Eles são conhecidos como os anti-heróis do futebol, já que sua profissão é exatamente impedir que a torcida veja o que mais gosta: gols. Os goleiros são os únicos atletas que não podem falhar nunca, pois uma falta de atenção normalmente resulta em gol do adversário. Porém, eles também têm seus momentos de glórias, como aconteceu na última partida, quando Felipe pegou dois pênaltis e garantiu o Flamengo na final da Taça Rio. Nesta terça-feira (26.04) os arqueiros de todo o Brasil comemoram o Dia do Goleiro e para entrar no clima das festividades, a equipe do site oficial conversou com o preparador Cantarelli e com os dois principais goleiros do Fla para conhecer um pouco mais da profissão e pegar dicas para quem está começando agora nesta complicada, porém honrosa, função.

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A vida de goleiro não é nada fácil. Por serem os únicos que têm um preparador específico para sua função, acabam trabalhando muito mais do que os demais. É comum vê-los sendo os primeiros a entrar em campo nos treinamentos e os últimos a saírem. Na hora do jogo, também costumam ser os primeiros a subir para o gramado e sentir a pressão e xingamento dos adversários.

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"Nossa vida é complicada. Se parar para pensar, os goleiros ganham dinheiro para evitar que os torcedores fiquem felizes. Nascemos para que a torcida não grite gol. Acho que por isso somos tão criticados. É uma posição que trabalha muito duro, mas que vem evoluindo bastante. Acredito que esta evolução se dê por conta dos preparadores de goleiros. Toda posição tinha que ter um profissional específico, acho que o futebol ganharia muito tecnicamente", disse o treinador de goleiros do Flamengo, Cantarelli, que por muitos anos defendeu as cores do Rubro-negro.

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Para Felipe, a vida dos arqueiros é muito complicada, pois todo ano surge muitos atletas para a posição, mas só um pode jogar de cada vez. O camisa 1 do Flamengo lembrou que para ser goleiro também precisa ter sorte.

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"Muitos acham que é fácil ser goleiro, mas eles não imaginam como as coisas são complicadas, principalmente na base. Muitos meninos fecham o gol quando estão no juvenil, no infantil, mas tem de esperar muito para poderem ter uma única oportunidade nos profissionais. Tem de ser persistente. A sorte tem de ajudar, pois não podem falhar na primeira partida. Muitos deles têm de ser emprestados, rodam por outros times até se firmarem. É uma vida meio louca", contou Felipe.

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Exemplo desta persistência, o segundo goleiro do Fla, Paulo Victor, que desde 2007 treina com os profissionais do clube, mas somente ano passado começou a ter oportunidades de jogar no time profissional deu dicas aos mais jovens de como conseguir sucesso.

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"Acredito que o principal é saber esperar a sua hora, trabalhar com humildade e honestidade, sempre respeitando os goleiros que estão na sua frente. Eu esperei e aos poucos vejo que minha hora está chegando. Fiquei quatro anos como quarto goleiro, não ia aos jogos, muitas vezes nem participava com meus companheiros dos treinamentos, mas nunca desisti, nem me irritei. Parece até fácil, mas é complicado, pois todo mundo gosta de jogar. Continuei trabalhando e hoje já sou o segundo goleiro. Vou aos jogos, treino sempre com bola, participo dos coletivos e sei que um dia minha hora vai chegar. Acho que esta é a maior dica que posso dar aos meninos da base: Tenha paciência, continue trabalhando e não desanime nunca", avisou Paulo Victor, que tem nos juniores um irmão que também é goleiro.

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"Sempre dou dicas ao meu irmão(Marcelo Vidotti). Ele tem tudo para brilhar no futuro. Afinal ele faz aniversário no Dia do Goleiro (risos)", contou Paulo Victor.

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O Dia do Goleiro foi criado pelo tenente Raul Carlesso e pelo capitão Reginaldo Pontes Bielinski, professores da Escola de Educação Física do Exército do Rio de Janeiro.

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Conheça os nomes dos 11 principais goleiros do atual Flamengo:

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Profissionais:
Felipe
Paulo Victor
Vinícius
Marcelo Lomba

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Juniores:
César
Douglas
Marcelo Vidotti

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Time juvenil:
Zé Carlos
André

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Equipe Infantil:
Thiago
Salgado