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A volta por cima de um legítimo rubro-negro

Eliminado em 2007 e 2008, Leo Moura é o nome do jogo na estreia da Libertadores 2010

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Das eliminações da Taça Libertadores em 2007 e 2008 à estreia gloriosa em 2010, passando pela ausência na edição de 2009 da competição, Leonardo Moura já viveu muitas emoções no Flamengo. Boas e ruins. Entre as melhores, o pentatri carioca e o hexa brasileiro, e as piores, muitas críticas ao seu futebol e a lesão no nariz que o tirou da pré-temporada no início do ano. Mas, para o lateral-direito, o saldo é totalmente positivo. Ainda mais depois de uma noite de gala como a desta quarta no Maracanã.

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Grande destaque da partida de estreia do Flamengo na competição internacional, Leonardo Moura só não fez chover contra a Universidad Católica. O lateral mostrou o fôlego que o consagrou como um dos melhores de sua posição no país desde que ele se firmou no Flamengo, e ainda distribuiu passes precisos, como o da assistência para o gol de Adriano, o segundo do Rubro-Negro. Isso sem falar na bela cobrança de falta, à la Zico, que abriu o caminho para a vitória.

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"Graças a Deus, hoje deu tudo certo. Prometi às minhas filhas, Duda e Bella, que faria um gol hoje, e consegui cumprir. Com certeza esse jogo foi um dos melhores da minha vida. Vai ficar marcada para sempre, ainda mais depois de tudo o que passei no início do ano. Saí de campo aplaudido e fiquei muito feliz com isso", afirmou.

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Analisando a partida, Leo acredita que, só pela estreia, o time já pôde ter uma boa noção de como será o restante da competição: muito disputada. Segundo ele, o Flamengo não pode se queixar da arbitragem e nem de entradas duras dos adversários, e sim fazer o mesmo: entrar com muito vigor, muita disposição, mas é claro, sem perder a lealdade.

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"Nós mostramos muita vontade desde o início e tem que ser assim mesmo. Achei que o lance do Willians talvez pudesse ter ficado só no amarelo, mas estava longe e não vi o que aconteceu direito. Não podemos reclamar de arbitragem. Esse campeonato é diferente, tem muito jogo físico, e nós temos que jogar assim também. Entrando duro, firme, mas com lealdade e na bola", explicou.

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Sobre o golaço de falta, o camisa dois revela ter contado com uma pequena ajudinha de Adriano, que ele retribuiu com um passe milimétrico no lance do segundo gol.

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"Eu senti confiança e pedi para o Adriano deixar eu cobrar. Ele apenas me disse para mandar por cima do terceiro homem da barreira. Deu certo e a bola entrou", revelou.

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O feito histórico, que não acontecia desde 1984, de começar uma Taça Libertadores da América com vitória animou o camisa 2 do Flamengo. Para Leonardo Moura, este resultado foi importante não só para garantir os três pontos, mas também porque os dois próximos compromissos do Rubro-Negro são fora de casa, onde as partidas são sempre mais complicadas.

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"Foi importante estrear com o pé direito porque a torcida e o grupo precisam muito desse título. Os próximos jogos são fora de casa e é importante demais garantir os pontos dentro de casa. É difícil se dedicar às duas competições ao mesmo tempo, mas queremos os dois títulos. O grupo esta unido e focado nestes objetivos", completou.