será campeão direto.

Joel diz que venceu a decisão da Taça GB no intervalo

Do UOL Esporte\ No Rio de Janeiro\

O técnico Joel Santana atribuiu a vitória sobre o Botafogo neste domingo por 2 a 1, que deu ao Flamengo o título da Taça Guanabara, às substituições que realizou no intervalo da partida. O treinador rubro-negro sacou Jaílton e Marcinho para as entradas de Kleberson e Obina, respectivamente.

"A partida foi bem disputada taticamente. Demos espaços no primeiro tempo e levamos um gol. Fiz as mexidas e mudamos o jogo", disse Joel, que explicou porque iniciou o jogo com o meio-campo formado por Jaílton, Cristian, Ibson e Toró.

"O treinador tem que tomar decisões. É ele quem responde pelo resultado. Fiz o que achei correto. O Cristian vinha treinando bem e o Toró também. São excelentes jogadores. No meu grupo não existe esse negócio de titulares e reservas. Mas não sou o dono da verdade. Coloquei os que eu achei que eram os melhores", completou.

Renato Augusto: "Também dei minha contribuição na Taça GB"

Do UOL Esporte\ No Rio de Janeiro\

O meia Renato Augusto comemorou em campo o título da Taça Guanabara, conquistado neste domingo após a vitória sobre o Botafogo por 2 a 1, no Maracanã. O meia-atacante se machucou na estréia do time na competição contra o Boavista, está desde então sem atuar, mas considera que deu sua parcela de contribuição na conquista do troféu.

"Participei dos treinamentos no dia-a-dia e, portanto, fiz parte do grupo. Sofri muito durante o jogo principalmente com o gol do Botafogo. Mas confiava na virada, pois nosso grupo é bom", afirmou.

Renato Augusto sofreu um trauma na face, com afundamento do osso zigomático, na estréia flamenguista na Taça Guanabara, no dia 20 de janeiro, contra o Boavista (2 a 0), no Maracanã. Ele foi submetido a uma cirurgia no dia seguinte, em que foram colocados três placas de titânio e 11 parafusos em seu rosto. "Estou perto da volta. Ao ver essa torcida maravilhosa cresce a minha vontade de jogar novamente", salientou.

O médico do clube, José Luís Runco, afirmou na última quarta-feira que o jogador deve ser liberado dentro de duas semana.

Após fase difícil, Kleberson e Toró festejam título do Flamengo

Do UOL Esporte\ No Rio de Janeiro\

Os jogadores Toró e Kleberson têm motivos de sobra para festejarem a conquista da Taça Guanabara. Neste domingo, eles ajudaram o Flamengo a vencer o Botafogo, por 2 a 1, de virada, no Maracanã.

Ambos atravessaram momentos difíceis nos últimos anos. Desde que chegou ao Flamengo, em janeiro de 2006, Toró não conseguiu mostrar seu futebol. Apenas com a contratação de Joel Santana, no segundo semestre do ano passado, a história mudou. Atualmente ele tem papel fundamental no elenco rubro-negro.

"Passei dificuldade no Flamengo. Mas recebi carinho da torcida e do professor e consegui dar a volta por cima. Me sinto em casa e estou mostrando o meu valor", disse Toró.

Depois de dez meses sem jogar devido a problemas burocráticos com seu ex-clube, o Besiktas, da Turquia, o meia Kleberson festeja a conquista. Campeão do mundo com a seleção brasileira na Copa de 2002, ele jogou apenas o segundo tempo da final da Taça Guanabara e está otimista com relação ao seu futuro na equipe.

"Ainda estou pegando ritmo de jogo. Consegui realizar jogadas com tranqüilidade e estou muito feliz em conquistar um título depois de tanto tempo sem atuar", frisou Kleberson, que destacou a esposa, a torcida e a amizade entre os companheiros para sua volta com sucesso.

Para jogadores do Fla, união é o ponto forte da equipe

Do UOL Esporte\ No Rio de Janeiro\

O elenco montado pela diretoria do clube e comandado pelo treinador Joel Santana no ano de 2008 é motivo de orgulho não só para a torcida, mas também para os próprios jogadores. Após o encerramento da partida, todos ressaltaram a força da equipe rubro-negra.

"Nosso time é maduro, experiente. Sofremos com a cobrança externa, mas também nos cobramos por saber do nosso potencial", disse o goleiro Bruno.

Outro que seguiu esta linha de raciocínio foi o atacante Obina. Ele entrou no lugar de Marcinho no intervalo.

"Fundamental é ajudar o grupo. Entrei com o intuito de jogar na área e fazer um gol. Não fiz, mas um companheiro fez e saímos com o título. Tardelli foi feliz e o gol vai dar moral a ele e ao grupo, que está mais unido do que nunca", comentou.

Marcinho jogou apenas o primeiro tempo e não fez um grande jogo.

"Estamos no início da temporada e a equipe tem qualidade para crescer mais. A torcida está de parabéns, os jogadores estão de parabéns", frisou o armador.

GLOBOESPORTE

Flamengo é campeão da Taça Guanabara

Diego Tardelli faz o gol do título em cima do Botafogo aos 46 minutos do segundo tempo

Thiago Lavinas

Foi uma final emocionante. E com um herói: Diego Tardelli. O atacante, que entrou no segundo tempo, fez o gol do título rubro-negro nos acréscimos, aos 46 minutos (assista ao vídeo com o gol ao lado). O Flamengo virou em cima do Botafogo e venceu por 2 a 1, neste domingo, no Maracanã,  sagrando-se campeão da Taça Guanabara pela 18ª vez na história.

Com o título, o Flamengo está classificado para a final do Campeonato Carioca. Mas se vencer também a Taça Rio, o Rubro-negro será campeão automaticamente. Nos últimos dez anos, os clubes que ganharam a Taça Guanabara conquistaram o título carioca sete vezes.

O jogo foi tenso, com lances polêmicos. Os alvinegros reclamaram bastante da arbitragem. Após a partida, alguns jogadores e o técnico Cuca foram procurar o árbitro Marcelo de Lima Henrique, que marcou um pênalti para o Flamengo e expulsou dois jogadores do Botafogo. Enquanto isso, na arquibancada, os torcedores rubro-negros faziam a festa cantando "vice de novo", lembrando que no ano passado o Flamengo foi campeão carioca em cima do Botafogo, e dançando "o créu".

O tabu também foi mantido. O Flamengo não perde para o Botafogo desde 2004. São 15 jogos de invencibilidade, com sete vitórias e oito empates.

A bola só cabia ali. Vi o goleiro adiantado e chutei. Fui feliz no lance e fiz o gol\ Diego Tardelli sobre o gol do título do Flamengo na Taça Guanabara\

Na estréia da Taça Rio, no próximo domingo, dia 2, o Flamengo enfrenta o Resende, no Maracanã. Já o Botafogo encara o América, no Engenhão. Os dois jogos serão às 16h.

Wellington Paulista deixa o Botafogo na frente

Com 24 segundos, o cartão de visitas do Flamengo. Ibson tocou para Leo Moura, que cruzou para Souza. Mas o atacante chegou um pouco atrasado e não conseguiu concluir. A resposta veio quatro minutos depois. Lucio Flavio cobrou falta rápida para Alessandro, que cruzou para Adriano Felicio. O meia cabeceou e o goleiro Bruno defendeu sem muita dificuldade.

O jogo começou em alta velocidade com os dois times buscando o ataque. Marcinho perdeu ótima oportunidade ao chutar, livre da entrada da área, por cima do travessão. Em seguida, Wellington Paulista recebeu passe de Lucio Flavio e caiu na área. O árbitro mandou o lance seguir. O time alvinegro voltou a reclamar no minuto seguinte quando em uma dividida Leo Moura tocou a bola para trás e o goleiro Bruno segurou. O Botafogo queria a marcação do recuo.

Aos 13 minutos, o Flamengo perdeu uma chance incrível. Souza recebeu na área e tocou para o zagueiro Fábio Luciano, que de calcanhar rolou para Jaílton livre na meia lua da área. De frente para o gol, o meia chutou forte, mas a bola subiu e foi para fora.

Sem Jorge Henrique, que com um problema muscular ficou no banco de reserva, Cuca escalou o time no esquema 3-6-1, com apenas Wellington Paulista na frente. E o atacante fez a diferença aos 27 minutos. Em linda jogada individual, ele fez o primeiro gol alvinegro. Após receber a bola na intermediária, Wellington Paulista girou em cima do marcador, superou outros dois rubro-negros e já na área chutou rasteiro, cruzado, sem chance para o goleiro Bruno: 1 a 0 Botafogo! Foi o quinto gol do jogador no Campeonato Carioca.

- Foi um gol de muita raça e vontade. Não é qualquer um que faz um gol com o Maracanã lotado desta forma - resumiu Wellington Paulista.

Logo após o gol alvinegro começou a cair uma fina chuva no Maracanã e esfriou a torcida rubro-negra, que compareceu em maior número. Além de ocupar o setor verde, era maioria no setor branco e nas cadeiras inferiores. Os rubro-negros ficaram em silêncio até o intervalo.

Com Leo Moura e Juan sem conseguir fazer boas jogadas pelas laterais, o Flamengo passou a tentar cruzamentos para a área nas bolas paradas. Mas o goleiro Castillo saia bem e conseguia afastar o perigo na maioria das vezes. E o Botafogo terminou o primeiro tempo em vantagem.

Clima quente e três expulsões

Para o segundo tempo, Joel Santana fez duas mudanças no Flamengo. Tirou Jaílton e Marcinho e colocou Kleberson e o xodó Obina. E assim como no primeiro tempo, o Rubro-negro começou assustando. Obina chutou rasteiro da entrada da área e o goleiro Castillo defendeu. O lance acordou a torcida, que voltou a apoiar o time. Mas em um contra-ataque o Botafogo assustou com Zé Carlos. Ele entrou pela esquerda e chutou forte. A bola foi para fora.

A chuva aumentou e, com ela, a pressão do Flamengo. Cruzamento para a área, Souza, livre, concluiu para fora. Pouco depois, Leo Moura aproveitou o rebote na área e chutou rasteiro. O goleiro Castillo defendeu bem, sem sobra. Assustado, o técnico Cuca chamou o zagueiro Edson aos 13 minutos. Ele entrou no lugar de Eduardo.

Mas não adiantou. Falta pelo lado direito de ataque do Flamengo. Na cobrança, o zagueiro Ferrero segura o rubro-negro Fabio Luciano pela camisa. Pênalti marcado pelo árbitro Marcelo de Lima Henrique. Após muita reclamação dos alvinegros, Ibson cobrou bem no canto direito de Castillo e empatou a partida.

Durante a comemoração, o clima esquentou. Souza foi tentar pegar a bola das mãos de Castillo. Começou o empurra-empurra. Os reservas do Flamengo, que estavam atrás do gol, invadiram o campo. Na confusão, Souza agrediu Zé Carlos. O árbitro resolveu expulsar os dois: Souza e Zé Carlos.

- Não sei porque fui expulso. É inacreditável isso. Quero saber por que ele me expulsou. Quero saber! - disse Zé Carlos