Estrela. Todo jogador para vestir a camisa do Flamengo, além de talento e raça, tem que ter uma espécie de predisposição celestial. Ele tem que fazer parte de um seleto grupo de escolhidos para vestir a camisa do Mais Querido do Brasil. O jovem volante Fernando, que chegou à Gávea procurando desvencilhar-se da imagem de "irmão do Carlos Alberto", já de provas de que também é iluminado logo em sua estréia com o Manto Sagrado.

"É a hora do Fernando, chegou o meu momento. Já vinha fazendo um bom trabalho e agora estou no Flamengo. Entrei meio no sufoco e joguei até de zagueiro (após a expulsão de Álvaro), mas acho que aproveitei bem. Respeito todos os jogadores, mas meu objetivo é jogar", afirmou.

Fernando iniciou sua primeira temporada com o pé direito. Ou melhor, mergulhando de cabeça na sorte, caindo nas graças da torcida rubro-negra. Aos 40 minutos do segundo tempo, o Flamengo empatava o jogo com o Duque de Caxias, e ainda tinha um jogador a menos. Mas, como de costume, o time da Gávea não desistiu. O volante, que já havia mostrado estrela ao entrar logo no início do primeiro tempo no lugar de um Willians lesionado, se destacava por fazer uma boa partida na marcação, mas ainda havia uma surpresa guardada para ele e para a Nação.

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Uma cabeçada certeira deu a ele o primeiro gol com a camisa rubro-negra e ao Flamengo sua primeira vitória na competição. Mesmo assim, o jogador é humilde e não garante ainda sua permanência no time titular.

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"Brinquei com o Mezenga que tinha imaginado que faria o gol. Fui pego de surpresa com a contusão do Willians e aproveitei bem a oportunidade. Tivemos que correr atrás depois que eles fizeram o gol, e isso é desgastante. Fizemos pressão e conseguimos virar. Depois perdemos o Álvaro e eles empataram. Fui feliz de fazer o gol da vitória. Dedico à minha esposa", completou.