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Clipp 27/abril

Noticiário do Flamengo na midiaHOJE É DIA DE DECISÃO

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O GLOBO

O primeiro reencontro

Flamengo e Botafogo começam hoje a reeditar a final do Estadual de 2007

Legenda da foto: CUCA ORIENTA Renan durante um treino do Botafogo: tradição de bons jogos contra o rival Flamengo

Legenda da foto: JOEL SANTANA: técnico em busca do título antes de se despedir do Flamengo e ir para a África do Sul

Carlos Eduardo Mansur e\ Rogério Daflon\

Pelo segundo ano consecutivo, Flamengo e Botafogo decidem o Campeonato Carioca. O primeiro duelo, hoje, às 16h, no Maracanã, diante de um público estimado em 68 mil pessoas, celebra o domínio recente dos dois times no futebol do Rio de Janeiro. Além do Estadual de 2007, rubro-negros e alvinegros disputaram a final da Taça Guanabara de 2008. Desde a decisão do ano passado, Flamengo e Botafogo viveram trajetórias semelhantes: oscilaram entre momentos de alegria e de crise profunda.

Encerrado o Estadual, o Flamengo foi eliminado da Libertadores e passou boa parte do primeiro turno do Campeonato Brasileiro na zona de rebaixamento. Enquanto isso, o Botafogo se refazia da derrota liderando a competição nacional e sendo aclamado como grande time do país naquele momento. Curiosamente, a incrível arrancada rubro-negra rumo ao terceiro lugar no Brasileiro coincidiu com a agonia do Botafogo. Eliminado de forma dramática na Copa Sul-Americana, viu escapar até mesmo a chance de ganhar uma vaga na Libertadores.

Em 2008, os rivais voltam a se encontrar. Juntos, vivem um início de ano capaz de despertar otimismo. O Flamengo vai bem na Libertadores. O Botafogo, segue firme na Copa do Brasil.

- Desde que cheguei e encontrei o time em penúltimo lugar, só tive alegria com este grupo. Um título não vem por causa da última semana. É um trabalho longo - diz Joel Santana, técnico rubro-negro, que deverá colocar em campo, como titulares, seis jogadores que estavam no clube na final de 2007.

- As trajetórias dos dois times têm algumas semelhanças, sim. E há um lado bom desta grande rivalidade: só dá jogaços - comenta Cuca, que terá quatro titulares que estavam no Botafogo em 2007.

O alvinegro jogará desfalcado de Castillo, Triguinho, Alessandro e Jorge Henrique. O rubro-negro não terá Renato Augusto.

Flamengo: Bruno, Leonardo Moura, Fábio Luciano, Ronaldo Angelim e Juan; Cristian, Ibson, Kleberson e Toró; Marcinho e Souza. Botafogo: Renan, Túlio Souza, Renato Silva, André Luís e Zé Carlos; Leandro Guerreiro, Túlio, Diguinho e Lúcio Flávio; Fábio e Wellington Paulista. Juiz: Gutemberg de Paula Fonseca.

TRANSMISSÃO: Rede Globo, Rádios Globo e CBN

A aventura do Urubu, símbolo rubro-negro

Em 1969, uma brincadeira de quatro amigos mexeu com a torcida do Fla

VICTOR E ROMILSON, à frente do Urubu: eles acreditam que o símbolo trouxe sorte ao Flamengo

EM 1969, Paulo Henrique corre atrás do urubu lançado no Maracanã: o Flamengo venceu o Botafogo

Gabriel Mascarenhas

Quatro jovens e uma bandeira do Flamengo. Uma idéia bizarra e um urubu. O que tinha tudo para dar errado acabou virando história. Os amigos Vitinho, Romildo, Erick e Luis Otávio foram buscar no lixão do Caju a ave que se transformou no mascote da maior torcida do país. Em 1º de junho de 1969, minutos antes de Flamengo e Botafogo entrarem em campo, o quarteto amarrou uma pequena bandeira preta e vermelha na perna do pássaro negro e o atirou no gramado do Maracanã. Naquele domingo, o rubro-negro venceu o Botafogo por 2 a 1, depois de quatro anos de jejum, e o urubu alçou vôo para cair no gosto da paixão rubro-negra.

- Nesse dia, o urubu matou o Popeye, que até então era o mascote, mas nunca teve identificação com a torcida do Flamengo - lembra Victor Ellery, hoje com 56 anos.

A brincadeira começou numa mesa de bar no Leme, onde os quatro moravam. O objetivo era dar uma resposta aos adversários, que chamavam os torcedores rubro-negros de urubus, em referência ao fato de a maior parte da torcida ser formada por negros. Mas, entre a idéia e o ato, houve tentativas frustradas e um par de bicadas.

- Queríamos fazer algo diferente, para dizer a botafoguenses e vascaínos, principalmente, que "essa torcida é negra, sim, com orgulho". E não havia data melhor. Era um dos primeiros jogos do Doval (atacante argentino que jogou também no Fluminense) e, na época, a gente era freguês do Botafogo - explica Victor.

Aventura com muitas bicadas

Um dia antes do clássico, os quatro foram em busca da ave no depósito de lixo do Caju. Com a ajuda de uma rede de pesca e de um funcionário - segundos eles, um rubro-negro empolgado com o plano dos rapazes- fisgaram o urubu. Convictos, garantem que, ao contrário do estigma que carrega, o urubu não cheira mal.

- Ele não fede. O único problema é o hálito. O bafo era terrível - recorda Romilson Meirelles, de 60 anos.

O bicho, contam os amigos, se debateu na caçamba da caminhonete até chegar ao Leme, desferindo bicadas em quem tentava contê-lo. A solução para se proteger dos golpes foi envolver a cabeça e o bico do pássaro em um recipiente acrílico.

Romilson ficou encarregado de abrigar o "mascote" até a hora do jogo e, sem alternativa, o prendeu num porão do prédio em que morava, com água e bife cru. Pediu para a mãe - tricolor, ele confessa - costurar um pequena bandeira preta e vermelha.

No dia do jogo, partiram rumo ao Maracanã os cinco: Vitinho, Romilson, Eric, Luis e o urubu. Sem a revista rigorosa dos dias atuais, o grupo subiu a rampa de acesso às arquibancadas do estádio com o pássaro escondido dentro de uma bandeira.

Minutos antes de os times entrarem em campo, eles amarraram a pequena bandeira na pata do bicho e o lançaram para cima. O urubu teria dado uma volta em torno da torcida do Flamengo e, caprichosamente, pousado no travessão da baliza onde o time faria seus dois gols.

- Quando o urubu pousou em campo, foi um alvoroço. A torcida do Flamengo inteira gritava "é urubu, é urubu" e funcionários do Maracanã tentavam capturá-lo. O jogo atrasou mais de dez minutos - descreve Romilson.

No dia seguinte à vitória sobre o antigo algoz e à consagração do urubu como mascote do Flamengo, os quatro torcedores deram entrevistas aos principais jornais - guardados em bom estado até hoje - e televisões da época, explicando os bastidores do plano que elevou o animal do lixo à condição de símbolo rubro-negro. A ave, que mal voou sobre o gramado do Maracanã, morreu dias depois. E na autópsia - sim, o caso repercutiu de tal maneira que foi feita uma autópsia - descobriu-se que era fêmea.

Em 1995, ano do centenário do Flamengo, Victor recebeu uma placa de condecoração como "cidadão rubro-negro", assinada por Kleber Leite, então presidente e hoje diretor de futebol do clube. Romilson diz não pleitear homenagem parecida.

- Gostaria de ter nossos nomes oficializados na história do clube, mas, mesmo que isso não ocorra, o privilégio de ter participado dessa história ninguém nos tira - afirma, com indisfarçável orgulho.

Um lateral que se prepara para as conquistas e para a vida

Ao mesmo tempo explosivo e dócil, Juan se afasta dos clichês do futebol

JUAN DURANTE um treino na Gávea: jeito quieto e gostos que o diferem dos padrões dos demais jogadores

Carlos Eduardo Mansur

Para compreender Juan, é preciso conviver com ele. Os gostos e o jeito quieto, mesmo quando está no meio dos companheiros de time, são traços que o diferem do perfil comum do jogador de futebol. Pode parecer mal-humorado, ainda mais aos olhos de quem observa seu jeito explosivo em jogos e treinos. Mas quem o cerca garante: o lateral, que se converteu em fundamental peça ofensiva do Flamengo para as finais do Estadual, esconde um temperamento dócil e até uma capacidade de liderança.

Quando se juntam, jogadores costumam formar um grupo barulhento. Mas é raro ouvir a voz de Juan. Já foi apelidado de "Saraiva" e, mais recentemente, o técnico Joel Santana passou a chamá-lo de "Marrentinho".

- É um apelido carinhoso. Juan não tem nada de marrento. Não é bagunceiro, nunca fica no departamento médico - elogia Joel.

Bilingüe, lateral gosta de viagens e novas culturas

Sempre quieto, Juan por vezes se transforma. Treina como se fosse jogo, tem rompantes que o fazem discutir com companheiros. Na última semana, em Teresópolis, irritado após atrito com Leonardo Moura, quase saiu de campo. Antes, na semifinal da Taça Rio, criticou tão duramente a arbitragem que será julgado pelo TJD.

- Juan é fechado, mas muito fácil de lidar. É um cara dócil - diz Leonardo Moura, o amigo que abrigou Juan em sua casa quando este retornou da Inglaterra, em 2004.

- Logo depois de explodir, ele pára, pensa e ri do que fez. Porque é uma pessoa boa, sem nenhum sentimento ruim. É muito fechado, mas capaz de liderar um movimento quando vê que alguém precisa de ajuda - afirma o psicólogo do Flamengo, Paulo Ribeiro.

O psicólogo, aliás, diz ver em Juan uma inteligência acima da média e, para os padrões dos jogadores, um olhar muito mais amplo sobre o mundo.

- Penso no futuro, mas enxergo uma interrogação. Gosto do mundo do futebol, mas quero viver a vida com minha família. Vou querer trabalhar, mas sem obrigações tão rígidas. Gostaria de manter bom padrão de vida, que me permitisse conhecer lugares, culturas - diz Juan.

Quando fala em padrão de vida, Juan parece se referir a qualidade de vida. Tem em mente mais do que dinheiro. Difere-se dos companheiros de profissão pela preocupação, inclusive, com planejamento familiar. Ele e a mulher, Renata, sonham com filhos. Mas não por ora.

- Somos jovens, ela está fazendo faculdade. Pensamos em aproveitar um pouco mais a vida - afirma Juan, antes de lançar uma reflexão sobre o senso comum criado em torno do jogador de futebol. - Temos fama de falar errado, porque muitos de nós viemos de famílias humildes. Dizem que ficamos ricos rapidamente e, então, só pensamos em mulher, em noite. Mas muitos jogadores têm consciência.

Juan se prepara mesmo para a vida. Aos 20 anos, foi parar no Arsenal, da Inglaterra. E aproveitou a experiência para se enriquecer.

- No começo, fui preocupado só em jogar futebol. Depois, vi que era um desperdício e passei a estudar inglês - conta Juan, que hoje tem fluência no idioma.

Filho de pai espanhol, Juan não disfarça o interesse por viagens, culturas. O gosto musical não se limita ao pagode, gênero hegemônico entre jogadores. Ele transita, ainda, entre a MPB, o hip hop, o pop e o rock. Costuma ouvir Caetano Veloso e Djavan. Recentemente, aplaudiu a peça "Os Produtores".

- Na folga, gosto de sair de casa. Mas não para noitadas. Gosto de ficar com minha família - explica o lateral, que revela suas peculiaridades até mesmo ao falar sobre o futuro no futebol. - Claro que gostaria de voltar à Europa. Mas não vejo mais como necessidade.

Hoje, o lateral dócil e explosivo estará diante do rival que vem protagonizando clássicos tensos com o Flamengo.

- É um jogo importante e decisivo contra nosso maior rival dos últimos anos. Temos que saber levar com tranqüilidade - disse Juan. - Os times se conhecem, é importante tentar criar algo novo.

Rubro-negro garante ponta no Nacional

BELO HORIZONTE. O Flamengo venceu com facilidade o Minas, ontem, na casa do adversário, por 84 a 71 (36 a 30 no primeiro tempo), e garantiu a primeira colocação da primeira fase do Campeonato Nacional masculino de basquete, com três jogos de antecipação. Com o resultado, o rubro-negro vai enfrentar o Vila Velha, oitavo colocado, na série melhor de cinco das quartas-de-final.

Essa foi a segunda vitória do Flamengo sobre o Minas nessa temporada. No jogo de ida, no Rio, o rubro-negro ganhara por 96 a 89. Ontem, o time carioca dominou a partida do início ao fim, explorando os erros do Minas, que se precipitou no ataque e não conseguiu fazer uma marcação eficiente.

- No primeiro tempo, os dois times jogaram muito abaixo do que poderiam. No segundo, conseguimos melhorar nossa defesa e o aproveitamento nos arremessos. Não foi um jogo bonito, mas conseguimos nosso objetivo - analisou o ala Marcelinho, que marcou 18 pontos na partida.

Também ontem, a Federação Internacional de Basquete (FIBA) anunciou a criação do Mundial de Clubes, que começará a ser disputado em 2009 com a presença dos oito melhores clubes de quatro continentes.

Bola ao alto para trazer de volta os bons tempos

Sucesso do Flamengo na Liga e no Nacional de Basquete desafia os outros grandes a investirem na modalidade

PARA O ALTO: jogadores do Flamengo festejam a vitória que igualou em 2 a 2 o confronto pelo título da Liga

Ary Cunha e Claudio Nogueira

O basquete do Flamengo tem três desafios pela frente. O mais imediato é buscar o título inédito da Liga Sul-Americana, quarta-feira, às 23h, contra o Regatas Corrientes, na Argentina. Depois disso, o líder isolado na primeira fase tentará levantar a taça também no Campeonato Nacional. A terceira missão, porém, não depende apenas de seus esforços: cabe ao rubro-negro, com o sucesso da equipe treinada por Paulo Chupeta, reerguer a modalidade no Rio e servir de exemplo para outros grandes voltarem a investir.

O sucesso do Flamengo não se deve apenas às mãos certeiras de Marcelinho & Cia. Por trás da eficiência em quadra, há uma política administrativa que garante os recursos. A ex-nadadora Patrícia Amorim, vice de esportes olímpicos, explica a divisão que custeia o futebol sem deixar outras modalidades desamparadas.

Flu se inspira no rival e planeja equipe forte

Na Gávea, 80% da arrecadação vão para futebol, 10% para a vice-presidência de remo, como manda o estatuto do clube, e os 10% restantes para outros esportes olímpicos, como basquete, ginástica, natação, pólo aquático, nado sincronizado, vôlei e judô.

- Priorizamos o basquete e a ginástica. Em média, investimos R$120 mil mensais - calcula Patrícia Amorim.

A dirigente recorda ter enxugado o quadro de funcionários em 20%, ao mesmo tempo em que investe nas instalações dos vários esportes:

- Não esperávamos tanto sucesso em tão pouco tempo. Nossa equipe de basquete não paga um jogador do futebol.

O ala-armador Marcelinho se preocupa com o futuro do basquete carioca.

- O basquete do Rio precisa de incentivo. Em 2001, os quatro grandes do Rio estavam entre os oito melhores do Nacional. Não basta boa vontade: é preciso incentivo - diz Marcelinho, que luta na Justiça para receber atrasados do Fluminense e do Botafogo.

A esperança de ressurgimento do basquete carioca pode ter as cores do Fluminense. Coordenador de esportes olímpicos, Renê Machado - que é pai dos rubro-negros Marcelinho e Duda - diz que o sucesso de público no Maracanãzinho na Liga despertou um canal de TV por assinatura, interessado em transmitir o Carioca, a partir de setembro:

- O Fluminense quer formar um time para disputar de igual para igual com o Flamengo. E que nossa torcida possa dividir o Maracanãzinho com eles.

Se no Fluminense há animação, no Vasco - campeão de duas Ligas Sul-Americanas, dois Sul-Americanos e dois Nacionais, entre 1998 e 2001 - há um clima de conformismo.

- Para formar equipe forte, só com patrocinador forte - diz o vice jurídico e de esportes de quadra, Paulo Reis.

Coordenador de esportes olímpicos do Botafogo, Jorge Barros admite que o clube não tem como montar uma equipe adulta de basquete. Ano passado, disputou o Nacional Feminino, mas com atletas da base e a custo baixíssimo:

- Bancar equipes adultas, hoje em dia, é muito caro. A gente investe na base.

Vice da Federação de Basquete (FBERJ), Fernando Lima diz que o Flamengo ganhou ritmo ao disputar o último Estadual contra Minas e Universo/Brasília, que representavam Fluminense e Vasco.

- Se o Flamengo for campeão da Liga e do Nacional, poderá atrair patrocinadores para o basquete - afirma.

O Flamengo tem a resposta para o declínio dos rivais.

- Falta vontade. A realidade nos obriga a escolher alguns esportes e a administrar com a cabeça e não como torcedores - encerra Patrícia.

Fernando Calazans

A comemoração de gol mais bonita que eu vi, nos últimos tempos, foi o da falta batida pelo goleiro Bruno, do Flamengo. O que me faz concluir que foi preciso acontecer um gol diferente - o primeiro do goleiro no clube - um gol inusitado, um gol raro e, por fim, um gol tão bonito, para que os jogadores, todo o time, reencenassem as comemorações mais bonitas do Maracanã, como as dos grandes times do Botafogo, do Santos de Pelé, do Fluminense, do Cruzeiro de Tostão, do Vasco e do próprio Flamengo. Por quê?

Por um motivo singelo: todos os jogadores do Flamengo - TODOS - entusiasmados com o gol de Bruno, correram, eufóricos, em sua direção, para abraçá-lo. Então o que vimos? Uma cena do passado: 11 jogadores de camisas iguais se abraçando no campo.

E foi esta cena tão antiga quanto simples que se consagrou imbatível em termos de beleza, por causa da imagem de solidariedade, de congraçamento, de respeito, de união de um time de futebol.

Nada de provocações, nada de danças grotescas, coreografias de mau gosto, movimentos mal ensaiados e mal executados, que causariam vergonha a um George Balanchine, a um Maurice Béjart e à nossa Deborah Colker.

A propósito: como serão as comemorações de Botafogo e Flamengo neste grande jogo de hoje, que dá início à finalíssima do Campeonato do Rio?

E de quem serão os gols? Serão mais gols do Botafogo? Ou serão mais gols do Flamengo?

Isso é que eu não sei.

Renato Mauricio Prado

Desempate

O Flamengo só tem uma saída: atacar ferozmente, buscando uma boa vitória que o deixe em situação confortável no jogo de volta, quando estará retornando do México, desgastado pela partida da Libertadores e pela longa viagem. Ao Botafogo, muito desfalcado, interessa o oposto. Defender-se com habilidade e buscar os gols em contra-ataques. Esse duelo entre Joel e Cuca promete.

Curiosamente, no confronto direto (por vários clubes pelos quais passaram), os técnicos estão rigorosamente iguais - cada um derrotou o outro três vezes e houve ainda seis empates.

Joel venceu Cuca dirigindo o Bahia (em duas partidas, contra o Avaí) e o Fla (na Taça GB, deste ano).

Os triunfos do treinador do Botafogo foram pelo São Paulo (contra o Guarani) e, pelo Glorioso, nas duas partidas da última Taça Rio.

Quem vai levar vantagem agora - e ficar com o título? A resposta começa a ser dada hoje, no Maracanã.

Alessandro, Jorge Henrique, Castillo e Triguinho de um lado, Renato Augusto, do outro. O Botafogo, claro, entra em desvantagem. Mas o apoiador rubro-negro também fará falta. Ainda mais num time cheio de volantes, como o de Joel...

De um atento observador do futebol, que não entendeu muito bem o que levou Carlos Alberto Parreira a indicar Joel como seu substituto, no comando da seleção da África do Sul:

- O normal seria que indicasse Vanderlei Luxemburgo, Muricy Ramalho ou Abel Braga - técnicos de maior prestígio, dentro e fora do Brasil. Será que ele não pensou numa troca? Joel lá e ele, Parreira, aqui, na Gávea?

Kleber Leite, vice de futebol rubro-negro, garante que fez o convite, mas o treinador campeão do mundo, em 94, não aceitou, pelos mesmos motivos que o levaram a deixar os "Bafana Bafana": quer dedicar mais tempo à família, notadamente à esposa, que enfrenta problemas de saúde.

- Mas o Flamengo é no Rio, onde eles moram... Melhor esperar... - contra-ataca o "observador".

A conferir.

JORNAL DOS SPORTS

Uma rivalidade com causos e causos

Flamengo e Botafogo: um caso raro de inesquecíveis decisões e títulos

Eduardo Lacombe

Embora tenham feito poucas partidas decisivas, tanto em Campeonatos Cariocas quanto em Brasileiros, Flamengo e Botafogo estão reeditando, neste início de Século, uma rivalidade que alimentou, por anos a fim, o noticiário esportivo do Rio de Janeiro. De um lado, o Mais Querido do Brasil, sempre arrastando multidões aos estádios. De outro, verdadeiras máquinas de jogar futebol, como aquelas comandadas por Garrincha e Didi; e a de Gérson e Jairzinho. A primeira no início dos anos 60, embalada pela conquista do bicampeonato mundial no Chile. A segunda, forjando jogadores que teriam participação especial na conquista do tricampeonato mundial, no México.

Apesar de a rivalidade se arrastar desde a década de 50, somente em 1963 os dois times se colocaram à prova. Isso porque a final de 1958 envolveu também o Vasco, que acabou sagrando-se supersupercampeão carioca, de forma inesquecível. Naquele ano de 1963, Flamengo e Botafogo faziam a primeira final e Didi & Cia. limitada venceram de forma incontestável. Até hoje, as cenas de Garrincha, naquela partida, emocionam os que têm a oportunidade de rever o filme ‘Garrincha, a alegria do povo’, de Joaquim Pedro de Andrade.

Mas, curiosamente, aqueles 3 a 0 quase que se perderam na história. Tudo porque, com exceção da Taça Guanabara de 1968, então uma competição à parte do Campeonato Carioca (e também vencida pelo Botafogo por 4 a 1), os dois times, quando chegavam à final, enfrentavam outro adversário.

Até que, em 1989, lá estavam Botafo e Flamengo decidindo, enfim, um título carioca. E a vitória do Botafogo, em que pese as reclamações do Flamengo, na primeira versão do chororô, pôs fim a um jejum de 20 anos. E Maurício, até hoje, saboreia o sucesso daquele gol que, dizem os rubro-negros, saiu após uma falta dele, Maurício, no zagueiro Leonardo que, em 1994, seria campeão mundial nos Estados Unidos.

No ano passado, o Flamengo obteria a sua vingança. Inclusive com o direito de o Botafogo reclamar da arbitragem.

Mas houve grandes partidas entre os dois clubes. A já citada final da Taça Guanabara de 1968, na qual Gerson & Cia. golearam de forma impiedosa, por 4 a 1. Não há quem, gostando de futebol, não possa ter visto aquele jogo com olhos marejados. Ou a grande final de 1992, esta pelo Campeonato Brasileiro, em que os elogios passaram todos para o Flamengo, comandado pelo veterano Júnior que, depois de brilhar em gramados italianos, voltou ao seu Flamengo para levá-lo ao quinto título, conquistado de forma inesquecível.

Há, ainda, dois jogos que as duas torcidas não esquecem: o 6 a 0, de 15/11/1972, a favor do Botafogo. E os 6 a 0, de 8/11/1981, a favor do Flamengo. Ambos obtidos de forma incontestável, não apenas pelo placar, mas pelas equipes que defendiam os dois clubes.

Tudo isso faz com que esse clássico, que se reedita este ano pela quarta vez, ocupe um lugar especial na memória dos amantes do bom futebol. Além do desfile de grandes jogadores, há ainda, os casos de Renato Gaúcho, campeão pelo Flamengo e vice pelo Botafogo; de Gerson, campeão pelo Botafogo e vice pelo Flamengo; e, o mais curioso, o de Andrade, um botafoguense que marcou o sexto gol do Flamengo naquela tarde de 1981. Logo ele, que usava a camisa número 6.

Em 2007, reação e empate no fim

Arquivo/JS

Souza, atacante do Flamengo, fez gols nas duas partidas decisivas do ano passado

Pedro Chiaverini

Flamengo e Botafogo decidem o Campeonato Carioca pelo segundo ano consecutivo. Em 2007, as equipes protagonizaram dois jogos eletrizantes. Ambos terminaram em 2 a 2, e o título foi decidido nos pênaltis, com final feliz para o time da Gávea.

No primeiro jogo, em 29 de abril, o Botafogo abriu 2 a 0. Da esquerda, Zé Roberto cruzou para Dodô abrir o placar. Em seguida, Lucio Flavio fez fila na área do Flamengo e tocou na saída de Bruno. Mesmo com essa vantagem, o Botafogo não impediu a reação dos rubro-negros. Renato sofreu pênalti do goleiro Júlio César, que foi expulso, e cobrou para descontar.

O empate surgiu após falha de outro arqueiro alvinegro. Max, que entrou na partida por causa da expulsão do titular, não conseguiu segurar uma bola aparentemente tranqüila e Souza empurrou para o fundo das redes.

Novo empate\ No dia 6 de maio, Flamengo e Botafogo voltaram a campo para a tão esperada finalíssima. Os gols ficaram reservados para o segundo tempo e, em menos de 15 minutos, o placar marcava 2 a 1 para o Botafogo. Juan fez boa jogada e cruzou para Souza fazer o primeiro. O Botafogo empatou com Juninho, de cabeça, após falta cobrada por Lucio Flavio.\

A torcida alvinegra não demorou para comemorar a virada. Num contra-ataque perfeito, Jorge Henrique lançou Dodô, que tocou por cima de Bruno marcando um golaço. O Flamengo empatou com Renato Augusto, que acertou um lindo chute de fora da área. Não teve jeito.

Pela primeira vez, o campeão carioca sairia após cobranças de pênaltis. E quem comemorou por último foi a Nação Rubro-Negra. Bruno defendeu as duas primeiras cobranças, o suficiente para garantir o caneco ao time da Gávea.

Futuro de Rodrigo está em escrito em Kiev

Alvo de muitas especulações por causa da não adaptação ao Flamengo e o término do seu empréstimo no dia 30 de junho, o zagueiro Rodrigo rompeu o silêncio para explicar o que está acontecendo no seu caso.

Ele fez apenas quatro partidas pelo clube, sendo somente uma como titular, exatamente na que quebrou o braço direito. Quanto ao futuro, o jogador deixou nas mãos do empresário, Giuseppe Dioguardi, que está na Ucrânia para tentar a prorrogação do empréstimo pelo menos até o final do ano para algum clube brasileiro.

“Estou treinando normalmente e pretendo cumprir o meu contrato com o Flamengo até o final. Meu futuro profissional depende exclusivamente do Dínamo de Kiev, detentor dos meus direitos. Acredito que, em breve, haverá um acerto entre os clubes e, dessa forma, terei meu futuro decidido. Aguardo o acerto que está sendo negociado pelo meu empresário”, afirmou Rodrigo.

Ibson Júnior prestigia o pai na Gávea

Apoiado pelo filho de seis meses, o apoiador Ibson era um dos jogadores mais animados no treino de ontem na Gávea, que serviu como a última preparação do Flamengo para o clássico de hoje.

Ibson Júnior, apesar do pouco tempo de vida, já mostrou ser pé-quente. Sempre que aparece na véspera das partidas, o Flamengo vence. Felicidade para o pai e seus companheiros, que sabem a importância de fazer um bom resultado neste primeiro jogo da final.

“Amanhã meu filho ficará em casa por causa do tumulto, mas espero que ele tenha trazido sorte. Precisamos fazer um bom resultado para ter vantagem no segundo jogo, pois a semana será bem desgastante”, previu o apoiador, que foi dúvida durante a semana mas já se mostrou recuperado da lesão na perna direita, garantindo inclusive que pode jogar os 90 minutos.

Libertadores — A Conmebol anunciou algumas mudanças no horário dos jogos da Libertadores. Antes prevista para acontecer às 19h30 (horário de Brasília), a partida entre Flamengo e América-MEX, no Estádio Azteca passou para as 19h45min.

Dois Fábios, um único objetivo

Na briga pelo título, o experiente Fábio Luciano tem a missão de anular o ímpeto do seu xará alvineg

Thiago Bokel

Arquivo/JS

Fábio irá substituir Jorge Henrique e tem que manter a boa fase do ataque do Botafogo. Já o seu xará é sinônimo de liderança na zaga rubro-negra

Experiência de um lado, juventude do outro. Assim poderá ser definido o duelo entre os xarás Fábio Luciano e Fábio no jogo de hoje. O primeiro já não tem mais o que provar. Foi campeão mundial de clubes pelo Corinthians em 2000 e convocado algumas vezes para a Seleção Brasileira. Já o atacante alvinegro ainda busca um lugar ao sol no Botafogo, tendo uma luta árdua contra os titulares incontestáveis Jorge Henrique e Welington Paulista.

Quis o destino que a missão de Fábio fosse escrita no último domingo. A expulsão do 'Ligeirinho' aos 47 minutos do segundo tempo na decisão da Taça Rio fez com que a vaga do ataque alvinegro caísse no colo nessa primeira partida da final. Só que ele terá pela frente um marcador implacável disposto a carimbar mais uma faixa em sua vitoriosa carreira e conquistar o primeiro título com a camisa do Flamengo.

Apesar de o alvinegro ter aparecido há pouco tempo no cenário nacional, ele tem todo o respeito do capitão rubro-negro. Ainda mais depois de fazer o gol que garantiu a vitória e a classificação do Botafogo para as quartas-de-final da Copa do Brasil, na última quarta-feira contra a Portuguesa.

Aposentadoria nos planos\ "O Fábio já mostrou algumas vezes que é um bom jogador. Ele usa bem a estatura que tem e mesmo não tendo a velocidade do Jorge Henrique, é perigoso. Vai mudar um pouco o estilo de jogo do Botafogo, mas nos dará muito trabalho", alertou Fábio Luciano, que já faz planos para pendurar as chuteiras no final do ano.\

"Ainda estou amadurecendo essa idéia, aliás, cada dia penso mais nela. Quero encerrar minha carreira estando bem, sendo útil ao Flamengo. Não será por falta de motivação mas pelo tempo a mais que quero ficar com a minha família. Quem sabe, no final do ano, disputando a decisão do Mundial Interclubes? Seria um desfecho perfeito", sonhou o zagueiro.

Sem desculpas\ Outro fator apontado pelo experiente jogador é a preocupação que estão tentando impor ao Flamengo para decidir esta final logo no primeiro jogo pelo desgaste da viagem até o México na segunda-feira e o desembarque no Rio sexta-feira pela manhã.\

"Tenho 33 anos e já disputei algumas decisões. Encaro todas como se fossem a primeira e a última ao mesmo tempo. Não adianta ficar reclamando das viagens, pois era isso que queríamos no início do ano. É um momento mágico, que todo jogador sonha em ter, então não há por que fazer reclamações e inventar desculpas", explicou o capitão, que foi escolhido pelo grupo para entregar uma carta ao técnico Joel Santana em homenagem por tudo que ele fez nessa última passagem pelo clube.

Juan: caminho para as vitórias é a tranqüilidade

Uma das principais armas ofensivas do Flamengo, Juan era o retrato do espírito rubro-negro para a decisão contra o Botafogo. Ao comentar a preocupação do Flamengo em jogar as finais do Estadual e as oitavas da Libertadores em curto espaço de tempo, dá a receita.

"É complicado. Temos de jogar com inteligência, tranqüilidade e conscientes de que precisamos abrir uma boa vantagem nesse primeiro jogo por causa da desgastante viagem que faremos ao México no meio da semana. Por isso, estamos muito concentrados para a partida contra o Botafogo. Afinal, atualmente, é o nosso principal rival. Depois pensamos no América do México, disse ele.

O fato de o Botafogo estar desfalcado para a decisão não empolga. Juan acredita que os substitutos de Alessandro e Triguinho vão querer mostrar serviço.

Após reclamar publicamente da arbitragem da última partida, contra o próprio Botafogo. Juan, foi denunciado pelo STJD. Apesar de correr o risco de não jogar o segundo jogo da final, o jogador mostra otimismo.

"Em momento algum quis ofender o árbitro. Creio que não serei punido", encerrou.

Remo: Segunda regata agita a Lagoa

Divulgação

O Vasco fez a festa na primeira Regata do Estadual e que repetir o feito

Esporte mais tradicional do Rio, o remo voltará a movimentar hoje o Estádio da Lagoa Rodrigo de Freitas. A partir das 9 horas, será realizada a segunda etapa do Estadual-2008. O Vasco venceu a primeira e quer somar o maior número de pontos possível para escapar na liderança. Mas o Flamengo virá ainda mais forte, assim como o sempre renovado Botafogo.

Serão 13 provas de uma das Regatas mais importantes da competição. A principal expectativa, como sempre, está para o duelo do Oito Com, com o Vasco inscrevendo o seu famoso barco “Eurico Miranda”, que tem fama de ser invencível.

O dois Sem feminino poderá ter a presença de estrelas como Fabiana Beltrame, classificada para a Olimpíada de Pequim, pelo Vasco, e as gêmeas Kátia e Cláudia Alencar, que defendem o Flamengo. Na categoria de base, o favorito é o Botafogo.

O programa de hoje: Single Skiff Estreante; Dois Com Sub-23; Quatro Sem Peso Leve; Quatro Com Estreante; Single Skiff Feminino Infantil; Double Skiff Feminino Junior A; Four Skiff Feminino Master; Double Skiff Sênior A;  Single Skiff Junior B;  Dois Sem Feminino Sênior A; Four Skiff Junior; Single Skiff Feminino Sub-23 Peso Leve e Oito Peso Leve.

Flamengo garante a liderança

Rubro-Negro derrota Minas por 84 a 71 e termina em primeiro lugar a primeira fase do Nacional

Divulgação

O ala Duda teve grande atuação em Minas e marcou 13 pontos

O Flamengo continua arrasador no Nacional de Basquete. A equipe do técnico Paulo Chupeta foi ontem até Belo Horizonte para enfrentar o Minas (vice-líder) e venceu por 84 a 71. Com a vitória, os rubro-negros confirmaram o primeiro lugar isolado. Os cestinhas foram Alírio, do Flamengo, e Johnson, do Minas, ambos com 23 pontos.

"O time está de parabéns. Enfrentamos uma seqüência de jogos difíceis, ainda temos mais alguns pela frente, e garantir o primeiro lugar com antecedência é importante para que possamos ter mais tranqüilidade", comentou o ala Marcelinho, do Flamengo\ O Vila Velha será o adversário da equipe nos playoffs. Mas antes de pensar nisso, a equipe terá que passar por outro desafio. O Rubro-Negro fará - fora de casa - na próxima quarta-feira a grande final da Liga Sul-Americana contra o Regatas, da Argentina.\

Na partida de ontem o Fla começou intenso, mostrando muita força e determinação. Assim, a equipe da Gávea não teve dificuldade para abrir uma boa vantagem no primeiro quarto. No final desta etapa a equipe estava oito pontos à frente: 21 a 13.

No segundo quarto as duas equipes erraram muito, mas o Minas conseguiu diminuir a vantagem adversária para três pontos. Porém o time da casa vacilou na marcação, e Marcelinho, com dois arremessos de três, retomou vantagem rubro-negra em vantagem: 36 a 30 no final.

A volta do intervalo foi  movimentada. O Flamengo conseguiu dominar a maior parte das jogadas ofensivas e com uma boa atuação do conjunto o time aumentou sua vantagem  para 53 a 45.

Na última etapa, o Rubro-Negro conseguiu confirmar a vitória, com destaque do ala/armador Duda, que com duas cestas seguidas de três, colocou o time 16 pontos à frente durante a maior parte do tempo. O Flamengo então administrou a vantagem e fechou o jogo com facilidade.

Minas: Mauro (2), Mãozão (8), Sucatzky (13), Raul (2), Felipe (21), Soró (16), André (4), Guilherme (2), Wanderson (9), Jonhson (23) e Márcio (4).\ Técnico: Flávio Denis\

Flamengo: Marcelinho (18), Hélio (3), Fernando (4), Duda (13), Marcellus (1), Amiel (10), Coloneze (12) e Alírio (23).\ Técnico: Paulo Chupeta\

Local: Ginásio do Minas Tênis

Marcos de Castro

Banho-De-Cuia

Fla e Flu

Marcos de Castro

Entre os 24 clubes (São Paulo, Santos e Cruzeiro entre eles) que disputaram a etapa da Taça Libertadores cujo encerramento se dará no meio da semana a iniciar-se amanhã, Fluminense e Flamengo ficaram nos dois primeiros lugares. A imprensa carioca tratou o fato com singular discrição, como é de sua essência — e esse é um gesto de grandeza.

Lembra-me um tipo de comportamento oposto, o de um jornal paulistano especializado em esportes cujo auto-engrandecimento permanente chegou a criar um termo até hoje em vigor na linguagem geral brasileira, o "oba-oba". Dizia o "slogan" desse jornal, que eu saiba hoje morto e encerrado (se não está morto, será porque apenas se esqueceu de deitar, uma vez que sumiu da praça): "Oba, isto sim é que é jornal!" E exaltava não apenas a si próprio, mas todos os times paulistas, sempre, mesmo quando a façanha não tinha lá grande mérito, a não ser aos olhos infantilmente otimistas daquelas páginas.

Pois é, sem qualquer sentido de exaltação, saudemos Fla e Flu. Nenhum clube ganhou nada até aqui, mas a vitória, em cada grupo e na soma geral de pontos (caso do tricolor), vale alguma coisa: no mínimo o fato de, no mata-mata que agora se segue, fazer sempre o primeiro jogo fora de casa e o decisivo em casa (coisa que na verdade não chega a ser uma grande vantagem, como a experiência mostra).

Sem deixar de lado nosso jeito discreto de tratar as coisas, esse duplo bom não deixa de trazer alegria, pelo simples fato de que tal desempenho (até aqui, acrescentemos com cautela) é um sinal vivo de que Fla e Flu mostraram condições, mais do que os outros, que ambos têm condições de disputar o título.

Há uma outra saudação a fazer, no caso do Flamengo: o goleiro Bruno mostrou, do alto de seu jeito habitualmente discreto (como o de seu clube), que deverá ser o melhor cobrador de faltas do time atual, depois da saída do incrivelmente preciso cobrador Renato. Se aquele gol não foi fato isolado, ele é melhor do que Rogério Ceni em tudo: não papa tantos frangos e jamais enfiou a mão aberta na cara de um adversário, ato vexaminoso de Rogério Ceni que a TV mostrou no último jogo do São Paulo. É isso aí, Bruno!

O DIA

Um amor que não morre jamais

Íbson jura que nunca deixará de gostar do Flamengo, e pede que torcida não vaie a equipe

Janir Júnior

Rio - Ao entrar em campo hoje para disputar a primeira de suas duas últimas finais pelo Flamengo antes de voltar ao Porto, em junho, Íbson levará junto ao seu amor pelo clube onde nasceu para o futebol uma lição que vem das arquibancadas: na Gávea, se a paixão do torcedor é grande, a memória é curta.

“Nosso torcedor é de momento, muitos não lembram o que você já fez pelo clube, o amor que você tem pela instituição Flamengo”, desabafa Íbson, não em tom de crítica, mas sim de conselho para que sejam evitadas vaias na partida desta tarde, já que a decisão será em 180 minutos e somente acabará no próximo domingo.

E Íbson, que já foi torcedor de arquibancada, sabe bem o que diz. Segundo ele, a vontade de voltar para o clube que o projetou superou cifras milionárias. “Tive propostas bem melhores financeiramente. Mas aqui eu me sinto em casa, tenho carinho da diretoria e da torcida”, destaca o jogador.

No mês passado, quando concedeu uma entrevista para a imprensa portuguesa garantindo seu retorno a Portugal, Íbson passou a ser questionado, já que em campo alternava bons e maus momentos no Porto. “Fiquei chateado, pois falaram muita coisa errada de mim. Quando o time ia mal, era culpa do Íbson”, afirma.

Nada que tirasse a paz do jogador. Ele aprendeu até mesmo a conviver com as vaias. Mas faz um pedido à torcida: “Agora, é preciso ter paciência. Queremos o apoio dos torcedores. Tem jogador que se abate”.

Do filho Íbson Júnior vem a inspiração para lutar por boas atuações; do amor pelo Flamengo vem a sensação de que cada final parece ser a última. “Sempre disputei decisões como se fosse o último jogo da minha vida”, destaca Íbson, emocionado.

Neste domingo, contra o Botafogo, não será diferente, mas dessa vez a sensação de ser a última decisão pelo Flamengo é real. “Conquistar o título estadual seria a coroação dessa minha relação de amor com o Flamengo”, completa.

Um álbum de campeão

O amor pelo Flamengo vem desde pequeno, mas foi no Botafogo que Leonardo Moura apareceu para o futebol

Ricardo Mota

Rio - No álbum de família do garoto Leonardo Moura não estava escrito que ele seria jogador de futebol, e muito menos que atuaria no Flamengo e vestiria a camisa da seleção brasileira.

Mas, quando sua mãe, Dona Lenice, e o pai, Seu José, viram a foto do pé do pequeno Léo, no dia 23 de outubro de 1978, começaram a desconfiar. E, hoje, a realidade do jogador é entrar em campo para ajudar o Flamengo a conquistar o Estadual e, depois, a Libertadores. “O título do Campeonato poderá nos dar ainda mais ânimo para a disputa da Libertadores. Entramos para conquistar as duas competições”, salientou o lateral.

A paixão pelo Rubro-Negro vem dos tempos em que o sucesso ainda passava longe da família. Criança, já posava com a camisa do clube. Os primeiros chutes em uma bola foram dados na companhia de amigos da escola e do bairro, em campos de terra batida. Mas foi também do Flamengo que levou uma rasteira na carreira. Rejeitado em um teste do clube, acabou no Botafogo, onde conquistou títulos nas categorias de base.

Sua história na Gávea começaria em 2005, depois de rodar pelos quatro grandes do Rio, São Paulo e clubes da Europa. Hoje, o coração vai bater mais forte, quando entrar em campo. “A ansiedade antes de decisões é normal. O Maracanã vai ter uma grande festa e esperamos depois ser campeões, para coroar o trabalho que vem sendo feito desde o ano passado”, disse.

O lateral não esquece o trabalho que começou em 2007, assim como guarda com carinho seus primeiros chutes e a importância da família na carreira. Agora, para o álbum ficar completo, ainda falta colocar lá a foto de campeão de 2008.

GAZETA ESPORTIVA

Fla e Bota reacendem rivalidade de 2007 e da Taça Guanabara\ Gazeta Press\

Rio de Janeiro (RJ) - Assim como no ano passado, Flamengo e Botafogo decidirão também o Campeonato Carioca de 2008. E o primeiro jogo entre as duas equipes será realizado neste domingo, quando rubro-negros e alvinegros se enfrentam, às 16 horas (de Brasília), no Maracanã, no Rio de Janeiro. A segunda partida acontece uma semana depois, no mesmo local. Os flamenguistas, que levaram o Estadual em 2007, chegam à decisão por terem vencido a Taça Guanabara, primeiro turno. Já os botafoguenses foram campeões da Taça Rio, segundo turno, na última semana.\ A rivalidade entre as duas equipes voltou ao auge nos últimos meses. Não apenas pelo Flamengo ter derrotado o Botafogo na decisão do Estadual do ano passado e da Taça Guanabara deste ano. Mas pela troca de provocações. Após essa última final, a do primeiro turno, os jogadores do Botafogo e o presidente Bebeto de Freitas chegaram a chorar no vestiário por causa da polêmica arbitragem de Marcelo de Lima Henrique. No jogo seguinte do Rubro-Negro o atacante Souza, ao marcar um gol contra os peruanos do Cienciano, imitou o gesto de choro, numa provocação ao adversário. O volante botafoguense Túlio rebateu e os dois trocaram farpas pela imprensa.\

O clima promete esquentar ainda mais neste domingo. Esse será o quarto encontro dos times na temporada e em 2008 o Botafogo leva vantagem. Após o Flamengo ter vencido na final da Taça Guanabara por 2 a 1, os botafoguenses venceram por 3 a 2 na fase de classificação e por 3 a 0 nas semifinais da Taça Rio. Tirando esse último duelo, nos outros dois, os atletas chegaram a trocar agressões em campo.

Em meio à decisão do Campeonato Carioca, os dois times tiveram que se preocupar com outros torneios. No meio de semana, o Flamengo derrotou o Coronel Bolognesi, do Peru, pela Copa Libertadores, por 2 a 0, enquanto o Botafogo aplicava 2 a 1 na Portuguesa e avançava rumo às oitavas-de-final da Copa do Brasil. O Flamengo também terá que se preocupar com as oitavas-de-final da Copa Libertadores.

Com problemas para tirar o visto para o México, onde enfrenta o América na próxima quarta-feira, o Rubro-Negro desistiu de viajar para Teresópolis, Região Serrana do estado, onde se prepararia para o jogo deste domingo. Assim, o elenco permaneceu no Rio de Janeiro antes do primeiro duelo com os botafoguenses. O jogo no México, contra o América local, será na próxima quarta-feira. Melhor para o Botafogo, que folga no meio da outra semana.

“É claro que o Botafogo tem um conjunto muito forte, mas eles contam com jogadores de alto nível também na reserva e quem entrar vai querer dar tudo, pois se trata de uma final e todos querem ganhar”, analisou o atacante Souza.

Para este primeiro jogo, o Flamengo contará com o retorno do meia Ibson, que fora poupado contra o Coronel Bolognesi-PER. Já o meia-atacante Renato Augusto não está totalmente recuperado de um problema muscular na coxa direita e deve continuar de fora, sendo substituído mais uma vez por Marcinho.

O Botafogo chega para esta decisão muito desfalcado. Cuca não poderá contar com o goleiro Castillo e com o lateral-esquerdo Triguinho, ambos com lesões musculares e vetados pelo departamento médico. Além disso, o lateral-direito Alessandro e o atacante Jorge Henrique cumprem suspensão pela expulsão na derrota de 1 a 0 para o Fluminense, pela final da Taça Rio.

O jovem Renan será mantido no gol, mesmo tendo falhado contra a Portuguesa pela Copa do Brasil. Para as outras posições existe uma incógnita muito grande. A tendência é que Leandro Guerreiro ganhe a vaga no meio-de-campo, com Túlio passando para a ala direita. O zagueiro Eduardo entraria para formar trio com André Luis e Renato Silva. Isso faria Zé Carlos ser novamente deslocado para a ala esquerda. No ataque, Fábio deve ser confirmado ao lado de Wellington Paulista.

Rodrigo quer ficar no Brasil e define futuro após Carioca

Rio de Janeiro (RJ) - 5 de maio. A partir desta data deve ser conhecido o futuro do zagueiro Rodrigo. Mesmo na reserva do Flamengo, o defensor prefere comentar sobre o interesse do São Paulo em seu retorno apenas depois da segunda final do Campeonato Carioca entre o Rubro-negro e o Botafogo.\ No momento, Rodrigo confirma apenas que quer continuar no Brasil após o final do seu empréstimo na Gávea, em 30 de junho. Para isso, seu representante viajou para a Ucrânia para convencer a diretoria do Dínamo de Kiev, detentor dos direitos federativos do jogador.\

“Estou treinando normalmente e pretendo cumprir o meu contrato com Flamengo até o final. Meu futuro profissional depende exclusivamente do Dínamo de Kiev. Aguardo o acerto que está sendo negociado pelo meu empresário que está em Kiev”, confirmou o zagueiro.

Apesar da cautela do atleta ao falar sobre a sua situação, os boatos dão conta de que sua saída do Flamengo é certa, já que o zagueiro perdeu espaço ao fraturar gravemente o braço e comenta-se que o clube carioca lhe deve salários.

Já o São Paulo, clube que Rodrigo defendeu em 2004, espera que seu retorno seja confirmado até mesmo nesta semana para reforçar a defesa tricolor. Como não defendeu o Flamengo nesta edição da Libertadores, o zagueiro estaria liberado para atuar no Morumbi tanto na competição sul-americana quanto no Campeonato Brasileiro.

Precavido, o jogador só espera a definição das conversas entre seu empresário e o Dínamo de Kiev. “Acredito que, em breve, haverá um acerto entre os clubes e desta forma, terei meu futuro decidido”, finalizou.

São Paulo nega conversa com La Coruña e espera por Rodrigo\ William Correia, especial para a GE.Net\

São Paulo (SP) - O são-paulino não deve esperar por um zagueiro do exterior no meio do ano. Pelo menos não do La Coruña. A diretoria do São Paulo nega que a negociação de qualquer jogador fosse o teor da conversa do superintendente do futebol tricolor, Marco Aurélio Cunha, com o presidente do La Coruña, Augusto César Lendoiro, nas tribunas do Estádio Riazor neste sábado.\ A presença de Marco Aurélio na vitória por 2 a 0 do Deportivo sobre o La Coruña, neste sábado, levantou comentários sobre um possível interesse tricolor pelo único brasileiro no elenco do time galego: o zagueiro Filipe, de 22 anos, revelado em 2004 pelo Figueirense, clube no qual o superintendente tricolor já trabalhou.\

“Essa viagem do Marco Aurélio para La Coruña não tem nada a ver com a negociação de qualquer jogador. Com certeza não temos interesse nenhum por esse Filipe. Não tem nada a ver”, garantiu o vice-presidente de futebol do São Paulo, Carlos Augusto de Barros e Silva, o Leco, em entrevista à Gazeta Esportiva.Net.

De acordo com o dirigente, as atenções no momento estão voltadas para o retorno do zagueiro Rodrigo, que perdeu espaço com lesão no braço no Flamengo e está muito próximo de se tornar o novo reforço tricolor para a Libertadores.

“Nós estamos nessa negociação com o Rodrigo e o acerto é questão de tempo. Esperamos fechar com ele ainda nesta semana. Estamos conversando com o Dínamo de Kiev (clube ucraniano que detém direitos federativos do zagueiro) para um empréstimo até o final do ano. Ainda faltam essas definições”, comentou Leco.

Rodrigo esteve no São Paulo em 2004 e seu desempenho despertou o interesso do Dínamo de Kiev, que levou o jogador em fevereiro de 2005. O zagueiro retornou ao Brasil neste ano por empréstimo para defender o Flamengo, mas após quatro pertida teve o braço faturado e perdeu espaço.

Sua saída da Gávea é dada como certa por muitos. Leco, contudo, prefere adotar a cautela em relação ao assunto. “Tudo isso faz parte da negociação para trazer o Rodrigo para o São Paulo”, desconversou.

No Flamengo, a possível saída do zagueiro é deixada para depois da decisão do Campeonato Carioca, diante do Botafogo. “Antes da final do Campeonato Carioca, não queremos modificar nada. Não gostaríamos nem de falar sobre isso”, comentou o vice-presidente do futebol rubro-negro, Kleber Leite, em conversa com a GE.Net nessa sexta-feira.

PELÉNET

Fábio Luciano considera a final como um "momento mágico"

Do UOL Esporte\ No Rio de Janeiro\

Fábio Luciano, contratado ao Colônia-ALE, chegou ao Flamengo na metade de 2007. Logo na estréia (Náutico, dia 11 de agosto, pelo Brasileiro), o zagueiro fez um dos gols na vitória por 2 a 1. Desta maneira, o jogador caiu nas graças da torcida rubro-negra e se tornou um dos principais ídolos do clube.

Fábio Luciano, um dos ídolos do Flamengo, está pornto para a final contra o Botafogo

Agora, o zagueiro pretende recompensar todo o carinho recebido com o título do Campeonato Estadual. A decisão contra o Botafogo começa neste domingo, às 16h, no Maracanã.

"Tenho 33 anos e já decidi alguns títulos na minha carreira. Porém, encaro esta final como se fosse a primeira da minha vida. É um momento mágico para qualquer atleta", disse, acrescentando.

"Não é hora de pensar em problemas, como a nossa ida para o México. Precisamos entrar em campo, lutar o tempo todo e fazer por merecer a vitória", emendou Fábio Luciano, em entrevista ao site oficial do Flamengo.

A viagem em questão acontece na noite de segunda-feira. Na quarta, o Flamengo encara o América-MEX, às 19h45 (horário de Brasília), pelas oitavas-de-final da Copa Libertadores. A delegação rubro-negra chega ao Brasil na sexta, dois dias antes da segunda e decisiva partida contra o Botafogo (04/05).

Porém, o foco está apenas no clássico deste domingo. Mesmo com os quatro desfalques do Botafogo (goleiro Castillo, lateral-esquerdo Triguinho, lateral-direito Alessandro e atacante Jorge Henrique), Fábio Luciano não vê uma vantagem para o Flamengo.

"São duas equipes equilibradas, marcadas pelo conjunto. Não penso em garantir boa vantagem para o próximo jogo. Acredito que isso será difícil de acontecer. O importante é vencer", encerrou.

Paulista da cidade de Vinhedo, Fábio Luciano disputou 39 partidas com a camisa do Flamengo e marcou quatro gols. Nesta temporada, foram dois: Boavista e Vasco.

Flamengo e Fluminense começam a decidir o Estadual de Juniores

Do UOL Esporte\ No Rio de Janeiro\

Flamengo e Fluminense disputam neste domingo, às 13h15, no Maracanã, o primeiro jogo da final do Campeonato Estadual de Juniores. A segunda partida, no dia 4 de maio, às 13h, também será realizada no Estádio Mário Filho.

O Flamengo, atual tricampeão estadual (2005, 2006 e 2007), ficou com o título da Taça Rio, segundo turno da competição, ao superar o Macaé. Já o Fluminense, que não vence o certame desde 2004, faturou a Taça Guanabara, primeiro turno, ao bater a Cabofriense.

Os dois times ainda não estão definidos, mas devem ser "reforçados" por jogadores que já atuam nas equipes principais. O Fluminense é comandado por Edgar Pereira, enquanto Adílio é o treinador do Flamengo.

Confira as prováveis escalações

Flamengo: Marcelo, Davidson, Anderson Bamba, Wellinton e Leo; Vinícius Colombiano, Antônio, Erick Flores e Renan; Paulo Sergio e Pedro Beda.

Fluminense: Léo, Anderson, Bryan, Arthur e Matheus; Isaías, Augusto, Ferreira e Anderson Gaúcho; Alan e Dori.

Iguais, Flamengo e Botafogo começam a decidir o Estadual

Do UOL Esporte\ No Rio de Janeiro\

O Rio de Janeiro terá um domingo diferente, principalmente a partir das 16h, quando a bola rolar para Flamengo e Botafogo, no Maracanã, pelo primeiro jogo da final do Campeonato Estadual. A segunda partida será realizada no dia 4 de maio, também no Estádio Mário Filho.

Souza é uma das esperanças do Flamengo para o clássico de domingo, no Maracanã

O Flamengo chega como o grande vencedor da Taça Guanabara, primeiro turno do certame. Já o Botafogo faturou a Taça Rio, segundo turno da competição.

Apesar de o título ser decidido somente dentro das quatro linhas, o lado psicológico também fará parte da final. Tanto na Gávea, quanto em General Severiano, ninguém admite favoritismo e empurra a vantagem para o outro lado.

Para o Alvinegro, o Flamengo "está na boa" já que vai enfrentar um time com quatro desfalques importantes: goleiro Castillo e lateral-esquerdo Triguinho, lesionados, além do lateral-direito Alessandro e do atacante Jorge Henrique, que estão suspensos.

"Flamengo é favorito para essa partida por causa dos nossos desfalques. Mas vamos com a força máxima que estará à disposição do técnico Cuca. A promessa é de lutar até o fim para dar este título para a torcida do Botafogo", salientou o volante Leandro Guerreiro.

Já pelo lado rubro-negro, o fato da equipe viajar na próxima segunda-feira para o México (vai enfrentar o América, pela Libertadores, na quarta), vem sendo encarado como uma vantagem para o Botafogo, principalmente se o Flamengo não vencer neste domingo.

Artilheiro do Estadual, atacante Wellington Paulista é uma das armas do Botafogo

"Não levamos nenhum tipo de vantagem. Isso é difícil acontecer. Precisamos vencer, independentemente do placar. Um a zero já estará de bom tamanho. O importante é fazer o resultado na primeira partida", avisou o atacante Souza.

Apesar de não ser na mesma quantidade, o Flamengo também vai para campo com um desfalque: Renato Augusto. Machucado no joelho direito, o apoiador rubro-negro será substituído por Marcinho.

Restam apenas ingressos de cadeira comum

A expectativa é de que o Maracanã esteja lotado nesta primeira final. Até o fim da tarde de sábado foram vendidos 56.073 ingressos, dos 68.030 à disposição.

Neste domingo, rubro-negros e alvinegros vão encontrar apenas entradas de cadeira comum (11.957) ao preço de R$ 30 (R$ 15 meia-entrada). Os ingressos de arquibancada e cadeira especial já estão esgotados.

A partir das 11h, os torcedores podem comparecer somente nas bilheterias 5, 8 e 9 do Maracanã. Não haverá venda nas Laranjeiras, Gávea, General Severiano, Caio Martins e Engenhão.

Jorginho nega que tenha sido procurado pela diretoria do Flamengo

Do UOL Esporte\ No Rio de Janeiro\

Na última segunda-feira veio a notícia que Joel Santana substituiria Carlos Alberto Parreira na seleção da África do Sul. Desde então, muitos nomes foram especulados como o novo treinador do Flamengo. Entre eles, o auxiliar técnico da seleção, Jorginho. Porém, neste sábado, o "fiel escudeiro" de Dunga negou qualquer tipo de negociação.

Jorginho, auxiliar da seleção, nega qualquer tipo de negociação com o Fla

"Em nenhum momento a diretoria do Flamengo me procurou. Soube do possível interesse pela imprensa. De qualquer maneira, não pretendo sair da seleção neste momento. Já liguei para o Dunga e fiz questão de tranqüilizá-lo. Estamos juntos até o fim do contrato", afirmou.

Mesmo "rechaçando" o Rubro-Negro neste momento, Jorginho, que fez história no Flamengo como jogador, não descartou a possibilidade de aceitar o convite numa outra oportunidade.

"Tenho carinho especial pelo clube. Não fui procurado, mas fico feliz pelo interesse. Isso mostra que sou respeitado na Gávea. Em uma outra oportunidade pode ser que isso aconteça. Afinal, sou treinador. Não serei eternamente auxiliar", sentenciou, em entrevista à Rádio Globo.

A diretoria do Flamengo, através do vice de futebol Kleber Leite, informou que o novo treinador será anunciado somente no dia 5 de maio. Porém, existe a possibilidade de Joel Santana continuar no cargo até o dia 7, quando o Flamengo encara o América-MEX, no Maracanã, na partida de volta pela Libertadores.

GLOBOESPORTE

Fla e Bota iniciam decisão em clima 'light'

Equipes esquecem brigas de duelos passados na primeira partida da final do Carioca

Eduardo Peixoto e Fred Huber

O goleiro Bruno e o artilheiro Wellington Paulista vivem grandes fases e disputam um duelo particular no clássico de domingo no Maracanã

O chororô e afins estão, até segunda ordem, aposentados. Botafogo e Flamengo começam a decidir o Campeonato Carioca neste domingo sob uma atmosfera que nem de longe se assemelha ao clima de guerra de outrora. O clássico no Maracanã terá início às 16h, com transmissão ao vivo da Rede Globo e em Tempo Real do GLOBOESPORTE.COM.

Raio-X: confira os pontos fortes e fracos das duas equipesPreocupados em não melindrar ou motivar o adversário com declarações desastradas, os jogadores das duas equipes adotaram um discurso ameno na semana que antecedeu ao duelo. Protagonistas de um duelo verbal pós-final da Taça Guanabara, Túlio e Souza esquecem o clima de guerra.

- Não tem sentimento de vingança. Perdemos o ano passado e temos que pensar em ser campeões agora - diz o alvinegro.

O atacante do Fla completa o clima "bandeira branca":

- Aquilo lá passou. Estou tranqüilo e preparado para esta final.

Raio-X: conheça os pontos fortes e fracos dos dois times

Os dois times titulares se encontraram duas vezes no Estadual-2008 e houve uma vitória para cada lado. O Flamengo venceu na final da Taça Guanabara por 2 a 1, em um jogo marcado por polêmicas e discussões(relembre no vídeo ao lado). O troco alvinegro veio na semifinal da Taça Rio: 3 a 0 para o Bota. Ocorreu ainda um jogo entre os titulares alvinegros contra um time misto do rival (na Taça Rio), e os comandados de Cuca venceram por 3 a 2.

Nos três confrontos, Wellington Paulista deixou sua marca. O artilheiro do torneio (14 gols) sorri e diz que tem sorte contra o Fla. Modéstia. O novo carrasco causa preocupação na Gávea.

- O centroavante deles está em boa fase e faz muitos gols - diz Marcinho.

Por falar em bom momento, Bruno também vive o seu. O goleiro marcou de falta na última quarta-feira contra o Coronel Bolognesi e ratificou a condição de ídolo da torcida rubro-negra.

- Posso dizer que me sinto muito seguro no Flamengo, como se eu estivesse em casa. Percebo diariamente que a torcida confia muito em mim - diz o camisa 1.

Renato Augusto deixa o treino do Flamengo. O jogador está vetado

A decisão ainda nem começou e as perspectivas para o segundo jogo favorecem ao Botafogo. Afinal, o adversário embarca na segunda-feira para a Cidade do México, onde disputa a partida de ida das oitavas-de-final da Taça Libertadores dois dias depois. Por causa da longa viagem, há um consenso na Gávea de que o time entrará em desvantagem.

- Seria muito bom abrir logo uma boa vantagem por causa dessa ida ao México. Essa é a nossa vontade, mas não quer dizer que vamos conseguir. É muito difícil - diz o lateral-esquerdo Juan.

Mesmo com o esperado desgaste do oponente,  Cuca joga o favoritismo para o lado rubro-negro.

- O Flamengo é favorito, não podemos negar. Nós temos desfalques para esta partida, e eles vão praticamente completos - diz o técnico do Bota.

Um desfalque no Fla

O único problema do técnico Joel Santana para a decisão é Renato Augusto. O jogador sente dores no joelho direito e foi vetado pelo departamento médico. Marcinho o substitui. De saída para a seleção da África do Sul, o treinador rubro-negro aposta novamente na sua "tropa de elite" no meio-campo, com Cristian, Toró, Kleberson e Ibson.

....e muitos no Bota

No Botafogo, o que não faltam são problemas para o técnico Cuca escalar a equipe. Ele não vai poder contar com o goleiro Castillo e o lateral-esquerdo Triguinho, que estão com lesões musculares graves na coxa direita. Além destes, Alessandro e Jorge Henrique, suspensos, não estarão em campo. Nesta sexta, o treinador comandou um coletivo e fez um esboço do time, mas preferiu não divulgar a escalação completa, mas confirmou as presenças de Renan no gol e Fábio no ataque. A escalação do goleiro foi muito debatida, já que o arqueiro, de 18 anos, falhou na partida contra a Portuguesa, quarta, pela Copa do Brasil.

Renan, 18, tem a responsabilidade de substituir o uruguaio Castillo

Cuca assegurou que o Bota, apesar de não estar completo, não vai se fechar no campo de defesa, e falou da expectativa para mais esse duelo contra os rubro-negros.

- Não é característica nossa jogar fechado, vamos para cima do Flamengo também. São duas equipes que estão chegando sempre nas finais, o Botafogo respeita muito o Flamengo, mas sabemos que eles nos respeitam muito também. Adoro disputar clássicos, se pudesse, todos jogos seriam assim.

O meia Lucio Flavio, no entanto, ressaltou a importância do time não se expor muito e correr o risco de deixar o Flamengo abrir vantagem para o segundo jogo.

- Temos quatro desfalques importantes, diferente do Flamengo. Temos que ter o cuidado de não deixaramos eles abrirem uma vantagem grande para a finalíssima. Confiamos nos jogadores que vão entrar e vamos com o pensamento de conseguir a vitória - diz.

Flamengo vence o Minas em Belo Horizonte

Rubro-negro carioca garante primeiro lugar da fase de classificação com antecedência

O Flamengo venceu, neste sábado, o Minas, em Belo Horizonte, por 84 a 71 (36 a 30 no primeiro tempo), e garantiu o primeiro lugar da fase de classificação do Nacioonal Masculino de basquete com três jogos de antecedência. O resultado deu ao time carioca a 19ª vitória em 20 jogos na competição. O Minas, por sua vez, sofreu a quinta derrota em 21 partidas, e ainda briga para chegar à segunda colocação. Os destaques da partida foram os pivôs Alírio, do Flamengo, com 23 pontos e nove rebotes, e Johnson, do Minas, com 23 pontos e sete roubos de bola. O primeiro adversário do Flamengo nos playoffs é o Vila Velha (ES), que classificou-se em oitavo lugar.

Pivô Alírio, do Flamengo, é o destaque da partida

- O primeiro tempo não foi bom para nenhum dos times. Ambos jogaram abaixo do que podem. No segundo tempo o Flamengo melhorou a defesa e conseguiu uma vitória muito importante, pois nos garantiu o primeiro lugar da fase de classificação do Nacional. Acho que estamos de parabéns por termos atingido esse objetivo com antecedência, e ainda mais por estarmos disputando duas competições importantes, como o Nacional e a Liga Sul-Americana - disse o ala Marcelinho, que marcou 18 pontos na partida.

No primeiro quarto, o Flamengo aproveitou-se da marcação cerrada em Marcelinho para pontuar com os demais jogadores. Destaque para o pivô Alírio, que conseguiu boas cestas e, além disso, carregou de faltas seus marcadores. Bem nos rebotes, o time carioca também tirou vantagem do mau aproveitamento dos mineiros nos arremessos de média distância e venceu o período por 23 a 16.

No segundo quarto, o Minas melhorou seu aproveitamento nos arremessos, principalmente com Johnson, e aproximou-se no placar. O Flamengo manteve o plano de jogo, com Marcelinho atraindo a marcação e distribuindo assistências para os companheiros. No fim da primeira metade da partida, mesmo com a derrota no segundo quarto por 14 a 13, o Flamengo foi para o intervalo em vantagem: 36 a 30. Os maiores pontuadores foram Alírio, do Flamengo, com 14 pontos, e Johnson, do Minas, com 12 pontos. Marcelinho destacou-se com quatro assistências.

Minas erra muito e permite vantagem de 20 pontos do Flamengo

No segundo tempo, o Flamengo manteve o seu domínio e, impulsionado pelas boas atuações de Duda e Alírio, aumentou a diferença no placar 15 pontos (48 a 33) a cinco minutos do fim do terceiro quarto. A partir daí, as duas equipes cometeram muitos erros de ataque, mas o Minas contou com Johnson e Soró para aproximar-se novamente no placar. Ao fim da terceira etapa, que teve a vitória do Flamengo por 17 a 15, o placar era de 53 a 45.

No último quarto, com o Minas ansioso e errando lances seguidos, o Flamengo teve tranqüilidade para controlar a partida e aproveitar-se das falhas do adversário para vencer a partida, abrindo a maior vantagem da equipe na partida - 82 a 62 faltando 2m30s para o fim do jogo.

Fla enfrenta trote do pai-de-santo

Clube envia nota alertando contra falsário na véspera da decisão do Carioca

O Flamengo contratou um pai-de-santo conhecido para vencer o Botafogo, neste domingo. Isso é o que garante uma pessoa que se identifica como Paulinho em ligações para as redações dos meios de comunicação do Rio. Mas tudo não passa de um trote barato às vésperas da decisão do Campeonato Carioca.

O fato inusitado chegou ao conhecimento da assessora de imprensa da presidência do Rubro-Negro, Marilene Da