Notícias

Bruno comemora dia de herói após o clássico

Goleiro rubro-negro concedeu entrevista coletiva depois do treino desta segunda-feira na Gávea

Por - em
A noite do último domingo foi inesquecível para o goleiro Bruno. O capitão do Flamengo foi o herói da vitória por 1 a 0 sobre o Vasco, já que defendeu duas cobranças de pênalti efetuadas por Dodô. Radiante com a boa fase, o arqueiro rubro-negro é considerado um dos maiores especialistas em penalidades no Brasil e já escreveu seu nome na história do clube.

Com Taffarel e Dida como inspirações, e depois de uma infância jogando como centroavante, Bruno chegou ao posto de titular absoluto da posição depois de muito suor. O próximo objetivo, além de ganhar mais títulos com a camisa do Flamengo, é ir para a Copa do Mundo.

Confira os principais trechos da entrevista do capitão rubro-negro.

Clássico -
Fico muito feliz com essa atuação. Da mesma forma que o Adriano faz um gol, ou qualquer outra pessoa, me sinto muito feliz em ter contribuído com a vitória. Ter o reconhecimento no dia seguinte, com as pessoas falando bem, é muito especial.

Silêncio após o jogo - Não estou magoado. Pelo contrário, estou muito feliz. Quem não fica feliz ao jogar muito bem? Preferi não falar após o jogo porque não era o momento. Às vezes, você está com o astral elevado, adrenalina lá em cima e acaba falando coisas que não deve. Preferi evitar, fazer o exame antidoping e deixar para dar entrevista hoje.

Momento da penalidade - Todo mundo se dedica. Aquele momento é de tranquilidade, de jogar a responsabilidade para o batedor. Se o goleiro pegar, é herói. Se bola entrar, é apenas mais um gol. Claro que ninguém gosta de tomar gol, mas a responsabilidade maior é de quem bate.

Ídolos - Eu vi o Taffarel jogar na Copa de 94. O Dida também se consagrou pegando pênaltis. Eles são goleiros em que me espelho e pego, sim, como exemplo.

Estudo do adversário - O goleiro estuda o atacante, assim como o atacante estuda o goleiro. Tem que ir atrás dessas particularidades. Cada um tem seu jeito de bater, e temos que estar atentos a isso. Na balançada que dou, olho para o atacante e percebo onde ele vai bater. Por isso, normalmente, ele bate onde eu quero. Mas se ele virar o pé, eu também tenho como reagir.

Seleção - São quatro anos de Flamengo e não tive ainda a oportunidade de vestir a camisa da seleção. Mas é um sonho e sei que minha hora vai chegar. É só ter paciência e continuar trabalhando bastante.

Confiança da torcida - Tem muita gente que diz "É tranquilo, o Bruno vai pegar". E, aí, quando se toma o gol, o cara reclama (risos). Mas essa confiança se conquista com o trabalho mostrado dentro de campo.

Fama de pegador de pênalti - Quando o jogador coloca a bola na marca do pênalti e vê um goleiro que já tem uma fama de pegador, ele vai querer tirar o máximo do raio de ação. Há um respeito, da mesma forma de que o goleiro em relação a quem bate bem.

Categorias de Base - Na base eu não costumava pegar muito pênalti. Acho que nunca joguei uma decisão por pênaltis e, quando era menor, por causa da minha altura, jogava como centroavante.