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Jogadores do Flamengo estão respondendo bem aos efeitos da altitude

Clube enviou dois médicos para monitorar o rendimento dos atletas em Sucre

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Os jogadores do Flamengo estão aos poucos se adaptando as atividades físicas na altitude de Sucre. Porém, a boa evolução dos jogadores a cada dia não está acontecendo por acaso. Além da qualidade do preparo físico, da nutrição e da fisiologia do clube, o Rubro-negro enviou dois médicos para Sucre para monitorar os efeitos que a altitude está causando nos atletas.

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Sempre antes dos treinos começarem e quando os jogadores voltam ao hotel, os médicos Marcio Tannure e Luiz Baldi, medem a pressão dos atletas e a saturação de oxigênio e frequência cardíaca dos rubro-negros. Segundo os exames diários, todo o elenco está respondendo bem aos treinamentos nos 2.800 metros de Sucre.

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"Todos os nossos jogadores estão apresentando um bom resultado. Sabemos que não tem como conseguir fazer a aclimatação, pois isso levaria cerca de cinco semanas, mas estamos fazendo uma adaptação. Os treinos aqui servem para minimizar os efeitos", disse o médico Luiz Baldi, que explicou o que acontece com o corpo dos atletas na altitude.

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"As cidades no nível do mar têm uma pressão barométrica de 760 ml de mercúrio, já em Potosí, que fica a cerca de 4 mil metros, essa pressão é em torno de 400 ml. Isso influencia na saturação. Nossa hemoglobina, que é o que carrega o oxigênio em nosso sangue, precisa de pressão para funcionar. Quanto maior a pressão, mais oxigênio nosso corpo terá. Na altitude, o corpo aumenta a frequência cardíaca para compensar a diminuição de oxigênio sendo transportado pelo sangue. No nível do mar, a saturação fica entre 95 e 100 e aqui em Sucre a queda foi bem baixa. Os atletas estão apresentando resultados entre 93 e 95. Todo o elenco está bem", explicou Baldi.

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A grande preocupação dos rubro-negros é de que quando a saturação do oxigênio é menor do que 85, os sintomas da altitude começam a se manifestar mais forte. Principalmente a falta de ar, deixando o atleta ofegante. Na teoria, sem fazer esforço físico, a saturação de uma pessoa normal não adaptada em Potosí é de 86.

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"Quero lembrar que não estamos fazendo uma aclimatação e sim uma adaptação. Os jogadores podem sentir os efeitos da altitude, mas graças a este trabalho que estamos fazendo aqui, conseguirão fazer as atividades, mesmo sentindo os efeitos", encerrou o médico do Flamengo.