A cobrança por resultados e grandes atuações parece mesmo ser maior no Flamengo. Cientes disso, jogadores e comissão técnica trabalham forte para minimizar as críticas, que virão, sem dúvida, durante a temporada. Mesmo depois de uma conquista, no último domingo (27.02), diante do Boavista, alguns possíveis "pontos fracos" foram levantados pelos jornalistas, na coletiva de imprensa, mas logo rechaçados pelo treinador rubro-negro.

Sobre a defesa do Flamengo, formada pelos jovens David e Welinton, Luxemburgo fez questão de tecer elogios. Afinal, é a menos vazada da competição, com apenas cinco gols sofridos.

"A nossa defesa é a menos vazada da competição e está ruim? Eu respeito as opiniões sobre o time, mas, se olhar as defesas do Brasil, quem é que tem uma melhor que a do Flamengo? Temos dois jogadores jovens ali. Nosso problema é que vamos sempre ser cobrados. Isso é até bom e nos obriga a permanecer sempre atentos, em alerta. As coisas chegam mais pesadas aqui porque é o Flamengo", afirmou Luxemburgo.

Como escalou o argentino Bottinelli desde o início da final diante do Boavista, Luxemburgo explicou a modificação feita no intervalo, sacando o meia para a entrada do jovem Negueba.

"Não vi o Darío (Bottinelli) jogar mal. Foi estratégia. No segundo tempo, precisava de um velocista como o Negueba. É um jovem, que não havia jogado uma decisão. Depois, coloquei o Diego Maurício para puxar jogadas nas costas da zaga do Boavista", explicou Luxa.

Até o posicionamento de Ronaldinho Gaúcho na final, mais adiantado, entrou em pauta. E, sem titubear, o treinador também explicou sua opção.


"Adiantei o Ronaldinho porque tinha que jogar o time deles mais para trás. Os volantes do Boavista saiam, mas saiam com receio. Ele sabe jogar ali. Ficou muito forte lá fora. Entrosando, tem coisa boa para acontecer. Tem de entrosar primeiro", finalizou.