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Manto sagrado nasce em Horizonte, no Ceará

Fábrica da Olympikus fica a poucos quilômetros do estádio onde o Fla jogará nesta quarta-feira

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Além de Horizonte existe um lugar onde o uniforme da nação ganha vida. A poucos quilômetros do Estádio Domingão, palco do confronto de amanhã pela Copa do Brasil, o Manto Sagrado, literalmente, nasce. Lá, a fábrica da Vulcabrás, detentora da fornecedora de material esportivo Olympikus, produz cerca de 3.500 camisas do Flamengo por dia e distribui os uniformes de toda a nação.

O processo para confecção da camisa é complexo, exige cuidado e, também, carinho. Dos 14.500 funcionários da fábrica, 500 são encarregados, diariamente, de produzir o uniforme rubro-negro. Entre eles, está José Clébio Dantas, de 21 anos e rubro-negro de carteirinha.

Morador de Horizonte, ele vê sua mente voar ao observar Ronaldinho em ação com a camisa.

"Fico pensando se uma daquelas camisas que ele veste não foi a que passou pela minha mão. Tenho muito orgulho", afirmou o funcionário da confecção.

A fábrica da Vulcabrás é responsável por grande parte da economia local. Em Horizonte, é fácil encontrar camisas rubro-negras pelas ruas, ao lado, claro, da do time da casa, também produzida pela empresa, mas sem patrocínio oficial, como é o caso do Rubro-Negro.

É uma troca de gentilezas com a cidade que há 15 anos abriga a fábrica do manto sagrado.

Perto de onde é costurado e bordado o escudo rubro-negro em cada peça, as camisas dos rivais São Paulo, Internacional e Cruzeiro também tomam forma. Mas, de longe, pode-se observar manequins trajados com o uniforme preto e vermelho e o sorriso no rosto dos funcionários. Ainda assim, José Clébio fica com água na boca ao observar os mantos. Ele não possui nem umazinha em casa.

"Não tenho como comprar uma camisa dessas, não! Mas é linda demais", suspira o funcionário.

Em Horizonte, a alegria não é apenas por ser rubro-negro. Mas, também, por ser o nascer de um orgulho, literalmente, do peito.