Depois da forte atividade física na piscina, hoje de manhã, na Gávea, o vice-presidente de futebol, Kleber Leite, o técnico Cuca e o capitão Fábio Luciano negaram qualquer tipo de discussão sobre problemas de salários atrasados no vestiário do Maracanã, depois do empate em 2 a 2 com o Botafogo, no último domingo. Segundo Kleber Leite, houve apenas uma reunião saudável para discutir vários assuntos.

-“Disseram que houve um atrito com o Fábio Luciano. Em toda a minha vida jamais convivi com uma pessoa tão educada, gentil e profissional como o Fábio Luciano. Não há chance de ele ser agressivo. Houve a reunião, não há como negar. Estávamos eu, Plínio, Cuca, Fábio, Bruno e Ibson. Conversamos longamente sobre vários assuntos e buscamos soluções para os problemas”- disse o vice-presidente.

Fábio Luciano admitiu que a reunião aconteceu, mas negou qualquer desentendimento com Kleber Leite.

-“A reunião aconteceu, mas não como foi dito por algumas pessoas. Eu não grito com um companheiro, com os roupeiros e não faria isso com o presidente. Eu e o Kleber conversamos diariamente e tenho uma divida de gratidão com ele por ter me trazido para o Flamengo. Aqui vivo os melhores dias da minha vida. Falamos de vários assuntos, sobre a questão salarial, adversário das semifinais, a lesão do Angelim. Não fizemos cobrança. O trabalho aqui é sério e honesto e fico triste de pensarem que de repente não estamos jogando bem por causa das dívidas. Estou há dois anos no Flamengo e de repente foi passada para o torcedor a impressão de uma pessoa que não sou”.

Segundo o capitão do Flamengo, os problemas de salários atrasados não são levados para dentro de campo.

-“É um assunto que é falado e poderia ser evitado se estivesse em dia. Mas é algo que não vai para o campo. Ninguém enfrenta o Botafogo pensando nisso, mas sim em vencer um adversário. Já passei por isso em outros clubes. Quem veste a camisa do Flamengo não leva problemas para o campo”.

Cuca vê com naturalidade a reunião no vestiário entre a comissão técnica, os dirigentes e os jogadores.

-“Houve a reunião no vestiário, não sei como isso chega para a imprensa, mas é uma realidade. Foi uma conversa de profissionais com os dirigentes e com a presença da comissão técnica. Vejo com naturalidade. O Kleber e o Plínio sempre esclarecem as situações. O mais importante é que ninguém deixa de correr por causa de salários atrasados. Tenho conversado com os jogadores. É uma situação em que se precisa ser altamente profissional, como eles estão sendo. Para uns, o problema afeta mais que para outros. Quanto menos falar do assunto melhor, porque amanhã ou depois, essa situação, por ser pública, só pode voltar contra nós mesmos”.\ \