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Clipp 26/fevereiro

Noticiário do Flamengo na midia

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O GLOBO

DE OLHO NA LIBERTADORES: Time enfrenta peruanos amanhã no Maracanã

Um dia após o título, outra decisão bate à porta do Fla

Tropeço contra o Cienciano pode comprometer principal projeto do ano

Carlos Eduardo Mansur

Campeão da Taça Guanabara, o Flamengo se vê forçado a despertar para uma nova realidade. Um dia após vencer o Botafogo, o clube percebeu que o projeto mais importante do ano, a Libertadores, pode ficar comprometido em caso de tropeço amanhã, contra o Cienciano, do Peru.

O fato de apenas ter empatado com o Coronel Bolognesi, no Peru, somado à vitória fora de casa do Nacional, do Uruguai, sobre este mesmo adversário, criou, nas contas rubro-negras, uma situação de risco no Grupo 4 do torneio. No entanto, uma vitória faz do Flamengo o líder da chave.

- O jogo é absolutamente decisivo. Não podemos nem pensar em empatar - avisou o vice de futebol Kleber Leite.

Clube pode retomar conversa com Romário

O meia Ibson disse que o time foi obrigado a transformar rapidamente o título da Taça Guanabara em passado.

- Fui para casa após o jogo. Batalhamos muito para chegar à Libertadores e não dá para pecar por falta de concentração. Vai ser um jogo chato. O juiz não marca qualquer falta na Libertadores - afirmou.

Hoje, o técnico Joel Santana comanda o único treino antes do jogo. Há a expectativa de mudanças no time. Uma delas pode ser a entrada de Kleberson como titular.

A importância do jogo fez o vice de futebol, Kleber Leite, adiar novamente a retomada do caso Romário. O objetivo do dirigente é ter o atacante fazendo seu jogo de despedida na Gávea. Segundo o dirigente, no entanto, é preciso o rompimento oficial entre Romário e o Vasco. Uma nova conversa pode acontecer na quinta-feira.

Já o projeto de seduzir o atacante Ronaldo não foi interrompido com a nova lesão do jogador. O presidente Márcio Braga deverá se encontrar com o atacante em Paris. Um grupo de torcedores irá à França entregar a Ronaldo uma bandeira com seu rosto e a inscrição "amor eterno".

Ontem, na Gávea, o volante Cristian recolhia assinaturas na camisa que usou na decisão. Sem conter o choro, ele explicou que vai enviá-la a um amigo de infância, de Bauru, que está com câncer.

No Cienciano, ironias e mistério

Clube reage à intenção do Fla de não ir a Cuzco e técnico fecha treino

Legenda da foto: JOGADORES DO CIENCIANO durante o treino de ontem, nas Laranjeiras: time estudou a fundo o Flamengo para o jogo de amanhã, no Maracanã

Gian Amato

Horas depois de chegar ao Brasil, o Cienciano treinou, ontem à noite, nas Laranjeiras. Enquanto os jogadores faziam uma atividade leve, comandada pelo técnico Franco Navarro, o assunto predominante era o trabalho de bastidores feito pelo Flamengo para não jogar na altitude de Cuzco.

O presidente do clube, Juvenal Silva, falou em tom irônico do caso.

- Gostaríamos muito de receber o Flamengo em Cuzco, para respirar o ar puro e pegar uma energia diferente. Se podemos vir ao Maracanã, por que eles não podem nos enfrentar lá? Não vejo problema nenhum - disse o dirigente.

Estratégia é se fechar e tentar contra-ataques

O técnico Franco Navarro, que hoje vai comandar um treino com portões fechados no Maracanã, mostrou ter estudado profundamente o Flamengo.

- É um time muito ofensivo pelas laterais, com Leonardo Moura e Juan. Vamos ter que tomar cuidado o tempo todo com os atacantes deles: Obina, Souza e Tardelli - disse o treinador.

Segundo Navarro, o treino secreto de hoje servirá para ter "intimidade com os jogadores e trabalhar algumas jogadas táticas". Seu discurso deu, claramente, a impressão de que o Cienciano tentará se fechar e explorar os contra-ataques:

- Em casa, o Flamengo vai atacar durante os 90 minutos. Não podemos arriscar tanto. Vamos ser sólidos e compactos. Vi a final da Taça Guanabara e me impressionou a motivação do Flamengo. Eles foram campeões e estão empolgados. Mas o que vamos fazer? Temos que jogar.

Entre os jogadores, a expectativa é pela chance de atuar no Maracanã o que, para muitos será inédito. É o caso do atacante Vassallo, que deverá formar dupla com o argentino Portillo.

- Estou emocionado. Já estive no Brasil, mas nunca joguei no Maracanã - afirmou.

Carreiras reconstruídas

Heróis da conquista do Fla, Fábio Luciano, Kleberson e Tardelli recuperam motivação

DIEGO TARDELLI posa com uma bandeira do Flamengo, na Lagoa: atacante rubro-negro, que se sentia desvalorizado no São Paulo, diz que o gol do título mudou sua vida

FÁBIO LUCIANO, capitão do time rubro-negro, ergue a Taça Guanabara na sala de troféus do Flamengo, na sede da Gávea

Carlos Eduardo Mansur

Um traço une três dos heróis rubro-negros da conquista da Taça Guanabara. O capitão Fábio Luciano, que ergueu o troféu, o meia Kleberson, que mudou o jogo no segundo tempo, e Diego Tardelli, que fez nos acréscimos o gol decisivo, vêem no título a certeza de que suas carreiras ganharam novo rumo.

Em 2007, a passagem pelo Colônia, da Alemanha, se transformara em martírio para Fábio Luciano. O zagueiro decidira abandonar o futebol. Procurado pelo Flamengo, não imaginava a identificação que criaria com o clube.

- Vivo um caso de paixão pelo Flamengo. Pela torcida, pelo ambiente, posso ficar duas horas engarrafado para ir treinar na Gávea, que vou feliz. Meu prazer de jogar futebol foi resgatado. Na Alemanha, era uma pessoa triste. Tenho espírito vencedor, detesto perder. No elenco, temos outros jogadores assim. Se precisar, eu meto a cara numa bola dividida. Eu me identifiquei com o clube - disse.

Agora, Fábio Luciano prefere adiar a despedida. Ele tem contrato até o fim do ano com o Flamengo. O compromisso se encerra caso ele decida parar de jogar. Caso contrário, fica mais um ano na Gávea:

- Hoje, quero ficar pelo menos mais dois anos no Flamengo. Converso com o Andrade (auxiliar técnico) sobre a história do clube. Já sei quem foi Rondinelli, o quanto a torcida valoriza a garra. A torcida é incrível, vivo com ela uma relação especial. Comemorar este título no Maracanã cheio foi especial.

Encontro com Romário após o gol

Fábio Luciano conquistou o Flamengo pela postura. Ao contrário de jogadores com passagem pela Europa que estiveram na Gávea, jamais reclamou das condições do clube:

- A estrutura pode não ser a que se imagina. Mas, para mim, está bom demais. O que não está bom, a gente faz ficar. Com trabalho e motivação, se resolve. Temos um bom campo e bons profissionais. Não gosto de ficar reclamando das coisas. Vários craques brilharam neste mesmo Flamengo. Quem não quer jogar aqui?

Kleberson, por sua vez, viveu quase um ano de incerteza. Após romper com o Besiktas, da Turquia, e perder ação na Fifa, foi condenado a pagar 3,2 milhões para voltar a jogar. Teve dificuldade para encontrar um clube que o acolhesse. Hoje, se sente grato ao Flamengo.

- Acho que gratidão é a palavra. O Flamengo confiou em mim, foi à Turquia negociar, trabalhou muito. Temi que coisas ruins acontecessem, que eu ficasse uns dois anos parado. Para eu pagar uma multa dessa, iria comprometer tudo o que ganhei na minha carreira. Era uma situação difícil - recordou o meia.

Desde que chegou, Kleberson pede paciência para retomar o padrão da Copa de 2002. Hoje, tem certeza de que está no caminho certo:

- Quando você está parado, tudo é mais difícil. Poder, em tão pouco tempo, comemorar um título num palco histórico como o Maracanã é uma recompensa. Mas ainda estou longe dos meus objetivos. Quero dar ao Flamengo um título inesquecível, de peso, e voltar à seleção.

Diego Tardelli, autor do gol do título nos acréscimos, chegou ao Flamengo em janeiro, após ter vivido fase difícil no São Paulo. No ano passado, teve poucas chances de atuar. Visto como promessa, passara a ser olhado com desconfiança.

- Passei sete anos no São Paulo, fiz gol em final de Libertadores. Esperava uma valorização maior. Cometi erros e provei que estava recuperado. Mas não me valorizaram. No Flamengo, com a torcida que tem, tenho certeza de que tudo vai dar certo - disse o atacante. - Quero ser ídolo aqui para que, em 20 anos, falem da época em que o Tardelli jogou no Flamengo.

Após a vitória, ele foi jantar numa churrascaria, onde se encontrou casualmente com Romário. Horas antes, o atacante do Vasco vira a final da Taça Guanabara no Maracanã.

- Ele me deu parabéns. Eu disse ao Romário que a camisa 11 me deu sorte - contou Tardelli. - Este gol mudou minha vida. Valeu a pena ter vindo para o Flamengo.

Dos três, o atacante é o que tem menos tempo no Flamengo e no Rio de Janeiro. Ontem, esteve na Lagoa, onde concedeu entrevista coletiva. Tardelli chegou acompanhado de dois amigos, como descreveu. O próprio jogador admitiu que um deles trabalhava como segurança de Adriano, que o indicou. Ele garantiu não ter receio de viver no Rio.

- Só quando minha mulher e minha filha estão aqui. Eles me ajudam em tudo. Às vezes, não sei andar em alguns lugares - disse.

Fifa em ritmo de 'créu'

Site da entidade descreve a festa funk rubro-negra no Maracanã

Legenda da foto: JOGADORES DO Flamengo fazem a coreografia exibindo a Taça Guanabara

A "Mulher Melancia" continua sendo um fenômeno desconhecido no exterior, mas o hit que a consagrou como nova diva do funk e virou moda no futebol carioca extrapolou as fronteiras do Maracanã e ganhou projeção inimaginável para seus autores. Ontem, o site da Fifa, entidade toda-poderosa do esporte mais popular do planeta, estampou em seu site oficial a inusitada manchete em inglês "Mengão Créu at the Maracanã", internacionalizando a gíria oriunda da música "Dança do Créu", coreografada pelos jogadores do Flamengo na comemoração do título da Taça Guanabara.

Sem fugir à imagem estereotipada que transmite a idéia de um Brasil que se resume ao trinômio praia-futebol-carnaval, a matéria descreve o funk, exageradamente, como mais um ingrediente que contribui para fazer do Rio a "Cidade Maravilhosa". Mas o texto também relata com entusiasmo a tarde festiva no Maracanã, no qual "uma multidão de 84 mil torcedores viu o time mais popular do país construir uma vitória dramática sobre o Botafogo".

"Flamengo players showcased the Créu, a dance which accompanies a form of funk music" (Jogadores do Flamengo exibem o Créu, dança que acompanha um tipo de música funk), diz a matéria, ressaltando que o herói da tarde, Diego Tardelli, deu um chute "cheio de esplendor, com uma rosca na bola que fugiu ao mergulho do goleiro uruguaio Castillo".

Popular nos bailes cariocas, a "Dança do Créu" virou mania no futebol do Rio depois que Thiago Neves comemorou um de seus três gols na goleada tricolor (4 a 1) sobre o Flamengo fazendo a coreografia. Irritados com declarações do apoiador antes da semifinal da Taça Guanabara contra o Fluminense, os jogadores do Botafogo repetiram a dança após a vitória por 2 a 0 que garantiu o time na decisão contra o Flamengo. No domingo, foi a vez de os rubro-negros, que já haviam feito o mesmo após derrotarem o Vasco, celebrarem o título em ritmo de "Créu".

Fernando Calazans

O homem da Taça

Ibson foi o grande nome do Flamengo na final, nos jogos anteriores, na Taça Guanabara, no título. Em boa parte do primeiro tempo da decisão, jogou quase sozinho do meio de campo para a frente. Do meio de campo para trás, ainda tinha a companhia da boa defesa do Flamengo, toda ela, do goleiro ao lateral-esquerdo. Mas, do meio para a frente, era uma figura solitária, que jogava não só por ele.

Jogava por ele, por Jaílton, por Cristian, por Toró, por Marcinho e por Souza, porque nenhum destes jogava coisa alguma.

Como se não bastasse, deu uma de treinador, alertando Joel Santana para a dificuldade que tinha no jogo, e que todo o Flamengo tinha, com Jaílton e Cristian atuando como zagueiros, sem compromisso com a organização de jogadas, até porque não sabem.

Ibson ainda teve a participação como técnico, mas é claro que o mérito também foi de Joel. Em primeiríssimo lugar, por saber ouvir seu jogador. Não sei se outros técnicos, esses que vivem com o rei na barriga, acatariam a observação de Ibson. Joel acatou e, depois, fez a mudança certa no time, decisiva para a melhora de produção.

Ibson fez tudo certo. Defendeu, marcou, armou, passou, driblou, avançou, chutou, fez gol. Por quê? Porque sabe fazer tudo isso.

Ibson é o que se pode chamar de jogador de futebol. Ao contrário de tantos e tantos jogadores aqui dentro, inclusive do Flamengo, que pensam que são jogadores de futebol só porque entram em campo com uniforme de jogador.

JORNAL DOS SPORTS

Japonês fala em Maracanazo

O Cienciano embarcou domingo para o Brasil para enfrentar o Flamengo amanhã, pela segunda rodada do grupo 4 da Libertadores. E o clube peruano traz na bagagem o sonho de repetir um feito que entrou para a história do futebol brasileiro e, principalmente, uruguaio: a vitória por 2 a 1 da Celeste na final da Copa do Mundo de 1950, no Maracanã.

Curiosamente, quem revela a lembrança do bicampeonato do uruguaio no elenco não é nenhum sul-americano. É o japonês Masakatu Sawa.

“O sonho de todo jogador sempre é jogar em um estádio tão importante quanto o Maracanã. Será a primeira vez que pisarei naquele estádio. Porque não pensar em uma vitória? Podemos fazer o Maracanazo”, disse ele.

Vitorioso em sua estréia na atual edição da Libertadores, em duelo local com o Coronel Bolognesi, o Cienciano é líder do grupo 4, com três pontos, enquanto o Flamengo tem apenas um, após empatar com o Bolognesi, no Peru.

Para manter a liderança, o Cienciano se recusa a adotar a retranca, mesmo atuando em solo carioca.

“Tomaremos nossas precauções, o que não significa que ficaremos embaixo do gol, porque sabemos do poderio do Flamengo, um poderio entre aspas porque não há rival invencível”, ressaltou o atacante Gustavo Vassalo, pedindo também para que seu time fique atento às grandes dimensões do Maracanã.

Kléberson deve ficar no banco

Foto de Wallace Teixeira

Kléberson não se incomoda de ser rotulado de ‘jogador de segundo tempo’

Após a boa atuação que o cabeça-de-área Kleberson teve no último domingo, quando o Flamengo se sagrou bicampeão da Taça Guanabara ao vencer o Botafogo por 2 a 1, a pressão sobre o técnico Joel Santana para escalar o jogador como titular deve aumentar. E muito. Mas os apelos dos torcedores não devem surtir efeito, pelo menos por enquanto, e na partida de amanhã, contra o Cienciano, é bem provável que o técnico repita a formação que iniciou a partida contra o Botafogo. A única mudança que pode acontecer é a entrada de Diego Tardelli na vaga de Marcinho.

Ao contrário do que acontece normalmente no futebol, Kleberson se diz satisfeito em ser um jogador de segundo tempo.

"Podem até achar muito estranho, mas eu fico até feliz com essa situação. O Joel sabe das minhas qualidades e eu sei que ainda não estou em forma e por isso tenho que voltar aos poucos. Não importa quem será o titular, o importante é ajudar o grupo. Quando eu cheguei, falei que vinha para trazer títulos. O primeiro passo já foi dado, conquistamos a Taça Guanabara", disse Kleberson.

Embalo

Muito feliz e com um sorriso no rosto, o jogador, que foi campeão mundial com a Seleção Brasileira, em 2002, avisou que um dos segredos para vencer o Cienciano é aproveitar o embalo que a vitória contra o Botafogo deu à equipe.

"Acho que temos que aproveitar a arrancada que esse título nos deu para conseguir uma grande vitória na Libertadores, que é uma competição muito importante. Quando eu cheguei, o grupo lutou muito para conseguir essa vaga", disse o jogador.

Clima de guerra em Cuzco

Cuzco, Peru - Definitivamente o Flamengo vai encontrar problemas quando for encarar o Cienciano, em Cuzco, dia nove de abril, pelo Grupo 4 da Copa Libertadores da América. Isso porque, ontem, torcedores do time peruano declararam o presidente Márcio Braga persona non grata.

A explicação para tanta revolta é simples. Na última quinta-feira, Márcio Braga viajou à Suíça, sede da Fifa, para se reunir amanhã com os dirigentes da entidade. O objetivo é evitar jogar em altitude superior a 2.750m. Cuzco fica cerca de 3.400m.

“Essa atitude do poderoso Flamengo é apenas o temor de ser derrotado. Nunca foi registrada morte de jogador por causa da altitude. Sempre os clubes brasileiros querem favorecimento. Mas confiamos nos dirigentes do Cienciano e eles não vão permitir que o time atue fora de Cuzco na Libertadores”, reclamou o chefe da torcida Fúria Vermelha, José Antonio Paucar.

Além do Flamengo, Fluminense, São Paulo, Santos e Cruzeiro, outros representantes brasileiros nesta edição da Copa Libertadores da América aderiram à proposta.

Na competição do ano passado, o Flamengo também enfrentou os problemas da altitude. O time foi até Potosí, na Bolívia, para enfrentar o Real Potosí, com 3.976m acima do nível do mar.

Aqui, quem manda é a Nação!

Ibson conclama a torcida a fazer de sua força o diferencial para os jogos no Maracanã

Nathan de lima

Fotos de Walace Teixeira

Ibson garante que o time já esqueceu a conquista da Taça Guanabara e só pensa no Cienciano

O clima ontem no Flamengo, um dia após a conquista do título da Taça Guanabara, era para ser somente de comemoração. Mas em razão da proximidade da partida de amanhã contra o Cienciano, pela Copa Libertadores, os jogadores já haviam praticamente esquecido o título e já estavam pensando apenas no adversário peruano. A partida, pela segunda rodada da competição internacional é importantíssima para o Flamengo que, se conseguir a vitória, assume a liderança do Grupo 4.

O cabeça-de-área Ibson, um dos principais jogadores da equipe na vitória do último domingo contra o Botafogo, avisou que as comemorações pelo título da Taça GB já ficaram no passado e agora os jogadores só estão pensando na Libertadores.\ "Conquistamos um título muito importante, até porque foi no início da temporada. Mas isso já ficou para trás. As comemorações foram ontem (domingo), fiquei com minha família e pude curtir bastante ela. Vamos esquecer o que passou e pensar somente na Libertadores, quarta-feira temos um jogo muito difícil", disse Ibson.\

Jogo duro

Se em Cusco, cidade onde o Cienciano manda seus jogos, vencer o time local é complicado por causa da atitude de 3.394 metros, o Flamengo quer usar a força da torcida para impor respeito e com isso se tornar um time imbatível nas partidas que jogar no Maracanã.

"Nós temos a força da nossa torcida. Quem entra no estádio e vê toda aquela Nação unida, empurrando a equipe, se apavora. Contamos com isso para conseguir vencer o Cienciano", comentou Ibson, que aproveitou o momento para fazer um apelo aos torcedores.

"Contamos com a presença da nossa torcida. Se eles usam a altitude para complicar a vida dos outros, vamos usar a força dos rubro-negros para conseguir a mesma coisa", declarou Ibson.

Sobre a partida, o cabeça-de-área espera um jogo com entradas duras e uma arbitragem muito diferente do que está acostumado.\ Sabemos que não vai ser fácil, Libertadores é diferente. Muitas vezes os árbitros não marcam umas faltinhas que aqui no rio marcariam", completou o camisa 7.\

Cristian: tristeza após a euforia

Cristian quer ajudar o amigo Lambari, que sofre de câncer em estágio avançado

No dia seguinte à conquista de mais um título, desta vez o da Taça Guanabara, a sensação de euforia do grupo rubro-negro se contrastava com a de preocupação de um jogador. Cristian está apreensivo com a saúde do amigo, o jovem jogador Felipe Lambari, de 18 anos, natural de Bauru, que sofre de câncer e que fez aula na escolinha do sogro do meio-campista e ex-jogador rubro-negro, Baroninho.

“Cheguei a jogar com ele na escolinha de futebol do Baroninho e lembro que ele teve um problema sério na perna, precisando, inclusive, ter que colocar alguns pinos. Parece que o problema se espalhou e o Lambari deverá fazer um exame no peito esta semana para saber se o tumor é maligno ou benigno. Fico até triste de falar sobre este assunto, é uma pessoa muito jovem, que não merecia passar por isto", lamentou Cristian, muito emocionado.

Homenagem

A relação dos dois é tão próxima que o cabeça-de-área entrou em campo no domingo com uma motivação a mais:

"Ele me ligou do hospital antes da partida me pedindo a vitória", relatou.

Cristian estava ontem com a camisa 16 - número que está usando atualmente nas mãos. Nela, além do seu nome, havia o de Lambari. O Jogador deverá agora pegar o autógrafo de todos os jogadores do elenco rubro-negro e entregar a camiseta para o amigo. Eles se falaram ontem também ao telefone, fato que deixou o meio-campo com lágrimas nos olhos.

Encontro dos camisas 11

“Domina a bola o camisa 11 rubro-negro, chuta, e é gol!”.

A descrição da cena que se viu no segundo gol do Flamengo, na final da Taça Guanabara, pode ser atribuída a muitos jogadores que atuaram pelo Rubro-Negro. Mas um atacante, em especial, marcou sua passagem pelo time da Gávea com este número. E foi justamente com ele, Romário, que Diego Tardelli esteve na noite do último domingo, em uma churrascaria. E no encontro informal, entre passado e presente, o atual dono da camisa 11 disse que a devolveria com orgulho ao seu, ídolo Baixinho.

Apesar do entusiasmo do novo herói rubro-negro, as conversas entre Flamengo e Romário sobre um possível encerramento da carreira do artilheiro com a camisa rubro-negra continuam paradas.

“Não houve nenhuma novidade. Pode ser que eu retome esse assunto amanhã (hoje), ou espere o retorno do Márcio Braga, que está na Europa. Temos de nos concentrar nesse jogo contra o Cienciano pela Libertadores da América, que é de grande importância. Há tempo para resolver esse outro tema. Na verdade, as conversas aconteceram de maneira superficial, até agora. Até por uma questão de ética, já que o Romário ainda tem contrato com o Vasco. Ainda não finalizamos a questão. Se for desejo dele encerrar a carreira aqui, será espetacular”, disse o vice de futebol do Flamengo, Kléber Leite.

Romário, que tem contrato com o Vasco até 30 de março, esteve em São Januário na semana passada para uma conversa com o presidente Eurico Miranda, mas eles não chegaram a um acordo sobre uma despedida dos gramados com a camisa cruzmaltina. Os dois se desentenderam no começo do mês, quando o Baixinho ocupava o cargo de técnico da equipe.

Sonhar não custa nada

Herói da Taça GB, Diego Tardelli revela que a caminho do Maracanã previu que faria o gol do título

Diego Marrul e Thiago Bokel

Fotos de Wallace Teixeira

Tardelli ainda vive o dia de ídolo e curte o reconhecimento que não teve em São Paulo

Fotos, autógrafos e muitas entrevistas. No dia seguinte à final da Taça Guanabara, Diego Tardelli sentiu na pele o que é ser o novo herói da maior torcida do País. Na Lagoa Rodrigo de Freitas, em frente à sede do Flamengo, o autor do gol que decidiu o clássico de domingo falou sobre o momento glorioso e seu amadurecimento profissional, sem esquecer de projetar um futuro de sucesso na Gávea.

Bem-humorado, logo que chegou ao local da coletiva, perguntou sorridente:

“Não vou ter que remar não, né?”, fazendo alusão à imagem capturada na semana passada com as principais figuras do Flamengo na vitória sobre o Vasco, os zagueiros Fábio Luciano e Ronaldo Angelim, que posaram em um barco da equipe náutica rubro-negra.

Brincadeiras à parte, o atacante falou da importância de sua primeira conquista pelo clube.

“O gol que marquei na final e, sobretudo, o título, foram importantes, principalmente pela grandeza do Flamengo. Não é um título de grande expressão, mas é sempre bom poder levantar uma taça”, disse, orgulhoso.

Esbanjando sorrisos, Tardelli deixou transparecer a alegria com a boa fase em expressões que condizeram com suas palavras.

Assim, aproveitou para comparar o momento atual com sua passagem pelo São Paulo, onde começou profissionalmente.

“Lá, não fui muito valorizado. Tive problemas quando era mais novo e não reconheceram minha mudança de postura. Em um mês no Flamengo, já fizeram isso. Tenho mais espaço, seqüência de jogos, e não duvidam do meu temperamento. Tanto que já fiz cinco partidas, sendo quatro como titular. Espero estar começando uma história de sucesso aqui”, declarou o jogador, hoje com 22 anos.

Premonição

Além de finalizar com perfeição na jogada que definiu a vitória sobre o Botafogo, Tardelli parece ter um outro dom: o da premonição.

“Sonhei no caminho para o estádio que entraria para fazer o gol do título. Estava torcendo para entrar quando o jogo estivesse empatado e, como sou um jogador de estrela, esperava desequilibrar”, comentou o iluminado atacante rubro-negro.

Sergio Du Bocage

Exagero

Sergio Du Bocage bocage@jsports.com.br

Semana passada durante um estudo bíblico, lá na Igreja Presbiteriana do Riachuelo, o pastor Manoel Marins deixou bem claro que “não existe pecadinho ou pecadão. Pecado é pecado e ponto final”. Este comentário me veio à mente, domingo passado, na final da Taça GB. Ele se aplica à jogada em que Fábio Luciano foi agarrado na área e quase teve a camisa arrancada. Não existe “penaltizinho” ou “penaltizão”: é pênalti e ponto final.

O que aconteceu na decisão ocorre em muitos outros jogos. Quem não lembra de Júnior Baiano, num Brasil x Noruega, em 1998, fazendo um pênalti não muito claro para todos? Foi um puxão de camisa muito discreto, mas percebido pelo juiz. No domingo, o empurra-empurra tradicional aconteceu a todo instante, mas a camisa quase arrancada, sem dúvida, deve ter superado a boa-vontade do árbitro. Na Copa, todos deram razão ao árbitro? Por que não agora?

E quem não sabe que a maioria dos árbitros costuma compensar uma expulsão? Se o Marcelo de Lima Henrique tivesse expulsado o Castillo, em vez do Zé Carlos, a reclamação nem seria tanta. Já o Lúcio Flávio poderia ter ido até o fim do jogo, como muitos outros jogadores, apenas com um amarelo, mas não há dúvida de que ele foi imprudente.

É fácil jogar a culpa no árbitro. O Vasco fez isto contra o mesmo Botafogo, na primeira fase, quando perdeu por 3 a 2. O Atlético Mineiro também, num jogo decisivo pela Copa do Brasil ano passado. Indo bem mais ao passado, o Santos, na final do Campeonato Brasileiro; o Flamengo, na decisão de 89. Será, mesmo, que o Botafogo é tão perseguido assim?

Marcelo de Lima Henrique teria prejudicado o Vasco, ano passado, contra o Flamengo, mas também teria ajudado, em 2004, contra o Bangu. Aliás, foi ele quem marcou o pênalti convertido pelo goleiro Tiago, contra o Mesquita. O árbitro teve uma atuação normal, dentro dos atuais parâmetros da nossa arbitragem. O pênalti existiu e a expulsão do Lúcio Flávio foi merecida. O cartão amarelo tomado, durante uma discussão, não deve ser motivo para tantos protestos. Curioso é que a falta do Ferrero sobre o Cristian nem foi comentada.

Que me desculpem os alvinegros: protestar ou reclamar é permitido, mas está havendo exagero, e não é de hoje, quando o time sai derrotado de campo.

O DIA

'Ainda quero levar a Taça Rio'

Joel está com problema na coluna, mas nada que o impeça de levantar troféus

Marluci Martins

Rio - Quando o treino acabou, havia 18 ligações não-atendidas no celular de Joel Santana. O telefone continuou a tocar insistentemente, mas foram poucos os felizardos que conseguiram ouvir a voz do técnico campeão da Taça Guanabara. Normalmente solícito, ele nem deu entrevista ontem, na Gávea.

“As pessoas têm que entender que fiquei concentrado desde sexta-feira. E que nesta quarta tenho outro pepino”, disse Joel ao ‘Ataque’, já preocupado com o Cienciano, adversário de amanhã à noite, no Maracanã, pela Copa Libertadores.

Foi por causa desse jogo que o treinador proibiu excessos na comemoração pela conquista da Taça Guanabara. Ele mesmo deu o exemplo: depois da vitória sobre o Botafogo, jantou com a família e foi cedo para casa, a fim de assistir ao Oscar, “uma droga, por sinal”.

“Dormi com o prazer da vitória e estou feliz, pois vamos levar 60 mil pessoas ao Maracanã para nosso jogo da Libertadores. A vitória é uma obrigação”, destacou Joel, certo de que, vencendo amanhã, poderá arrancar um empate com o Nacional, dia 5, em Montevidéu, e decidir em casa a classificação à próxima fase do torneio.

E quem disse que os planos de Joel se esgotam aí? Ele ainda não decidiu se vai priorizar a Copa Libertadores, poupando o time no Campeonato Estadual:

“Eu vou decidir isso com a comissão técnica, na quinta-feira. Mas vou logo adiantando que quero ganhar a Taça Rio também”.\ Joel Santana quer levantar mais um troféu, ainda que sua coluna esteja pedindo socorro ultimamente. Mesmo com fortes dores, ele não vai levar em conta o conselho dos médicos para que não carregue peso.\

“Estou com um problema na coluna e, como minha bolsa está sempre muito pesada, tenho usado uma mala com rodinhas para trabalhar”, confidenciou, sempre pedindo a ajuda dos amigos.

O peso da fama também tem lá sua dor. Ontem, Joel quase se atrasou porque teve de ir ao Centro fazer um depósito para a filha, que cursa mestrado na França.

“Um camelô me reconheceu na Praça Tiradentes e gritou meu nome. Entrei no carro correndo. E vocês, repórteres, não param de me ligar. Será que vai ser preciso eu morrer para abrirem meu coração e verem que enfartei?”, reclamou o campeão, dando uma risada.

Fla já pensa na Libertadores

Rio - O Flamengo não comemorou com festa a conquista da Taça Guanabara 2008. Tudo por causa da difícil partida que terá contra o Cienciano, do Peru, quarta-feira, no Maracanã, válida pela Libertadores. O vice-presidente do clube, Kleber Leite, declarou o motivo da concentração para o novo confronto.

"Hoje, o único título que podemos comemorar é o Brasileiro. Esse jogo é complicado, nossa situação na tabela é complicada, todo cuidado é pouco. O grupo entendeu e todos estão focados para quarta-feira. É fundamental a presença do torcedor no estádio na quarta", explicou.

Para o dirigente, o Fla precisa fazer uma boa campanha na primeira fase, já que ela é diretamente ligada à fase eliminatória.

"Vamos com toda a seriedade e respeito ao adversário para esta partida. Mas precisamos da vitória, para acumularmos pontos e termos alguma vantagem na próxima fase", finalizou.

O volante Cristian entendeu o recado do vice de futebol e também já está com a cabeça no jogo de quarta-feira, contra o Cienciano-PER, no Maracanã.

“A comemoração da conquista da Taça Guanabara acabou ontem (domingo). Precisamos estar focados no jogo de quarta-feira para conquistarmos a primeira vitória na Libertadores”.

O jogador espera o apoio de um importante aliado para vencer o Cienciano-PER, no Maracanã.

”A torcida do Flamengo vem fazendo a diferença desde o ano passado. Será importante lotar o Maracanã novamente para impressionar os peruanos. Jogar contra aquela massa rubro-negra é muito difícil”.

Cristian ainda tem marcas da final contra o Botafogo

Rio - O volante Cristian, que recuperou a condição de titular na final contra o Botafogo, oscilava entre dor e solidariedade nesta segunda-feira na Gávea.

Com a canela direita roxa por conta de uma entrada do zagueiro alvinegro Ferrero, no fim do jogo, o jogador guardou a camisa da partida para entregar ao amigo Felipe, conhecido como Lambari, que está internado em Bauru, com câncer:

“É uma história comovente”, resumiu o jogador.

A camisa do Baixinho para o herói

Com gostinho de campeão na boca, Diego Tardelli encontra Romário e ganha os parabéns

Janir Júnior

Rio - Entre maminhas e picanhas, Diego Tardelli também saboreou o gosto de ser herói de uma conquista do Flamengo e vestir a camisa 11 que um dia foi de Romário. Na noite de domingo, sempre muito festejado pelos torcedores, o atacante foi jantar numa churrascaria da Barra da Tijuca, encontrou o Baixinho, recebeu os parabéns e retribuiu: “A sua camisa 11 me deu sorte”.

Ontem, dia seguinte à conquista, além de confessar que é fã de Romário, Tardelli percebeu a dimensão que é jogar no Flamengo. Os oito minutos em que ficou em campo se transformaram em horas de exaltação. “A grandeza do Flamengo impressiona, a torcida arrepia. Quero fazer meu nome com o ‘manto sagrado’ para ser lembrado daqui a 15 anos”, destacou o jogador.

Em 2003, atuando pelo São Paulo, o atacante fez de bicicleta seu primeiro gol como profissional, no Maracanã, diante do Fluminense. Depois, apesar de ter conquistado a Libertadores pelo Tricolor paulista, o jogador enfrentou alguns problemas de indisciplina e se indispôs com a diretoria. “Comecei uma nova vida no Flamengo. Estou mais tranqüilo e seguro”, garantiu.

ENTRE OS RESERVAS

Aclamado pelas ruas do Rio, Tardelli também viveu situação inusitada. No treino de ontem à tarde, na Gávea, a camisa 11 foi trocada pelo colete amarelo do time reserva que perdeu o jogo-treino para o Bonsucesso por 2 a 0.

Agora, Tardelli sonha disputar a Olimpíada. Aos 22 anos, o jogador que virou herói em apenas oito minutos ao fazer o gol do título aos 46 do segundo tempo ouviu de torcedores trocadilho com seu nome que pode resumir sua vida e momento: “Eles brincaram, falando antes Tardelli do que nunca”.

Tardelli: 'Valeu a pena ter vindo para o Flamengo'

Rio - Diego Tardelli, autor do gol da virada e do título da Taça Gunabara do Flamengo, neste domingo, contra o Botafogo, já percebeu que, no clube de maior torcida do país, ídolos podem nascer da noite para o dia. O jogador revelou que não se sentia valorizado no São Paulo, clube onde começou no futebol e ficou por sete anos, mas que, agora, sente-se bem no Flamengo e já vê o Maracanã como sua casa.

O atacante festejou o carinho demonstrado pelos torcedores:

"Estou feliz pelo reconhecimento. Por onde passo na rua todos me parabenizam. Tenho certeza de que valeu a pena vir para o Flamengo ", afirmou.

Segundo o jovem atacante de 22 anos, o São Paulo não o valorizou da forma como merecia, o que só o faz já se sentir melhor na nova casa:

"Não tive a valorização necessária no São Paulo. Fiquei no clube por sete anos e esperava ser mais valorizado. É claro que tive os meus problemas quando tinha 16 e 17 anos, mas o Flamengo está me valorizando e muito neste um mês e pouco", revelou.

Tardelli afirmou que, apesar de estar muito feliz com a conquista da Taça Guanabara, na qual foi o herói do jogo, o que realmente almeja é ser campeão da Libertadores pelo Flamengo:

"É claro que não é um título de grande expressão, mas é bom conquistar taças e espero levantar mais, como a Libertadores que já tive a oportunidade de ganhar", disse o atacante, que foi campeão em 2005, pelo São Paulo.

O carrasco dos botafoguenses também comentou a reação dos rivais que choraram após a derrota e reclamaram muito arbitragem:

"Com 22 anos já vi muita coisa na vida, mas assim nunca vi. Nada fará meu gol ou título voltar, então, bola para frente.", finalizou, com a mesma frieza que colocou a bola do gol do título.

Ibson: 'sem a torcida, não seríamos nada'

Rio - Um dia após o título da Taça Guanabara, o meio-campista Íbson declarou seu amor à torcida da equipe rubro-negra, nesta segunda-feira. Em entrevista ao Terra Esportes TV, o atleta disse que os torcedores são a peça fundamental para o time crescer em momentos decisivos, como na vitória sobre o Botafogo, ontem.

"A torcida faz a diferença. Ela é maravilhosa, empurra o Flamengo. Sem a torcida, nós jogadores não seríamos nada. Ficamos muito feliz e muito gratos por tudo que ela tem feito para gente", afirmou o meia.

De acordo com Íbson, os jogadores do Flamengo nem tiveram muito tempo para comemorar o título, já que na quarta-feira o time enfrentará o Cienciano, pela Copa Libertadores.

"Esse título foi importante, porque nos colocou automaticamente na final do Carioca. Mas não deu para comemorar muito, porque temos um jogo importante da Copa Libertadores na quarta-feira, aqui no Maracanã".

O jogador comentou a euforia de Diego Tardelli após a conquista do título. O atacante foi o herói da conquista da Taça Guanabara ao marcar o gol da vitória, nos acréscimos do duelo contra o Botafogo.

"Ele está maravilhado com essa torcida, não tem como estar. Está alegre, muito feliz. O Tardelli começa a dar a volta por cima. Ele veio de uma contusão e aos poucos está pegando o ritmo de jogo novamente. É um jogador de muita qualidade e importante para nós. Espero que ele continue nos dando muita alegria".

GAZETA ESPORTIVA

No Fla, titulares relaxam e reservas disputam jogo-treino\ Gazeta Press\

Rio de Janeiro (RJ) - O Flamengo manteve a rotina de trabalho mesmo após conquistar a Taça Guanabara. Nesta segunda-feira à tarde, os jogadores titulares se reapresentaram e realizaram um trabalho de relaxamento na academia do clube, assim como o meia Kléberson e o atacante Obina, que disputaram os 45 minutos finais da decisão contra o Botafogo.\ No clima festivo da Gávea, Kléberson ainda comemorava o primeiro título conquistado com a camisa do Flamengo. 'Depois de tanto tempo sem atuar, devido a minha suspensão, conquistar um título com camisa do Flamengo em um Maracanã lotado foi algo diferente na minha vida. Quando cheguei ao Clube, falei que o objetivo era conquistar títulos, e pude ter essa felicidade logo no início da temporada', comentou o jogador, campeão mundial com a Seleção Brasileira em 2002.\

Enquanto isso, o técnico Joel Santana observou os reservas em um jogo-treino contra o Friburguense. A equipe iniciou a partida com a seguinteformação: Diego, Luizinho, Leonardo, Rodrigo Arroz e Egídio; Gávilan, Jônatas e Léo Medeiros; Maxi, Diego Tardelli e Éder.

Torcedores do Cienciano criticam Márcio Braga

Cuzco (Peru) - A tentativa do presidente flamenguista Márcio Braga de evitar partidas da Copa Libertadores em altitudes elevadas irritou a torcida do Cienciano, que a princípio receberá os brasileiros no dia 9 de abril, em Cuzco, no Peru, cidade que fica a 3400 metros acima do nível do mar.\ “Essa atitude do poderoso Flamengo é apenas o temor de ser derrotado”, disse o chefe da torcida Fúria Vermelha, José Antonio Paucar. “Nunca foi registrada morte de jogador por causa da altitude. Sempre os clubes brasileiros querem favorecimento. Mas confiamos nos dirigentes do Cienciano e eles não vão permitir que o time atue fora de Cuzco na Libertadores”, completou.\

Márcio Braga viajou na última quinta-feira para Zurique, na Suíça, para se reunir com representantes da Fifa nesta semana para discutir o veto a estádios localizados a mais de 2750 metros de altitude. Outros representantes brasileiros na Libertadores, Fluminense, São Paulo, Santos e Cruzeiro apoiaram a causa rubro-negra.

Antes de se dirigir às alturas de Cuzco, o Flamengo receberá o Cienciano nesta quarta-feira no estádio do Maracanã, no Rio de Janeiro (RJ), com os adversários prometendo dificultar bastante a vida dos comandados de Joel Santana.

Campeão, Joel exalta postura dos jogadores do Flamengo\ Gazeta Press\

Rio de Janeiro (RJ) - As críticas que recebeu nos últimos tempos ainda não foram esquecidas pelo treinador do Flamengo, Joel Santana, que, depois de conquistar o título da Taça Guanabara neste domingo, fez questão de ressaltar o seu currículo.\ “Ouvi muitas coisas, como por exemplo, que eu estava ultrapassado, só porque enfrentei dois ou três anos difíceis. Mas sou um treinador de conquistas”, discursou Joel.\

Além de exaltar a própria carreira, Joel Santana também elogiou a postura de seus jogadores antes da decisão com o Botafogo, quando evitaram provocações ao adversário.

“Fomos melhores durante toda a primeira fase e fomos o time com o maior número de pontos. E por isso colocaram a gente com um favoritismo exagerado na final. Mas por incrível que pareça, os títulos que pareciam mais fáceis, foram os que eu perdi na carreira. Por isso conversei com meus jogadores e mantivemos a humildade durante toda a semana, até porque o Botafogo também tem um excelente time”, comentou Joel.

Na Taça Rio, o Flamengo só estreará no próximo domingo, ocasião em que enfrentará o Resende no Maracanã. Mas Joel Santana não tem pressa para definir o time que iniciará a campanha no segundo turno do Carioca.

“Temos um jogo muito importante na quarta e só vou pensar nisso (time da Taça Rio) a partir de quinta. Vamos mexer de acordo com o campeonato”, afirmou o comandante flamenguista. Os jogadores rubro-negros não escondem que esperam mesmo que Joel Santana preserve alguns titulares no segundo turno do Carioca.

“O Joel já vai poder descansar alguns jogadores para poupar para a Libertadores e isso traz uma tranquilidade. Isso faz com que a gente ganhe uma força a mais e tenho certeza que vamos classificar na Libertadores também”, disse o zagueiro Ronaldo Angelim. O defensor rubro-negro também aproveitou para ironizar as reclamações dos botafoguenses com a arbitragem da final da Taça Guanabara.

“Não sei por que esta choradeira toda. O pênalti existiu, as expulsões foram correta e os nossos gols foram legítimos. Acho que o juiz errou contra a gente, pois deveria ter expulso o zagueiro do Botafogo, que atingiu o Cristian”, disparou o defensor.

Joel só define equipe que joga na Libertadores nesta terça\ Gazeta Press\

Rio de Janeiro (RJ) - Campeão da Taça Guanabara, o Flamengo sabe que terá mais tranqüilidade para, nas próximas semanas, se concentrar na Copa Libertadores, onde estreou empatando com o Coronel Bolognesi-PER. Nesta quarta-feira, o Rubro-Negro tenta sua primeira vitória na competição, quando recebe o Cienciano, no Maracanã.\ O único treinamento com bola está marcado para esta terça-feira pela manhã, na Gávea, quando o técnico Joel Santana irá decidir se mexerá no time que iniciou o clássico com o Botafogo, no último domingo. O atacante Marcinho, que foi mal na decisão da Taça Guanabara, pode ceder seu lugar novamente a Diego Tardelli, herói da conquista rubro-negra no final de semana.\

“Aqui a gente é um grupo e todos torcem pelo sucesso do Flamengo. Vou continuar trabalhando, pois o Joel sempre fala que está observando todos. Sonho em me firmar no Flamengo e dar muito mais títulos para esta torcida”, afirmou Tardelli.

Quem garantiu que estará em campo é o volante Cristian, que sofreu uma forte pancada na perna durante a decisão da Taça GB. O jogador está seguro de que o problema não o impedirá de reforçar o meio-campo rubro-negro na Libertadores.

“Depois do jogo eu coloquei gelo no local da pancada e sei que posso jogar na quarta”, disse Cristian que, após alguns jogos na reserva, barrou Jônatas e voltou ao time titular. Independente da formação que levar a campo, Joel Santana sabe que seu time estará bem preparado dentro das quatro linhas.

“Meus jogadores já sabem o que fazer dentro de campo, às vezes não preciso nem falar. E, além disso, fizemos uma excelente pré-temporada, levamos o time para Teresópolis, e quem esteve lá pôde acompanhar o nosso trabalho. Falaram muito também quando perdemos para o Fluminense, mas naquele jogo já estávamos classificados e resolvemos poupar alguns jogadores. Tudo foi feito dentro de um planejamento”, exaltou o treinador rubro-negro.

PELÉNET

Ronaldo Angelim: "O título do Flamengo foi merecido"

Do UOL Esporte\ No Rio de Janeiro\

O Botafogo está reclamando até agora de Marcelo de Lima Henrique. Para os alvinegros, o árbitro foi o grande culpado pela perda do título da Taça Guanabara, primeiro turno do Campeonato Estadual. Porém, segundo Ronaldo Angelim, tudo foi muito tranqüilo. Aliás, o zagueiro do Flamengo enfatizou a conquista rubro-negra.

"As expulsões foram corretas. Os nossos gols foram legítimos. Prejudicado foi o Flamengo. O zagueiro do Botafogo (Ferrero) quase quebrou a perna do Cristian. O título do Flamengo foi merecido", salientou.

Apesar da conquista, a festa vai acabar nesta segunda-feira, quando o Flamengo volta suas atenções para a Copa Libertadores da América. Na quarta, o Rubro-Negro encara o Cienciano-PER, às 21h50, no Maracanã, pelo Grupo 4 da competição.

"Vai ser um jogo muito bom. Uma nova decisão e vamos tentar sair do estádio com os três pontos. A vitória será fundamental para a nossa classificação", destacou Ronaldo Angelim, em entrevista à Rádio Brasil.

Na estréia na competição, o Flamengo, atuando fora de casa, empatou com o Coronel Bolognesi-PER, em 0 a 0. Já o Cienciano, na altitude de Cuzco, derrotou o Nacional, do Uruguai, por 2 a 1.

Pela Taça Rio, segundo turno do Campeonato Estadual, o Flamengo encara o Resende, no domingo, às 18h10, no Maracanã. Para este compromisso, o técnico Joel Santana pode poupar alguns titulares.

Torcedores do Cienciano declaram guerra ao presidente do Fla

Do UOL Esporte\ No Rio de Janeiro\

Definitivamente o Flamengo vai encontrar problemas quando for encarar o Cienciano-PER, em Cuzco, dia 9 de abril, pelo Grupo 4 da Copa Libertadores da América. Isso porque, nesta segunda-feira, torcedores do time peruano declararam o presidente do Rubro-Negro, Márcio Braga, persona non grata.

A explicação para tanta revolta é simples. Na última quinta-feira, Márcio Braga viajou para a Suíça, sede da Fifa, onde vai se reunir com os representantes da entidade nesta quarta. Objetivo é evitar jogar em altitude superior a 2.750m. Cuzco fica cerca de 3.400m.

"Essa atitude do poderoso Flamengo é apenas o temor de ser derrotado. Nunca foi registrada morte de jogador por causa da altitude. Sempre os clubes brasileiros querem favorecimento. Mas confiamos nos dirigentes do Cienciano e eles não vão permitir que o time atue fora de Cuzco na Libertadores", reclamou o chefe da torcida Fúria Vermelha, José Antonio Paucar.

Além do Flamengo, Fluminense, São Paulo, Santos e Cruzeiro, outros representantes brasileiros nesta edição da Copa Libertadores da América também aderiram ao clube rubro-negro.

Na competição do ano passado, o Flamengo também enfrentou os problemas da altitude. O time foi até Potosí, na Bolívia, para enfrentar o Real Potosí, com 3.976m acima do nível do mar.

Nesta quarta-feira, às 21h50, no Maracanã, o Flamengo encara o próprio Cienciano. Na estréia, o Rubro-Negro, fora de casa, empatou com o Coronel Bolognesi-PER, em 0 a 0. Já o Cienciano, em Cuzco, superou o Nacional-URU, por 2 a 1.

Ibson diz que árbitro errou para Fla e Bota na final da Taça GB

Do UOL Esporte\ No Rio de Janeiro\

O Botafogo saiu de campo reclamando de Marcelo de Lima Henrique. Para os alvinegros, o árbitro prejudicou o time na final da Taça Guanabara, primeiro turno do Campeonato Estadual, contra o Flamengo. Mas, nesta segunda-feira, Ibson tratou logo de "baixar a bola" do adversário e saiu em defesa do Rubro-Negro.

Após marcar o pênalti a favor do Flamengo, convertido pelo próprio Ibson, aos 18 minutos da etapa final, houve confusão entre os jogadores na hora da reposição de bola, que resultou na expulsão do atacante rubro-negro Souza e do meia alvinegro Zé Carlos.

"Ele errou para os dois lados. Não vi o lance exatamente no momento do pênalti, mas na hora da discussão eu estava perto. O árbitro precisou tomar uma atitude e resolveu punir os dois, que estavam no meio da confusão. Se ele não tivesse feito nada, perderia o controle do jogo", opinou, em entrevista ao Arena Sportv.

Deixando a polêmica de lado, Ibson mostrou-se solidário com a revolta dos adversários da final do primeiro turno do Campeonato Estadual, mas disse que, em horas como essa, é necessário manter a calma.

"O Túlio estava muito sentido. Cheguei a vê-lo chorando dentro de campo e esse tipo de coisa me toca, me deixa chateado. Só que em 2004, perdemos a decisão da Copa do Brasil para o Santo André com o Maracanã lotado. É preciso estar preparado para isto", encerrou.

Herói do título, Diego Tardelli já projeta ser ídolo do Flamengo

Do UOL Esporte\ No Rio de Janeiro\

Diego Tardelli está no Flamengo há cerca de um mês. Porém, o atacante já sentiu o gosto de ser herói rubro-negro, ao marcar o gol do título da Taça Guanabara, primeiro turno do Campeonato Estadual, contra o Botafogo. E como tudo na Gávea ganha uma proporção maior, o jogador já se vê como ídolo do clube.

"Mudou minha vida com certeza. Vi o reconhecimento de todos nas ruas. Valeu a pena ter fechado contrato com o Flamengo. A ficha ainda não caiu, mas pretendo viver essa fase por muito tempo. Minha permanência tem tudo para dar certo", salientou, acrescentando.

"Fiz gols muito importantes em minha carreira. Este, certamente, está entre eles. Tenho o privilégio de jogar pelo Flamengo. Espero que minha estrela continue a brilhar", emendou.

Apesar do gol do título, Diego Tardelli ainda não está confirmado no Flamengo para o jogo desta quarta-feira, contra o Cienciano, do Peru, às 21h50, no Maracanã, pelo Grupo 4 da Copa Libertadores da América.

Diego Tardelli briga pela posição com Marcinho. A definição sairá após o treinamento desta terça-feira, pela manhã, na Gávea. Nesta segunda, o atacante, apenas com os reservas, participou do jogo-treino contra o Friburguense.

'Caçador de Marajá', Bujica ensina futebol a crianças no Acre

Ex-avante do Flamengo monta escolinha de futebol. Documentário no Maracanã conta saga de Bujica no clássico contra o Vasco, em 1989.

Bruno Thadeu, especial para o Pelé.Net

SANTOS - Marcelo Bujica trilhou carreira curta no profissional do Flamengo, mas seu nome se enraizou nos corações rubro-negros em 5 de novembro de 1989, quando o então coadjuvante marcou os dois gols na vitória sobre o Vasco, pelo Brasileirão, ofuscando Bebeto, chamado de "marajá" pelos flamenguistas por ter preferido a oferta milionária do time de São Januário.

Conhecido pela atuação diante o Vasco, Bujica festeja o segundo de seus dois gols...

... e aparece em foto com Zico durante a despedida de seu ídolo, no Maracanã\ A expressão "marajá" definia o indivíduo que pouco produzia, mas que detinha fortunas de forma ilícita, alvo principal da campanha de Fernando Collor em 1989.\

"O Bebeto era o xodó do Flamengo, mas acabou indo para o Vasco em uma transação que revoltou os flamenguistas. Era sua estréia contra o Flamengo. Por isso aquele clássico ganhou uma conotação especial. Nós ganhamos, fiz os dois gols e virei o 'Caçador de Marajá'", relembra o ex-atleta em entrevista ao Pelé.Net.

Atualmente Bujica ensina futebol para crianças e adolescentes em Rio Branco, Acre, embora ainda saboreie o apelido de "Caçador de Marajá". Distante do Rio de Janeiro, Bujica decidiu se fixar no Acre após anos de mudanças.

O ex-atacante montou a "Escolinha Bujica de Futebol", que atende jovens de 6 a 14 anos, e ingressou no curso de Educação Física. Futuramente, Bujica não descarta trabalhar como treinador de futebol.

"Montei a escolinha aqui em Rio Branco e estou fazendo Educação Física. São coisas que eu sempre quis após terminar a carreira. Estou longe do Rio, dos amigos de Flamengo, mas feliz aqui no Acre", conta.

Mesmo tendo sido um atacante regular naquele Flamengo de Zico, Júnior, Leonardo, entre outros, Bujica acabou virando "cult" na Gávea.

Em homenagem ao ex-jogador, um documentário sobre a saga de Bujica no clássico disputado em 1989 deverá ser exibido no telão do Maracanã, na estréia do Flamengo no estádio pela Libertadores-08, contra o Cienciano, dia 27 de fevereiro.

"Tudo o que aconteceu depois na minha carreira não precisava ter acontecido. Aquele clássico para mim já foi o suficiente", conta orgulhoso.

A decisão de encerrar a carreira ocorreu em 2004, no Estrela do Norte, do Espírito Santo. Cigano da bola, Bujica atuou em quase 20 clubes. Sem esconder sua paixão pelo Flamengo, o ex-atleta conta que teve alegrias ao longo da carreira, mas admite que o baque após sua saída do time da Gávea jamais se apagou. Ele teve passagens pela Bolívia, Grécia, Peru, Portugal e Equador.

"Fui vendido ao Botafogo porque o Flamengo precisava de dinheiro. Rodei por vários clubes, ganhei títulos, mas eu sempre senti a falta do Flamengo, pois foi lá que eu comecei, com 14 anos. Acabei jogando fora do país, experiências que acabaram acrescentando bastante na minha vida".

GLOBOESPORTE

Torcedores do Fla levam bandeira a Ronaldo

Dupla de rubro-negros irá a Paris nesta semana para homenagear o Fenômeno

Eduardo Peixoto

Bandeira que torcedores do Flamengo fizeram em homenagem a Ronaldo

Ronaldo receberá uma visita especial nesta semana. Em Paris recuperando-se da operação que fez no joelho esquerdo, o atacante ganhará uma bandeira rubro-negra feita por torcedores do Flamengo com sua caricatura e a inscrição "Amor eterno".

A idéia da homenagem surgiu assim que o jogador se machucou e ficou pronta na última semana. No domingo, antes da final contra o Botafogo, José Carlos Peruano e Ramon Castro entraram em campo com a bandeira. Eles embarcam para a capital francesa na próxima quinta-feira e no dia seguinte devem ir até a casa do jogador.

Ronaldo já declarou inúmeras vezes que é torcedor do Flamengo e esteve perto de acertar com o clube no início deste ano. Em entrevista coletiva na semana passada, o Fenômeno reiterou que sonha encerrar a carreira no time do coração.

- A prioridade número 1 é o Ronaldo recuperar sua saúde e voltar a ter ânimo para jogar futebol - diz o vice de futebol do Flamengo, Kléber Leite.

Em viagem à Europa, o presidente do Rubro-Negro, Marcio Braga, também planeja uma visita ao atacante, cuja previsão de retorno aos gramados é de nove meses.

Kléber Leite acha que Bota aprendeu lição

Dirigente do Fla aprova permanência de Bebeto, mas diz que alvinegros se excederam

Kléber Leite não gostaria que Bebeto deixasse o Botafogo

A cena de choro coletivo no vestiário, com direito à renúncia provisória do presidente Bebeto de Freitas, serviu como lição ao Botafogo. Pelo menos esta é a opinião do vice-presidente de futebol do Flamengo, Kléber Leite.

Comedido nas declarações e sem desrespeitar o rival, o dirigente afirmou que os alvinegros agiram sob forte emoção e se precipitaram depois da final da Taça Guanabara, no último domingo.

- Conforme a gente vai amadurecendo, aprende algumas coisas. Não dá para chegar no vestiário e falar as coisas sem checar. Tem que olhar na televisão. Do estádio, a impressão é diferente. O zagueiro deles (Ferrer) foi estabanado no pênalti. Mas, no Maracanã, eu não tinha visto. Mas o Botafogo pegará este episódio como lição - declara Kléber.

A proclamada renúncia de Bebeto de Freitas transformou-se em uma licença por nove dias. No Flamengo, a informação foi muito bem recebida.

- Essa é a melhor notícia. Seria uma perda enorme para o futebol se ele saísse - diz o vice de futebol rubro-negro.

Conmebol mantém jogos na altitude

Entidade rejeita pedido de brasileiros contra partidas em cidades a mais de 2.750m

O Globo\ O Fluminense enfrentou a LDU em Quito e conseguiu um empate sem gols\ A Confederação Sul-Americana de Futebol rejeitou nesta segunda-feira o pedido feito por clubes brasileiros para não disputar partidas válidas pela Taça Libertadores em cidades com altitude elevada.\

Comunicado do Comitê Executivo da Conmebol, divulgado pela Federação Boliviana de Futebol, afirma que a decisão foi tomada "com base em estatísticas que mostram não haver ocorrido qualquer registro fatal" em jogos disputados nessas regiões. A Conmebol afirma que a programação de jogos da competição está mantida, "sem exceção".

A entidade argumenta também que a Fifa definiu que "em relação a torneios disputados por clubes regionais" cabe à Confederação correspondente determinar sobre a realização de partidas em localidades com altitude elevada.

Representantes dos cinco clubes brasileiros que disputam a Taça Libertadores 2008 (Cruzeiro, Flamengo, Fluminense, São Paulo e Santos) enviaram uma carta em 18 de fevereiro à Conmebol pedindo para que não fossem obrigados a atuar em cidades como Potosí e Oruro (Bolívia), Cuzco (Peru) e Quito (Equador), todos situadas a mais de 2.750m acima do nível do mar.

Os clubes brasileiros vão recorrer agora à Fifa. O presidente do Flamengo, Márcio Braga, está na Suíça e pretende solicitar ao presidente da entidade, Joseph Blatter, para que não sejam permitidos jogos internacionais em localidades situadas a mais de 2.750m.

Os jogos dos brasileiros na altitude (primeira fase da Libertadores)

20/2 - LDU 0 x 0 Fluminense - Quito (Equador)\ 19/3 - San Jose x Santos - Oruro (Bolívia)\ 9/4 - Cienciano x Flamengo - Cuzco (Peru)\ 16/4 - Real Potosí x Cruzeiro - (Bolívia)\

Imperador é padrinho de Tardelli no Rio

São-paulino Adriano indica amigos e liga para o flamenguista para ajudá-lo na nova fase

Eduardo Peixoto

Luizinho (e)e Jack (d) são os parceiros de Adriano emprestados a Tardelli

Jack e Luizinho são parceiros e seguranças de Adriano. Mas estão emprestados a Diego Tardelli. Desde que soube que o colega trocaria o São Paulo pelo Flamengo, o Imperador, carioca e rubro-negro, resolveu ajudá-lo. Ligou para os amigos e fez um pedido:

- Ele falou para a gente tomar conta do Tardelli porque o moleque não conhece nada daqui - diz Jack, de fala mansa e porte físico intimidador.

Os dois jogadores conversam freqüentemente via radiotransmissor. Depois do gol que Tardelli fez contra o Botafogo não foi diferente. Torcedor fanático do Fla, Adriano parabenizou o amigo.

- Nos falamos e o Adriano comentou: "Viu a torcida? Aquilo lá é brincadeira!" - diz o atacante do Flamengo.

Seguranças sem trabalho

Luizinho, o outro amigo-segurança, apressa-se a mudar a fama de boêmio de Tardelli. Garante que o atacante é sossegado e passa a maior parte do tempo em casa, na Barra da Tijuca, ao lado da esposa e da filha pequena.

- O moleque é tranqüilão. Falaram muito dele, de noitada, mas não tem nada disso.

Os dois estão sempre ao lado do herói do título do Flamengo na Taça Guanabara. Ensinam os caminhos da cidade, atendem às ligações por ele, orientam e, claro, o protegem. Mas o início positivo, com gol em final, facilitou o trabalho.

- Ah, depois de domingo ficou fácil. Pior seria se ele tivesse perdido um pênalti - brinca Jack, que vive na ponte-aérea entre Rio e São Paulo para ajudar Adriano na capital paulista.

Há cerca de 40 dias no Rio, Diego Tardelli tem certeza que fez a escolha certa ao trocar de ares. O próximo passo é conseguir uma vaga na seleção olímpica que vai a Pequim.

- Em um mês de Flamengo fui mais reconhecido do que em sete anos de São Paulo. Não vou esquecer nunca o que passei no Maracanã no domingo - diz.

Fifa destaca o 'créu' do Fla

Entidade máxima do futebol aborda o título rubro-negro na Taça GB

Site da Fifa mostra os detalhes da festa do Flamengo e destaca o 'créu'

A festa do Flamengo pela conquista da Taça Guanabara ganhou destaque no site da Fifa. Além de várias fotos, a comemoração rubro-negra no ritmo do 'Créu' chamou a atenção. A entidade máxima do futebol diz que depois da dramática vitória sobre o Botafogo, por 2 a 1, no Maracanã lotado, os jogadores do Fla dançaram o funk que marcou as semifinais da competição.

O texto também chama a atenção para o papel do atacante Diego Tardelli no jogo. O ex-jogador do São Paulo e do PSV da Holanda entrou aos 38 minutos do segundo tempo e fez o gol que deu o título ao Rubro-Negro pela 18ª vez. A Fifa reproduz as palavras de Tardelli após a partida.

- Primeiramente, esse filme... Aliás, essa ficha vai demorar a cair. Entrei em um momento difícil da partida, com um jogador expulso de cada lado. Agradeço a Deus pela tranqüilidade e pelo equilíbrio que eu tive para finalizar e marcar de virada. Tive muita frieza. A bola tinha de fazer aquela curva e entrar exatamente ali - afirma.

A entrevista do atacante Souza também é citada pela Fifa.

- Nós queremos dançar o 'créu' com nossos torcedores. É um momento especial para todos - diz.

A entidade informa que a diretoria do Flamengo decidiu não marcar nenhuma festa oficial para comemorar o título da Taça Guanabara, já que a equipe vai atuar na próxima quarta-feira, contra o Cienciano, no Maracanã, pela Taça Libertadores.

Sul-Americana: Fla massacra bolivianos

Equipe carioca estréia na competição com placar elástico contra o Millonarios de Tarija

O Flamengo confirmou o favoritismo e garantiu um placar elástico em sua estréia na Liga Sul-Americana. A equipe de Marcelinho derrotou o Millonarios de Tarija, da Bolívia, por 121 a 41.

Com o resultado, o time ganhou confiança para a pedreira desta terça-feira. O time terá pela frente o Libertad Sunchales, da Argentina, atual campeão da competição. A partida será disputada às 18h (horário de Brasília).

O Flamengo está no Grupo B da Sul-Americana, ao lado de Libertad Sunchales (ARG), Trouville (URU) e Millionarios de Tarija (BOL). Os dois melhores de cada um do três grupos se classificam às quartas-de-final, assim como os dois melhores terceiros colocados.

Fla troca uma decisão por outra

Clube esquece título da Taça Guanabara e se prepara para enfrentar Cienciano

Eduardo Peixoto

Kléber Leite garantiu que o lema é vencer ou vencer no duelo com o Cienciano

O Flamengo foi campeão da Taça Guanabara no domingo. Mas nem parecia. Os jogadores se reapresentaram na tarde desta segunda-feira, na Gávea, longe de qualquer clima de festejo.

Enquanto os reservas disputaram um jogo-treino contra o Friburguense, os titulares projetavam o jogo da próxima quarta-feira, contra o Cienciano. Depois de empatar na estréia da Taça Libertadores, fora de casa, o Rubro-Negro encara a partida no Maracanã como decisão.

Aliás, mais uma. Tanto assim que assuntos paralelos - como Romário, por exemplo - serão novamente colocados na gaveta. De curioso mesmo, apenas a cadela Sasha, o poodle do vice-presidente de futebol do clube, Kléber Leite, que assistiu ao treino no gramado.

- Só o Campeonato Brasileiro há tempo para comemorar. Temos um jogo complicado na quarta e o lema é vencer ou vencer. Vamos entrar para atropelar - diz Kléber.

Os jogadores bem que gostariam de um tempo a mais para festejar. A realidade, todavia, é outra. Eles treinam na manhã de terça e logo depois seguem para a concentração. O elenco sabe pouca coisa sobre o Cienciano, mas o volante Ibson tem idéia de como será a partida.

- Vai ser um joguinho chato. O árbitro não vai marcar qualquer falta. Mas temos a obrigação de vencer os jogos dentro de casa - diz.

O Flamengo está na terceira posição do Grupo 4, com um ponto. Mas, se triunfar na quarta, o time pula para a liderança, com quatro. Nacional-URU e Cienciano-PER têm três, enquanto o Coronel Bolognesi está com um ponto na tabela de classificação.

LANCE

Pesquisa aponta: Flamengo tem a maior torcida do mundo

Segundo levantamento, Rubro-Negro possui mais de 32milhões de torcedores.\ Corinthians está em quarto, com 23\

Rodrigo Benchimol RIO DE JANEIRO

Circula na Internet uma pesquisa sobre as maiores torcidas de futebol do mundo. O Flamengo está em primeiro lugar no ranking que inclui países da América do Sul e Central, Europa e Ásia.

Em cada país, um importante centro de pesquisa forneceu os dados. No Brasil, foi a Datafolha. Os dados obtidos (quase todos de 2007) também mostram o cálculo de quanto representa cada torcida dentro de seu país, de acordo com as projeções populacionais do US Census Bureau para 2008.

Somente as três primeiras torcidas de cada um entraram na pesquisa. E o Flamengo apareceu em primeiro lugar geral, com 32,6 milhões de pessoas, o que representa cerca de 17% da população brasileira. As surpresas são o segundo e terceiro lugares, postos ocupados por dois clubes mexicanos.

O Chivas, de Guadalajara, tem 30,8 milhões de torcedores – o que representa 28% da população do México, cuja pesquisa foi feita pelo Grupo Reforma. Em terceiro, está o América, da Cidade do México, com 26,4 milhões e 24% da população.

Na quarta posição está novamente um clube brasileiro. Trata-se do Corinthians, com 23 milhões de torcedores (algo em torno de 13% do Brasil). O outro clube nacional mencionado na pesquisa é o São Paulo, que aparece na sétima posição, com 15,3 milhões de torcedores (8%).

Antes dele, em quinto lugar geral, aparece o Boca Juniors, da Argentina, com 16,4 milhões. Chama atenção que isto representa, segundo a Equis de Investigacion Social, 40,4% da população hermana.

A Juventus-ITA aparece na 6aco locação, com 16,3 milhões. O Milan está em oitavo, com 13,4 milhões. Em 9o empatados com 13,2 milhões, estão Cruz Azul e Pumas, do