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Flamengo, com muito orgulho!

Não poderia ter sido mais gratificante o final de 2007 para o rubro-negro.Maria Helena Braun - Jornal dos Sports

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Maria Helena Braun

De Letra

Jornal dos Sports

Maria Helena Braun mbraun@jsports.com.br

Não poderia ter sido mais gratificante o final de 2007 para o rubro-negro. A demonstração de força, união, fidelidade, raça, amor e paixão dada nos estádios foi coroada com uma iniciativa inesperada: nação de 35 milhões de apaixonados, foi reconhecida como Bem Cultural da Cidade do Rio. E realmente é isso mesmo que representa a torcida do Flamengo.

Sabemos que vascaínos, botafoguenses, tricolores e outros, movidos pela rivalidade e paixão por seus clubes, podem até não concordar, mas se pensarmos pelo ponto de vista do patrimônio de uma cidade, a honraria é mais do que justa. Ou você tem dúvida que essa torcida é uma atração mundial? Que o turista que vem de outras partes do Brasil ou do mundo, quer ver, conhecer, sentir de perto a emoção que rola quando a massa se manifesta no Maracanã? Será que o próprio Maracanã, que é um patrimônio do Rio, seria o mesmo sem a torcida do Flamengo? Aquela imensidão de concreto ganha um valor indescritível quando a Nação está presente, com suas bandeiras, cantos, naquela energia. É de arrepiar. Só vendo de perto pra ter a exata dimensão do que a gente tenta, mas não consegue descrever com palavras.

A torcida rebocou o time até a Libertadores, terminou o campeonato no terceiro lugar, foi premiada em pleno Municipal como a melhor do Brasileirão e agora é Patrimônio Carioca. E que bom seria se essa imensa torcida tivesse consciência de que agora, mais do que nunca, como símbolo de uma cidade, precisa dar exemplo de educação, civilidade, cortesia, precisa cultivar a paz e afastar atos de violência dos estádios. As torcidas adotaram cantos bem mais interessantes do que aqueles ofensivos. Pois a hora de dar uma virada definitiva nessa imagem de vandalismo é oportuna. Sai a baixaria e entra o espetáculo emocionante. A torcida do Fla precisa ser notícia exatamente como está sendo agora: pelo papel, ora de coadjuvante, ora até de protagonista da campanha de um time. Duvido que rubro-negros gostem de ver manchetes que envolvem a torcida em brigas e tumultos. Portanto, como cartão-postal da cidade, é chegada a hora de dar bom exemplo. Tomara que ela saiba avaliar o tamanho dessa honraria e o que representa em termos de responsabilidade. É um título, que até onde eu sei, é inédito e um presente de Natal inesquecível.