Números ilustram batalha que levou o Flamengo à semifinal da CONMEBOL Libertadores
Por Comunicação Flamengo - emNo calor da partida, ou logo após o apito final, nem sempre é possível analisar com frieza e profundidade o que se passou em campo. No dia seguinte, ao se debruçar sobre os relatórios de desempenho, alguns cenários ficam mais claros. A classificação do Flamengo para a semifinal da CONMEBOL Libertadores, conquistada nos pênaltis diante do Estudiantes na última quinta-feira (25), foi o reflexo de uma partida extremamente exigente e desafiadora. Além da tensão no marcador, os números traduzem o quanto o duelo colocou à prova a força física, técnica e mental da equipe rubro-negra.
O Flamengo terminou o jogo com 64% de posse de bola, contra apenas 36% do adversário. Na segunda etapa, chegou a registrar 71%! Mesmo com o controle das ações durante a maior parte do jogo, a defesa rubro-negra encarou o maior volume de duelos aéreos no último terço defensivo em toda a temporada, reflexo da pressão constante do Estudiantes nessa zona do campo.
Desempenho físico acima da média
Os dados de performance física também comprovam o preparo do elenco. A equipe percorreu, em média, 11,1 km por jogador durante a partida — índice acima do registrado ao longo da temporada. Dentro desse volume, a intensidade também foi destaque: foram 1,27 km de média em alta intensidade, outro número superior ao habitual.
Outro indicador que reforça esse nível de entrega foi a carga metabólica alta (High Metabolic Load Distance - HMLD), métrica que mede a distância percorrida em esforços de alta intensidade, como sprints, acelerações e desacelerações. Trata-se de um indicador que combina a distância com a frequência desses movimentos de alta exigência física, traduzindo de forma mais precisa o esforço do corpo em campo. No jogo contra o Estudiantes, o Flamengo atingiu 135% da média em HMLD e também em corridas de alta velocidade, números que ilustram como a equipe se manteve em intensidade máxima do início ao fim da partida.
Ao mergulhar nas métricas individuais, é possível entender ainda melhor o quão desafiadora foi essa classificação. Saúl foi quem mais correu: 12,3 km no total, atingindo a marca de 1,76 km em alta intensidade — recorde pessoal na temporada. Guillermo Varela também se destacou, chegando a 11,7 km percorridos, com 1,65 km em alta intensidade. No ataque, Samuel Lino somou 11 km no total e impressionantes 1,99 km em alta intensidade, um dos índices mais altos da equipe. Já Pedro, em 58 minutos em campo, percorreu 6,6 km — desempenho que, proporcionalmente, o coloca entre os jogadores de maior intensidade da noite. Algo similar ao que ocorreu com Arrascaeta, substituído aos 77 minutos de jogo com impressionantes 9,7km de distância total computada. Considerando a proporção de metros por minutos foi a terceira melhor marca do uruguaio no ano. Por fim, Alex Sandro e Jorginho, que retornavam de lesão, demonstraram plena recuperação com 10,8 km e 11,9 km percorridos, respectivamente.
Preparação que faz a diferença
Os números evidenciam não apenas a intensidade do confronto, mas também a preparação do elenco para enfrentar desafios desse porte, fruto de um trabalho multidisciplinar. Com atletas quebrando recordes individuais e o time inteiro se dedicando, o Flamengo mostrou, em campo e nos dados, que está pronto para seguir sua caminhada em busca dos objetivos na temporada.
