A derrota por 72 a 71 para Franca no primeiro turno marcou uma das piores atuações de Marcelinho. À época, o ala, que estava afastado das quadras por quase 40 dias com uma lesão na mão esquerda, errou todos os nove arremessos de três tentados na partida, fato inédito na sua vitoriosa carreira, e anotou apenas nove pontos. No entanto, o ala do Flamengo, que busca sua décima vitória consecutiva - a 11ª em 12 jogos -, não encara o clássico desta sexta-feira contra Franca, às 19h (com transmissão da Sportv), no HSBC Arena, válido pela nona rodada do returno do Novo Basquete Brasil, como vingança.

"É claro que fica aquele sentimento de que nós poderíamos ter vencido lá dentro, até porque tivemos a última bola do jogo. Mas ainda estamos na fase regular da competição e ainda é muito cedo para falar em vingança. Temos que pensar apenas em fazer nosso jogo e vencer", afirmou Marcelinho, que reconhece sua fraca atuação no ginásio Pedrocão dia 15 de janeiro.

"Eu estava voltando após um longo período de inatividade e senti muito a falta de ritmo de jogo. As vezes a bola não cai e eu faço poucos pontos, mas acabo ajudando a equipe de outra maneira. Mas naquele dia eu realmente estava me sentindo estranho dentro de quadra e reconheço que não consegui ajudar em nada o Flamengo. Mas isso não tira os méritos de Franca, que fez uma grande partida e mereceu a vitória".

Embora ainda faltem cinco partidas para o término da fase de classificação, o confronto contra a equipe francana é encarado por todos na Gávea como uma final. Isso porque no caso de uma vitória rubro-negra por mais de um ponto de diferença, o Flamengo, que tem um jogo a mais a fazer que Franca, pode abrir três jogos de vantagem sobre o rival paulista na classificação aos playoffs.

"É um jogo chave. Como temos uma partida a menos, um resultado positivo sexta-feira pode nos deixar com duas vitórias a mais que Franca desde que o Flamengo vença o jogo que tem a menos. E como perdemos por apenas um ponto lá, uma vitória por dois ou mais no Rio nos deixa com uma vantagem ainda maior por causa do critério do confronto direto. Ai sim, vamos nos preocupar em brigar com Brasília pelo primeiro lugar ", explicou Marcelinho, que pediu atenção especial ao armador Helinho.

Após se recuperar uma infecção intestinal, que o deixou fora dos dois jogos na capital paulista, Paulo Chupeta está de volta ao comando da equipe. Ainda sem saber se poderá contar com o ala Jefferson, que ainda se recupera de um estiramento grau um na posterior da coxa direita e fará um teste antes da partida, o treinador rubro-negro aponta Franca como um dos adversários mais perigosos da competição e pede paciência para seus jogadores durante a partida.

"É um time experiente, treinado há muito tempo pelo Hélio Rubens e que tem na marcação seu ponto forte. Por isso temos que rodar bastante a bola e achar o melhor caminho para executar o nosso ataque. As contusões continuam nos atrapalhando, mas o momento é completamente diferente do primeiro turno e estamos em ascensão na competição. É o chamado jogo de seis pontos. Se ganharmos, abrimos uma diferença confortável, porém, em caso de derrota, perdemos a segunda colocação", alertou Chupeta.

Craques do passado prometem apoio contra Franca

O momento do Flamengo é tão bom que a cada rodada a HSBC Arena tem recebido um público melhor. A cinco rodadas do fim da fase de classificação, o torcedor rubro-negro parece ter atendido o apelo da comissão técnica e dos jogadores e tem sido o sexto jogador do Flamengo em quadra. A empolgação é tanta, que até alguns craques do passado se empolgaram e já confirmaram presença no clássico desta sexta-feira contra Franca. Integrantes do Fla Masters, Adílio, Gilmar Popoca, Júlio Cesar Urigeller entre outros estarão engrossando o coro da torcida rubro-negra.